COMER & BEBER 2017/2018: Zona Oeste – Bares
Confira a seleção dos melhores endereços dessa região
A edição especial VEJA COMER & BEBER Rio apresenta os melhores bares da cidade. Abaixo, a seleção completa:
- Barra
Bar do Elias: Na badalada Avenida Olegário Maciel, a espaçosa casa de cozinha árabe reduziu de mais de 150 para cerca de quarenta o número de rótulos na sua carta de cervejas. Por outro lado, foi instalada uma câmara fria para abastecer dez torneiras de chope com sugestões que mudam sempre. Na carta, seguem a american IPA carioca Hocus Pocus Interstellar (R$ 33,00; 500 mililitros) e a clássica belga belga Tripel Karmeliet (R$ 69,00; 750 mililitros). Para acompanhar, escolha entre tira-gostos típicos, a exemplo da cafta de cordeiro (R$ 24,00) e da porção de faláfel com pão sírio, saladinha de pepino e tomate, além de molho taratur, à base de gergelim (R$ 27,00, seis unidades). De terça a sábado, das 12h às 16h, há serviço de comida por quilo (R$ 64,90, de terça a sexta até 14h; R$ 78,90, nos sábados). O sucesso do negócio levou à abertura de uma filial no Flamengo.
Bar do Oswaldo: Nos anos 70, uma marca de bebidas deu ao endereço o título de “o maior consumidor de vodca da América Latina”. Carro-chefe local, a versão de coco é servida com vodca Absolut, por R$ 18,00 a dose, mas grande parte das batidas que fizeram a fama do lugar tem mesmo a cachaça como base. Outros sabores oferecidos são maracujá, limão, pêssego, açaí, amendoim, bombom, caju, morango, uvinho (com vinho), cocaxi (coco com abacaxi), cocujá (coco com maracujá), café-creme e tangerina. A dose sai por R$ 8,00, a garrafa de 290 mililitros custa R$ 18,00 e a de 1 litro, R$ 48,00. De terça a quinta, entre 18h e 22h, há promoção de dose dupla. Gerações de jovens matam a fome com petiscos simples, a exemplo da porção de linguiça mineira com fritas (R$ 37,00) ou do filé aperitivo (R$ 50,00). Na programação musical sem cobrança de couvert, terça é dia de sertanejo. No sábado, a feijoada servida em sistema de bufê, de 12h a 17h (R$ 48,00), é embalada por samba, mas o esquema de voz e violão domina a noite. No domingo, a vez é do rock e do blues.
Boteco do Amaral: O empreendimento do empresário da noite Ricardo Amaral no complexo Vogue Square tem varanda ao ar livre e um simpático salão, com balcão de azulejos e paredes amarelas. Assinado por dois craques dos botequins — Antonio Laffargue, o Toninho, do Bar do Momo, e Bruno Magalhães, do Botero —, o cardápio perdeu algumas receitas criativas e um pouco do brilho original após a saída da dupla e do chef Thiago de Freitas (ex-CT Boucherie). Continuam no menu dicas como as empadas de massa que derrete na boca, com recheio farto de queijo (R$ 6,00), camarão ou palmito (R$ 8,00 a unidade). O favorito do amaral é uma releitura do farol de milha, do Momo, feito de fatias de carne assada com purê de batata no alho, cobertas por molho de queijo derretido e ovo frito de gema mole (R$ 36,00). Para molhar o bico, há chope Brahma (R$ 9,50, 350 mililitros) e coquetéis assinados por Jessica Sanchez, como o gengibrina (R$ 24,00), mistura de gim, calda de gengibre, limão, tônica e Angostura.
Nook Bier: Não é incomum o surgimento, no salão, de grupos animados comemorando a chegada de um herdeiro. A poucos passos da clínica Perinatal da Barra, o lugar é bem apropriado para o festejo. Há sempre duas opções de chope, além da cerveja em garrafa e lata, a alma do negócio. A carta oferece 100 rótulos. Pedida mais recente, a Grasshopper Blues, uma New England Double IPA da carioca Green Lab servida em lata de 473 mililitros, sai por R$ 36,00. Vinda da Bélgica, a St. Feuillien Limited Edition N°2 é uma barley wine incrível que pode ser consumida por lá ou, como os grandes vinhos, guardada para ser degustada em uma ocasião especial (R$ 90,00; 750 mililitros). Do enxuto cardápio, prove o hambúrguer que traz o nome da casa, feito com 200 gramas de alcatra, cheddar, geleia de bacon com morango e molho barbecue no pão de cerveja (R$ 29,00). Fritas acompanham o pedido. Entre os petiscos, a caponata com torrada integral (R$ 22,00) é boa distração.
