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Tati Lund, do Org Bistrô, é eleita chef do ano no Prêmio Comer & Beber

À base de muita pesquisa e técnica apurada, ela alçou a culinária vegetariana a outro patamar

Por Redação
Atualizado em 20 nov 2020, 15h44 - Publicado em 20 nov 2020, 06h00
Tati Lund: a primeira cozinheira dedicada à culinária vegetariana a ser alçada ao posto de chef do ano, em 2020 (Tomás Rangel/Veja Rio)
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Fazer uma refeição no .Org Bistrô, de Tati Lund, é uma oportunidade única para desbravar o reino vegetal e seu potencial máximo de oferecer uma cozinha diversificada, técnica e extremamente saborosa. Não é exagero dizer que essa jovem carioca de 33 anos e jeito doce consegue alçar a culinária vegana a outro patamar e ainda afastar dela o estigma de insossa.

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Tudo em seu restaurante deriva de uma dedicada imersão em estudos e pesquisas. Logo depois de se formar em nutrição na UFRJ, Tati foi se aperfeiçoar no Natural Gourmet Institute, em Nova York, referência mundial na gastronomia natural.

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Era o ponto de partida para sua jornada mundo afora, sempre impulsionada pela ambição de pôr em prática uma filosofia alimentar mais saudável e sustentável. A chef fez escalas na Plantlab, escola na Califórnia comandada por Matthew Kenney, um dos papas do assunto, e ingressou em cursos na Indonésia, na Tailândia, no México e no Peru. Cozinhou com povos ribeirinhos na Amazônia e com refugiados na Jordânia.

Seu repertório se reflete em receitas autorais coloridas, inspiradas por culturas diversas e levadas à mesa com apresentação requintada. Uma obsessão atual são os queijos de leite de castanha-de-caju.

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Surpreendentes de tão agradáveis ao paladar, estão por todo o cardápio, realçando de entradas a sobremesas. Nos jantares especiais embalados por menus degustação, sua criatividade se revela em receitas inesperadas.

Em outubro, Tati trouxe de uma incursão pelos rios Tapajós e Arapiuns, no Pará, ideias para um percurso vegetariano que incluiu vinagrete de feijão-manteiguinha, cuscuz de farinha-d’água, arroz de açaí, drinque de jambu e outras delícias. “Valorizar o que temos na nossa terra é uma forma de preservar nossa cultura culinária”, resume sua filosofia. A gastronomia agradece.

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