Oro é o primeiro restaurante com duas estrelas Michelin do Rio

Além da casa do chef Felipe Bronze, os restaurantes D.O.M e Tuju, em SP, também são duplamente estrelados

Por Isabelle Lindote
Atualizado em 8 Maio 2018, 18h39 - Publicado em 8 Maio 2018, 17h43

Chefs duas estrelas: Alex Atala e seu braço direito Geovane Carneiro, Felipe Bronze e Ivan Ralston (Alê Virgílio/Divulgação)

A constelação brasileira de restaurantes estrelados no guia Michelin ganhou ainda mais brilho. A versão Rio de Janeiro & São Paulo da premiação mais importante do mundo chega à sua quarta edição deixando um gostinho especial em dois chefs: o carioca Oro, de Felipe Bronze, e o paulistano Tuju, de Ivan Ralston, tornaram-se oficialmente casas indicadas com duas estrelas Michelin.

Os restaurantes juntam-se ao D.O.M, do chef Alex Atala, até então o único a ser agraciado com a dupla honraria — a cotação máxima é de três estrelas, um feito ainda inédito no país. Atônito após o resultado, como bem mostra a foto abaixo, Felipe Bronze disse que não esperava: “fui totalmente pego de surpresa”. Menos surpresos podem estar os comensais que já estiveram no Oro, reverenciado como um dos melhores contemporâneos da cidade desde a reabertura, em 2016.

Felipe Bronze009 — O atônito Felipe Bronze logo após saber que ganhou as duas estrelas (Alê Virgílio/Divulgação)

Agora são doze as casas que merecem destaque a versão 2018 do guia. Lasai, Mee e Olympe, respectivamente sob o comando dos chefs Rafa Costa e Silva, Kazuo Harada e Thomas Troisgros, mantiveram suas estrelas, enquanto outros oito restaurantes seguem indicados na categoria Bib Gourmard, de boa relação entre custo e benefício (lista completa abaixo).

Thomas Troisgros agradeceu publicamente no Instagram: “Parabéns a toda a minha equipe, sem vocês nada disso seria possível”. Kazuo Harada seguiu a mesma linha, com um “textão” no Facebook no qual citou a equipe, a estrutura da rede Belmond que gerencia o Copacabana Palace, os clientes e até os críticos. “Como agradecer a um publico exigente que aprendi a admirar e respeitar. Todas as críticas serviram de aprendizado e fizeram com que me torna-se um profissional melhor”, pontuou.

Rafa Costa e Silva optou por parabenizar os chefs que ganharam a segunda estrela em suas redes sociais e foi enfático em deixar que os amigos brilhem ao ser perguntado se gostaria de falar sobre a manutenção de sua estrela. “Não há nada de novo para o Lasai. Nem foto, nem texto, nem estrela. Então prefiro deixar o foco e atenção com o Felipe que, mais do que merecido, ganhou a sua segunda estrela. Parabéns aos novos agraciados, Oro e Tuju, que merecem e lutam por isto”, finalizou.

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1 estrela — Parte da turma de chefs com uma estrela Michelin (Alê Virgílio/Divulgação)

DUAS ESTRELAS

Rio de Janeiro
Oro (Felipe Bronze)

São Paulo
D.O.M. (Alex Atala)
Tuju (Ivan Ralston)

UMA ESTRELA

Rio de Janeiro
Lasai (Rafael Costa e Silva)
Mee (Kazuo Harada)
Olympe (Thomas Troisgros)

São Paulo
Dalva e Dito (Alex Atala e Elton Júnior)
Esquina Mocotó (Rodrigo Oliveira)
Fasano (Luca Gozzani)
Huto (Fábio Honda)
Jun Sakamoto (Jun Sakamoto)
Kan Suke (Egashira Keisuke)
Kinoshita (Satoshi Kaneko)
Kosushi (George Koshoji)
Maní (Helena Rizzo)
Picchi (Pier Paolo Picchi)
Ryo (Edson Yamashita) – nova entrada
Tangará (Jean-Georges Vongerichten) – nova entrada
Tête à Tête (Gabriel Matteuzzi e Guilherme Vinha)

CATEGORIA BIB GOURMAND

Rio de Janeiro
Artigiano
Bottega del Vino (encerrou as atividades no início do ano, depois do fechamento do guia)
Lima Restobar (virou Lima Cucina Peruana, em novo endereço)
Miam Miam
Oui Oui
Pomodorino
Restô
Riso Bistrô

São Paulo
Antonietta
Arturito
Le Bife
Bio – nova entrada
Bistrot de Paris
Brasserie Victória
A Casa do Porco
Casa Santo Antônio
Ecully
Fitó – nova entrada
Jiquitaia
Manioca
Mimo
Mocotó
Niaya
La Peruana
Petí
Petí Panamericana – nova entrada
Piccolo – nova entrada
Più
Tanit
Tartar & Co
TonTon
Tordesilhas
Zena Caffè