Padano Sertanejo & Bar: Paredes de madeira cobertas por ferraduras, berrantes e acessórios de montaria, portas no estilo de saloon, barris de carvalho fazendo as vezes de mesas e selas como assento. A decoração rústica, típica dos ranchos, dá pistas do som dominante por ali: aberto em abril de 2017 no lugar do extinto restaurante Padano, o sertanejo conduz as apresentações ao vivo de quarta a domingo. Moças e rapazes, muitos a caráter, de chapéu de caubói, botas e roupas de couro, encontram cervejas como Heineken (R$ 14,90) e rótulos especiais, além de drinques, a exemplo do Aperol spritz (R$ 29,90). Para matar a fome, duas dicas são o sanduíche de leitão com farofa de torresmo e queijo (R$ 25,90) e a porção de gurjão de peixe com maionese de wassabi (R$ 42,90).
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Roman Izakaya: Ao lado do restaurante que leva seu nome, Shin Koike, chef japonês radicado em São Paulo, serve petiscos típicos dos botecos de sua terra natal. Duas pedidas acertadas são a macia língua de boi (R$ 24,00), cozida e depois grelhada, ao molho yakiniku (à base de shoyu e levemente adocicado), e o takodama (R$ 26,00), bolinho de polvo com molho dashi, de caldo de peixe. Para acompanhar as receitas, a mixologista Jessica Sanchez criou coquetéis de pegada asiática: bem temperado, o seven spoons reúne shochu (destilado de arroz), redução de massala e xarope de abacaxi (R$ 31,00). Para brindar com saquê, há uma lista de rótulos importados. Mais em conta, o da casa, nacional, custa R$ 76,00, na garrafa de 500 mililitros.
Vizinho: Eleita bartender do ano nesta edição do COMER & BEBER, Jessica Sanchez comanda o pequenino gastrobar no Vogue Square — e assina boa parte das cartas de drinques do complexo. No atraente balcão que ocupa praticamente todo o espaço, sob iluminação baixa e púrpura, a anfitriã e sua equipe preparam com maestria clássicos como bloody mary e moscow mule, mas também criam na hora receitas ao gosto do cliente, por R$ 29,00. Lançada em julho de 2017, a carta autoral reúne sugestões como o don’t kill my vibe (R$ 31,00), mistura ao mesmo tempo amarga e refrescante de gim, Cynar (aperitivo de alcachofra), Campari, soda e espuma de gengibre. Se a fome apertar, há poucas e certeiras opções para beliscar, a exemplo do sanduíche de costela de boi desfiada com molho de gorgonzola e queijo da Serra da Canastra derretido (R$ 29,00).
- Recreio
Creative Bar: Figura querida entre profissionais da coquetelaria, o uruguaio Fabián Martinez abriu e comanda o lugar — desde o começo do ano, ele conta com o auxílio, no balcão, do experiente Gustavo Stemler, ex-Meza Bar. Dentro de um centro comercial, o espaço tem agradável área externa, em parte coberta, salão com balcão e decoração inspirada nos anos 20. Drinques, claro, são o forte. O françois leva vodca Grey Goose, morangos, limão-siciliano e manjericão (R$ 32,00). Uma das variações do gim-tônica, o picasso leva infusão de chá de frutas vermelhas e alecrim (R$ 26,00 ou R$ 35,00, dependendo do gim). Na longa lista de spritz, o negroni sbagliato é feito com espumante, Campari, vermute tinto e laranja (R$ 24,00 ou R$ 69,00 a jarra de 1 litro). Da cozinha, prove delícias como o ceviche nikkei (R$ 33,00), cubos de salmão com cebola-roxa, pepino, pimenta, gergelim e molho oriental. Às quintas acontece o Mojito Day: Martinez prepara, e ensina para quem quiser, cinco releituras do drinque, vendidas por apenas R$ 10,00 cada uma.
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A Fonte Choperia: Inaugurado no fim de 2016, é um simpático reduto de chope artesanal. No fundo do pequeno salão, que conta com um mezanino decorado por temas cervejeiros, doze torneiras fazem a alegria dos clientes. Duas delas são fixas: a pilsen Noi Bionda (R$ 9,00) e a APA Labirinto Trip (R$ 14,90), ambas servidas em copos de 300 mililitros. As demais mudam constantemente. Uma saída é pedir a régua de degustação com cinco variedades em copos de 100 mililitros (R$ 28,90). Para petiscar, invista nas linguiças de produção própria (R$ 22,90 cada pedido, acompanhado de farofa e molho), todas feitas com cortes selecionados e frescos de pernil e lombo suíno. Os embutidos de alho torrado e de pimenta biquinho estão entre os mais pedidos. Também vale a visita a torre de polenta crocante com lascas de queijo parmesão e molho de gorgonzola (R$ 19,00). Hambúrgueres na loja ao lado, dos mesmos sócios, podem ser pedidos no local.
