Boemia o ano todo! Confira lista de mais de 120 bares para conhecer no Rio

Em VEJA RIO COMER & BEBER, há novidades que acabaram de abrir as portas, a exemplo do Calica, Isca, Bar de Sto António, Otí e Portinha

Por Pedro Landim, Juarez Becoza e Juliana Goulart
Atualizado em 24 nov 2024, 15h38 - Publicado em 14 nov 2024, 06h01
QUARTINHO
Quartinho: vice-campeão na categoria para ir a dois de VEJA RIO COMER & BEBER (Berg Silva/Divulgação)
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ZONA CENTRAL

Centro e arredores

Alfa Bar e Cultura. Referência no mundo cervejeiro e cultural do Centro da cidade por mais de uma década, o Al Farabi da Rua do Rosário fechou em 2017 e reabriu sete anos depois, rebatizado e repaginado, num espaço bem mais modesto, entre a Rua do Mercado e a Orla Conde, ao lado da Praça XV. Naquele momento, as sócias Evelyn Chaves, Cândida Carneiro e Mônica D’Ângelo ainda não tinham ideia de que o salão estreito, comprido e pouco convidativo se tornaria irrelevante frente ao sucesso fulminante das rodas de samba ao ar livre, que acontecem todo fim de semana, atraindo multidões e ajudando a reconstruir a vocação da região. A barrinha de torresmo (R$ 22,00) e o croquete de carne louca com jiló lideram a preferência dos amantes da batucada. Já no almoço, servido de quarta a sexta, o picadinho carioca (R$ 49,00) e o bobó de camarão (R$ 52,00) valem a pedida. Rua do Mercado, 34, Centro, ☎ 3553-1518 (70 lugares). 12h/17h (qua. e sex. até 21h; fecha dom. a ter.). @alfa_bar_e_cultura. Aberto em 2023.

Armazém Senado. É impressionante a transformação pela qual passou a Rua do Senado nos últimos três anos, grande parte graças a esta centenária casa. Tudo começou a mudar quando as até então discretas rodas de samba de sábado à tarde começaram a atrair gente famosa — do prefeito Eduardo Paes ao ator Humberto Carrão. Hoje, as apresentações musicais chegam a fechar a rua e garantiram ao estabelecimento o segundo lugar na categoria roda de samba em VEJA RIO COMER & BEBER. Por sorte, os irmãos Antônio Henrique e Fernando Magalhães Pires jamais esmoreceram. A tradição da cerveja de garrafa no copo americano se mantém, assim como os frios expostos no balcão. Encostar no salão em dias de casa vazia bebericando um casco gelado (o de Spaten sai a R$ 16,00 e o de Becks, a R$ 18,00) e comendo porções de salaminho (R$ 25,00) ou tremoços (R$ 15,00) é um programa inesquecível. Sem falar nos cardápios de cachaças artesanais e de vinhos, a ótimos preços. Avenida Gomes Freire, 256, Centro, ☎ 2509-7201 (40 lugares). 9h/19h (sáb. até 20h; fecha dom.). @armazem.senado. Aberto em 1907.

Bafo da Prainha. Há dois anos figurando entre os bares premiados de VEJA RIO COMER & BEBER (melhor botequim, em 2022, e melhor batida, em 2023), o empreendimento, de Raphael Vidal, segue amealhando loas com seu ambiente único, ao ar livre, em meio ao casario do Largo de São Francisco da Prainha. A batida mamata, de maracujá com gengibre, segue vendendo como água (R$ 12,00 o copo), ao lado das cervejas em cascos de 600 mililitros (a Spaten sai a R$ 16,00), ideais para acompanhar porções de nomes espirituosamente cariocas. O caldinho de feijão que vem com espeto de coração de galinha e ovo de codorna na brasa (R$ 22,90) se chama levante. Já o sanduíche buraco quente tem pão sacadura com costela no bafo e creme de queijo (R$ 39,90). Mais recentes no cardápio, as costelinhas de milho são interessantes cortes de espigas assadas na brasa e temperadas com páprica defumada picante (R$ 25,00). Largo São Francisco da Prai­nha, 15, Saúde, ☎ 97279-6628 (192 lugares). 11h/21h (fecha seg. e ter.).@bafodaprainha. Aberto em 2021.

Bar do Omar. O ponto, passado de pai para filho, nasceu como uma birosca improvisada que vendia hambúrguer e cerveja e hoje é ponto de encontro da esquerda boêmia carioca. O bar estampa na parede uma imagem do presidente Lula, pintado por Rafa Mon, e nunca abre ou fecha em hora cheia, mas sim no minuto 13. É de propósito. Essa brincadeira político-ideológica pode vir acompanhada do famoso sol d’omar, carne de sol escoltada por aipim na manteiga e farofa (R$ 59,00). Se preferir um sanduba, o omacburguer pai (R$ 30,00) vem com duas carnes, queijo e cebola dourada no shoyu. Para molhar a garganta, há cervejas de diferentes marcas a partir de R$ 15,00 (600 mililitros) e uma recente carta de cachaças que destaca rótulos fluminenses. De sexta a domingo, os sambas lotam a subida do Morro do Pinto, o que mantém o bar no pódio de VEJA RIO COMER & BEBER desde que recebeu o prêmio, em 2022. Rua Sara, 114, Santo Cristo, ☎ 99591-5032 (270 lugares). 17h13/0h13 (sáb. a partir das 15h13; dom. 15h13/23h13; fecha seg. a qua.). @bardoomar. Aberto em 2008.

Casa Omolokum. Na atual leva de bares inspirados em religiões de matrizes africanas na cidade, a Casa Omolokum é genuína e pioneira. Localizada entre a Pedra do Sal e o Morro da Conceição, desde 2017 o espaço oferece pratos inspirados em comida de terreiro, batizados em homenagem a diferentes orixás. O cardápio, criado pela chef Leila Leão e sua equipe, muda sazonalmente, mas há apostas sempre certeiras, como o acarajé omolokum (R$ 26,00 a unidade), servido com vatapá, caruru, saladinha de tomate e camarão, e o fumegante caldinho de sururu (R$ 26,00). O balcão de drinques traz criações poderosas à base de jambu, como o odara (R$ 25,00), mescla de manga, maracujá, gengibre e pimenta-rosa. Nos almoços de sexta a domingo, a casa oferece um menu completo, com entrada, prato principal e sobremesa (R$ 80,00, mediante reserva). Rua Argemiro Bulcão, 51, Saúde (50 lugares). 13h/18h (sáb. até 19h; fecha de seg. a qui.). @casaomolokum. Aberto em 2017.

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Cazota Bar. O churrasco de inspiração argentina começou numa laje da Rua Gomes Freire, há quase uma década, e agora ocupa o terraço de um casarão na Mem de Sá. Por lá também funciona um pequeno centro cultural. Sem frescuras, o bar, tocado pelo hermano Uriel e sua companheira, Natalie, oferece uma parrillada tipicamente cisplatina, do almoço até o jantar. Carnes e legumes são preparados numa brasa que foge da mesmice dos churrascos brasileiros oferecidos nas redondezas. Cortes originais e econômicos como a fraldinha black angus (R$ 110,00, 400 gramas) e o filé-mignon suíno (R$ 68,00, 500 gramas) vêm com acompanhamentos fartos, a exemplo da farofa panko e do chimichurri tipicamente argentino. E, como se trata de Lapa, e não de Recoleta, os drinques são bem brasileiros. O caju amigo (R$ 35,00) merece menção. Avenida Mem de Sá, 126, Lapa, ☎ 99333-3139 (200 lugares). 11h30/0h (ter. até 16h; sáb. 13h/19h; fecha dom. e seg.). @cazotabar. Aberto em 2017.

Cine Botequim. Resistente num Centro do Rio que por ora vive apenas na memória, o Cine Botequim aposta também na nova filial, inaugurada na Tijuca em 2023. Em ambas, a proposta é homenagear a sétima arte. O elenco das badaladas coxinhas não para de crescer. Já são vinte, incluindo as clássicas rambo (R$ 10,90), de frango com requeijão, e espartacus, de costela bovina e muçarela (R$ 12,90). Para fomes pesadas, o shrek do sertão une feijão-verde, bacon, calabresa, camarão e natas, com arroz e queijo de coalho (R$ 139,90, para dois). Cerveja de garrafa é a tradição, com a Heineken, a R$ 18,90, mas a carta de drinques é extensa. Destaca-se o berg silva, caçador de bares, tributo ao fotógrafo, falecido em 2022, com cachaça, fogo paulista, brasilberg, gengibre e angostura. Rua Conselheiro Saraiva, 39, Centro, ☎ 2253-1414 (120 lugares). 12h/22h (seg. até 15h; fecha sáb. e dom.); Rua Dona Zulmira, 111, Maracanã (100 lugares). 17h/0h (sáb. a partir das 12h; dom. 12h/22h; fecha seg.). @cinebotequim. Aberto em 2010.

Fatchia. Definido pelos criadores como um “pizza disco bar”, o espaço, recém-aberto, tem clima de festa em casa. O ambiente é bem intimista, num bonito sobrado decorado com abajures, quadros em estilo retrô e coleção de vinis. A casa é fruto de uma parceria dos empresários Edu Araújo e Jonas Aisengart com o DJ Rodrigo Facchinetti, que começou preparando em casa, para amigos, as pizzas de fatias retangulares, massa aerada e muito queijo. Para comer com as mãos, há sabores como pepperoni (R$ 32,00), que leva molho de tomate, mel picante e parmesão, e kale caesar (R$ 28,00), coberta com couve crocante e molho caesar. Já a apple pie traz maçã caramelizada e chantili de mascarpone (R$ 24,00). Na taça, o frutilly amarelo (R$ 34,00) é diversão certa, com Absolut Vanilla, maracujá, manga, xarope simples e iogurte. Rua Benjamin Constant, 8, Glória (50 lugares). 19h/1h (qua. e qui. até 0h; dom. 17h/23h; fecha seg. e ter.). @fatchia_pizza. Aberto em 2024.

Bares

Isca. Os pintxos nasceram nos balcões da praiana San Sebastián, no País Basco, e desembarcaram no litoral do Rio em versões dignas das praticadas no norte da Espanha. São petiscos que trazem preparos diversos sobre fatias de pão, espetados em palitos, do tamanho de três ou quatro mordidas. Pelas hábeis mãos da chef Tatiana Fernandes, que viveu uma temporada europeia e se apaixonou pelo estilo, o Isca abriu na Glória com mesinhas na calçada e no salão comprido, pintado em verde e branco. O balcão exibe opções como a que combina almôndega de camarão e bacon, com sweet chili e acelga no shoyu (R$ 18,00). Também há pedidas vegetarianas, como as de panqueca de milho com maionese de jalapeño e parmesão (R$ 14,00). Ou a deliciosa tortilha de batata com cebola caramelizada e aïoli (R$ 13,00). Chopes, cervejas e drinques acompanham, como o clássico Campari tônica (R$ 22,00). Rua do Russel, 724-A, Glória (35 lugares). 17h30/23h (dom. 15h/22h; fecha seg. e ter.). @_iscaisca. Aberto em 2024.

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Kim Pocha. Desde 2017 disseminando a culinária coreana em feiras gastronômicas pela cidade, Martin Kim e Priscila Lima abriram um pequeno estabelecimento no ano passado. Pocha é abreviação da palavra “pojangmacha”, que significa barraca de comida de rua — é isso que o local pretende ser, uma extensão das barraquinhas simples que servem pratos deliciosos. O tradicional bibimbap, com arroz oriental, legumes variados e cogumelos frios, ovo de gema mole e pasta de pimenta gochujang, pode vir nas versões com carne bovina, suína ou proteína de soja (R$ 58,00 cada um). O minicachorro-quente coreano, empanado e finalizado com açúcar, ketchup e mostarda (R$ 38,00, três unidades), é outro hit da casa. Para completar a experiência, tem dose de soju, destilado coreano, por R$ 17,00. Avenida Gomes Freire, 176-C, Lapa (18 lugares). 11h30/15h (sáb. 12h/15h; fecha dom. e seg.). @kimpocharj. Aberto em 2023.

Labuta Bar. Aberto há quatro anos na improvável Rua do Senado, na Lapa, o Labuta revolucionou a boemia e a gastronomia da região, trazendo vida nova e sabores há muito esquecidos por ali. Em clima despojado, o chef Lucio Vieira revisita a gastronomia popular com insumos de qualidade. Um primoroso croquete (R$ 9,00), o caldo de mocotó (R$ 23,00) e o sanduba de pernil (R$ 24,00) são alguns exemplos. O bar gerou frutos igualmente bem-sucedidos, como o Braseiro Labuta, na mesma esquina, e o Labuta Mar, que agita a Rua do Russel, na Glória. Osrissoles de camarão (R$ 12,00) estão entre os mais pedidos na estufa. Já do balcão frio sai o vinagrete de polvo (R$ 52,00). Avenida Gomes Freire, 256, loja dos fundos (entrada pela Rua do Senado), Centro, ☎ 3148-2156 (20 lugares). 11h/20h (fecha dom.).  @labuta_bar. Aberto em 2020. Labuta Mar: Rua do Russel, 450 B, Glória, ☎ 3268-7672 (29 lugares). 11h30/22h (fecha seg.).  @labuta_mar. Aberto em 2023. Braseiro Labuta: Rua do Senado, 65, Centro, ☎ 3179-0408 (70 pessoas). 11h30/21h (dom. e seg. até 17h). @labuta_braseiro. Aberto em 2023.

Estácio/Cidade Nova

Bar Sambódromo. Mais um exemplo da capacidade de renovação da cidade mesmo nos seus cantos mais improváveis, o local não é uma novidade para quem mora nas imediações da Passarela do Samba, na Rua Salvador de Sá. Sua qualidade gastronômica, contudo, foi descoberta apenas no ano passado. Servindo cerveja de garrafa (Heineken de 600 mililitros a R$ 18,00) no balcão ou em mesas na calçada, o bar foge da aridez da região e oferece pérolas raras aos comensais que vêm de longe para provar delícias como a copa lombo à parmegiana (R$ 35,00), a já famosa língua defumada à milanesa (R$ 48,00) e um pão de alho com polvo e pimenta, chamado de polvaralho (R$ 52,00) que é de tirar o chapéu. Para os fortes, rabos de galo ao estilo botequim do Rio Antigo (R$ 20,00) convivem em harmonia com negronis (R$ 25,00) e gins-tônicas (R$ 25,00). Avenida Salvador de Sá, 77, Cidade Nova, ☎ 2293-6703 (40 lugares). 8h30/22h (sáb. e dom. até 20h). @barsambodromo. Aberto em 1998.

Lapa

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Bar Brasil. Patrimônio cultural carioca, o Brasil é um dos bares mais tradicionais do país, com 117 anos de serviços na Rua Mem de Sá. Junte-se a isso o chope perfeito saído de uma serpentina de cobre e o ambiente digno de viagem no tempo, onde se destaca uma imensa geladeira de madeira também rara na cidade. A jornada pode começar na tradicionalíssima porção de pão preto com patê de fígado (R$ 46,00), passar pelo kassler à mineira com tutu de feijão e couve (R$ 139,00) e terminar no clássico bife à milanesa com salada de batatas (R$ 71,00) ou no joelho de porco frito (R$ 139,00, para duas pessoas). Gustavo Riveiro, herdeiro de um dos fundadores, tem a missão de renovar a casa sem perder a tradição secular, e trouxe para o vetusto salão uma carta de drinques contemporâneos, renovando a clientela e ajudando a afastar o fantasma do abandono que acometeu outros bares antigos da região. Avenida Mem de Sá, 90, Lapa, ☎ 2509-5943 (80 lugares). 11h/0h (dom. 11h/17h; fecha seg.). @bar.brasil. Aberto em 1907.

Santa Teresa

Armazém São Thiago. Membro do seleto clube de bares centenários do Rio, o local é muito mais conhecido como Bar do Gomes, nome de um antigo dono. O salão de ambientação antiga, com direito a prateleira de bebidas ao estilo farmácia, uma belíssima geladeira de madeira e um imponente balcão de mármore, é frequentado pela jovem boemia de Santa Teresa. O cardápio de bebidas é um paraíso para os apreciadores: são mais de 150 rótulos de cachaça, incluindo a icônica Havana (R$ 60,00). Além do chope Brahma (R$ 10,00 a caldeireta), há quinze opções de cerveja (Heineken de 600 mililitros a R$ 18,00) e trinta tipos diferentes de bolinhos, especialidade da casa. Ir até lá e não comer o recheado de batata-doce, gorgonzola e carne-seca (R$ 15,50) ou o sanduíche de pastrami (R$ 43,50) é como ir a Roma e não ver o papa. Rua Áurea, 26, Santa Teresa, ☎ 2232-0822 (50 lugares). 16h/0h (sex. e sáb. a partir das 12h; dom. 12h/23h). @armazemsaothiago. Aberto em 1919.

Bar do Mineiro. A morte, em julho deste ano, de Diógenes Paixão — fundador que transformou o boteco em galeria de arte, berço de rodas de samba e referência de boas cachaças e gastronomia — foi um baque para clientes mais assíduos. No entanto, a mítica do premiado bar permanece. Aos que visitam pela primeira vez, os pastéis de feijão (R$ 56,00 a porção com vinte) são quase obrigatórios. Já o triângulo mineiro é um bom caminho para conhecer os bolinhos de linguiça com queijo, jiló com linguiça e frango com quiabo (R$ 39,00, porção com dois de cada sabor). O caldo de vaca atolada (R$ 25,00) é imperdível, assim como a feijoada (R$ 145,00, para dois), eleita a melhor da cidade por VEJA RIO COMER & BEBER 2023/2024. A carta de cachaças traz quinze excelentes opções e as garrafas grandes de cerveja são conhecidas por sair do freezer “empoeiradas” (Original, a R$ 17,00, e Heineken, a R$ 21,00). Rua Paschoal Carlos Magno, 99, Santa Teresa, ☎ 2221-9227 (60 lugares). 11h/22h30 (dom. 11h/22h; fecha seg.). @bardomineiro. Aberto em 1989.

