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Prestes a voltar aos palcos, Moreno Veloso e Bem Gil fazem planos para o futuro

Músicos retomam parceria em show intimista no dia 2 de setembro. A convite de VEJA RIO, um entrevistou o outro

Por Marcela Capobianco
Atualizado em 27 ago 2021, 00h19 - Publicado em 25 ago 2021, 19h35

O músico Bem Gil, 36, hoje compositor, arranjador, produtor musical e multi-instrumentista, tinha 15 anos quando escutou pela primeira vez o disco Máquina de Escrever Música, do trio que Moreno Veloso formava com Domenico Lancelotti e Kassin.

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O filho de Gilberto Gil ficou enlouquecido pelo álbum. “O impacto que eu tive deve ter sido parecido com o que meu pai sentiu ao escutar Chega de Saudade, de João Gilberto, no final dos anos 50”, conta.

Embora Moreno tenha visto Bem nascer, o filho de Caetano é 13 anos mais velho e a amizade entre os dois – quase primos – só surgiu na idade adulta. Em 2019, eles dividiram o palco pela primeira vez, após um convite despretensioso. O encontro deu certo e eles chegaram a se apresentar na capital mineira e em Salvador.

À época, eles queriam ter feito uma canção juntos, mas não tiveram tempo. Um show marcado para o início de 2020 foi adiado para o próximo dia 2 de setembro, no JClub, no Flamengo, e eles finalmente vão poder mostrar a parceria de letra e música aos fãs. Surpresas, é claro, estão sendo preparadas.

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A convite de VEJA RIO, Moreno Veloso e Bem Gil entrevistaram um ao outro.

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Confira o bate-papo:

Moreno Veloso entrevista Bem Gil:

MV: Bem, esse é o seu primeiro show com público presente em tempos de pandemia? Como você se sente em relação a isso?

BG: No Brasil, sim. Em novembro do ano passado acompanhei Adriana Calcanhotto em cinco shows por Portugal. Demos a sorte de chegar por lá um pouco antes da segunda onda da Covid-19 na Europa, que foi bem braba. Assim que voltamos de Portugal o bicho pegou por lá, infelizmente, com alto número de mortes. Também participei de algumas lives, mas sem público.

MV: Quais surpresas você está pensando em preparar para o show do dia 2 de setembro?

BG: Teremos surpresas, sim. O simples fato de termos ficado tanto tempo sem tocar já faz com que a gente traga novidades para o repertório, né? Um rio nunca passa duas vezes pelo mesmo lugar. Então posso adiantar que teremos novidades, mas prefiro manter o mistério.

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MV: Existe algum projeto artístico seu que vai aparecer em breve?

BG: A expressão “em breve” está ainda mais misteriosa hoje em dia. A gente nunca soube do futuro, mas agora, com o vírus, ficou ainda mais difícil trabalhar com prazos e previsões. A ideia é que eu grave um disco dedicado a um repertório autoral, algo que eu ainda não tenho. Tenho músicas gravadas em diversos álbuns, mas falta esse compilado. Esse é um plano que será executado em breve, se é que podemos falar assim.

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Bem Gil entrevista Moreno Veloso:

BG: Você ficou um tempão sem tocar violoncelo, depois do instrumento ser roubado em 2018. Descolou um novo?

MV: Sim, logo antes do início da pandemia eu tinha conseguido um violoncelo. Passei a maior parte da quarentena relembrando como é tocar esse instrumento que eu amo. Pretendo tocar uma música instrumental nesse show que a gente vai fazer junto. Não é fácil, mas como estaremos só nós dois no palco, talvez seja possível. Vamos torcer para que eu consiga tocar direitinho em público.

BG: Vem disco novo por aí?

MV: Sim, já estou em estúdio. Tenho, inclusive, a estrutura com as músicas que pretendo incluir. E, claro, conto sempre com a ajuda dos amigos. Já gravei uma canção com o Bruno di Lullo, compus uma música sozinho que convoquei o meu irmão Tom (Veloso) para tocar violão. Espero que você também participe. É difícil mesmo saber de prazos em meio à pandemia, mas em breve esse disco vai sair do forno. Não sei se alguma música do disco vai aparecer no nosso show, mas tudo pode acontecer, não é?

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BG: Durante o período de isolamento social você manteve a força criativa?

MV: Eu toquei e ouvi muito mais música do que compus na pandemia. Mas, com a ajuda dos amigos, produzi algumas coisas. O Carlos Rennó me mandou uma letra e eu consegui colocar uma letra – acho isso bem mais difícil que o contrário – e o Domenico Lancelotti me mandou uma letra e eu fiz uma música. Fiquei muito feliz com esses trabalhos. Costumo colocar meus filhos para dormir com música e, desse hábito, nasceram duas canções de ninar para aumentar minha coleção de músicas para a Rosa e o José. Então, tenho quatro músicas novas e quem sabe posso apresentar algumas no nosso show.

Qui. (2), 21h. Casa Julieta de Serpa. Praia do Flamengo, 340, Flamengo. . R$ 80,00. Ingressos pela Sympla. Outras informações no site do JClub.

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