Pesqueirinho Beach Lounge: Filhote do Pesqueiro, na Barra, o quiosque aberto no fim de 2016 é uma graça: tem bancos de estilo provençal e cobertura que simula um aquário. Mais cobiçados, os espaços de lounge na areia e no deque só podem ser ocupados sob reserva. O atendimento pode ser demorado, mas o bem executado cardápio da chef Monique Gabiatti traz saborosas receitas de frutos do mar, a exemplo dos anéis de lula crocantes com aïoli (R$ 48,00). Um carro-chefe são as patolas de caranguejo com farofa de biju, vinagrete de pimenta biquinho e limão-siciliano (R$ 38,00, dez unidades). A carta, assinada por Alex Mesquita, tem dicas como o frozen de frutas vermelhas, cranberry e tequila (R$ 30,00). De quinta a domingo, DJs embalam o programa ao som de house e lounge, despejados das caixas de som em gravações nos outros dias.
- Jacarepaguá
Art Chopp: Fundador do negócio, Fernando Freitas não queria que o filho fosse dono de botequim, mas hoje toca a empreitada ao lado do herdeiro, Diogo, e da mulher dele, Kelly. A comida por lá goza de boa fama e chega à mesa em porções generosas. De nome curioso e comprido, o xô, só tinha banana verde e rocambole, custa R$ 39,90. Trata-se de um rocambole de carne carregado nas especiarias, ladeado por rodelas crocantes de banana frita. Igualmente saboroso, o bolinho de rabada com agrião é empanado em Sucrilhos — acredite, funciona! A unidade sai a R$ 6,50 e a porção com seis é servida por R$ 36,90. Para mesas grandes, a larica do diogo é uma impressionante porção de 2,4 quilos que traz picanha, drumetes na mostarda e linguiça acebolada na cachaça (R$ 135,90). Para beber, há chope (R$ 6,80, 350 mililitros) ou cerveja (R$ 11,50), ambos da Heineken.
Fábrica Nômade: No lugar de uma antiga oficina de 300 metros quadrados, o espaço aberto em janeiro de 2017 já virou point cervejeiro na região. No ambiente de decoração industrial, um contêiner com doze torneiras serve chopes exclusivamente cariocas. A Motim tem lugar cativo, com rótulos como o hoppy lager Hell de Janeiro (R$ 15,00, 300 mililitros; R$ 20,00, 450 mililitros). Em dias mais quentes, a Röter Summer Ale (R$ 13,00 e R$ 17,00, respectivamente) costuma fazer sucesso. A hegemonia local só é quebrada pelas frequentes invasões de cervejarias de outros estados. Antes abastecido por food trucks convidados, o espaço agora tem cozinha própria, especializada em churrasco americano. Do defumador saem pedidas como o sanduíche de costela defumada desfiada, com barbecue e cole slaw (salada de repolho) no pão de milho (R$ 24,00). Outra dica: croquetes de brisket, peito bovino defumado (R$ 18,00, três unidades).
+ Confira os melhores bares de Ipanema
Nordestino Carioca: Diz o dito popular que “o olho do dono é que engorda o porco”. De acordo com a máxima, o paraibano Roberto Araújo comanda seu negócio bem de perto: ele mora lá. Para quem curte a cozinha nordestina, esta é uma das melhores opções na cidade. Comprove isso começando pelo caldinho de mocotó (R$ 16,00) ou pelo elas e elas, porção de linguiça flambada na cachaça com melaço de rapadura, aipim frito, carne de sol e farofa de cuscuz (R$ 33,00). O trio nordestino traz três pastéis de recheios distintos, carne de sol, queijo de coalho com cebola-roxa e cordeiro, ladeados por maionese de hortelã e geleia de pimenta (R$ 33,00). Entre os pratos principais, um clássico é a picanha de carne de sol com aipim frito e cozido, arroz, feijão-tropeiro, farofa e molho à campanha (R$ 99,00). Na carta com 120 rótulos de cachaça, a Saqueira (R$ 9,00 a dose) vem da terra natal do proprietário. As cervejas são das marcas Brahma, Antarctica (R$ 9,00 cada uma), Bohemia e Original (R$ 11,00).