Birosca. O casarão aparentemente em ruínas guarda o charmoso Retrato Espaço Cultural e o descolado bar, cujo terraço atrai clientes de todas as tribos. O sócio e chef Rodrigo Sant’anna oferece petiscos inventivos, a exemplo dos croquetes de moela com mostarda fermentada na cerveja e limão da roça (R$ 23,00, dupla; R$ 49,00, cinco unidades) e das guiozas de barriga de porco com picles de maxixe e dashi de manjubinha com kombu (R$ 43,00, cinco unidades). Receita em alta entre a botecagem, os corações de galinha (R$ 27,00 a porção) vêm escoltados por manteiga de escargot e fatias de pão quentinho. Criações da bartender Andressa Girardelli compõem uma carta eclética, com drinques como o santa teresa mule (R$ 26,00), mescla de cachaça Magnífica Ipê, suco de limão, xarope de açúcar e espuma de banana com canela e coco tostado. O espaço também recebe música ao vivo e sets de DJs. Rua Benjamin Constant, 115 (fundos), Santa Teresa, ☎ 99228-1071 (40 lugares). 17h/22h (sáb. a partir das 13h; dom. 13h/21h; fecha seg. e ter.). @biroscarj. Aberto em 2021.

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Explorer Bar. Antes de mais nada, é preciso vencer o preconceito de achar que se trata de um “bar de gringo”. De fato, o casarão da Almirante Alexandrino já abrigou um hostel. Hoje o bar ocupa todo o espaço. Intimista e bem tranquilo, o lugar é muito bom para casais. Os coquetéis autorais são destaque, principalmente na happy hour de terça a quinta, quando o cliente paga um e bebe dois. O anarriê traz cachaça Magnífica, sour mix, xarope de pimenta-da-jamaica e chá de hibisco (R$ 34,00). Opção cosmopolita, o bourbon passion (R$ 39,00) combina uísque americano, redução apimentada de maracujá, Licor 43, Campari e suco de limão. Da cozinha, o arancino com parmesão com um toque de limão (R$ 38,00, seis unidades) e o prato de lula e camarão salteados na manteiga de alho (R$ 65,00) alimentam o clima romântico. Rua Almirante Alexandrino, 399, Santa Teresa, ☎ 97061-4486 (125 lugares). 17h/0h (sex. até 1h; sáb. 9h/1h; dom. a partir das 9h). @explorerbar. Aberto em 2017.

ZONA NORTE

Cachambi

Cachambeer. O Cachambi é uma festa. Especialmente no bar do vascaíno Marcelo Novaes, que 22 anos atrás comprou um boteco ao lado de casa e hoje comanda uma joia da gastronomia popular carioca. As tradicionais costelas marinadas por doze horas e assadas no bafo por mais seis (R$ 275,00, para quatro pessoas, com acompanhamentos) são as preferidas do prefeito Eduardo Paes, cliente número 1. Por lá, até a fila é divertida: pode-se esperar uma mesa bebericando uma tulipa do bem tirado chope Brahma (R$ 8,40), sempre geladíssimo, e mordiscando um pastel carregado de camarão, “sem creminho” (R$ 9,90). Uma vez acomodado, o cliente pode se deliciar com a porção do irresistível jilozinho crocante empanado no queijo parmesão (R$ 50,30) e uma clássica caipirinha de limão na cachaça (R$ 28,00). O bar acaba de inaugurar uma filial no TasteLab, do NorteShopping, com o mesmo cardápio e o já conhecido clima festivo. Rua Cachambi, 475, Cachambi, ☎ 3042-1640 (80 lugares). 12h/0h (ter. a partir das 17h; dom. até 18h; fecha seg.). @cachambeer. Aberto em 2002.

Irajá

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Bar da Peixaria Divina Providência. Vencedora da última edição do concurso Comida di Buteco não só no Rio, mas em todo o país, o local é um oásis na quente e movimentada Avenida Monsenhor Félix. E não é só pelo ar-condicionado no talo. Logo na entrada, o pastel de moqueca (R$ 10,90) e o pastel de polvo com paio (R$ 13,90) são monumentais preliminares enquanto se espera a chegada da principal atração do momento: os três bolinhos de moqueca com recheio de bacalhau e tapenade de azeitona preta (R$ 39,90) que se sagraram campeões na célebre competição. O chiclete de camarão com arroz (R$ 119,99), receita da legítima culinária alagoana, pode ser o ponto alto desta sequência. Vale experimentar as caipirinhas fartas de morango, limão, abacaxi ou maracujá (R$ 24,99) ou até mesmo aproveitar a garrafa de vinho verde em ótimo preço (R$ 50,00). Av. Monsenhor Félix, 565, Irajá, ☎ 97313-8989 (120 lugares). 11h/0h (ter. a qui. 11h/15h e 18h/23h; dom. 11h/18h). @bardapeixaria. Aberto em 2022.

+ As melhores comidinhas eleitas por VEJA RIO COMER & BEBER 2024

Grajaú

Boteco do Raoni. Quem conhece sabe que o Raoni é uma figura. E que o seu bar, escondidinho na Rua Barão de Mesquita, é um dos melhores lugares para beber cerveja artesanal e dar boas risadas. São mais de 120 rótulos na carta (coisa cada vez mais rara no Rio) e doze torneiras de chope, com giro constante de IPAs, stouts, sours e todos os tipos de ales, além da pilsen titular da casa (R$ 8,00, 300 mililitros). Jogos de tabuleiro e videogames estão disponíveis gratuitamente, ajudando a fidelizar clientes, que comem sanduíches como o canastrão (R$ 55,00), hambúrguer de 200 gramas com queijo da Serra da Canastra e bacon, e o chibata quente (R$ 32,00), que leva linguiça artesanal, queijo e farofa de bacon. Durante a semana tem almoço executivo a partir de R$ 30,00 e, aos sábados, o karaokê é disputado. Rua Barão de Mesquita, 965 B, Grajaú, ☎ 3570-6162 (80 lugares). 11h/0h (seg. a partir das 17h). @botecodoraoni. Aberto em 2018.

Enchendo Linguiça. O amor dos irmãos Fernando e Cláudio pela gastronomia alemã vem de longa data. Daí o joelho de porco pururucado, ao estilo do país europeu e assado em forno de padaria, ser uma especialidade da casa desde a inauguração (R$ 154,00, com duas generosas guarnições). Mais antigo que isso, só mesmo o fascínio pelas linguiças. O bar fabrica há dezoito anos as suas próprias, à vista do freguês, e tem uma “marca registrada”: a linguiça croc, enrolada na batata chips, vendida aos caminhões (R$ 98,00, meia-por­ção). Uma novidade do cardápio é a linguiça alemã (R$ 57,00), feita com carne de porco, regada com molho de cerveja e escoltada por salada de batata da casa. Às quartas, rola dose dupla de chope Brahma (R$ 10,80 a caldeireta). Além das cervejas tradicionais sempre geladas, a casa agora serve a consagrada Pilsner Urquell (R$ 59,00), a primeira pilsen da história. Avenida Engenheiro Richard, 2, Grajaú, ☎ 2576-5727 (150 lugares). 11h/0h (sex. e sáb. até 1h; dom. até 21h; fecha seg.). @enchendolinguica. Aberto em 2006.

Maracanã

Bar do Bode Cheiroso. A catinga que vinha do banheiro virou lenda nos anos 1950. Hoje, o aroma que chama atenção no tradicional ponto da boemia é o da estufa, repleta de delícias. Além do tradicional pastel de moela (R$ 11,00) e do rissole de carne com gorgonzola (R$ 14,00), os torresmos vêm em organização pitoresca: R$ 20,00 (inteiro, a famosa “barrinha de cereal” da casa), R$ 21,00 (fatiado em tiras) e R$ 22,00 (versão “dadinho”, picado). Sem falar no pernil com maionese (R$ 36,00), um clássico da casa. Da cozinha saem bolinhos e outras frituras atraentes, como o gurjão de pernil empanado com vinagrete de pimenta dedo-de-moça (R$ 34,50). Historicamente um bar de cerveja (R$ 16,00 o casco da Original), o Bode agora também dispõe de chope Brahma (R$ 8,50). Mas não saia sem provar a batida de coco (R$ 10,00). Avenida General Canabarro, 218, Maracanã, ☎ 2568-9511 (40 lugares). 11h30/22h30 (dom. até 18h; fecha seg. e ter.). @bardobodecheiroso. Aberto em 1945.

Baródromo. Referência para os que não aguentam se guardar para quando o Carnaval chegar, o local segue aumentando a memorabilia dos desfiles na Sapucaí. O cardápio também celebra as glórias do passado e do futuro do Sambódromo. Há pratos inspirados em enredos históricos, como o pauliceia desvairada (R$ 40,00), mexido de arroz com feijão-vermelho, lombo, linguiça e couve com ovo frito e banana grelhada, relembrando o único título da Estácio de Sá. Já o recente cantar será buscar o caminho que vai dar no sol é um mineiríssimo pernil acebolado com linguiça, queijo gratinado e polenta frita (R$ 59,90), adiantando a emoção da Portela em 2025, que levará à Passarela do Samba uma homenagem a Milton Nascimento. A carta de drinques, que segue a mesma toada, merece atenção. Rua Dona Zulmira, 41, Maracanã (120 lugares). 17h/0h (sex. até 1h; sáb. 12h/1h; dom. 12h/22h; fecha seg.). @barodromo. Aberto em 2021.

Da Gema. No início do ano passado, o sempre premiado negócio dos amigos-irmãos Luiza e Leandro saiu do caos urbano da Avenida Barão de Mesquita para o agito boêmio da Rua Dona Zulmira, tornando-se ainda mais admirável. Os grandes destaques do cardápio criativo e muito bem elaborado seguem firmes, como a polenta com rabada (R$ 72,00), o delicioso coração amargurado (R$ 62,00), porção de coração de galinha com chips de jiló empanado no parmesão e as deliciosas coxinhas de galinha servidas às quartas (R$ 10,00). Entre as criações mais recentes, o arrasta pé (R$ 75,00) tem carne de sol com discos de massa de aipim na manteiga de garrafa e farofa de banana. O cardápio de bebidas oferece cervejas populares (Spaten de 600 mililitros a R$ 17,00) e a rara Ramal 33 (R$ 18,00), rótulo da Ambev que só é encontrado em poucos botecos da Zona Norte. As batidas de paçoca e coco (R$ 12,00) também são imperdíveis. Rua Dona Zulmira, 134, Maracanã, ☎ 98148-4081 (200 lugares). 17h/0h (sex. e sáb. a partir das 12h; dom. 12h/18h). @bardagema. Aberto em 2009.

+ Ingrediente queridinho de 2024, pistache segue em alta pelo Rio

Praça da Bandeira

Bar da Frente. O bar que a gastronomia boêmia carioca pegou no colo quando nasceu, quinze anos atrás, debutou com mais maturidade que muito boteco coroa por aí. É dele o vice-campeonato na categoria petiscos de VEJA RIO COMER & BEBER. O cardápio, criado com carinho pela advogada e chef Mariana Rezende, une criações já adoradas, a exemplo do premiado porquinho de quimono (R$ 56,90 a porção com seis), a diversões mais recentes. O rissole de costela com agrião (R$ 13,90 a unidade) é uma delas, assim como o bolinho de frutos do bar, que se apresenta muito além do bom trocadilho, na forma de massa de pancetta recheada com camarão (R$ 23,90, duas unidades). Todo fim de semana há promoções especiais, com destaque para o bobó de camarão (R$ 142,80, para até três pessoas) e a moqueca de robalo (R$ 62,80, individual). Rua Barão de Iguatemi, 388, Praça da Bandeira, ☎ 2502-0176 (35 lugares). 12h/23h (dom. até 17h; fecha seg. e ter.). @bardafrente. Aberto em 2009.

Costelas. Rodrigo Mendes, o dono do bar, é ator, já foi gerente de banco e quase morreu ao descobrir um problema súbito e sério de saúde. Um brasileiro, portanto, que se vira nos trinta e não desiste nunca. Assim como seus clientes, que não abrem mão da costela completa que dá fama à casa, inaugurada no Estácio há oito anos, com 700 gramas de carne, batatas rústicas, farofa de ovos, arroz e feijão (R$ 218,90, para até quatro pessoas). Hoje, no novo endereço, na Praça da Bandeira, o Costelas também tem petiscos de brilho próprio, como o jiló recheado com linguiça e farelo de torresmo (R$ 27,00) e a fraldinha aperitivo (R$ 84,00), assada na churrasqueira, com farofa de alho e molho à campanha. A rara cerveja Ramal 33 (R$ 20,00, 600 mililitros) acompanha bem qualquer minuta, enquanto a caipirinha de manga, maracujá e pimenta-rosa anima e relaxa. Rua Barão de Iguatemi, 408, Praça da Bandeira, ☎ 95101-8383 (35 lugares). 11h30/17h (qui. a sáb. até 22h30). @costelasnabrasa. Aberto em 2016.

Dida Bar. Pioneira em buscar inspiração na cultura afro-brasileira, a casa, comandada por dona Dida Nascimento e sua família no polo gastronômico da Praça da Bandeira, oferece um cardápio raro e bem pesquisado de comidas que saciam também a fome de conhecimento. Vem de Angola o calulu (R$ 66,00), que harmoniza carne-seca, quiabo e berinjela com a tradicional massa fufu. Receita da Nigéria, o arroz jollof tem camarões grelhados, pimenta e especiarias (R$ 65,00). Já o kruger (R$ 69,00), costela suína assada e marinada em especiarias com molho de goiaba e pimenta, vem da África do Sul. Na ala de drinques, a batida de Amarula (R$ 13,00), licor internacional fabricado a partir da famosa fruta africana, é uma opção tão pertinente quanto o entre palhas (R$ 40,00), à base de vodca infusionada com pipoca e xarope de caramelo salgado. Rua Barão de Iguatemi, 379, Praça da Bandeira, ☎ 2504-0841 (90 lugares). 16h/23h30 (sex. e sáb. a partir das 12h; dom. 12h/17h). @didabar.erestaurante. Aberto em 2015.

Noo Cachaçaria. Diferente do que dizia Vinícius de Moraes, para a dona da Noo Cachaçaria, Vanessa Marzano, o cachorro engarrafado não é o uísque, mas a cachaça. Apaixonada por ambos — cães e caninhas — Vanessa mantém, há nove anos, em sociedade com o marido, William Ramos, um bunker da marvada em versões puras e mixadas. Rara, a carta dispõe de dezenas de rótulos de calibrinas de todas as origens, madeiras e guardas. Para acompanhar tanta pinga de boa procedência, que também pode vir doce como uma batida de seriguela, tamarindo ou cupuaçu com rapadura (R$ 16,00, a dose), o bolinho cucuruqui (R$ 38,00, seis unidades) une linguiça e queijo a tapioca crocante. É o item mais antigo de uma lista que agora conta também com os bolinhos pelados (R$ 35,00, seis unidades), de ricota, espinafre, cogumelos e sementes de girassol, ideal para os vegetarianos. Rua Barão de Iguatemi, 358, Praça da Bandeira, ☎ 97687-7940 (60 lugares). 12h/23h (dom. até 20h; fecha seg. e ter.). @noocachacaria. Aberto em 2015.

Tijuca

Bar do Momo. Já foi o bar de um Rei Momo de verdade, mas desde os anos 1980, os monarcas ali são Tonhão, Toninho e membros da família Lafargue, que tocam este patrimônio da gastronomia popular carioca com a sabedoria de entender que simplicidade não tem preço. O famoso bolinho de arroz, queijo e linguiça (R$ 9,00 a unidade) já virou até lugar-comum num cardápio que oferece muitas outras aventuras, a começar pela feijoada de sexta-feira (R$ 65,00, para dois), que ficou em segundo lugar na categoria no prêmio VEJA RIO COMER & BEBER deste ano. Mas tem também o farol de milha, uma espécie de carne assada a cavalo (R$ 42,00), perfeita para compartilhar. O guacamole de jiló (R$ 35,00) combina perfeitamente com qualquer cerveja de boteco bem gelada e a imperdível coxa creme (R$ 12,00). As cervejas populares vêm em vários rótulos da Ambev, incluindo a exclusiva Ramal 33 (R$ 20,00), e não há como sair de lá sem provar as batidas de maracujá, coco, limão ou gengibre (R$ 10,00). Rua Espírito Santo Cardoso, 50, Tijuca, ☎ 2570-9389 (80 lugares). 12h30/22h (dom. até 17h30; fecha ter.). @bardomomooficial. Aberto em 1972.

Bar Madrid. Era para ser um lugar discreto, mas ficou difícil depois que a qualidade e a originalidade do bar inspirado na cultura madrilenha, mas carregado de carioquice, começou a ganhar concursos gastronômicos e, mais recentemente, promover eventos culturais bem concorridos. No pequeno salão, recentemente ampliado, os pratos do dia, anunciados na parede, podem variar do arroz de polvo (R$ 62,00, para um), ao estilo espanhol, aos brasileiríssimos frango com quiabo (R$ 38,00) ou carne assada com queijo de coalho e farofa de banana (R$ 53,00). Já o cardápio de petiscos da cozinha e da estufa é permanente, com destaque para o sanduíche de milanesa (R$ 26,00) e os filés de sardinha na conserva (R$ 32,00). Além das cervejas populares (casco de Original a R$ 15,00), taças de vinhos variados saem a partir de R$ 20,00. Nos meses de mais calor, sempre tem os frisantes tintos de verano típicos da Espanha. Rua Almirante Gavião, 11, Tijuca, ☎ 3594-8526 (30 lugares). 11h/18h (fecha seg.). @barmadrid. Aberto em 2015.

