COMER & BEBER 2017/2018: restaurantes tradicionais

Confira a seleção dos melhores endereços dessa categoria

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 jul 2017, 18h00 - Publicado em 28 jul 2017, 18h00
Nhoque de beterraba do Alcaparra
Alcaparra (Divulgação/Divulgação)
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A edição especial VEJA COMER & BEBER Rio apresenta os melhores restaurantes da cidade. Abaixo, a seleção dos restaurantes tradicionais:

Alcaparra: A decoração aconchegante da arquiteta Bianca da Hora é um convite para aproveitar a boa mesa sem pressa, sem hora. No restaurante no Flamengo, o ambiente tem certa elegância atemporal. Durante o almoço, aproveite as sugestões do chef, que costuma ter boa relação entre custo e benefício. No menu à la carte, o carpaccio tradicional de carne (R$ 35,80) é escolha sem erro. Outro bom caminho para começar é o crepe de salmão (R$ 33,50), de recheio suave, uma mistura do peixe fresco com um molho cremoso. As massas são em sua maioria de fabricação própria, a exemplo do nhoque bicolor com gorgonzola (R$ 59,50) e do ravióli de ricota, noz-moscada e limão-siciliano (R$ 64,80). O capítulo de risotos elenca sete pedidas fixas, entre elas o preparo com arroz arbóreo e marreco desfiado em seu molho (R$ 65,90). O doce final é garantido pela delicada pera assada com gengibre e servida com sorvete (R$ 22,00).

Alvaro’s: Com mais de meio século de história, o salão sóbrio e indevassável é protegido por uma porta de madeira larga. O começo mais usual entre os habitués passa pela casquinha de siri (R$ 22,00) ou pelo pastel de catupiry (R$ 6,00). Fiel às tradições, o cardápio sugere o renegado coquetel de camarão VG ao molho golf, a incríveis R$ 148,00, por duas unidades do crustáceo. Na hora do almoço há sugestões de pratos do dia a preços mais amigáveis, como o ossobuco estufado com arroz de açafrão e batatas coradas (R$ 48,00) servido às terças. Uma seção de cinco receitas com língua tem opções para diversos gostos, como o preparo escoltado por arroz à piemontesa (R$ 63,00). Clássico, o picadinho que leva o nome do restaurante (R$ 80,00) é feito com filé-mignon na manteiga, ovo e banana fritos, além de arroz e farofa. Termine a refeição com a sobremesa mais pedida: o romeu e julieta tradicional, de goiaba com catupiry (R$ 14,00).

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A Marisqueira: O negócio inaugurado há mais de sessenta anos continua sob a batuta do português Joaquim Soares de Almeida. Na entrada se avista a vitrine refrigerada com os pescados que vão abastecer pratos em porções para duas pessoas. O início com bolinho de bacalhau (R$ 5,00), dos melhores da cidade, já prepara o corpo para o banquete a seguir. Receita famosa, o bacalhau à mario soares ganhou o nome do ex-presidente de Portugal, que visitou a casa. Trata-se de uma sugestão com postas fritas no alho, batata-calabresa, champignon, molho de pimentão, tomate e cebola (R$ 175,00). Única sobremesa feita na casa, o pudim de leite (R$ 10,00) faz bonito, mas é ofuscado por diversas opções de doces portugueses terceirizados (como a maioria por aí), entre eles o pastel de nata (R$ 12,00), o toucinho do céu (R$ 13,00) e os ovos moles de Aveiro (R$ 12,00).

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Cosmopolita: Berço do famoso filé à oswaldo aranha, o restaurante com porta de saloon ocupa um casarão na Lapa desde o começo do século XX. Lá, o diplomata e ministro Oswaldo Aranha (1894-1960) acostumou-se a fazer seu pedido especial durante o almoço: filé coberto por alho frito, acompanhado de arroz, farofa e batata portuguesa. A história do nascimento do prato típico, que remonta à década de 30, ajuda a sustentar a casa. É preciso despender R$ 53,00 para provar o prato batizado com o nome do ilustre freguês, em porção generosa para uma pessoa. A versão maior, ideal para dividir, sai por R$ 105,00, com aumento também da quantidade de guarnições. Comece pelos bolinhos de bacalhau: doze unidades por R$ 26,00. Antes da conta, um belo naco de goiabada com catupiry (R$ 12,00) completa a visita.

