COMER & BEBER 2018/2019: Restaurantes de Peixes e Frutos do Mar
Confira a seleção dos melhores endereços dessa especialidade
Ancoramar. O restaurante sucedeu o clássico Albamar, fundado há 85 anos na torre remanescente do antigo mercado da Praça XV. Em 2016, após a demolição do elevado da Perimetral e a revitalização do Centro, o lugar ganhou uma bonita praça e um bar no térreo. A chegada de novos sócios (quem fica no dia a dia da casa é o empresário José Eustáquio Pereira) levou à mudança do nome e contribuiu para melhorias no salão principal, cujo maior trunfo é a bela vista de 360º. O chef Rodrigo Costa comanda a cozinha, de onde saem receitas como hadoque ao molho bisque com purê de baroa e tagliatelle de legumes (R$ 126,00), camarão no coco com risoto de açafrão (R$ 139,00) e ravióli de pera ao molho cremoso de brie (R$ 63,00). Para atender à demanda dos executivos que circulam na área, um menu com entrada, prato principal e sobremesa é oferecido por R$ 55,00, de segunda a sexta.
Don Camillo. A casa conta com mesas no calçadão da Avenida Atlântica e no salão, espaço disputado nos dias mais quentes. De Santa Catarina, chegam ostras (R$ 42,50, seis unidades), servidas frescas ou marinadas, e mexilhões, que são refogados no vinho branco (R$ 46,00). Escolha um dos dois para começar. A influência mediterrânea do endereço se faz notar no filé de peixe assado no sal grosso com batatas cozidas. Recheado de salmão e flambado na vodca, o farfalle al salmone (R$ 54,00) chega à mesa com molho branco. No endereço turístico de cozinha acima da média na orla, os risotos também costumam agradar. Feito com arroz negro italiano, o nero (R$ 96,00) leva lagosta, camarão, polvo e tomate-cereja. Encerre a noite com o doce e clássico tiramisu (R$ 24,00).
Giuseppe Mar. Investida do restaurateur Marcelo Torres no mundo dos pescados, a casa foi inaugurada no VillageMall. Tons de azul nas portas, nas molduras dos janelões, nas paredes e até nos copos reforçam o clima praiano-chique idealizado pelo arquiteto André Piva. A chef Ana Elisa Alves, com passagens por Térèze, Irajá e Formidable Bistrô, comanda a cozinha. Nas entradas são dicas inventivas o trio de coxinhas de caranguejo e cheesecake de hadoque, uma torta fria com creme azedo e caviar (R$ 38,00 cada pedido). Expostos na bancada, pescados frescos são servidos por quilo. Opções como robalo (R$ 180,00), cavaquinha (R$ 140,00) e centola da Patagônia (R$ 290,00) podem chegar à mesa escoltadas por arroz caldoso com azeitona e rúcula (R$ 24,00) e salada de tomatinho assado com cebola–roxa (R$ 24,00). Entre os pratos, experimente o risoni de bacalhau com palha de batata-baroa e ovo de codorna (R$ 78,00). Para a sobremesa, le grand éclair (R$ 28,00), recheado de creme de chocolate branco, dá para dividir.
Margutta. Craque de uma geração de chefs italianos que fizeram história no Rio com a cozinha mediterrânea, baseada nos pescados frescos em preparos simples e precisos, Paolo Neroni comanda o negócio ao lado da esposa, Conceição. O famoso (e delicioso) pargo alla neroni (R$ 109,50) traz o peixe inteiro assado em vinho branco com alecrim, tomate sem pele e batata. Na ala dos risotos, a versão de frutos do mar com tinta de lula (R$ 94,50) sobressai. Antes do prato principal, peça o carpaccio de salmão marinado em beterraba e temperado com aneto, alcaparra, pimenta-calabresa e limão (R$ 51,50).
Nomangue Caiçara. A poucos metros da Avenida Atlântica, o lugar é visitado pelo fresquinho da maresia ao cair da noite, o que combina com a especialidade local. Vêm do mar as sugestões do chef Erisvaldo Souza, o Vaval, filho da conhecida Tia Penha, que empresta nome e mestria a seu tradicional restaurante em Barra de Guaratiba. Do sítio materno chegam alguns dos ingredientes usados em Copacabana. É o caso do cajá-manga, que entra no ceviche de camarão (R$ 25,00) servido às sextas. Receita caiçara, o bolinho capitão (R$ 18,00, o trio), de arroz e feijão, ganha releitura empanada na farinha panko e a companhia de vinagrete. Prato principal, o bobó de camarão (R$ 145,00, para dois), à base de aipim, é guarnecido de arroz e farofa de dendê. Acompanhada de caprichado arroz de moqueca com leite de coco e tomate-cereja, a lagosta grelhada (R$ 75,00) também vale a visita. Pétalas de goiaba com sorvete de queijo (R$ 23,00) fecham o percurso.
Nomangue Frutos do Mar. O barquinho de madeira na vitrine não deixa dúvidas sobre a especialidade local. Destino concorrido de eventos fechados, o lugar abre para o público de quinta a domingo. A tradicional casquinha de siri (R$ 18,90) divide as atenções com o bolinho de feijoada (R$ 22,00, com seis). O capítulo dedicado às moquecas tem grande índice de leitura. A receita de camarão (R$ 149,90, para dois), feita com água de coco, chega à mesa com arroz de amêndoas e farofa de dendê. Em porção substanciosa, a chapa de frutos do mar traz, no total, quase 1 quilo de delícias como salmão, cherne, mexilhão com casca, camarão VG, lula e polvo. Na companhia de arroz de brócolis e farofa de dendê, o pedido custa R$ 260,00 e serve pelo menos quatro pessoas.