Bar Xavier. Nas palavras do chef e coproprietário Cezar Cavaliere, a casa, que em outros tempos era chamada de Bar do Seu Manel e, antes disso, do Seu Oliveira, é acima de tudo uma confraternização permanente de familiares e amigos. A ideia, inclusive, nasceu de um time de peladas na Praça Xavier de Brito, bem em frente. Hoje, é na praça que os clientes se refestelam com as indecentes empadas de queijo e frango (R$ 8,00), ou com a porção de moela (R$ 27,00). Ambas oriundas da rica estufa do pequeno botequim. A carne assada com farofa e cebola (R$ 34,00) é outra opção para quem quer um almoço de botequim legítimo, regado a garrafas de cerveja Original (R$ 13,00) e Heineken (R$ 16,00). Praça Xavier de Brito, 6, Tijuca (32 lugares). 17h/0h (sáb. a partir das 12h; dom. 12h/18h; fecha seg.). @botequimxavier. Aberto em 2018.

Salete. Dos mais tradicionais estabelecimentos da cidade, com 66 anos de idade, patrimônio cultural carioca e ainda por cima comandado por mulheres, o bar é uma vitória da gastronomia popular tijucana. Há muito que as empadas de diversos sabores são célebres, e os recheios tradicionais, como os de frango e de palmito (R$ 9,50 cada uma), unem-se a outros mais complexos, como o de linguiça com creme de cebola e catupiry (R$ 10,30). Os almoços de família, concorridos aos fins de semana, ganharam recentemente mais opções vindas do oceano, como a paella de frutos do mar (R$ 270,00, serve até cinco pessoas) e o polvo com batatas ao murro (R$ 135,00, individual; R$ 220, para dois). A evolução se vê também entre as bebidas: o gim-tônica de licor de laranja com hibisco é um dos drinques mais pedidos. Quem não dispensa o chope tradicional da Brahma (R$ 9,90) pode ficar relaxado, porque a bebida é sempre bem tirada. Rua Afonso Pena, 189, Tijuca, ☎ 2264-5163 (170 lugares). 10h/22h (sex. até 23h; sáb. e dom. até 20h). @restaurantesalete. Aberto em 1957.

Vila Isabel

Borogun. Uma esquina do bairro de Noel que louva os orixás, representados em mandalas que decoram o boteco, inspirado em matrizes africanas. Imagens de umbanda, capas de disco e um atabaque enfeitam o salão, por onde circulam coquetéis populares e petiscos bem brasileiros. O esculacho (R$ 28,00 a unidade), por exemplo, é uma releitura do popular espetinho “sacanagem”, feito com linguiça de camarão, enquanto o rabo de touro (R$ 14,00 a unidade) consiste num croquetão de rabada marinada no vinho por 24 horas, servido com coalhada. Não deixe de experimentar o homus de tremoço (R$ 40,00), que recebe mix de cogumelos salteados e melaço, servido com pão. Na carta de drinques há exemplares como o preto velho (R$ 25,00), feito de cachaça Soledade 5, água de mel, limão-taiti e carvão vegetal. O axé está garantido com rodas de samba diárias. Rua Barão de Cotegipe, 280, Vila Isabel (150 lugares). 17h/0h (sex. até 1h; sáb. 12h/1h; dom. 12h/20h; fecha ter.). @borogunbar. Aberto em 2024.

+ Do café ao bolo, cerca de 100 endereços de comidinhas para se deliciar

ZONA OESTE

Barra da Tijuca

Academia da Cachaça. Primeiro grande templo da cachaça de alambique na cidade há quase quarenta anos, o espaço tem um cardápio de bebidas altamente especializado, com mais de oitenta rótulos, fruto de pesquisas iniciadas por seus fundadores num tempo em que a bebida era injustiçada. Mas não é só na cana que reside o pioneirismo da casa. Nela foi criado o hoje consagrado escondidinho de aipim com requeijão gratinado. Os mais populares são os de charque (R$ 46,90) e camarão (R$ 49,90). A feijoada, medalha de bronze em VEJA RIO COMER & BEBER, é outra referência (R$ 169,90, para dois), servida diariamente. De uns tempos para cá, o prato recebeu a concorrência do baião de dois (R$ 98,90, serve duas pessoas). Prove a batida de Pitanga (R$ 15,90) e a cocada geladinha, de cachaça com frozen de coco (R$ 24,90). Avenida Nuta James, 65 L, Barra, 2492-1159 (80 lugares). 12h/0h (qui. sex. e sáb. até 1h; dom. e seg. até 19h); Rua Conde de Bernadotte, 26 E, Leblon, ☎ 2529-2680 (180 lugares). 12h/0h (qui. sex. e sáb. até 1h; dom. até 22h). @academiadacachaca. Aberto em 1985.

Bar do Zeca Pagodinho. Tem muito samba e agito diariamente nas quatro filiais. Na impossibilidade de estar sempre presente, o dono da casa recebe os visitantes na forma de estátua, com uma cervejinha na mão. A cozinha é administrada por Toninho Laffargue, do Bar do Momo, que criou delícias como o “aparecidinho” de carne-seca (R$ 35,00), tipo um escondidinho desconstruído, trocando a ordem dos fatores sem alterar o produto. A feijoada, servida aos fins de semana, é concorrida, e varia de preço de acordo com a localização (R$ 85,00 na Barra). O lugar combina com muita cerveja (R$ 22,00 o casco de Original e R$ 12,00 o chope Brahma), mas quem é de coquetel tem tudo para gostar do salve jorge (R$ 35,00), releitura do tradicional jorge amado, com cachaça infusionada com canela, xarope de baunilha, grenadine, maracujá e suco de limão. Shopping Vogue Square, Barra (300 lugares). 18h/0h (sex. 12h/2h; sáb. 12h/3h; dom. a partir das 12h). Praia do Flamengo, 20 (130 lugares). 12h/1h. Mais dois endereços. → @bardozecapagodinho. Aberto em 2018.

Mercado de Produtores Uptown. Um confortável galpão refrigerado reunindo mais de trinta operações ganhou recentemente duas atrações. O La Mediterranée oferece sabores do mar europeu, como a paella (R$ 162,00, para dois), que cai bem com a taça de vinho alentejano português (R$ 31,00), enquanto o Kakurenbo é a nova empreitada do chef revelação em VEJA RIO COMER & BEBER, Eric Ueda. O peruano Ceviche da Fabi atualizou o cardápio com a versão oriental, de atum ao molho ponzu com gergelim e sorbet de manga (R$ 45,00). O espaço tem ainda a cervejaria Tio Ruy, que produz a bebida à vista do público e oferece hambúrgueres, grelhados e massas para harmonizar com a sua linha de cervejas que inclui chopes pilsen (R$ 9,00, 300 mililitros) e APA (R$ 15,50, 300 mililitros). No português Gruta do Bacalhau, o pastel feito de massa de bolinho de bacalhau recheado com queijo da Serra da Estrela é de cair o queixo (R$ 36,90). Avenida Ayrton Senna, 5500, bloco 12 (Uptown Barra), ☎ 3030-5500 (1 000 lugares). 11h/0h (dom. 12h/22h). → @mercadodeprodutores. Aberto em 2017.

Quintal do Zico. O quadro com uma foto do jogador envergando a camisa do Flamengo, modelo dos anos 1980, está autografado: “Para a querida torcida rubro-negra”. Além disso, o espaço reúne imagens e uniformes, uma réplica da taça da Libertadores de 1981, rodas de samba e cardápio da chef Raysa Marques. Se a ideia é petiscar, vá na empada aberta de camarão com catupiry (R$ 17,00), ou no macio cupim de colher (R$ 89,00), finalizado com manteiga noisette e flor de sal, guarnecido de farofa de alho. Na ala principal, o arroz de polvo cremoso tem azeitonas roxas, tomatinhos coloridos e brócolis grelhado (R$ 78,00, meia-porção; R$ 130,00, inteira). Aos sábados, a feijoada acompanha as transmissões de futebol, servida com arroz, farofa, couve, laranja e torresmo (R$ 120,00, para dois). Shopping Vogue Square, Barra (120 lugares). 12h/0h (fecha seg.). @quintal_do_zico. Aberto em 2023.

Vizinho Gastrobar. Do trailer original ao ótimo bar instalado na charmosa casinha com paredes de vidro no Vogue Square, o caminho foi longo. Nesses oito anos, o espaço, idealizado e gerido pela premiada bartender Jessica Sanchez, entrou para a prestigiosa lista 50 Best Discovery mundial e mostrou excelência com sua carta de drinques autorais e artesanais. São bons exemplos o piña descolada (R$ 46,00), versão clarificada do clássico piña colada, com rum, iogurte, cordial de abacaxi e creme de coco, e o grand rickey (R$ 38,00), sugestão refrescante que mescla gim, calda de gengibre, limão, tônica e angostura. Peça o guacamole da casa (R$ 38,00), um sucesso entre os clientes assíduos. Há ainda sanduíches, pizzas e pratos mais elaborados, a exemplo do gnocchi dorati com escalope de mignon (R$ 76,00), servido também no menu executivo (R$ 109,00, com entrada e café). Shopping Vogue Square, Barra, ☎ 99415-3025 (120 lugares). 18h/0h (qui. até 1h; sex. e sáb. 18h30/2h). → @vizinhogastrobar. Aberto em 2016.

Jacarepaguá

Art Chopp. O bar começou quase como uma brincadeira do casal Diogo e Kelly Freitas e virou uma potência na Zona Oeste. Suas principais armas são as carnes assadas no bafo, as cervejas estupidamente geladas e os coquetéis cada vez melhores e mais elaborados pela proprietária. Nessa guerra, o cupim defumado por quatro horas em lenha de macieira e finalizado por mais seis no pit smoker (R$ 225,00, para dois) é a missão mais popular na casa. Mas também tem a tradicional costela bovina defumada por quatro horas, com onze temperos diferentes, igualmente campeã de pedidos (R$ 179,90, para dois). O chope Brahma é orgulho inconteste (R$ 10,90, a caldeireta de 400 mililitros), mas a cerveja em garrafa representa melhor o espírito da casa (da Brahma, a R$ 12,00, à Becks, por R$ 18,00), enquanto a aquarela de batidas (R$ 30,90), criada por Kelly, inclui café, milho verde e paçoca. Estrada Macembu, 63, Taquara, ☎ 99566-8424 (400 lugares). 17h/0h30 (sáb. a partir das 12h; dom., 12h/22h; fecha seg.). @artchopp. Aberto em 2011.

+ Com a chegada de novos bares, Centro do Rio reforça sua vocação boêmia

ZONA SUBURBANA

Benfica

Velho Adonis. Já não é mais novidade para quem gosta de botequim no Rio que a casa foi repaginada e subiu vários metros o sarrafo gastronômico do tradicional recanto português. Mas, apesar do salão refrigerado e dos pratos mais sofisticados, alguns com inspiração em locais como Antiquarius e Satyricon, o delicioso clima de birosca de esquina permanece. E merece ser honrado com chope Brahma (R$ 10,20 a caldeireta), tirado da épica serpentina de 90 metros. Para forrar o estômago, peça o bolinho de bacalhau (R$ 8,90 a unidade) e a panelinha de camarão à Matosinhos (R$ 60,00). O polvo à lagareiro (R$ 240,00, serve dois) e o arroz malandrinho, cozido no tomate com polvo, camarão, bacalhau e couve (R$ 190,00, para dois) estão entre os mais queridos para o almoço. Às quartas e sábados, antes de pedir a tradicional rabada (R$ 125,00, às quartas, e R$ 135,00, aos sábados), solicite um copinho do caldo, de cortesia. Levanta qualquer espírito. Rua São Luiz Gonzaga, 2156, Benfica, ☎ 2026-4186 e 96514-1361 (120 lugares). 10h/22h (sex. e sáb. até 23h; dom. até 19h; fecha seg.). @velhoadonis. Aberto em 1952.

Zinho Bier. O botecão tradicional, que começou apostando nas costelas no bafo, hoje é uma casa de carnes completa, com direito a cortes angus e uma recém-criada linha de hambúrgueres artesanais. A pedida essencial para quem quer conhecer a casa segue sendo a costela de boi no bafo completa — um monstro de 1,2 quilo, com cebola, arroz, batata e farofa (R$ 239,00, para quatro). No ano passado, quando completou 25 anos, Zinho relançou um sucesso antigo: o porterhouse de angus, corte alto de 900 gramas composto de contrafilé, alcatra e filé-mignon, separados pelo osso, com várias opções de acompanhamento (R$ 219,00). O chope Brahma na caldeireta (R$ 8,60), sempre bem tirado, costuma ter desconto na happy hour, durante a semana. Também tem cardápio executivo e, às sextas e sábados, a feijoada é concorrida (R$ 170,00, serve quatro). Rua São Luiz Gonzaga, 2330, Benfica, ☎ 3556-8310 (100 lugares). 11h/16h (qui. a sáb. até 23h; dom. até 17h). @restaurantezinhobier. Aberto em 1998.

Maria da Graça

Bar da Amendoeira. Um dos primeiros botequins legítimos do subúrbio a ser descoberto por boêmios de outras paragens, o Amendoeira é cenário de cinema: não só pela frondosa árvore bem em frente, mas pela decoração intocada dos anos 1960, em seus dois ambientes azulejados e separados por cobogós. No balcão onde o chope Brahma (R$ 10,00 a tulipa de 350 mililitros) corre solto e bem tirado, há também os concorridos quitutes de estufa, sempre os mesmos, como o bolinho de carne (R$ 10,00), o pernil cortado na hora (R$ 30,00 a porção) e a moela à moda da casa (R$ 22,00 a porção). Na cozinha, angu à baiana não é exotismo (R$ 29,00, para uma pessoa), feijoada tem todo dia (R$ 70,00, serve dois) e a carne-seca desfiada com aipim é a grande referência (R$ 45,00 a porção). Rua Conde de Azambuja, 881 A e B, Maria da Graça, ☎ 2501-4175 (40 lugares). 8h/22h (seg. até 16h; qui. até 1h; sex. até 23h; sáb. até 20h; fecha dom.). @bardaamendoeira01. Aberto em 1962.

Ramos

Bar da Portuguesa. O sucesso fez a equipe e a casa crescerem, e o clima de tranquilidade nem sempre é o mesmo de outrora. Nada disso, porém, tira a ternura da trasmontana Donzília Gomes ao recepcionar os clientes na esquina que agora conta com uma estátua em honra a Pixinguinha, seu mais célebre frequentador. Quem vai aos fins de semana tem de experimentar o torresmo de barriga (R$ 6,50 a unidade), imenso e carnudo, e as sardinhas fritas (R$ 6,50 a unidade), sequinhas, numa das mesas de pano florido na varanda. Tudo ao lado de cascos de cerveja popular muito gelada (Spaten a R$ 15,50) ou chopes Brahma (R$ 8,25 a tulipa). As fritadas de bacalhau (R$ 80,00), outra especialidade, agora concorrem na preferência dos fregueses com o mais recente arroz da didi, de bacalhau e camarão, gratinado com queijo (R$ 150,00, para dois). Em tempo: aos apreciadores, o jiló recheado com carne-seca (R$ 9,50) não pode faltar. Rua Custódio Nunes, 155 D, Ramos, ☎ 3486-2472 (50 lugares). 17h/0h (sáb. 11h/18h; dom. 11h/17h; fecha seg.). @bar_da_portuguesa. Aberto em 1968.

+ Inovação na gastronomia traz retorno financeiro e tempo para focar em sabor

ZONA SUL

Botafogo e Humaitá

Alba. O nome se refere a uma cidade na saborosa região do Piemonte, lar italiano das desejadas trufas brancas, indicando a inclinação da cozinha. O jardim recebe quem desfruta do cardápio de refeições, e o after, na pista de dança com projeções nas paredes, ao som de DJs, ocorre no casarão branco dos primeiros anos do século XX, onde se destacam os drinques — mas onde também se pode pedir os petiscos do lugar. O mais marcante é a carne cruda de mignon com shoyu, gergelim, gema curada e chips de batata (R$ 52,00). Entre os pratos principais, o fusilli ai gamberi (R$ 66,00) lembra um mac’n’cheese com camarão, ciboulette, creme de queijo e páprica defumada. No departamento das taças, o drinque nomeador de barcos leva gim, mel, limão-siciliano e suco de pepino salgado (R$ 35,00). Rua Martins Ferreira, 60, Botafogo (230 lugares). 12h/16h (sex. a dom. até 17h30) e 19h/1h (bar de qui. a sáb. 20h/4h; fecha seg.). @alba.botafogo. Aberto em 2023.

Adega da Velha. O mais tradicional boteco nordestino da Zona Sul guarda elementos dos tempos do cearense Chico, mas conta agora com estilo visual e gastronômico de Sérgio Rabello e sua família, donos do Galeto Sat’s, que compraram a casa há alguns anos. Os cartazes do Botafogo saíram das paredes, mas cabaças e sinos seguem pendurados no teto. Seguem firmes no cardápio a tradicional carne de sol acebolada na chapa com aipim (R$ 88,00), o baião de dois (R$ 42,00) e a porção de queijo de coalho grelhado (R$ 39,00). Já a influência do Sat’s agregou à lista petiscos como a polenta frita (R$ 38,00) e pratos como o estrogonofe de moela (R$ 62,00). A boa seleção de drinques busca inspiração no Nordeste — o arretado leva bourbon, acerola, melaço e limão (R$ 32,00) — e vale a pena dar uma olhada na ótima carta de cachaças artesanais, que aqui ganham passaporte livre para ir além dos rótulos nordestinos. Rua Paulo Barreto, 25, Botafogo, ☎ 2286-2176 (70 lugares). 11h30/1h (sex. a dom. até 2h). @adegadavelha. Aberto em 1960.