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Garden (divulgação/Divulgação)

Garden: Camarão, pato, bacalhau e risoto são alguns dos temas de festivais já promovidos pelo tradicional ponto no Jardim de Alah, reduto de pratos saborosos e fartos. Duas entradas famosas são o brie gratinado coberto por geleia de damasco e o ceviche de frutos do mar (R$ 45,00 cada pedido). Na etapa principal, fazem sucesso receitas que alimentam muitas bocas. É o caso da paella de frutos do mar com açafrão, que reúne camarão, lula, polvo e cherne (R$ 240,00, até quatro pessoas), guarnecida de arroz. Outro pedido recorrente, a paleta de cordeiro assada (R$ 182,00, para dois) é servida com molho de hortelã e batatas ao forno. A doçura final pode vir do bolinho de chocolate quente com sorvete de creme e calda de chocolate (R$ 29,00). Nos fins de semana há bufê de feijoada, aos sábados, e de cozido, no domingo (R$ 89,00 por pessoa), entre 12h e 18h.

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João de Barro: Com nome em homenagem a um frequentador assíduo — o apelido do compositor Braguinha (1907-2006) —, o endereço no Centro serve receitas clássicas, a exemplo do coquetel de camarões (ou cocktail, conforme grafado no cardápio) flambado no conhaque, servido em taça de martíni com molho golf (R$ 95,00), sugestão de entrada. Na hora de escolher o prato principal, é preciso ter em mente que mesmo as sugestões marcadas no cardápio como individuais podem ser divididas por dois. Entram nessa lista o filé à bordelaise (R$ 68,00), preparado com molho de carne, cebola e cenoura picadas, mais guarnição de batata rosti. Campeão de pedidos, o badejo à joão de barro (R$ 88,00) traz filé de peixe grelhado ao molho de alcaparras, camarões e champignon, na companhia de palmito na manteiga, ervilhas e batata sautée. Na hora da sobremesa, o conhaque também entra em cena para flambar a banana, coberta por sorvete de creme de calda de laranja (R$ 30,00).

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Málaga: O processo de revitalização do Centro levou o simpático proprietário Augusto Vieira a abrir também aos sábados. Apesar do nome do restaurante, inspirado na cidade natal do pintor espanhol Pablo Picasso, a cozinha não se limita à influência espanhola. Ao leitão à bairrada (R$ 110,00, individual; R$ 600, inteiro, para seis pessoas), especialidade portuguesa que é a receita mais popular do negócio, juntou-se mais um prato arrasador: o cabrito assado no molho de cebolas, batatas calabresas e brócolis (R$ 85,00, individual). Outra pedida especial deve ser encomendada com antecedência. Trata-se do leitãozinho assado por oito horas, levado à mesa com farofa e batatas coradas. Receita descomplicada, ideal para aplacar a fome de uma pessoa, o bacalhau às natas na tigelinha custa R$ 15,00. Na seção dos doces, o tiramisu (R$ 18,00) é a única sobremesa de produção própria.

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Metrô: A casa fica meio escondida, no subsolo de um prédio próximo à Câmara dos Vereadores, mas não é segredo para os trabalhadores das redondezas. Em um dos salões vigora a cobrança por quilo (R$ 57,90), enquanto no outro o serviço é à la carte. Para começar, a porção de bolinhos de bacalhau (R$ 18,00, oito unidades) é quase irresistível. O peixe também brilha no prato mais pedido, o bacalhau à lagareiro (R$ 98,00, meia-porção). Batizado com o nome do negócio, o filé de badejo ao metrô (R$ 95,00, até duas pessoas) chega à mesa grelhado com camarões, batata sautée e molho de alcaparras. A semana também traz pratos do dia, a exemplo da costela com agrião (R$ 51,00) das terças-feiras. Alguns fregueses dão a sorte de almoçar conversando com o português J.R. Antunes, 82 anos, um dos sócios da casa, que faz questão de bater ponto diariamente. Doçura mais pedida, o creme de papaia com licor de cassis custa R$ 20,00.

Rio Minho: Trata-se do mais antigo restaurante em atividade na cidade, frequentado por clientes ilustres, a exemplo do barão do Rio Branco (1845-1912). A clássica sopa leão veloso nasceu ali, na década de 20, inspirada pelo então embaixador do Brasil na França. Ele batizou o caldo preparado com cabeça de peixe, camarão, polvo, lula e mexilhão, uma adaptação tropical da bouillabaisse francesa que até hoje é um dos carros-chefe locais (R$ 197,00). À frente do negócio há mais de três décadas, o galego Ramon Isaac incluiu no cardápio a peixada elaborada na casa pelo amigo e filólogo Antônio Houaiss (1915-1999), prato que leva seu nome. Trata-se de uma posta de peixe grelhada, servida com batatas torneadas em molho de vinho branco, alho e açafrão espanhol, coberta por camarão VG e cavaquinha grelhados (R$ 218,00). As robustas porções podem ser divididas por ao menos duas pessoas. Feitos pelo próprio Isaac, os bolinhos de bacalhau (R$ 52,00, oito unidades) funcionam bem como aperitivo. No balcão do lado de fora são servidos pratos mais em conta, em porções individuais.

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