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Ed Motta reclama de taxa cobrada por restaurantes e chefs rebatem

Taxa de rolha cobrada de quem leva o próprio vinho foi criticada. "Ed Motta, você leva colchão pra hotel e pede desconto?", indagou Thomas Troisgros

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 Maio 2018, 17h23 - Publicado em 22 Maio 2018, 17h04
Treta Ed motta
(Instagram/Reprodução)

O cantor Ed Motta criticou, por meio do Instagram, os restaurantes Lasai e Oteque por cobrarem taxa de rolha de 150 reais de clientes que levam os próprios vinhos. Ele classificou a suposta medida das casas como “política classicista” e as chamou de “puxa saco de gente rica”. No final da publicação, desabafou: “desprezível”. O chef Rafa Costa e Silva, do restaurante Lasai, rebateu a crítica em post na mesma rede social: “Tenho uma maravilhosa sommelier que faz um espetacular trabalho e tem um salário, que devo pagar, que sai das vendas dos vinhos! Tenho taças de cristal, que você adora, e que custam em média R$ 40 a peça… Eu também tenho que pagar as quebras e reposições… Você acha que isto cai do céu? NÃO! Eu cobro rolha e tenho uma política que acredito ser super justa e honesta. Se você não acha, BEM, NÃO VENHA, você não é bem-vindo!” O embate gerou discussão sobre a taxa que alguns restaurantes cobram pelo serviço e levou alguns mestre-cucas estrelados a se posicionarem sobre o assunto.

Felipe Bronze, chef do restaurante Oro, duas estrelas no Guia Michelin, disse: “As pessoas não entendem a complexidade desse negócio. Já está mais que na hora da restauração ter seus custos discutidos. Sem falar que nunca vi ninguém execrar um carro BMW ou uma bolsa Hermès pelo preço; lembrando que todo mundo pode escolher comer e beber em outro lugar. Restaurantes são negócios como outro qualquer, obedecem a uma lógica de vendas, faturamento e lucro (quando tem). Isso precisa ser compreendido. Urgentemente.”

Thomas Troisgros, do também estrelado Olympe, questionou: “Ed Motta, você leva colchão pra hotel e pede desconto?”. Pedro de Artagão, à frente da cozinha de restaurantes como Irajá, Formidable e Azur, também se manifestou contra quem não entende (ou não quer entender) a política da rolha: “Restaurante não é banco de praça. Traz bolo pra cantar parabéns, traz vinho, já, já tá trazendo um bife pra você grelhar… Fala sério”.

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