Aurora. Inaugurada há 126 anos, a casa é uma das mais antigas do Brasil. O ambiente, reformado e confortável, reforça a memória de uma autêntica “casa de pasto” portuguesa. Os pratos convidam os clientes a viajar no tempo, como a língua com purê (R$ 36,00, no almoço executivo; R$ 95,00, para dois) e o cozido luso-brasileiro dos domingos (R$ 70,00, para um; R$ 105,00, para dois). Servida às sextas, no menu executivo, por R$ 49,00, e aos sábados, para compartilhar, a feijoada (R$ 120,00) é feita fora da panela de pressão e sem vergonha de mostrar os pés e as orelhas. Entre os sinais dos novos tempos, a estufa, que funciona apenas para a clientela notívaga, é cheia de delícias convidativas, como o porco à bairrada (R$ 12,00) e a incrível empada de frango ensopado (R$ 10,00). O chope Brahma (R$ 9,00), bem tirado, também resiste ao tempo. Rua Capitão Salomão, 43, Botafogo, ☎ 2537-2755 (200 pessoas). 11h/1h. @aurorahumaita. Aberto em 1898.

Bares

Bar Kalango. O botequim gastronômico, criado pela chef Kátia Barbosa e sua filha Bianca, mescla sabores nordestinos com o puro aconchego carioca. A cozinha, agora, está sob a batuta de Adriana da Fonseca, ex-Bracarense. Ali, decoração e cardápio se inspiram no cordel para oferecer experiências na forma de um sonho — típico das padarias do Rio — feito com macaxeira e recheado de carne de sol e nata (R$ 31,00). Os famosos bolinhos da Katita também estão lá: o de arroz com curry e queijo (R$ 39,00, seis unidades) e o de vaca atolada (R$ 49,00, seis unidades) são dois dos melhores exemplos. Para beber, um ótimo cardápio com quinze opções de cerveja em casco (Heineken, a R$ 20,00) e long necks (Corona, a R$ 14,00). As caipirinhas (R$ 25,00) levam cachaça 7 Engenhos e, recentemente, o bar lançou uma carta de “branquinhas” com rótulos nordestinos e fluminenses. Rua Arnaldo Quintela, 44, Botafogo, ☎ 3178-0811 (70 lugares). 12h/23h (qui. até 0h; sex. e sáb. até 1h; dom. 9h/22h). @barkalango. Aberto em 2021.

Bar Maravilha. Repaginar os clássicos dos cardápios de botequins nem sempre é tarefa fácil, mas o Maravilha consegue. No salão de azulejos azuis e brancos, chão de cacos e painéis pintados na parede, é boa ideia de aperitivo o dona flor (R$ 29,00), com cachaça Gabriela, vermute tinto, Cynar e suco de limão. Para mordiscar, o bolinho de arroz biro-biro (R$ 31,00 a porção) tem cubos de barriga de porco empanados na massa cabelinho de anjo com aïoli picante, enquanto o croquete de mortadela, bem cremoso, é finalizado com aïoli de pimenta-de-cheiro (R$ 17,00 a dupla). O escabeche de jiló com coalhada e pãozinho (R$ 29,00) alegra os vegetarianos. As pedidas são boas companhias para o chope da Brahma (R$ 9,50). Rua Mena Barreto, 90, Botafogo (60 lugares). 17h/1h (sáb. 12h/1h; dom. 12h/23h; fecha seg.). Aberto em 2023. @bar.maravilha

Bar Tero. Primeira vermuteria carioca, a casa faz parte do grupo que administra o Café Tero, no Morro da Conceição, e o Flor do Céu, na Chácara do Céu. No bar, tanto o salão em estilo art déco quanto as mesinhas na calçada são um convite para experimentar um dos doze drinques da carta, entre clássicos e autorais, como o el bosque (R$ 35,00), com vermute de caju, gim, cogumelo, tomate-cereja, azeite balsâmico e especiarias. Para os apreciadores de vermute, a dica é provar um dos quatro tipos produzidos na casa: branco, tinto, laranja ou rosé (R$ 16,00 a dose). Acompanhe com petiscos mais elaborados, como os mexilhões gratinados (R$ 42,00) ou mesmo com algo mais simples, como salame (R$ 35,00) e azeitonas marinadas (R$ 22,00), ambos disponíveis também em porções individuais (R$ 8,00 cada uma). O jazz das quintas e sábados tem seus fãs. Rua Paulo Barreto, 110, Botafogo, ☎ 9766-8588 (40 pessoas). 12h/1h (ter., qua. e dom. até 0h; fecha seg.). @barterorj. Aberto em 2023.

Belisco. O encantador bar de vinhos da chef Monique Gabiatti e da sommelière Gabriela Teixeira privilegia os naturais e orgânicos entre os 150 rótulos da adega. Eleito o melhor da categoria em 2022, a casa ficou no pódio também no ano passado, entre as melhores para ir a dois. Abrindo apenas à noite, o espaço ficou ainda mais intimista. Há opções de taças de vinhos brancos, tintos, rosés, laranjas, fortificados, espumantes e licores de R$ 22,00 a R$ 58,00 (150 mililitros). Vale aventurar-se na régua de degustação, que muda mensalmente, com três taças de 100 mililitros de rótulos de uma mesma vinícola (R$ 70,00). As garrafas partem de R$ 99,00 e um exemplo de bom custo-benefício é o argentino orgânico laranja Los Medanos Torrontes Naranjo 2022 (R$ 140,00). Na hora de harmonizar, as opções sem erro são a tosta de atum tonnato com pipoca de alcaparras e parmesão (R$ 27,00) e o carpaccio de mignon com aïoli de cebola caramelizada (R$ 59,00). Rua Arnaldo Quintela, 93, Botafogo, ☎ 99309-6196 (40 pessoas). 18h/0h (fecha dom.). @belisco.rj. Aberto em 2022.

Braseiro Colarinho. Pioneiro em servir cerveja artesanal, o visionário Diego Baião transformou o boteco em braseiro. São cerca de trinta torneiras nas duas filiais, sempre abastecidas com novidades e opções para todos os bolsos e gostos. Também rola promoção, como a Orange Sunshine, da Hocus Pocus, que sai a R$ 10,90 às quintas. O cardápio de comidas é imenso e traz carnes na brasa, em Botafogo, e na grelha, em Copacabana. O ancho de angus, uma peça de 400 gramas com farofa e molho, é um dos mais pedidos (R$ 94,90). E tem mais: na filial de Botafogo, a feijoada (R$ 99,90, para dois) é servida diariamente, e há seis tipos de pão de alho (R$ 12,90 o mais simples), além de quinze recheios de pastel (R$ 14,90 o de mignon com gorgonzola). Rua Nelson Mandela, 100, loja 127, Botafogo, ☎ 2286-5889 (170 lugares). 12h/2h (sáb. e dom. a partir das 11h30); Rua Francisco Otaviano, 30, Copacabana, ☎ 2522-9800 (130 lugares). 17h/0h (sáb. e dom. a partir das 12h). → @braseirocolarinho. Aberto em 2010.

Brewteco. O pequeno botequim do Leblon que criou o conceito de cardápio sofisticado de cervejas artesanais em clima de pé-sujo segue firme, mas a filial cinematográfica no terraço do Botafogo Praia Shopping resume melhor o espírito da marca. O último deles, na Lapa, abriga também uma fábrica. O tamanho das lojas varia, mas o cardápio é padrão, oferecendo um grande número de torneiras. A rede, aliás, é medalha de prata na categoria carta de cervejas de VEJA RIO COMER & BEBER e, no ano passado, ocupou o topo do pódio. Entre as mais pedidas estão a pilsenzinha, xodó da casa, (R$ 10,00, 300 mililitros), a APA pé-sujo (R$ 13,00) e a brewteco botafogo (R$ 11,00), que homenageia a flagship da rede com um toque alemão. Na ala das comidas, os petiscos são os mais populares, a exemplo das coxinhas saradas (R$ 34,00, quatro unidades), acompanhadas de aïoli de curry. Praia de Botafogo, 400, Terraço, ☎ 97083-9903 (160 lugares) 8h30/23h; Rua Dias Ferreira, 420, Leblon, ☎ 3217-8280 (30 lugares). 11h30/1h (fecha seg.). Mais cinco endereços. → @brewteco. Aberto em 2013.

Calica. O nome da casa é uma gíria que expressa empolgação e bons presságios, no caso, em noites de hambúrgueres e drinques na fervente região de Botafogo. Pilotado pelo chefe de bar Andy Tavares, o bar conta com terraço, fliperama e mesinhas na calçada. Do balcão saem drinques expressando a animação local, além de petiscos e sanduíches. O velha guarda (R$ 38,00) é um “burgão” feito no pão de pretzel com 130 gramas de carne, bacon, ovo estalado, queijo prato, cebola-roxa, tomate, picles e molho da casa. Já o franguin gochujang (R$ 32,00) são “pipocas” de frango frito regado ao estilo coreano. Copos e taças carregam criações como o whiskzito (R$ 34,00), mescla de bourbon Jim Beam, soda de maçã-verde, canela e caramelo. Prove também o sétimo filho (R$ 34,00), coquetel feito com cachaça 7 Engenhos prata, chai, limão-taiti e Fernet menta. Rua Álvaro Ramos, 167, Botafogo (50 lugares). 18h/0h (sex. e sáb até 2h; fecha dom. e seg.). @ca.li.ca. Aberto em 2024.

Cave Nacional. O bar de vinhos, do casal Karina Bellinfanti e Marcelo Rebouças, trabalha exclusivamente com rótulos brasileiros, de médio ou pequeno porte. Há produções da Bahia, Goiás, estados do Sudeste, Santa Catarina e de cinco regiões do Rio Grande do Sul. Esse generoso garimpo está disponível na adega de 250 rótulos da casa, de dois andares, que recebe grupos para degustações em uma sala especial. Para petiscar, as croquetas de pato (R$ 45,00, oito unidades) fazem par perfeito com vinho branco frutado, a exemplo do Fam Veadrigo Le Donne Chardonnay 2022 (R$ 171,00). Fomes maiores pedem um risoto de gorgonzola com tiras de filé-mignon (R$ 59,00) bem acompanhado de um vinho tinto como o Almaúnica Super Premium Cabernet Franc (R$ 219,00). Às quartas, costuma ter apresentações de voz e violão. Rua Dezenove de Fevereiro, 151, Botafogo, ☎ 2146-5334 (60 lugares). 17h/0h (fecha dom. e seg.). → @cavenacional. Aberto em 2017.

Chanchada. Medalha de bronze na categoria petiscos de VEJA RIO COMER & BEBER, esse descolado boteco tem, na cozinha, profissionais oriundos da alta gastronomia. O cardápio guarda surpresas culinárias e etílicas criadas, respectivamente, por Bruno Katz e Jonas Aisengart. O croquete de bochecha (R$ 12,00 a unidade) é unanimidade, mas o pastel de milho com cebola caramelizada e queijo de minas (R$ 14,00 a unidade) é ainda mais surpreendente, assim como a baixela de quiabo (R$ 24,00). Na moda na cidade, a língua está presente no sanduíche (R$ 32,00), com molho tártaro e picles de repolho-roxo. Explore a releitura dos coquetéis de boteco, como o rabo de galo (R$ 26,00), com cachaça, vermute, Cynar, Fogo Paulista e angostura e o “medicinal” benzetacil (R$ 26,00), mescla de Dreher, xarope de mel com gengibre, limão e própolis. Tiro e queda. Rua General Polidoro, 164, Botafogo (38 lugares). 12h/1h (dom. 12h/22h; fecha seg.). @chanchadabar. Aberto em 2022.

Cobre. O bar segue firme e forte como uma boa opção para provar drinques acompanhados de pizzas napolitanas, com massa fermentada por 72 horas. Novidade, a peppa! (R$ 56,00) tem mussarela, gorgonzola, pancetta, fio de mel e raspas de limão-siciliano. Da seara clássica, a melhor pedida ainda é a margherita (R$ 50,00), com molho de tomate, fior di latte, parmesão, tomate-cereja e manjericão. Molhe o bico com criações como o tropicália punch (R$ 34,00), com rum, abacaxi, maracujá, limão e espuma de gengibre. Quem quiser variar pode explorar os sanduíches, como o chicken sando (R$ 46,00), de frango frito, que voltou ao cardápio. Só não saia de lá sem provar uma das melhores banoffees (R$ 29,00) do Rio, com fatia generosa. Rua Visconde de Caravelas, 149, Humaitá, ☎ 97986-9900 (110 lugares). 18h/1h (ter., qua. e dom. até 0h; fecha seg.). @cobre.rio. Aberto em 2018.

Culto. O ambiente em estilo inferninho tem neon vermelho e rock a toda como som ambiente. Há dez anos empreendendo em bares, Pedrinho Aliperti é quem comanda a casa, que desde junho conta com um reforço no cardápio: os hambúrgueres do Caverna, que fez história na cidade. Um exemplo é o bullhead (R$ 42,00), com blend da casa, mussarela, bacon, cebola frita e um delicioso barbecue picante. Outra especialidade é o cachorro-quente, como o caramelo (R$ 38,00), salsicha frankfurter, cheddar e cebola frita na baguete de brioche. Todas as seções do menu têm opções veganas, incluindo friturinhas como a porção de faláfel (R$ 30,00, seis unidades). Não fique de bico seco! Vá no chope da casa (R$ 8,90, 300 mililitros) ou em um dos criativos drinques, a partir de R$ 28,00. O tio doidão (R$ 36,00) leva uísque, Martini bianco, Cynar e laranja. Rua Arnaldo Quintela, 89, Botafogo, ☎ 3215-0089 (60 lugares). 18h/0h (qui. até 1h; sex. e sáb. até 2h; fecha dom. e seg.). @culto_bar. Aberto em 2022.

Fala. “Papo furado e biricuticos.” É esse o slogan da casa, enquanto as toalhas de papel sob copos e petiscos se propõem a ser um “espaço reservado para os artistas de mesa”. Espalhando mesinhas de ferro e animação pela calçada, a casa incorpora o espírito despojado dos botequins e dispõe de um cardápio caprichado de petiscos, buscando sacadas como os cubos de lasanha frita, com queijo e presunto, empanada sobre molho de tomate (R$ 39,00, cinco unidades). Também há sanduíches, a exemplo do que reúne carne assada, queijo, picles, cebola-roxa e tomate (R$ 32,00). A carta autoral de drinques merece visita em paradas como o coice de mula (R$ 31,00), releitura do moscow mule, com vodca, polpa de cupuaçu, limão e espuma de graviola. Rua Oliveira Fausto, 29, Botafogo (60 lugares). 18h/1h (sex. 12h/2h; sáb. 13h/2h; dom. 13h/22h; fecha seg.). @fala.bar.

Fuska Bar 2.0. O outrora obscuro pé-sujo caiu nas graças da boemia jovem de Botafogo por conta, principalmente, da programação musical. As animadas rodas de samba acontecem de sexta a domingo (couvert a R$ 10,00) e, durante a semana, os clientes se aglomeram para assistir a transmissões de jogos de futebol. Para alimentar tanta empolgação, brilham os bolinhos de bacalhau feitos seguindo a receita do seu Jaime, fundador da casa (R$ 46,00, oito unidades), os pastéis de queijo e carne (R$ 38,00, seis unidades) e os espetinhos de carne e coração (R$ 17,00). O queijo gouda empanado (R$ 35,00) e os croquetes de batata com provolone e mussarela (R$ 42,00) valem a pena. Para beber, a cerveja é a lei (R$ 18,00 o casco de Becks), mas também tem chope Stella (R$ 12,00) e drinques clássicos, a exemplo da caipirinha tradicional (R$ 26,00) e do gim-tônica (R$ 35,00). Rua Capitão Salomão, 52, Humaitá, ☎ 2266-3621 (120 lugares). 11h/1h (ter. a partir das 17h; fecha seg.). @fuskabar2.0. Aberto em 1991.

Hocus Pocus DNA. Flagship de uma das marcas de cerveja artesanal mais bem-sucedidas do mercado, o lugar é um pequeno parque de diversões para os apaixonados pela bebida. O ambiente é aconchegante, com luz indireta e mesas coletivas. As catorze torneiras cospem os rótulos da cervejaria, que completou dez anos em 2024, além de líquidos convidados. A refrescante e cítrica Orange Sunshine (R$ 16,00, 300 mililitros) é a mais pedida, fugindo um pouco dos sabores mais intensos dos rótulos tradicionais da marca, como a golden ale Magic Trap (R$ 20,00, 300 mililitros) e a aromática IPA Interstellar (R$ 20,00). Entre um gole e outro, a porção de azeitona frita (R$ 32,00) segue campeã. Para grandes fomes, o sanduíche revolução dos bichos leva copa lombo desfiada e queijo meia cura (R$ 42,00). Rua Dezenove de Fevereiro, 186, Botafogo, ☎ 3841-6554 (35 lugares). 12h/23h (qui. até 0h; sex. e sáb. até 2h; fecha dom.; seg. fecha entre 15h/18h). → @hocuspocusdna. Aberto em 2016.

Lemô. Na dúvida, escolha um molho. Explica-se: a casa surgiu a partir da produção artesanal de pestos, inicialmente vendidos em feiras gastronômicas. O reduto, no Baixo Botafogo, costuma lotar. Chegue cedo caso queira se sentar a uma mesa interna ou na calçada. O guaca lemole (R$ 35,00), preparado com avocado, vem com nachos e molho cheddar, mas pode ser pedido em versão vegana. Os bolinhos de abóbora com gorgonzola (R$ 26,00, quatro unidades) acompanham um molho à escolha. Das onze pizzas individuais de fermentação natural, aposte na cogumelo (R$ 45,00), com molho de tomate, mussarela, portobello e pesto de agrião. Molhos extras estão disponíveis. O de tomate seco, por exemplo, custa R$ 3,00. A carta de drinques tem criações como o do carvalho (R$ 26,00), com cachaça, abacaxi, melaço de cana, limão, açúcar e tabasco. Rua Arnaldo Quintela, 57, Botafogo, ☎ 97874-7814 (50 lugares). 12h/2h (dom. até 0h; qua. até 1h; ter. 17h/1h; fecha seg.). @lemo_artesanal. Aberto em 2021.

