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A jaca é a nova queridinha dos adeptos da alimentação vegetariana

Com sabor neutro e textura versátil, a "carne" da fruta entra em preparos de coxinha, salpicão, fricassé e shakshuka e vira protagonista de curso on-line

Por Carolina Barbosa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 Maio 2018, 11h29 - Publicado em 4 Maio 2018, 11h29
A jaca entra no preparo da shakshuka da chef Tati Lund, do .Org Bistrô (Felipe Fittipaldi/Veja Rio)

No vocabulário fitness, o termo “jacar” significa entregar-se às guloseimas e besteiras que a rotina da dieta proíbe. Ao que tudo indica, o Aurélio dos malhadores precisará ser revisto. Apontada recentemente como uma fruta promissora pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a jaca é a estrela da vez entre os adeptos dos estilos de vida vegetariano e vegano — além de um dos itens mais buscados no Pinterest. O motivo? Com sua versão in natura, ainda verde, é produzida uma “carne” que vem sendo usada em receitas variadas em restaurantes e lojinhas naturebas. “Devido à consistência, ela oferece mil possibilidades nos preparos e adere muito bem aos temperos e especiarias”, afirma Tati Lund, à frente do .Org Bistrô, na Barra. “Sem contar que surpreende. Tem gente que come e jura que é carne ou frango desfiado”, diz a chef, que faz bolinho, taco, fricassê e shak­shuka, uma espécie de ratatouille marroquina, tudo à base de jaca.

Oriunda do sul e do sudoeste da Ásia — sobretudo da Índia, onde é consumida há milhares de anos — e abundante em nosso litoral, a fruta é atualmente o carro-chefe de inúmeros pratos de sucesso. É o caso do salpicão do Veganza, misto de empório e restaurante aberto oito meses atrás no BarraShopping. “Sem dúvida, é o nosso campeão de pedidos, no almoço e no jantar”, conta a sócia Ana Claudia Caula. Com matriz instalada no mercado Uptown e três franquias previstas para até o fim do ano no Rio, o Açougue Vegano vende cerca de 10 000 coxinhas de jaca por mês. Por lá, a popularidade é tão grande que os donos lançaram um pote de 500 gramas, sem tempero e com a carne desfiada, embalado a vácuo, por 25,90 reais (saem 1 000 unidades mensais). Isso já é bem comum na Califórnia, meca da alimentação saudável, onde a The Jackfruit Company abastece as prateleiras com versões desidratadas, congeladas e prontas para o consumo.

A fruta recheia a coxinha do Açougue Vegano: carro-chefe local (Marco Brozzo/Divulgação)

A despeito do que já acontece no exterior, por aqui os propalados benefícios da jaca são o que impulsiona a adesão à fruta, e não apenas da turma que não consome alimentos de origem animal. “Ela é rica em fibras, que auxiliam no funcionamento do intestino, cálcio, potássio, ferro, vitaminas A e C, fósforo, magnésio, carboidratos e vitaminas do complexo B, principalmente B2, responsável pela produção de energia, e B5 (niacina), importante na redução do colesterol”, explica a nutricionista Cátia Ruthner, do W Spa. Por causa da demanda, a iguaria será a protagonista, em junho, do curso on-line Universidade da Jaca, que vai ser lançado pelo Açougue Vegano. “Abordaremos em sete aulas temas que vão do momento ideal da colheita e da higienização ao armazenamento e a receitas com a fruta”, adianta o sócio Celso Fortes. Ao que parece, ainda vai ter muita gente enfiando o pé — e a boca — na jaca.

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