Carta ao leitor: hora de virar a mesa
Pesquisa exclusiva de VEJA RIO, realizada com 150 chefs e restaurateurs, mostra as adaptações no serviço, na comida e na segurança na reabertura das casas
Em busca de distração nos dias de confinamento, muita gente aventurou-se pela cozinha. Multiplicaram-se os padeiros, boleiros e chefs de Instagram. Mas vamos combinar: saudade do conforto e dos sabores de um bom restaurante, né, caro leitor? A recíproca é verdadeira.
Nestes tortuosos meses de pandemia, profissionais da gastronomia se desdobraram para sobreviver à temporada de portas fechadas e adaptar seus empreendimentos seguindo as regras de flexibilização. Quem é do ramo sabe que o caminho vai ser longo: segundo pesquisa exclusiva de VEJA RIO, realizada com 150 profissionais, o movimento não tem ultrapassado os 25% na maioria das casas.
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Para complicar, os primeiros passos da retomada foram manchados por tristes notícias de falências de redutos conhecidos e pelo mau comportamento de cariocas aglomerados nos points da cidade. Reconquistar a confiança da clientela é parte da missão.
O levantamento com chefs e restaurateurs que chega à capa desta edição revela, ainda, as principais mudanças no serviço e na comida, promovidas para garantir a segurança de todos, a sobrevivência dos negócios e, ao mesmo tempo, a satisfação dos desejos gastronômicos daqueles que andavam sentindo falta de uma refeição apetitosa fora de casa.
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Ao menos enquanto não houver vacina, estaremos diante de uma experiência diferente. Alguns empreendimentos já surgem adequados aos novos tempos. Um restaurante com cabines isoladas e pedidos feitos diretamente por aplicativo – modelo praticado em diversas cidades do exterior, como Amsterdã, Londres e Madri – foi inaugurado na Cidade das Artes, na Barra, como mostra a imagem acima.
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Os participantes da pesquisa promovida por VEJA RIO são parte de uma legião que se reinventa para oferecer seus cardápios dentro de todas as normas exigidas em tempos de Covid-19. E não custa lembrar: além de pilotar o fogão, eles botam a mesa, tiram a mesa e lavam a louça!
Fernanda Thedim, editora-chefe