Libô. Quadros-negros indicam os vinhos servidos em taça, que mudam a todo momento no novo bar de Roberta Ciasca. Vizinho do Brota, empreitada vegetariana da chef, o lugar se propõe a ser um espaço para brindar, celebrar e petiscar. O cardápio é enxuto, com delícias como as bolinhas de queijo e salame da charcutaria carioca Zuka regadas ao molho de tomate fresco (R$ 42,00) e o rillette de pato com chutney de ameixa escoltado por baguete de fermentação natural da padaria Araucária (R$ 48,00). A carta de vinhos é elaborada por Maíra Freire, do Lasai. São cerca de trinta rótulos e pelo menos cinco servidos em taças diariamente, todos eles orgânicos, naturais ou biodinâmicos, produzidos em cadeia sustentável. Aposte na degustação de cinco cálices de 75 mililitros (R$ 125,00), um passeio sensorial. Rua Conde de Irajá, 90, Botafogo (64 lugares). 18h/23h (sex. até 0h; sáb. 12h/0h; dom. 12h/17h). @libo_comidaevinho. Aberto em 2024.

Marchezinho. O bar gastronômico de inspiração francesa privilegia insumos de pequenos produtores brasileiros e, graças a isso, o menu sempre tem alguma surpresa. Num almoço qualquer pode pintar um pappardelle com boeuf bourguignon (R$ 64,00), por exemplo. Entre os fixos no menu, o couvert mar reúne peixe curado, coalhada da casa e focaccia; enquanto o terra tem rillette de porco, embutido, azeitona e conserva de cogumelos, ambos por R$ 36,00. A salada de bombons crocantes de queijo de cabra na massa de hortelã com folhas frescas, amoras e nozes caramelizadas (R$ 46,00) é uma pérola. Preste atenção à esmerada seleção de drinques, com destaque para o laperrô spritz (R$ 32,00), aperitivo de voglio de laranja, calêndula, alecrim e hibisco, vinho branco e laranja, e o bouquet (R$ 29,00), com vermute rosé, licor de flor de sabugueiro, gim, mix cítrico, xarope de manjericão e água com gás. Rua Voluntários da Pátria, 46, Botafogo, ☎ 96612-0561 (75 lugares). 11h30/0h (sex. até 1h; sáb. 10h/1h; fecha dom.). @marchezinho. Aberto em 2017.

Meio Dia. Mesclando referências da infância no interior de Goiás e passagens por restaurantes de Nova York e Tóquio, o chef Fred Motta gosta de variar o menu de acordo com o dia. Na segunda sem carne, boa pedida é o picadinho vegano (R$ 69,00), de tofu marinado em cogumelos com legumes, gohan e vagem picante. Da pequenina cozinha saem delícias como o chirachi (R$ 98,00), combinação de arroz de sushi, furikake e sashimis variados do dia. O chef comanda também o Meia Noite, de vida noturna no mesmo bairro, especializado em espetinhos na brasa como os de wagyu brasileiro (R$ 32,00), fraldinha uruguaia (R$ 32,00) e polvo (R$ 32,00), com arroz gohan (R$ 14,00). Meio Dia. Rua Real Grandeza, 74, Botafogo (30 lugares). 12h/22h (dom. e seg. até 18h). @meiodia__. Aberto em 2023. Meia Noite. Rua Fernandes Guimarães, 31-B, Botafogo (25 lugares). 18h/3h (ter. e qua. até 1h; fecha dom. e seg.). @meianoite__. Aberto em 2024.

Meza Bar. Fundado há dezesseis anos pelo casal Fernando Blower e Andressa Cabral, o espaço é pioneiro da nova mixologia carioca e costuma antecipar tendências tanto nos copos quanto nos já famosos “potinhos” nos quais a chef serve suas criações. As inspirações vêm de diferentes culturas do mundo, mas predomina a influência afro. O imperial oyó (R$ 43,00) traz camarões salteados, creme de castanha, farelo de acarajé, quiabo tostado e arroz de coco. Já o luanda (R$ 42,00) homenageia a capital angolana com rabada, amendoim, inhame e farofa de limão. Para molhar o bico, invista no carcará, intenso e seco, preparado com bourbon, Cynar e vermute branco (R$ 34,00). Quem prefere cerveja encontra diversos rótulos da Hocus Pocus em garrafa (R$ 21,00 a long neck de Orange Sushine). Rua Capitão Salomão, 69, Humaitá, ☎ 3239-1951 (80 lugares). 18h/1h (sex. e sáb. até 2h; dom. 17h/0h; fecha seg.). → @mezabar. Aberto em 2008.

Polvo Bar. O nome e a decoração com motivos marítimos não deixam dúvidas: o bar da chef Monique Gabiatti é um porto seguro para os amantes de peixes e frutos do mar. O molusco aparece em lascas no taco (R$ 39,00 a unidade), servido em tortilhas com homus de feijão-vermelho, rabanete, maionese de missô e coentro, e em tentáculo no sanduíche hot pulpo (R$ 59,00), com gremolata e maionese de missô no pão de leite. Compartilhe o peixe frito com fritas (R$ 57,00), que ganha um charme a mais graças ao pó de alga nori. Para beber, aposte na caipirinha de cítricos (R$ 28,00), preparada com limões e tangerina, ou na batida de musse de maracujá (R$ 16,00 o copo; R$ 80,00 a garrafa) e seja feliz. Um domingo por mês, a chef cozinha uma gigante paella na calçada, a partir das 13h. Rua General Polidoro, 156, Botafogo (60 lugares). 18h/0h (sex. e sáb. 12h/1h; dom. 12h/20h; fecha seg.). @polvobar. Aberto em 2023.

Porco Amigo Bar. Quem já flanou pelos bares de Belo Horizonte sabe que a expressão “na lata” tem um significado bem diferente por lá. Nas Minas Gerais, assim como no Porco Amigo, o que vem na lata — e todo mundo quer — é carne. Suína, naturalmente… Pois bem, o porco na lata, confitado com geleia de seriguela e mel de cacau, guarnecido de ovo de codorna colorido, picles de quiabo e cebolinha (R$ 32,00), é um dos mais populares da casa, ao lado do porco que voa (R$ 58,00), nacos de carne suína à passarinho com limão, limão-galego e bastante alho frito. E ainda tem feijoada completa de terça a domingo (R$ 92,00, para dois). Na ala das bebidas, o pork in rio (R$ 35,00) é uma variação de mojito. Em vez da hortelã o drinque leva uva, limão e manjericão. Cervejeiros vão de caldeiretas de chope Brahma (R$ 9,90). Rua São Manuel, 43, Botafogo, ☎ 2137-4963 (80 lugares). 12h/1h30 (dom. até 23h; fecha seg.). @porcoamigobar. Aberto em 2018.

Quartinho. Uma coisa é certa: Botafogo tem mais bares que esquinas. Hoje é até difícil imaginar os tempos em que essa joia da boemia reinava sozinha entre oficinas mecânicas e ruas escuras. O cardápio de coquetéis e comidinhas de alta categoria em um ambiente animado, com trilha sonora de primeira, garante que a casa esteja sempre cheia, tanto que figura em segundo lugar na categoria para ir a dois de VEJA RIO COMER & BEBER. Os insumos sazonais agora fazem parte das cartas, que entre os petiscos traz unanimidades como o caccio cavalo balls (R$ 34,00), um trio de bolinhas de queijo regadas com mel e raspas de laranja, além do korean fried chicken (R$ 48,00), sobrecoxas marinadas, fritas e salteadas no molho coreano, medianamente picantes. A carta de drinques, assinada pelo sócio Jonas Aisengart, tem apostas refrescantes como o m.d.m.ate (R$ 24,00), um chá misto de erva-mate e capim-li­mão, xarope de hortelã, suco de limão e rum. Rua Arnaldo Quintela, 124, Botafogo (100 lugares). 18h/1h (sex. e sáb. até 2h; fecha dom. e seg.). @quartinhobar. Aberto em 2018.

Tão Longe, Tão Perto. Primeiro bar de vinhos especializado no serviço em torneiras, o pequeno e charmoso projeto chegou ao Rio após abrir unidades em São Paulo e no Porto, em Portugal. São seis opções da bebida, entre brancos, rosés, tintos e laranjas de produção nacional e orgânica, de vinícolas como a Dom Dionysius. As taças têm preço entre R$ 20,00 e R$ 25,00 (R$ 119,00 a R$ 129,00 o litro), incluindo vermutes da casa, e podem ser acompanhadas por uma carta de queijos e frios de primeira linha. Na informalidade que leva cadeiras de praia à calçada, há pedidas como a conserva de lula com alga kombu e shiitake (R$ 78,00), do projeto A.Mar, e o mix de embutidos artesanais da Porco Alado (R$ 96,00), com pão sourdough na escolta. Rua Fernandes Guimarães, 93, Botafogo (50 lugares). 17h/0h (dom. 15h/22h; fecha ter.). @casatltp.botafogo. Aberto em 2024.

Tempo Bistrô. Se de dia o espaço é dedicado a refeições frugais, após as 17h entram em cena um cardápio de petiscos e sanduíches e uma caprichada carta de drinques. Comece bem com os cremosos bolinhos tempo (R$ 35,00, seis unidades), recheados de calabresa, com um toque de geleia de pimenta. Para compartilhar, invista na tábua de frios com queijos, embutidos, pastinhas e torradas (R$ 75,00). O sanduíche quintal da ciata (R$ 35,00), de carne assada desfiada, maionese de alho, cebola-roxa caramelizada e queijo, também vale a pedida. Drinques como o botafogo (R$ 27,00), de cachaça, néctar de morango, maracujá, abacaxi e hibisco desidratado, e o botânico (R$ 42,00), com rum, limão e xarope de capim-limão, finalizado com defumação, fazem sucesso. Rua Mena Barreto, 22, Botafogo, ☎ 3796-7797 (45 lugares). 12h/23h (dom. até 21h). @tempobistro. Aberto em 2023.

Bares

Three Monkeys House. Misto de gastrobar e brewpub, o primeiro espaço próprio dessa premiada cervejaria reúne mais de vinte torneiras com todas as bebidas da marca, em ambientes com pegada industrial com grande salão térreo, 2º andar e área externa. A fábrica, com capacidade para produzir 6000 litros de cerveja por mês, exibe criações como a true gold, uma premium lager (R$ 4,40, 100 mililitros) e a classic IPA (R$ 7,23, 100 mililitros), com adição de lactose, limão e sal. Para consumir, não tem erro: o cliente se serve diretamente da torneira escolhida usando o cartão de consumo entregue na entrada. O pagamento é só no final da jornada. Acompanhe bem com um dos nove hambúrgueres da casa, a exemplo do the monkey burger (R$ 43,00), com costela, cheddar, bacon e cebola caramelizada no pão australiano. Em 2024, o bar passou a abrir para almoço. Rua Real Grandeza, 129, Botafogo, ☎ 3586-7052 (300 lugares). 11h30/2h (seg. até 16h; ter. até 23h; qua. até 0h; qui. até 1h; dom. 15h/23h). → @threemonkeyshouse. Aberto em 2023.

Vian. Uma das grandes novidades na coquetelaria carioca é a mudança do premiado bar de Frederico Vian (eleito bartender do ano por VEJA RIO COMER & BEBER em 2022), que deixou o pequeno imóvel em Ipanema para se instalar num belo casarão de dois andares em Botafogo. Anote: terça é dia de ostras (R$ 22,00 o trio de frescas; R$ 30,00, três empanadas), às quartas tem jazz ao vivo, os sábados contam com DJ e, em breve, começa o brunch aos domingos. Como já é marca da casa, coquetéis podem ser criados na hora, de acordo com o desejo dos clientes. Mas há alguns autorais que sempre marcam presença, como o café secreto (R$ 38,00), que leva café especial, bourbon, Cynar e bitter. No menu de acepipes, tem tartare de camarão salteado com sour cream e avocado (R$ 49,00). Rua Visconde de Silva, 21, Botafogo (80 lugares). 19h/1h (dom. 17h/23h; fecha seg.). @viancocktailbar. Aberto em 2021.

Xepa. Parte da leva de novos bares abertos com cara de negócio das antigas — febre na Zona Sul, mas especialmente em Botafogo —, o bar com cadeiras de praia na calçada e ambiente interno colorido conquistou os jovens botequeiros. Comece bem com o torresmo de barriga (R$ 43,90) ou o bolinho caipira (R$ 34,90, cinco unidades), de aipim com recheio de queijo e milho. O clássico sanduba de carne assada (R$ 37,90) pode ser acompanhado por fritas por mais R$ 12,00. Para beber, tem fitzgerald (R$ 34,00), drinque queridinho do momento, e autorais como o xepa mule (R$ 32,00), com gim, mate da casa, infusão de abacaxi, xarope de maracujá e espuma de gengibre. A happy hour rola de terça a sexta, a partir das 17h, com descontos em drinques e no chope. E ainda tem almoço diariamente. Rua Arnaldo Quintela, 87, Botafogo, ☎ 99869-4769 (150 lugares). 12h/1h (sex. e sáb. até 2h; dom. até 0h; fecha seg.). @xepa.bar. Aberto em 2023.

+ Queijos brasileiros premiados brilham em menus pelo Rio

Copacabana e Leme

Adega Pérola. A casa saiu do caminho da decadência e virou referência na gastronomia popular desde que o trio de clientes Marcelo, Heitor e Ricardo comprou o bar e trocou de lado no balcão. Sob o vidro são expostas dezenas de opções de frios, vendidos por peso. Prove alguns dos emblemáticos, como o polvo ao vinagrete (R$ 46,00, 100 gramas), o incrivelmente doce alho marinado no azeite (R$ 38,00, 100 gramas) e as bolinhas de queijo de cabra (R$ 42,00, 100 gramas). A tulipa de chope Brahma (R$ 10,00), sempre gelado, corre por quase todas as mesas, mas também é comum ver clientes interessados nas ótimas seleções de cerveja (a garrafinha de 250 mililitros da portuguesa Super Bock sai a R$ 12,00) e de cachaças, com mais de trinta rótulos. Entre elas, as conceituadas Velha Januária e Claudionor (ambas a R$ 12,00 a dose). Rua Siqueira Campos, 138 A, Copacabana, ☎ 2255-9425 (100 lugares). 11h/1h (fecha dom.). @adegaperola. Aberto em 1957.

Baixela. Em pouco mais de um ano, o descolado pé-sujo se tornou um dos botequins mais badalados do Rio, e já tem até o seu petisco “signature”: o pornograficamente gostoso pau carnudo (R$ 19,00 a unidade), misto de croquete com bolo de carne e queijo que reflete no gosto, no nome e na aparência o ambiente descontraído. O acepipe, aliás, viralizou na web após aparecer no programa de Ana Maria Braga. Do balcão envidraçado saem maravilhas como alho em conserva, batata calabresa, cebola ao vinho e tremoços (todos a R$ 14,00 a porção de 100 gramas), para comer no pratinho, ao lado de cervejas em garrafa (Amstel Brahma a R$ 13,00) ou drinques refrescantes como o caju amigo (R$ 35,00) e o Campari tônica (R$ 24,00). Da cozinha, refeições populares ao estilo PF saem no capricho, como o fígado acebolado com arroz, feijão e fritas (R$ 29,00). Avenida Rainha Elizabeth, 85 D, Copacabana, ☎ 97917-0998 (42 lugares). 12h/21h (sex. e sáb. até 0h; dom. até 20h). @baixela.rio. Aberto em 2023.

Bar do David. Pioneiro no quesito “bares de favela”, o botequim do pescador David Bispo pode ser encontrado também no asfalto, na filial da Barata Ribeiro. Mas é no alto do Chapéu Mangueira que ele continua mostrando por que é um dos mais premiados do Brasil. Sempre com novidades, o cardápio tem criações como o referência (R$ 44,90 a porção), bolinho de abóbora com coco e ora-pro-nóbis, recheado de camarão. Esse petisco foi campeão do concurso Comida di Buteco em 2022. Outra delícia é o saudosa maloca (R$ 49,00), composto de bolinhos de milho com queijo, recheados de carne-seca. Dos freezers, saem geladíssimos os cascos de Heineken (R$ 20,50), Amstel (R$ 15,00) e Eisenbahn (R$ 15,50). Ladeira Ari Barroso, 66, loja 3, Chapéu Mangueira, Leme, ☎ 96483-1046 (80 lugares). 9h/21h (fecha seg.); Rua Barata Ribeiro, 7, Copacabana (30 lugares). 15h/3h (sáb. e dom. a partir das 13h; fecha seg.). @bar_dodavid. Aberto em 2010.

Caju Gastrobar. Célebre representante do Baixo Barata Ribeiro, o bar vai muito além das homenagens ao pseudofruto. O pega na moela (R$ 38,00), por exemplo, traz moela de pato com aipim na manteiga de garrafa e tem sido uma das opções mais pedidas pelo público. As bifanas em versão tupiniquim, com carne de sol de mignon, molho de queijo meia cura e chips de batata-doce (R$ 52,00) batem um bolão. Os drinques reverenciam o caju de diversas maneiras: o carolina, canela, cajuína (R$ 35,00) leva gim, cajuína, xarope artesanal de especiarias, canela em pau, tônica e uma deliciosa espuma de caju. Já a batida querido caju (R$ 20,00) faz sucesso misturando o purê da polpa com cachaça e limão. Há ainda opções caju-free, como o fogo no parquinho (R$ 35,00), mescla de cachaça com xarope de romã, laranja e compota de pimenta-biquinho com mel. Praça Demétrio Ribeiro, 97 C, Copacabana, ☎ 3264-3713 (150 lugares). 11h30/0h (sex. e sáb. até 1h). @cajugastrobar. Aberto em 2019.

