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‘Bon appétit’: chef carioca faz sucesso on-line com receitas práticas

Formada pela Le Cordon Bleu, Juliana Gueiros criou um perfil no Instagram para compartilhar dicas do dia a dia na cozinha

Por Lara Barth*
Atualizado em 14 jul 2021, 16h35 - Publicado em 14 jul 2021, 16h32

É de família a paixão da carioca Juliana Gueiros, de 26 anos, por comida. Desde pequena tinha o hábito de fazer o jantar com a mãe todos os dias depois da escola. “Fui criada na bancada da cozinha. A primeira vez que cozinhei sozinha eu tinha 6 anos. Esqueci o sal no arroz, não foi ideal”, conta.

A gastronomia, no entanto, não era plano de carreira. Aos 18, pronta para fazer faculdade nos Estados Unidos, onde o semestre letivo começa em setembro, queria uma ocupação para os meses de espera. “Eu disse meio brincando que poderia fazer Cordon Bleu, sei lá por quê. Aí meu pai falou: ‘Ué, por que você não vai?’”.

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Foto mostra menina cozinhando em cima de um banquinho branco
A pequena Juliana: na cozinha de casa, quando ajudava a preparar o jantar (Reprodução/Arquivo pessoal)

Ela foi. Tinha 18 anos e não sabia francês, que aprendeu “na marra” para acompanhar as aulas práticas do curso Le Grand Diplôme da Cordon Bleu em Paris. O último módulo era um estágio profissional. Trabalhou em um bistrô, fritando batatas das 8 da manhã e à meia-noite e meia. “Eu é que me oferecia para ficar esse tempo todo, estava lá para aprender”.

Assim, Juliana se formou na mais prestigiada escola de culinária do mundo, em 2013. E, hoje, ensina e inspira mais de 137 000 seguidores a comer mais gostoso todos os dias. Desde que começou a postar suas receitas no perfil @julianaggueiros do Instagram, durante a pandemia, viu sua popularidade disparar.

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Moça jovem com vestido preto posa com diploma e chapéu branco de chef de cozinha. Ao seu lado, estão outros chefs usando chapéu e uniforme branco
A carioca diplomada entre os mestres do curso Le Grand Diplôme da escola Cordon Bleu em Paris (Reprodução/Arquivo pessoal)

Poder partilhar o que produzia na cozinha foi o encontro de uma vocação que não via na “vida de restaurante”. “Minha cozinha é muito prática, diferente de restaurante, que é mais elaborado. E eu super respeito, adoro, mas não foi o que fez eu me apaixonar por gastronomia em primeiro lugar”, conta. “Os horários são muito diferentes das outras pessoas e eu me sentia desconectada das minhas amizades, namorado, família… Foi uma experiência incrível, mas não era o que eu queria em longo prazo”.

De volta da França, cursou administração e descobriu a parte burocrática da cena gastronômica trabalhando para o grupo Trigo, que controla as redes Gurumê, Koni Store e Spoleto, entre outras. E partiu para uma nova temporada fora, acompanhando o namorado, que havia sido aprovado em um estágio na Dinamarca. “Sou uma pessoa sem amarras. Já morei em seis países diferentes, não tenho muito essa coisa de ‘para sempre’”. Lá, a brasileira trabalhou em uma padaria com colegas de outras sete nacionalidades. Juliana acredita que sua experiência internacional a ensinou a fazer amigos mais facilmente: “A cozinha é um lugar muito hostil. É importante ter amizades.”

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Foto mostra moça jovem sorrindo e cortando cebola em uma tábua
A chef conquistou as redes postando receitas do dia a dia no Instagram: “Minha cozinha é muito prática” (Reprodução/Arquivo pessoal)

Ao fim de 2019, o casal voltou para o Rio. A chef começou a vender quentinha; cozinhava e entregava ela mesma. Aí veio a pandemia, e uma amiga sugeriu que postasse suas receitas no Instagram. “Ela falou: ‘você tem que postar receita, porque eu não sei cozinhar, estou ferrada’. Aí eu comecei”. 

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Simpática e de fala mansa, a influencer gastronômica posta uma variedade de pratos do dia a dia. O preparo é rápido e prático e, engajada, ela está frequentemente atendendo a pedidos e respondendo dúvidas dos seguidores nos stories. Recentemente, introduziu uma live semanal às segundas-feiras, em que reproduz ao vivo uma receita antiga do cardápio do seu perfil e conversa com espectadores. 

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Juliana conta que são muitos os planos para o futuro a partir do negócio que criou. Inclusive a volta das quentinhas, que, aliás ela ainda prepara, mas não para vender, e sim para doar, por meio do projeto Empatia On Demand

Pessoalmente, as papilas gustativas de Juliana têm preferências claras: “Sou bem ligada no sal, em comida-conforto”. Mas, entre os vídeos, não faltam receitas de sobremesas. “Acabo dando para a minha vó, que é uma formiga. Eu gravo o que a gente está comendo. E é isso”.

* Lara Barth, estudante de Jornalismo da PUC-Rio, sob supervisão de professores da universidade e revisão de Veja Rio. 

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