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Esquinas do Esporte

Por Alexandre Carauta, jornalista e professor da PUC-Rio Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Pelos caminhos entre esporte, bem-estar e cidadania
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Escalada térmica exige ajustes nas atividades esportivas ao ar livre

Hidratação reforçada e recalibragem do exercício físico estão entre os cuidados para conter os riscos derivados da exposição ao calor intenso

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3 out 2024, 09h22
Prática regular de exercícios físicos é componente importante para uma boa qualidade de vida. (Shutterstock/Reprodução)
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Cariocas gostam de calor, exalta Calcanhoto. Dias ensolarados iluminam nossa cultura praiana, nossa alma de sereia. A saúde exige que calibremos tal afinidade à escalada das temperaturas.

Meteorologistas preveem frequência crescente da sensação térmica acima dos 40 graus. Retrato do descaso ecológico, o novo padrão climático requer adaptações na prática esportiva ao ar livre para a qual a cidade é vocacionada.

A exposição prolongada ao calorão desgasta até corpos bem condicionados. Pode causar desde desidratação e náusea até desmaio e colapsos cardiovasculares.

Os riscos aumentam quando o calor severo é acompanhado de comorbidades (diabetes e hipertensão arterial, por exemplo). Forma-se uma tempestade perfeita.

Para manter a atividade física estimulante, benéfica e segura, convém seguir as dicas de organizações como o Colégio Americano de Medicina Esportiva e a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Abaixo, uma síntese desse manual de sobrevivência ao forno atmosférico:

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  • Checagem prévia: antes de iniciar uma rotina esportiva, faça check-up médico e avaliação funcional. Essas análises indicam exercícios adequados à individualidade biológica, ou seja, às características e necessidades de cada pessoa.
  • Atividade sob medida: é preciso conciliar a prática esportiva com os traços e objetivos individuais. O tipo, o volume e o vigor do exercício devem estar compatíveis às condições orgânicas. Senão, a atividade tende a ficar desestimulante e perigosa.
  • Equilíbrio primordial: a segurança, o estímulo e os benefícios da atividade esportiva dependem, entre outros fatores, da harmonia entre a quantidade e a intensidade empregadas. Este equilíbrio crucial deve ser calibrado às exigências impostas pelo aumento térmico.
  • Hidratação reforçada: a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo individual de um litro e meio de água, em média, por dia. É necessário ajustar a hidratação à frequência, à duração e à intensidade do exercido. Sob calor forte, beba mais água antes, durante e depois da atividade física.
  • Roupa leve e adequada: a adequação do traje ao esporte praticado favorece o rendimento, o conforto, e reduz o risco de contratempos. Clima quente sugere roupa leve, para não dificultar o equilíbrio térmico corporal. Tecidos que não retêm suor são bem-vindos.
  • Proteção indispensável: boné, viseira, óculos escuros e protetor solar constituem a defesa contra os raios ultravioletas, principais causadores do câncer de pele. Dermatologistas alertam: protetor deve ser usado mesmo em dias nublados, de acordo com cada tipo de pele.
  • Respeito aos sinais: a prudência precisa caminhar ao lado da prática esportiva. Sintomas como enjoo, tontura e respiração ofegante indicam que o exercício deve ser interrompido imediatamente.
  • Regularidade ajustada: a OMS recomenda ao menos 150 minutos semanais de atividade moderada. O hábito previne diversas doenças, de obesidade a câncer. Sob alta temperatura e baixa umidade, é preciso dosar os exercícios para não deixá-los extenuantes e mantê-los benéficos à saúde.

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PUC Esporte Clube

O universo esportivo movimenta os pilotis da PUC. Bate-papos, oficinas, exposições, sessões de cinema e jogos se estendem de segunda (7) a sábado (12).

A 1ª Semana de Esportes da PUC-Rio reúne, por exemplo, apresentações de futmesa e badminton; mesas-redondas sobre literatura esportiva, participação feminina na área, inclusão; e feira de camisas antigas, como a vestida por Zico em 1981. O cardápio inclui a exibição dos documentários “Bola pro alto” (2023, Cecília Lang) e “Vanderlei: pernas, cabeça e coração” (2023, COB), quarta-feira (9), respectivamente às 11h e às 15h. Os filmes foram selecionados pelo idealizador dos festivais Cinefoot e CineEsporte, Antonio Leal.

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Gigantes em dose tripla

A série Gigantes do Museu, reuniões de ex-jogadores organizadas pelo Museu da Pelada, desdobra-se em três encontros na próxima semana: terça (8), às 19h, na Cobal do Humaitá, com bambas alvinegros, como Nei Conceição e Nilson Dias; quinta (10), às 15h, na PUC, em papo mediado pelo jornalista Sérgio Pugliese, fundador do Museu; e sábado (12), às 12h, no Boa Praça do Leblon, com o tricampeão mundial Brito.

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Alexandre Carauta é jornalista e professor da PUC-Rio, integrante do corpo docente da pós em Direito Desportivo da PUC-Rio. Doutor em Comunicação, mestre em Gestão Empresarial, pós-graduado em Administração Esportiva, formado também em Educação Física. Organizador do livro “Comunicação estratégica no esporte”.

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