Cervantes. Os antigos frequentadores dizem que a casa não é mais a mesma desde que reabriu sob a batuta do dono do Belmonte. No entanto, a aura boêmia, gastronômica e, sobretudo, notívaga do velho bodegão ibérico de espírito carioca continua intacta. Os sanduíches de filé com abacaxi e queijo (R$ 56,00) ou de pernil com abacaxi e queijo (R$ 39,00) seguem fartos no famoso pão de leite. Para fomes épicas, vale se aventurar pelo cervantes especial, que reúne filé, abacaxi e o clássico patê de foie vendido desde os anos 1950 (R$ 58,00). Vale ousar um pouco mais e pedir para incluir queijo: fica inesquecível. O chope Brahma mantém o padrão de sempre (R$ 9,50 a caldeireta clara ou escura). Apesar de bem mais famoso, o Cervantes de Copa conta também com filial na Barra, maior e mais confortável. Avenida Prado Júnior, 335, Copacabana, ☎ 97075-1490 (70 lugares). 10h/5h; Avenida das Américas, 5777 (Shopping Park Palace), Barra (84 lugares). 12h/0h (dom. a ter. até 22h). @cervantes_bar_restaurante. Aberto em 1955.

El Born Gastrobar. Bem no fervo de Copacabana, o bar consegue fazer os clientes se sentirem numa taberna em Barcelona, da decoração ao cardápio de tapas, passando pela ótima carta de drinques do craque Zan Andrade. Dê um olé na fome com os croquetes de jamón com aïoli (R$ 33,00, três unidades) ou com a friturinha de lulas e camarões com maionese (R$ 49,00). Para compartilhar, peça uma tábua de queijos (R$ 89,00) servida com pães, nozes, mel e azeite, ou a de embutidos (R$ 83,00, pequena; R$ 120,00, grande), guarnecidas de pães e azeitonas temperadas. Para bebericar, o apple tree (R$ 30,00) é uma opção refrescante, com gim, abacaxi, maçã verde, cardamomo e tônica. As sangrias também fazem sucesso, com taças a partir de R$ 27,00 e jarras a partir de R$ 120,00. Rua Bolívar, 17 A, Copacabana, ☎ 3496-1781 e 97066 4558 (80 lugares). 17h/2h (sex. e sáb. a partir das 16h; dom. a partir das 15h). @elborngastrobar. Aberto em 2012.

Galeto Sat’s. Melhor madrugada, melhor galeto, melhor carta de cachaças… Não são poucos os títulos do Sat’s. Neste ano, aliás, ele é vice-campeão na categoria melhor braseiro em VEJA RIO COMER & BEBER. A fama da casa, nascida em Copacabana, explodiu com a filial de Botafogo e alça novos voos na Barra. A decoração não muda, assim como o clima festivo e o cardápio, baseado em carnes na brasa. O galeto completo, com arroz, fritas e a famosa farofa de ovo (R$ 88,00, para dois), é a locomotiva de um trem de opções no qual brilha também o filé à oswaldo aranha (R$ 148,00, para dois). Mais badalados ainda são os petiscos, como a porção de coração (R$ 54,00) e a barriga do Serjão (R$ 54,00), homenagem ao dono da casa, Sérgio Rabello, na forma de nacos de carne suína na brasa, com cebola, salsa e alho confitados. Rua Barata Ribeiro, 7, Copacabana, ☎ 2275-6197 (40 lugares). 12h/4h (qui. a sáb. até 5h); Rua Real Grandeza, 212, Botafogo, ☎ 2266-6266 (150 lugares). 11h/5h; Estrada do Joá, 3962, Barrinha, ☎ 3796-1128 (110 lugares). 11h30/0h (fecha seg.). @galetosats. Aberto em 1962.

Ginga. Redes estão à disposição dos clientes que queiram relaxar nesse quiosque localizado no “Leme de Noronha”, como a casa anuncia nas redes sociais. Com boa curadoria de atrações musicais (de segunda a quinta, às 17h; de sexta a domingo, às 12h e às 17h), o point é bastante procurado para comemorações e costuma lotar aos fins de semana. A sardinha frita clássica sai a R$ 14,90 a unidade ou R$ 42,90 a porção com três, e pode vir acompanhada de vinagrete de caju ou molho de tamarindo. Já o tartare de salmão leva cream cheese, limão-siciliano e maçã verde, servido com torradas de ciabatta regadas com azeite (R$ 59,90). Se a fome for voraz, o estrogonofe de camarão no abacaxi com arroz branco e batata palha (R$ 84,90) é uma boa alternativa. Chope Brahma (R$ 12,00, 300 mililitros) e cervejas em garrafa (R$ 24,00 a Corona de 600 mililitros) enlaçam o pós-praia. Avenida Atlântica, s/nº (próximo ao Posto 1), Leme, ☎ 98101-6537 (160 lugares). 24h. @ginga.rio. Aberto em 2022.

Marinho Atlântica. O charmoso salão se prolonga pela calçada, convidando o cliente a relaxar (ainda mais) no pós-praia. O menu do chef Leonardo Rogero tem tira-gostos descomplicados, como o torresmo com goiabada picante (R$ 38,00) e as empanadas de bobó de camarão (R$ 39,00 a dupla). O toast de gravlax de salmão feito na casa com sour cream (R$ 52,00) é uma opção mais levinha. Os frutos do mar também estão presentes em pratos principais, a exemplo do polvo grelhado com batatas ao murro, molho romesco e salada (R$ 108,00) e da moqueca com arroz de coco e farofa (R$ 180,00, serve duas pessoas). De terça a sexta, a happy hour vai das 15h às 19h, com drinques da bartender Bruna Bicalho, chope e taça de vinho com 50% de desconto. Avenida Atlântica, 4206, Copacabana, ☎ 97488-1260 (180 lugares). 12h/0h30 (sex. e sáb. até 1h; fecha seg.). @marinhoatlantica. Aberto em 2022.

Mazé. O bar do influenciador digital Matheus Costa nasceu com visual futurista e iluminação de LED em tom lilás, anunciado por um grande balcão espelhado que parece ter saído de um filme de ficção científica. No agito de uma das mais movimentadas vias noturnas do bairro, o ponto traz drinques e petiscos de criação própria, a exemplo dos tiraditos de gorgonzola (R$ 34,00), com massa frita, gergelim e cebola-ro­xa caramelizada. O hot polvo (R$ 52,00) é um sanduíche no qual o molusco ganha a companhia de salada caesar, bifum e flor de sal. A frigideira de marshmallow gratinado com ganache de chocolate (R$ 46,00) adoça as noites. O gim do zé, drinque em homenagem ao pai do dono da casa, leva Bombay Sapphire, eucalipto e Campari (R$ 38,00). O nome do bar, a propósito, é uma junção dos nomes Matheus e Zé. Fofo! Rua Ronald de Carvalho, 275, Copacabana, 96762-7153 (70 lugares). 18h/0h (sex. a dom. 17h/1h; fecha seg.). @maze.rj. Aberto em 2024.

Os Imortais. Com doze anos de vida recém-completos, o bar é líder do movimento que transformou as imediações da Praça do Lido. O petisco mais vendido continua sendo a coxinha da vovó (R$ 15,00 a unidade), feita com frango desfiado com requeijão e empanada na farinha panko, servida com geleia de pimenta. Já a novidade do momento é inspirada na botecagem raiz: uma moela ao molho de Cynar, guarnecida de pão (R$ 38,90). No setor mais contemporâneo do cardápio, o frango k-pop segue o estilo coreano, levemente picante (R$ 58,00). Para molhar o bico, a batida de paçoca (R$ 16,50, 200 mililitros) é um sucesso, enquanto o perfetto lemone (R$ 38,00), criado pelo bartender Thiago Teixeira, leva bourbon, limoncello, xarope artesanal de maracujá com pimenta e mix de limões. Rua Ronald de Carvalho, 147 e 154, Copacabana, ☎ 3563-8959 (119 lugares). 12h/1h (seg., ter. e dom. até 0h; qui. abre às 18h). @osimortais.bar. Aberto em 2012.

Otra Bar. O ambiente descontraído tem amplo salão com motivos náuticos e varanda debruçada para a calçada em frente à Praça do Lido. Inspirações para o nome do bar, as ostras são servidas de terça a domingo (a partir de R$ 18,00 a dupla) em porções de até uma dúzia. Já a hap­py hour acontece de segunda a sexta, das 18h às 21h, com taça de vinho e coquetéis clássicos saindo a R$ 18,00 e o chope Brahma por R$ 6,00. Durante a semana há também menu executivo, com pratos frugais, entre 12h e 16h. Receita de sucesso, o ceviche de peixe (R$ 45,00) vem com milho tostado e banana frita, enquanto o peixinho dourado (R$ 45,00), gurjões de pescado com maionese de aipo, é um dos queridinhos dos clientes. Vale a pena pedir um clericot (R$ 120,00) para compartilhar. Anote: costuma ter música ao vivo de sexta a domingo. Rua Belfort Roxo, 58, Copacabana, ☎ 2135-3146 (80 lugares). 12h/0h (sex. e sáb. até 1h; dom. até 0h). @otra.bar. Aberto em 2021.

Parada de Copa. Eleito pelo júri de VEJA RIO COMER & BEBER o melhor sanduíche da cidade em 2023, o bar não para: no final do ano passado, abriu a segunda loja em Copacabana, que funciona 24 horas por dia, e em outubro inaugurou a terceira, causando furor em Ipanema. Extremamente generosos, os sandubas têm alto padrão de qualidade e evocam memórias afetivas. Vão bem no almoço, no pós-praia ou na saideira (as madrugadas são movimentadas) o clássico dos clássicos pernil com abacaxi (R$ 38,00), o filé-mignon com queijo e abacaxi (R$ 57,00), o patê com abacaxi (R$ 34,00) ou outra combinação da extensa lista. O chope bem tirado (R$ 11,00, 300 mililitros) não pode faltar. Rua Barata Ribeiro, 450, Copacabana, ☎ 3936-0450 (160 lugares). 10h/3h (sex. e sáb. até 5h); Rua Duvivier, 51, Copacabana (150 lugares). 24h; Rua Vinicius de Moraes, 102, Ipanema (140 lugares). 10h/2h. → @paradadecopa. Aberto em 2019.

Pavão Azul. O Pavão hoje também é black e verde. Mas é o azul mesmo — tanto em sua versão original quanto na “filial” do outro lado da rua, o Pavãozinho — que reside no imaginário da boemia carioca. As cervejas de garrafa (Original, a R$ 15,00, e Becks, a R$ 17,00) são as mais pedidas para acompanhar a grande estrela da casa: as pataniscas de bacalhau (R$ 28,00, quatro unidades). Mas há pouco tempo surgiu um concorrente de peso: o bolinho de vaca atolada (R$ 16,00 a unidade), um delicioso croquete de carne assada com uma pérola de aipim no centro. Junte-se a isso o arroz de camarão (R$ 60,00, para dois) ou o de polvo (R$ 70,00, para dois), servido aos fins de semana, e um copo americano cheio de batida de coco (R$ 10,00) para compor a sobremesa e está posto um dos mais legítimos almoços cariocas de boteco. Rua Hilário de Gouveia, 71, lojas A, B e C, Copacabana, ☎ 2236-2381 (60 lugares). 12h/1h. @pavaoazuloficial. Aberto em 1957.

Portinha. Reforçando uma das mais boêmias regiões da cidade, no encontro das ruas Prado Júnior e Barata Ribeiro, o empreendimento tem ambiente animado e um vasto cardápio de acepipes exibidos em balcão de vidro. O salão comprido tem na frente um telefone público decorativo, fotos de personagens como Elke Maravilha e um banheiro com trilha sonora própria de funks “safados”. O menu traz quitutes como a pizza de sardinha (R$ 24,90 a fatia) e porções como o vinagrete de camarão, lula e polvo (R$ 59,90). O espeto “sacanagem” da casa tem queijo, ovo de codorna, tomate seco e salaminho (R$ 25,90, quatro unidades), boa companhia para o chope Brahma (R$ 8,90). A carta de drinques de Thiago Teixeira traz um belo caju amigo (R$ 29,00), com cachaça, limão suco de caju e compota do pseudofruto. Avenida Prado Júnior, 281, Copacabana (60 lugares). 17h/4h (sex. a dom. 12h/4h; fecha ter.). @portinhaprado. Aberto em 2024.

Tasca Carvalho. Portuguesa com certeza, carioca por convicção e copacabanense por tradição, essa tasca contemporânea integra o cada vez mais badalado circuito boêmio e gastronômico da Rua Ronald de Carvalho. Nas mesas na calçada ou no pequeno salão, a música é boa e as cervejas ibéricas Super Bock (R$ 10,90 a long neck) e Estrella Galicia (R$ 10,90) estão sempre geladas. Perfeitas para parear com um croquete de leitão cozido por seis horas (R$ 21,90, duas unidades) ou um polvo à carvalho (R$ 54,90) puxado no chouriço português, no alho e no vinho. Aos sábados tem um autêntico cozido português (R$ 149,90, para dois), servido com os tradicionais enchidos de fumeiro. No domingo, a boa é bacalhau: à lagareiro ou à moda da tasca (ambos a R$ 119,90, para um, e R$ 199,90, para dois). Rua Ronald de Carvalho, 266, Copacabana, ☎ 99957-9845 (48 lugares). 15h/0h (sáb. a partir das 12h; dom. 12h/22h; fecha seg.). @tascacarvalho. Aberto em 2016.

Tropik. Extensão à beira-mar do luxuoso hotel Fairmont, o quiosque recebe bem hóspedes e visitantes em um ambiente de ares mediterrâneos. De suas incursões à Grécia, o chef francês Jérôme Dardillac trouxe inspiração para um menu leve e saboroso, com bom início pela trilogia tropik (R$ 55,00), um trio de pastas com homus, coalhada seca e musse de tomate seco, servido com pão folha. Quem não dispensa uma friturinha vai se esbaldar com os bolinhos de peixe com maionese de coentro (R$ 50,00, seis unidades). Uma delícia também o espetinho de camarões e tomate-cereja (R$ 65,00), servido com farofa e molho à campanha. A carta de drinques tem uma parte dedicada aos coquetéis spritz, a exemplo do santorini (R$ 40,00), com gim, cordial de limão, xarope de curaçau blue, club soda e hortelã. Diariamente, das 8h às 11h30, é possível começar o dia com um delicioso café da manhã (R$ 180,00, serve duas pessoas). Avenida Atlântica, quiosques 47/48, Copacabana, ☎ 2525-1244 (126 lugares). 8h/20h (sex. e sáb. até 22h). @tropikrio. Aberto em 2022.

Flamengo

Deza Botequim. Os trocadilhos que dão nome aos pratos anunciam o clima descontraído do bar, que é a segunda versão do antigo Desacato, no Leblon. São carros-chefes a amo-ela (R$ 42,00), porção de moela ao vinho, acompanhada de pão de alho, e a paixão nacional (R$ 43,00), espécie de releitura da feijoada, com carne-seca, costelinha, lombo e linguiça em caldinho de feijão com finos bolinhos de arroz crocantes, couve mineira frita e geleia de laranja com pimenta. Para combinar com os petiscos, a cerveja Heineken de 600 mililitros sai a R$ 19,00. Entre os pratos feitos, tem um pensado especialmente para os vegetarianos: hambúrguer caseiro de grão-de-bico, salada da casa e pasta de legumes assados (R$ 46,00). Travessa dos Tamoios, 32 A, Flamengo, ☎ 3449-3124 (60 lugares). 12h/0h (sex. e sáb. até 1h; dom. até 22h; fecha seg.). → @dezabotequim. Aberto em 2022.

Mané. Fundado por um trio de amigos botequeiros em 2019, o estabelecimento cresceu através do sistema de franquias e, dois anos depois, passou a fazer parte do Grupo Impettus, que detém as marcas Espetto Carioca, Buteco Seu Rufino e Bendito. A pipoca de couve-flor com molho barbecue de cerveja (R$ 32,00) é novidade no cardápio, enquanto as iscas de alcatra empanadas na farinha panko, regadas ao molho de tomate e cobertas com queijo gratinado (R$ 92,00) já têm lugar consagrado. Da ala dos principais, o arroz de costela (R$ 46,00) é finalizado na mesa, levando uma camada de queijo maçaricado e farofa de bacon. A cerveja de garrafa (Amstel de 600 mililitros a R$ 15,00) e a batida pé de moça, com doce de leite e amendoim (R$ 23,00, 200 mililitros; R$ 104,00 a garrafa de 1 litro), acompanham os quitutes. Praia do Flamengo, 180, Flamengo, ☎ 3502-5386 (130 lugares). 12h/0h (sex. e sáb. até 1h); Rua Djalma Ulrich, 49, Copacabana, ☎ 96688-2144 (120 lugares). 12h/0h (sex. e sáb. até 1h). Mais dez endereços. @mane.rio. Aberto em 2019.

Zuza Fish Bar. Depois de dezesseis anos em Búzios, onde comandou um dos primeiros restaurantes da revitalização do Porto da Barra, o chef Christopher Zuza abriu no Rio um autêntico bar de frutos do mar, com mesas na informalidade da calçada, colunas de azulejos brancos, balcão e parede em azul-marinho. Trabalhando com pescados frescos recebidos diariamente, ele serve entradas como o torresmo de lula (R$ 42,00), que traz o molusco crocante, temperado com páprica defumada e maionese de polvo, e o tartare de atum (R$ 48,00), com o peixe cru, azeite, pimenta-branca, pistache, molho de laranja e chips de batata-doce. O polvo grelhado é um dos pratos principais, acompanhado de cuscuz de amêndoas ao perfume de limão-siciliano e salsa verde (R$ 85,00). Da carta de drinques, o bloody fish (R$ 35,00) é uma releitura do clássico, à base de cachaça 7 Engenhos, suco de tomate com especiarias, molho de ostra e borda de bottarga. Rua Marquês de Abrantes, 1-A, Flamengo (40 lugares). 18h/23h (dom. 12h/17h). @zuzafishbar. Aberto em 2024.