Satyricon. Maior campeão em sua especialidade, o restaurante italiano é um paraíso para os apreciadores de pescados. No corredor que leva ao salão clássico, dominam as atenções os viveiros de ostras, mexilhões e outras conchas, além da bancada gelada onde repousam peixes fresquíssimos. É possível eleger o que vai à cozinha, e o modo de apresentação, antes que siga para a mesa. Vieiras, por exemplo, podem chegar grelhadas, gratinadas e até na forma de sashimi (R$ 92,00, seis unidades). Adiante, preparos simples ressaltam a qualidade da matéria-prima. É o caso do pargo assado com ervas e manteiga (R$ 112,00) mais guarnição à escolha — o ótimo creme de espinafre (R$ 31,00) e o risoto de limão (R$ 29,00) são duas opções. Uma alternativa saborosa traz camarão VG no vapor ao molho cremoso com páprica e conhaque (R$ 184,00). Para quem preferir massa, o clássico espaguete ao vôngole sai a R$ 106,00.
Skinna. A carreira de Marcelo Cheble teve início numa pequena loja de 18 metros quadrados no Mercado do Produtor, há 25 anos, na Barra. Logo, o ponto ficou pequeno para receber a clientela do Bar do Mar. O ex–analista de sistemas decidiu assumir de vez o papel de chef e abriu seu restaurante em um centro comercial do bairro. A seleção de entradinhas foi reforçada por duas pedidas com vieira: as versões gratinada com catupiry (R$ 69,00, três unidades) e ao pesto, com purê de batata–roxa (R$ 82,00, com quatro). São sugestões populares por lá as sequências de camarão, como a que leva o nome da casa: por R$ 162,00, chegam à mesa pastéis, bolinhas de aipim com camarão à milanesa, camarão à juliana ou frito e bobó. O cuscuz marroquino (R$ 146,00, para dois) leva, além do crustáceo, tomate, pimentão, abobrinha, tomate-cereja e molho persil (à base de salsa). Para encerrar, morango flambado com sorvete (R$ 21,90).
Skunna. As poucas alterações na planta do sobrado de 1954 contribuem para a atmosfera caseira. Tem-se a aconchegante sensação de estar comendo na casa de algum parente querido ou amigo. Isso tudo em meio ao verde exuberante de Vargem Grande e com um cozinheiro de mão-cheia, Aylton Oliveira, pilotando os fogões. Comece pela patinha de caranguejo à doré (R$ 48,00, doze unidades) ou pelo camarão à milanesa (R$ 51,00 a porção de 200 gramas). Duas pedidas gratinadas costumam agradar: o bacalhau à skunna (R$ 138,00), acompanhado de batatas e arroz cremoso de legumes, e o camarão ao gruyère com arroz de passas e nozes (R$ 149,00, para duas pessoas). Na sobremesa, saboreie a banana flambada no Cointreau ladeada por bola de sorvete de creme (R$ 25,00) ou a doce ambrosia (R$ 16,50). Um parquinho com escorrega e balanço faz a alegria das crianças.
Sobrenatural. O endereço tradicional em Santa Teresa, próximo ao Largo dos Guimarães, a parte mais movimentada do bairro, ganhou um balcão. Ali são atendidos locais e turistas que desejam apenas fazer uma parada rápida, para aquela caipirinha (R$ 15,00) e uma patinha de caranguejo (R$ 28,00, a porção com oito), por exemplo. O petisco também pode ser pedido como entrada, nas mesas do salão. Depois, um dos pratos mais procurados pelos visitantes é o bobó de camarão, servido na companhia de arroz e farofa (R$ 80,00, para dois). Outra pedida apetitosa, o espaguete de frutos do mar (R$ 148,00, para dois) leva molho onde se pescam lula, camarão pitu e polvinhos baby. Duas opções de sobremesa são o pudim de leite (R$ 10,00), em adorável receita caseira, e a musse de maracujá (R$ 12,00). Informação cultural: o lugar, que nos primórdios abrigou memoráveis rodas de samba, ainda tem programação musical atraente, que pode ser conferida na internet.
Umas & Ostras. Aberto apenas na hora do almoço, o endereço é boa pedida para quem quer comer peixe e frutos do mar frescos na Tijuca. A especialidade indicada no letreiro vem do litoral paulista. Na ala das entradas, aparece nas versões fresca com limão ou gratinada (R$ 62,90 a porção com doze unidades). Casquinha de siri (R$ 24,80) e bolinho de bacalhau (R$ 33,70, com seis) também têm boa saída. Na hora dos pratos principais, uma sugestão individual é o salmão na brasa acompanhado de arroz de brócolis (R$ 39,90). Para mesas maiores, a sinfonia marítima (R$ 467,00), reunião de polvo, lula, camarão, ova, atum, salmão e congro–rosa, serve tranquilamente quatro pessoas. O pastel de nata (R$ 7,90), delícia portuguesa, é uma possibilidade para a sobremesa.