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Gávea, Jardim Botânico e São Conrado

Boutique do Mar. A paixão pelo frescor dos insumos que vêm das águas é combustível para o casal Márcio Dantas e Rita David, que transformou o pequeno espaço no Baixo Gávea em ponto concorrido. Chef com larga experiência na Europa, ele faz questão de escolher pessoalmente os ingredientes e produzir do zero os molhos que vão realçar o sabor dos pescados. O cardápio não é fixo, já que depende do que o mar entrega a cada dia. No entanto, costumam estar no quadro-negro a casquinha de siri (R$ 28,00), a manjubinha frita (R$ 49,00) e o peixe com legumes (R$ 96,00). Hit absoluto, o polvo grelhado é servido com batatas bravas (R$ 235,00, para duas pessoas). Recentemente, a cozinha foi ampliada, o que trouxe sobremesas para a experiência, como o brownie fondant de chocolate belga 70% com sorvete (R$ 42,00). Para brindar, a garrafa do vinho austríaco Zanthos custa R$ 130,00. Praça Santos Dumont, 6B, Gávea, ☎ 99519-0105 (35 lugares). 12h/18h (fecha seg. e ter.). @boutiquedomargavea.

Bares

Braseiro da Gávea. Pergunte a um carioca onde fazer uma refeição que é a cara do Rio e provavelmente esse estabelecimento aparecerá na resposta. Quase trinta anos de serviços prestados garantem o salão abarrotado, especialmente nos almoços aos fins de semana. Tudo começa com a linguiça na brasa (R$ 8,50 a unidade), até que chega o galeto (R$ 98,00), a picanha (R$ 210,00) ou o bife ancho black angus (R$ 228,00), devidamente acompanhados de arroz de brócolis, batata frita e farofa de ovos com banana, em porções que servem até três comensais. É tudo muito bom e, não à toa, a casa figura no pódio de VEJA RIO COMER & BEBER, na categoria braseiro. Caipirinhas de cachaça especial com tangerina, abacaxi ou caju saem a R$ 30,00 e o mais pedido de todos, o chope Brahma na tulipa, custa R$ 10,00. Praça Santos Dumont, 116, Gávea, ☎ 2239-7494 (100 lugares). 11h30/1h (sex. e sáb. até 3h). @braseirodagavea Aberto em 1995.

Casa Camolese. Em pleno Jockey Club, uma imponente construção do século XIX decorada com charme se tornou um belo cenário de eventos, que costumam acontecer nos jardins. Do salão de pé-direito alto, avista-se a microcervejaria do andar de cima. E ainda tem o clube Manouche, no subsolo, palco de festas e shows. Do menu com pegada italiana, peça o arancino de mussarela, trufa negra e maionese da casa (R$ 44,00, quatro unidades) e uma das massas artesanais, a exemplo do tortelli recheado de filé-mignon, servido com molho de cogumelos frescos (R$ 82,00). Para beber, há coquetéis autorais, como o jardim suspenso, feito com gim Tanqueray, frutas vermelhas com calda de flores do campo, espuma de hibisco e perfume de toranja (R$ 40,00), além das cervejas de produção própria (todas a R$ 14,00, 285 mililitros). Rua Jardim Botânico, 983 (Jockey Club Brasileiro), Jardim Botânico, ☎ 99790-6559 (300 lugares). 12h/23h (sex. e sáb. até 1h; dom. até 19h). → @casacamolese. Aberto em 2017.

Eleninha. Irmão mais novo do Elena, eleito o melhor restaurante asiático do ano por VEJA RIO COMER & BEBER, o bar chegou para ocupar um charmoso casarão tombado do outro lado da rua, e oferecer uma proposta mais informal. E agradou, porque está no pódio da categoria para ir a dois. As mesas na calçada são uma ótima pedida para o almoço no bucólico Horto, com delícias criadas pelo chef Itamar Araújo, como o wonton de camarão com óleo de pimenta (R$ 44,00, com quatro unidades), o sando de frango frito com picles, alface e cebola (R$ 48,00, duas unidades) e o arroz frito de barriga de porco (R$ 52,00). Para adoçar, tem sorbet de açaí com granola (R$ 32,00). O chope Heineken (R$ 14,00, 250 mililitros) acompanha bem as rodas de choro que costumam acontecer nas tardes de domingo. Rua Pacheco Leão, 758, Jardim Botânico, ☎ 3556-9692 (40 lugares). 12h/0h (sex. até 1h; sáb. 13h/1h; dom. 13h/20h; fecha seg.). @eleninhahorto. Aberto em 2024.

Katz-s. A descontração e o bom humor estão presentes na proposta do chef Bruno Katz (também à frente dos premiados Nosso e Chanchada, além do recém-inaugurado Xerelete, em Búzios). Seja em mesinhas na área interna ou na calçada, a boa é provar uma deliciosa comida de inspiração asiática, de maneira informal. O tartare de wagyu (R$ 56,00), com óleo de gergelim, molho de ostra, gengibre, shoyu e alga nori, chega à mesa desconstruído para que o comensal possa montá-lo, tendo uma nova percepção sobre o prato. Já o peixe thai-pay (R$ 69,00) é feito com a pesca do dia, glaceado em pasta de missô e servido com arroz japonês de coco, capim-limão, gengibre, zest de limão, coentro e pimenta dedo-de-moça. O sorbet de tamarindo com ganache de chocolate branco, praliné de amendoim e calda de maracujá (R$ 30,00) garante o dulçor no final da refeição. Rua Von Martius, 325, Jardim Botânico (80 lugares). 12h/0h (dom. até 20h; fecha seg.). @katz_su. Aberto em 2023.

Maguje. Do almoço de negócios até a noitada, são diversas as possibilidades nesse amplo espaço dentro do Jockey Club. No cardápio, recém-re­­­formulado, se destacam o crudo de atum com palmito tostado, limão, creme azedo e gergelim (R$ 70,00) e a costela bovina prensada com tagliatelle na manteiga de ervas, demi glace e queijo de coalho tostado (R$ 88,00). Ideal para compartilhar na agradável varanda com vista para o Cristo, o cosmopolitan de vodca Ketel One, cranberry, licor de laranja e limão vem em jarra (R$ 102,00, 1 litro). Às sextas e sábados, festas com DJs e música ao vivo tomam conta do Vista Bar, que fica no 2º andar, com boa programação para o público 35+. Rua Jardim Botânico, 1003 (Jockey Club Brasileiro), Jardim Botânico, ☎ 99895-2032 (600 lugares). 12h/0h (sex. e sáb. até 1h; dom. até 23h; fecha seg.). → @maguje.rio. Aberto em 2018.

QuiQui. Enquanto o sol se põe na beira da praia, o palco, emoldurado pela Pedra da Gávea, recebe música ao vivo, com atrações diferentes a cada sábado. O quiosque se tornou point em São Conrado e é o vice-campeão da categoria em VEJA RIO COMER & BEBER. Saem da cozinha as minicoxinhas de costela, acompanhadas de aïoli de ervas (R$ 38,00), o camarão grelhado com musseline de abacate e geleia de pimenta (R$ 72,00) e a moqueca de camarão, lula, peixe branco e mexilhão, servida com arroz de coco, farofa de alho e pimenta da casa (R$ 220,00, para duas pessoas). A caipirinha de uva com manjericão (R$ 29,00) e a jarra de clericot de espumante (R$ 220,00, 1 litro) são ideais para celebrar o entardecer. Avenida Prefeito Mendes de Morais (em frente ao 900), Praia de São Conrado, ☎ 99501-0209 (80 lugares). 12h/19h (sex. e sáb. até 23h; dom. até 21h; fecha seg. e ter.). @quiquirio. Aberto em 2020.

Sebastian. A inspiração vem da cidade espanhola San Sebastián, mas a carioquice de São Sebastião também está presente no gastrobar em pleno burburinho do Baixo Gávea. O criativo cardápio do chef Fabrício Chagas conta com carne curada e picada na ponta da faca com picles de maxixe e maionese de cebola queimada, acompanhada de fritas (R$ 69,00), sanduíche de camarões à milanesa, molho tártaro e cebola crispy no brioche (R$ 49,00). Já o nasi goreng (R$ 49,00), prato indonésio à base de leite de coco com legumes sazonais, é uma saborosa opção para vegetarianos e veganos. Há vinhos com bom custo-benefício, a exemplo do argentino Humberto Canale Denario (R$ 109,00 a garrafa do sauvignon blanc ou merlot) e drinques autorais como o tanginrina, que leva gim infusionado com tangerina, suco da fruta, limão-siciliano, xarope de gengibre, raspas de canela e tônica (R$ 38,00). Rua dos Oitis, 6-A, Gávea (90 lugares). 12h/1h (sex. e sáb. até 3h; fecha seg.). → @sebastiangastrobar. Aberto em 2022.

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Ipanema

Arp Bar. A celebração do cinquentenário do Hotel Arpoador se estende, é claro, ao bar de praia, que ocupa a célebre esplanada no calçadão. Recém-chegado, o chef Lucas Lemos reformulou o cardápio para oferecer pratos cosmopolitas, numa espécie de viagem marítima pelos cinco continentes. Do Oriente vem o crudo de peixe, em cura japonesa com chili crunch e ponzu cítrico (R$ 55,00), enquanto o trio de arepas (R$ 42,00), guarnecidas com pasta de castanha-de-caju, conserva de legumes e rúcula, evoca a América Latina. Já a comida italiana é representada pelo cavatelli produzido na casa e servido com pancetta, tomatinhos, ervas e cauda de lagosta na manteiga noisette (R$ 152,00). Já a carta de drinques tem foco total nos sabores brasileiros, a exemplo do amigo da onça (R$ 38,00), mix de cachaças, maracujá, suco de limão, gengibre, mel, angostura e tomilho. Rua Francisco Otaviano, 177, Hotel Arpoador, ☎ 97156-6589 (100 lugares). 7h/23h (sex. e sáb. até 0h; dom. até 22h). @arpbar. Aberto em 2019.

Boka. Ocupando uma esquina que fica no coração do agito gastronômico de Ipanema, o bar espalha mesas pela calçada e tem ambiente interno de paredes brancas e piso de ladrilhos hidráulicos estilizados. O cardápio segue uma trilha de entradas variadas para colorir a mesa e pratos inspirados em clássicos cariocas. Os pastéis de camarão com catupiry (R$ 39,00, três unidades) iniciam os trabalhos, e uma opção leve está na salada de atum selado com ovo poché, tomate confit, ervilha-torta, mix de folha e molho trufado (R$ 63,00). Na área principal, o medalhão de filé-mignon é escoltado por risoto de parma e queijo brie (R$ 94,00). De sobremesa tem bolo de coco molhado com calda de coco (R$ 33,00). Rua Barão da Torre, 510, Ipanema (75 lugares). 12h/0h (dom. até 20h; fecha seg.). @boka.ipanema. Aberto em 2024.

Boteco Belmonte. Não há quem more ou visite o Rio e não conheça o fenômeno sob o comando do empresário Antônio Rodrigues, espécie de Midas da boemia local. Dos sete bares que levam o nome da rede, o mais sofisticado fica na Praia de Ipanema, com uma varanda que proporciona vista privilegiada, atraindo turistas. É de praxe ver garçons circulando com bandejas cheias de petiscos, vendidos por unidade, como as empadas abertas de camarão ou carne-seca com catupiry (R$ 24,90 cada uma). Ideais para compartilhar, o filé aperitivo com molho vem num pão italiano (R$ 135,00) e a picanha à brasileira é grelhada e servida com arroz branco, farofa de ovos e batata frita (R$ 249,00, para até três pessoas). E um chopinho sempre vai bem (R$ 13,00 o Brahma de 270 mililitros; R$ 21,00 o Hoegaarden de 330 mililitros). Avenida Vieira Souto, 236, Ipanema, ☎ 98556-0221 (300 lugares). 10h/2h. Mais seis endereços. → @boteco_belmonte. Aberto em 2002.

Delirium Café. Escolher entre nada menos que 350 rótulos de cerveja é a tarefa árdua pela qual passam os clientes. Sem falar nas vinte torneiras de chope, que na happy hour, das 17h às 20h todos os dias, têm opções a R$ 11,90 (350 mililitros de Hocus Pocus Orange Sunshine e Vista Tripel, por exemplo). A curadoria, a cargo do sommelier Sergio Simon, já rendeu à casa o título de melhor carta de cervejas por VEJA RIO COMER & BEBER seis vezes, ocupando um lugar no pódio mais uma vez neste ano. Garrafas diferentonas vêm do mundo todo, com destaque para a extraordinária Delirium Blonde, envelhecida em barril de bourbon por nove meses (R$ 499,90, 750 mililitros). Brasileiras também fazem bonito, a exemplo da gaúcha Elementum India Pale Ale (R$ 34,90, 500 mililitros). Para ninguém ficar de barriga vazia, os hambúrgueres têm blend de carne black angus (R$ 49,00, mas aos domingos saem a R$ 29,90). Rua Barão da Torre, 183, Ipanema, ☎ 3215-1494 (80 lugares). 17h/1h (qui. a sáb. até 2h; dom. 16h/0h). @deliriumcaferj. Aberto em 2009.

La Carioca Cevicheria. Receitas peruanas, frescas e leves são saboreadas de maneira descomplicada nas duas lojas ou no quiosque no calçadão do Leblon. Nesse último, está disponível o novo drinque piscolé, lançado em parceria com a Bacio di Latte, que leva pisco sour, abacaxi, mel e picolé de limão-siciliano (R$ 42,00). Entre as várias opções de ceviche, o barranquito reúne peixe branco em cubos, abacate, azeite, suco de limão e pimenta-rosa (R$ 47,00). Quem prefere um prato quente pode ficar com o quinoto de los incas, com salmão grelhado acompanhado de risoto de quinoa de cogumelos (R$ 71,00). A ala de sopas é novidade — entre elas, a chupe de camarones traz o crustáceo em molho peruano à base de leite de coco levemente picante e ovo poché (R$ 45,00). Rua Maria Angélica, 113, Jardim Botânico, ☎ 2226-8821 (60 lugares). 11h/0h (seg. a partir das 18h30; dom. 9h30/22h); Rua Garcia d’Avila, 173, Ipanema, ☎ 99909-0531 (80 lugares). 18h/0h (qua. e dom. 12h/0h; qui. a sáb. 12h/1h) @lacariocacevicheria. Aberto em 2011.

Mad Brew Tap & Steak House. A cervejaria, nascida em Teresópolis, encontrou uma fórmula acertada para entregar bebidas frescas e servidas à perfeição aos cariocas. Doze variedades de produção própria jorram das torneiras dos bares diariamente, a exemplo da Pill Zen (R$ 8,00, 285 mililitros), pilsen, e da american stout Black Mind (R$ 14,00, 285 mililitros). Carnes premium estão à disposição na geladeira, basta escolher e indicar seu ponto preferido para o preparo na parrilla argentina. E ainda tem os pratos do cardápio, como ribs on the mad, tenra costela suína ao molho barbecue guarnecida de batata frita (R$ 139,90) ou o bombonzola, sanduíche com bombom de alcatra, creme de gorgonzola, queijo maçaricado e cebola caramelizada na ciabatta (R$ 39,90). Rua Vinicius de Moraes, 120, Ipanema, ☎ 99890-3405 (80 lugares). 11h30/0h; Rua Capitão Salomão, 43, Botafogo, ☎ 98633-0005 (80 lugares). 18h/0h. → @madbrewtap. Aberto em 2022.

Magnólia. O clima é inspirado na Ipanema dos tempos boêmios, com decoração que combina luminárias de restaurantes antigos, um grande bar com chopeiras, azulejos brancos e chão de pastilhas. A varanda de tábua corrida garante o charme a mais. Às mesas descem tira-gostos como a porção de torresmo de porco crocante (R$ 39,00), o bolinho de aipim com camarão (R$ 15,00 a unidade) e a almofadinha de rabada (R$ 9,00 a unidade). A casa tem churrasqueira, e da brasa saem cortes como os bifinhos magnólia (R$ 150,00, 300 gramas; R$ 240,00, 600 gramas) e a picanha supra (R$ 119,00, 300 gramas; R$ 209,00, 600 gramas). Fica a informação: o nome do bar homenageia a música homônima de Jorge Ben Jor, do cultuado disco A Tábua de Esmeralda. Rua Garcia d’Avila, 151, Ipanema (110 lugares). 12h/0h (sex. e sáb. até 1h; dom. até 23h). @obarmagnolia. Aberto em 2024.

Nosso. Eleito o melhor bar para ir a dois pelo júri de VEJA RIO COMER & BEBER no ano passado, o belo espaço em frente à Praça Nossa Senhora da Paz segue agradando clientes com uma dobradinha de sucesso: menu do chef Bruno Katz e bebidas do bartender Daniel Estevan — o que rendeu ao bar o terceiro lugar na categoria carta de drinques. Ingredientes da Região Norte do Brasil são combinados para entregar sabor e equilíbrio ao tacacá sour, que leva gim Bombay Sapphire, jambu, tucupi, cupuaçu e limão (R$ 42,00). Para começar, é uma abundância de texturas o atum em lâminas com saladinha de batata confit e maionese Kewpie, couve, ovo marinado com kimchi, vagem francesa, picles de cebola e tomate (R$ 52,00). Do rol de principais, a lasanha de costela à moda coreana leva grana padano, molho rôti e azeite de nirá (R$ 86,00). Rua Maria Quitéria, 91, Ipanema, ☎ 99619-0099 (74 lugares). 18h30/0h30 (dom. até 23h; fecha seg. e último dom. do mês). @nossoipanema. Aberto em 2017.

Otí. As mesinhas redondas na calçada estão cercadas de plantas, sob uma árvore frondosa que compõe o charmoso cenário. No diminuto salão de clima mediterrâneo, há apenas lugares no balcão, de onde saem coquetéis admiráveis. Parceria da chef Andressa Cabral e do mixologista Gabriel Santana, o recanto tem cardápio de desenho contemporâneo e pedidas como as fatias de pirarucu em defumação caseira, com emulsão de castanha-de-caju, banana caramelizada e azeite de urucum (R$ 52,00). Outras boas opções são o escabeche de trilha com coalhada e uvas verdes (R$ 45,00) ou a terrine de canard com goiabada e picles de maxixe (R$ 48,00). O coquetel vieux otí (R$ 45,00) mantém o clima com cachaça lavada no dendê, bourbon, conhaque de alcatrão, vermute rosso, Dom Benedictine e bitter de banana. Rua Barão da Torre, 247, Ipanema (25 lugares). 18h/1h (sáb. a partir das 17h; dom. 16h/22h; fecha ter.). @oti_rj. Aberto em 2024.

Pope. Com proposta ousada desde a decoração, que conta com itens de arte sacra, até o cardápio, que apresenta pratos italianos de pegada moderna, a casa completou três anos esbanjando autenticidade. Para tornar o menu ainda mais interessante, o chef Matheus Zanchini, do concorrido Borgo Mooca, em São Paulo, foi convocado e suas criações já estão em cartaz: filé batido na ponta da faca sobre fugazzeta estufada com mussarela (R$ 78,00), couve-flor e espinafre em ramas com bechamel e muesli de semente de abóbora (R$ 64,00) e massa de grão duro ao molho de natas com páprica e vodca, lulinhas no forno a lenha e ovas de ouriço fresco (R$ 128,00) são algumas boas escolhas. Da carta de vinhos, o Niel Joubert (R$ 136,00), sauvignon blanc da África do Sul, vai bem em dias quentes. Toda quarta à noite tem jazz ao vivo com o multi-instrumentista Antonio Secchin e convidados especiais. Rua Joana Angélica, 47, Ipanema (78 lugares). 18h/0h (qui. a partir de 12h; sex. e sáb. 12h/1h; dom. 12h/23h; fecha seg.). @popeipanema. Aberto em 2021.

Tijolada. A área do histórico Bar 20, perto do Jardim de Alah, em Ipanema, foi o ponto fora dos agitos do bairro onde o chef Thomas Troisgros e a mulher, Diana Litewski, abriram o boteco, que é pura descontração. Nas mesas sobre o tablado na calçada, a estrela é o frango na “televisão de cachorro” (R$ 74,00), com tempero injetado na ave, servida para duas pessoas, acompanhada de farofa de milho, vinagrete de quiabo e batatinhas. Os fogões estão a cargo do chef Pedro Carvalho, e petiscos como o jiló tostado em picles (R$ 16,00) e o torresmo (R$ 28,00) estão entre as melhores pedidas, além do bolovo (R$ 18,00) e da empada de frango com catupiry (R$ 16,00). Para bebericar, faça como o Thomas e peça o tijolada (R$ 28,00), feito com cachaça, limão-galego, açúcar e angostura. Azedinho e refrescante para o calor que se avizinha. Rua Visconde de Pirajá, 630-C, Ipanema (45 lugares). 12h/0h (dom. até 20h; fecha seg.). @tijoladabar. Aberto em 2024.

Virtuoso. Bar de vinhos naturais criado em Salvador pelo casal Bernardo Goes e Mel Romariz, a casa se mudou para o Rio com cerca de sessenta rótulos da bebida, de trinta produtores, e uma coleção de petiscos leves no mesmo clima da ala etílica. A marca se instalou em ponto na fronteira entre os bairros de Copacabana e Ipanema, e serve porções como o crudo picante de peixe branco com leite de tigre de kimchi, leite de coco, semente de romã e coentro (R$ 43,00); e as cenouras coloridas fermentadas, com molho romesco e gremolata (R$ 38,00). Vinhos brasileiros de pequena produção convivem com exemplares orgânicos de países como Áustria, França, Itália, África do Sul, Chile e Argentina. Rua Gomes Carneiro, 130, Ipanema, ☎ 97493-0246 (30 lugares). 16h/23h (dom. 15h/22h; fecha seg. e ter.). @virtuosovinho. Aberto em 2024.

Lagoa

Bares

Bar Lagoa. Um dos primeiros estabelecimentos a fazer parte deste guia chega aos noventa anos com uma grande novidade: além do ambiente art déco muito bem preservado, agora a casa tem um quiosque em Ipanema, unindo a tradição de suas receitas à descontração da beira da praia. Clássicos que nunca saem de moda, o filé à milanesa com salada de batatas (R$ 142,00), o steak tartare finalizado na hora (R$ 110,00) e o picadinho carioca com ovo frito, banana à milanesa, arroz e farofa (R$ 105,00) estão entre as especialidades do menu. Evidenciando a origem alemã, a porção de salsichão branco ou vermelho (R$ 60,00) pode ser um bom início da refeição e, para terminar, tem apfelstrudel com sorvete (R$ 22,00). Avenida Epitácio Pessoa, 1674, Lagoa, ☎ 2287-1112 (210 lugares). 12h/0h; Avenida Vieira Souto, 110, Ipanema (50 lugares). 11h30/21h. @barlagoa. Aberto em 1934.

Laranjeiras

Casa Milà. O sonho nasceu em 2012, quando o carioca Lucas Leal foi estudar em Barcelona e percebeu semelhanças entre a capital catalã e o Rio. O desejo foi concretizado quase dez anos depois, na agitada Praça São Salvador. No menu do chef Fernando Almeida, há receitas como a tradicional tortilla de patatas, feita de ovos, batatas e cebola (R$ 16,00 a unidade) e o bolinho de siri ao aïoli de curry (R$ 18,00 a unidade). A criativa junção de moqueca e paella deu origem ao arroz negro salteado com cubos de peixe, camarão, polvo e lascas de coco ao molho baiano, guarnecido de chips de banana-da-terra (R$ 72,00). Para beber, é boa pedida a releitura do tinto de verano, que leva vinho tinto, vermute rosé com infusão de cascas de laranja e soda cítrica artesanal (R$ 34,00). Rua Esteves Júnior, 28-A, Laranjeiras, ☎ 3586-7460 (60 lugares). 12h/0h. → @casamilarj. Aberto em 2021.

+ Os melhores bares de VEJA RIO COMER & BEBER 2024

Leblon

Áriz. Luz baixa, paredes de tijolos aparentes e grande mesa coletiva, além de um lounge com sofás e poltronas, dão o clima neste bar, cujas estrelas são os espumantes e a coquetelaria autoral. São mais de vinte opções da bebida borbulhante, com preços a partir de R$ 120,00 para as garrafas de 750 mililitros. As taças partem de R$ 32,00. Prove nacionais como o Adolfo Lona Brut (R$ 150,00) a cava Don Román Brut (R$ 160,00). Nas noites mais animadas, o DJ garante a trilha sonora e a dança está liberada. Para petiscar, a tábua de charcutaria artesanal (R$ 120,00, inteira; R$ 65,00, meia) tem sabores de pequenos produtores, como pastrami, presunto mulard e mortadela de cordeiro, com picles de cebola pérola e mostarda artesanal. O rondelli de camarão cremoso (R$ 58,00) é opção para fomes prementes. Entre os coquetéis, o ariza (R$ 38,00) é feito com vodca, frutas vermelhas, gengibre e manjericão. Rua Dias Ferreira, 50, Leblon, ☎ 96458-0593 (60 lugares). 18h30/0h (qui até 1h; sex. e sáb. até 2h; fecha seg.). @ariz.bar. Aberto em 2023.

Bar de Sto António. A antiga tasca portuguesa que ali havia foi reformada e o ambiente ganhou elegância e bela iluminação para os sofás vermelhos, com chão de ladrilhos e parede decorada com madeira de caixas de vinho, além de belos quadros. O empreendimento herdou da Gruta de Santo Antônio, em Niterói, alguns clássicos do cardápio e a sociedade do chef Alexandre Henriques, que lá fez fama. Na entrada, destacam-se os croquetes de alheira (R$ 42,00, quatro unidades). Já o bacalhau do chef (R$ 248,00, para duas pessoas) é protagonista entre os principais, com batatas ao murro, cebolas caramelizadas, brócolis, ovo cozido, azeitonas e alho. Na ala doce, brilha a rabanada com sorvete de iogurte, caramelo salgado, creme inglês e crumble (R$ 48,00). A boa carta de vinhos tem apenas portugueses, com taças a partir de R$ 29,00. Rua Humberto de Campos, 827-B, Leblon, 3518-0810 (80 lugares). 18h/0h (seg. e ter. até 23h; dom. 12h/20h). @bardestoantonio. Aberto em 2024.

Boteco Rainha. A empreitada do Grupo Irajá, recentemente integrado ao gigante Alife Nino, com mais de sessenta operações pelo Brasil, homenageia botequins tradicionais. Frutos do mar ganham destaque no cardápio e aparecem em fartos pratos para compartilhar. É o caso do arroz de camarão, lula, polvo e peixe (R$ 168,00, para duas pessoas). Quem prefere carne pode apostar no clássico filé à oswaldo aranha, temperado com alho frito e guarnecido de arroz branco, batata portuguesa e farofa de ovos (R$ 192,00, para duas pessoas). Na sobremesa, o toucinho do céu (R$ 36,00) é uma das alusões à cultura portuguesa. Logo ao lado está o irmão Galeto Rainha, para satisfazer os amantes de um bom braseiro. E ainda tem o Boteco Princesa, a poucas quadras de distância (na Rua João Lira, 148), dedicado aos pratos que representam a boemia carioca. Rua Dias Ferreira, 233, Leblon (84 lugares). 11h30/23h (qui. a sáb. até 1h) @boteco_rainha. Aberto em 2021.

Bonifácio e Berenice. Se os cães pudessem eleger seus bares preferidos, esse estabelecimento certamente ocuparia o primeiro lugar. Pets são os verdadeiros protagonistas e, no menu canino, há três opções de pratos principais: carne com linhaça e chia, frango à mineira com quiabo e filé suíno com hortelã, a R$ 25,00 cada um, além de petiscos e picolés. Já os humanos podem se deliciar escolhendo entre receitas típicas da culinária inglesa e comidas brasileiras, a exemplo do sanduíche de peixe empanado com molho tártaro e salada no brioche (R$ 49,00) e do frango à passarinho (R$ 55,00), temperado com cerveja e finalizado com lâminas de alho frito. Torneiras de chope vão além do óbvio: tem Blue Moon e Lagunitas por R$ 22,00 (350 mililitros). Rua Rai­nha Guilhermina, 95, Leblon, ☎ 99910-2021 (60 lugares). 9h/23h (sex. e sáb. até 0h). → @bonifacioeberenice. Aberto em 2023.

Bracarense. Fundado em 1961, o boteco soube se reinventar ao longo dos anos, sem jamais deixar de lado a tradição. É fácil perceber o sucesso do “Braca”, como é conhecido por amigos e clientes, ao ver suas mesas sempre lotadas e chopes tirados com classe (R$ 9,60 a tulipa de 300 mililitros). Entre os bolinhos, se destacam os de aipim com camarão e requeijão (R$ 6,90 a unidade), de polenta com porco (R$ 6,00) e de jiló com linguiça (R$ 6,00). Vale por uma refeição o sanduíche bracatudo, com filé-mignon, queijo, ovo, tomate, alface, alho e salsa (R$ 39,00). E quem gosta de um bom prato feito fica feliz com a porção de pernil assado acompanhada de arroz branco, feijão e batatas fritas (R$ 33,00, no almoço executivo) ou o carré à mineira com couve e tutu, servido apenas às sextas (R$ 35,50). Rua José Linhares, 85 B, Leblon (100 lugares). 11h/0h (ter. e qua. até 23h; dom. até 21h; seg. até 22h). @bar_bracarense. Aberto em 1961.

Conversa Fiada. O bom filho à casa torna, e o bar está de volta ao Leblon numa bela casa de dois andares e varanda. A jovem chef Natasha Janovicci, que esteve no restaurante Escama, chega com proposta de cardápio sazonal e petiscos como o steak tartare de mignon (R$ 62,00), que tem lascas de parmesão e batata trufada, e o camarão no espeto em marinada asiática (R$ 57,00), que traz bacon, batata calabresa e maionese de ostra. Entre os pratos individuais, o bobó de camarão (R$ 78,00) acompanha arroz branco, coentro e farofa de coco, enquanto o arroz de costela (R$ 69,00) tem a carne desfiada, tomate-cereja, picles de cebola-roxa, agrião e creme azedo. Chopes e drinques variados completam a experiência. Avenida General San Martin, 1196, Leblon, ☎ 2498-2467 (98 lugares). 12h/0h (ter. e qua. até 22h; seg. até 16h; dom. até 20h); Avenida Lúcio Costa, 1976, Barra da Tijuca (150 pessoas). 12h/22h (qui. a sáb. até 1h). → @conversafiada.rj. Aberto em 2004.

Herr Pfeffer. Verdadeiro refúgio para os amantes da cultura alemã, o pequeno estabelecimento é uma espécie de filial da Adega do Pimenta, de Santa Teresa. As mesas na calçada são um convite para petiscar a típica salsicha cozida no chope (R$ 39,00) ou a linguiça de vitela grelhada (R$ 32,00), enquanto o eisbein — joelho de porco, carro-chefe da casa — pode vir à mesa em versão cozida ou grelhada (R$ 129,00, para duas pessoas, incluindo guarnição). No almoço em dias úteis, o menu executivo conta com schnitzel, a milanesa alemã de carne bovina, suína ou frango, servida com salada de batatas (R$ 39,00), e com a feijoada alemã, com o grão branco, kassler e salsicha, guarnecida de arroz (R$ 46,00). É imperdível o tradicional apfelstrudel (R$ 20,00) e convém ir com sede para explorar a carta de cervejas cuidadosamente selecionadas. Rua Conde de Bernadotte, 26 D, Leblon, ☎ 2239-9673 (38 lugares). 11h40/0h (sex. e sáb. até 1h). @herrpfefferleblon. Aberto em 2002.

Jobi. Sinônimo de botecagem, a casa tem quase setenta anos de história e ostenta o título de Patrimônio Cultural Carioca, emanando ares de ponto turístico no coração do Leblon. As últimas reformas, assinadas pelo arquiteto Chicô Gouveia, cliente assíduo, reforçam o caráter acolhedor do lugar que se orgulha de ter garçons com décadas de serviços prestados. Desde o horário do almoço até a última saideira, o chope Brahma (R$ 11,00, 300 mililitros) mata a sede e acompanha as clássicas bolinhas de queijo (R$ 32,00 a porção), o sanduíche de filé à milanesa (R$ 45,00) ou a picanha fatiada ao molho de manteiga (R$ 170,00). Logo ao lado está a empreitada das netas do fundador Adelino Rocha: o Jobá, com pegada mais moderna e outras opções de petiscos, como a costelinha de porco à passarinho com goiabada picante (R$ 62,00). Avenida Ataulfo de Paiva, 1166-B, Leblon, ☎ 2274-0547 (70 lugares). 11h/3h. @bar_jobi. Aberto em 1956.

Liz Cocktails & Co. A coquetelaria é, sim, uma forma de expressão artística. É o que comprova o mixologista Tai Barbin em seu elegante bar. Num show de criatividade, os drinques que entraram em cartaz em maio fazem alusão a doze músicas de sucesso, uma para cada década, de 1900 a 2010. O clássico O Que é Que a Baiana Tem?, interpretado por Carmen Miranda, virou inspiração para um coquetel refrescante e intenso, que leva cachaça Magnífica ipê, pisco moscatel, soda de cambuci, bitters de cumaru e limão-siciliano (R$ 47,00). Help, dos Beatles, é simbolizada pela mistura de gim Monkey 47, vodca Absolut, fat wash com azeite de oliva, jerez manzanilla, bitter bianco, tintura de louro, bitters de laranja e azeitona preta (R$ 55,00). Na ala de comidinhas, as estrelas são ostras frescas que chegam diariamente de Santa Catarina (R$ 52,00, seis unidades). Rua Dias Ferreira, 679-A, Leblon, ☎ 98224-3611 (72 lugares). 18h/1h (dom. 17h/0h; fecha seg.). @lizcocktails. Aberto em 2019.

Pabu Izakaya. Celebrando costumes que fazem parte da rotina dos japoneses, o bar traz oportunidade de experimentar sabores da culinária nipônica em solo carioca. Acomodado no efervescente ambiente que remete a Tóquio, é possível saborear um dos donburis, refeições completas servidas na tigela com ovo perfeito e arroz gohan, nas versões de barriga de porco cozida em shoyu adocicado (R$ 58,00) ou de camarão em tempurá (R$ 78,00). Do sushi bar saem criações como a dupla de niguiri de lagostim maçaricado com manteiga de katsuobushi (R$ 59,00). Para um brinde, o sake punch (R$ 32,00) mescla saquê e gim com limão, morango, lichia e pepino. Quem não bebe álcool vai acertar pedindo o no soy sauce, de lichia, limão yuzu, limão e água tônica (R$ 21,00). Rua Humberto de Campos, 827, Leblon, ☎ 3738-0416 (45 lugares). 12h/23h (qui. a sáb. até 0h). @pabuizakayario. Aberto em 2017.

Sardinha Taberna. A fim de oferecer culinária portuguesa de forma descomplicada, o diminuto espaço, inaugurado no Leblon em 2021, deu origem a unidades maiores, em shoppings na Barra e em Botafogo. São carros-chefes os tradicionais bacalhau à brás e bacalhau com natas (R$ 69,90 cada um), mas antes de pedir o principal, você pode petiscar o chouriço tipo Arganil, o jamón e o queijo tipo Serra da Estrela que vêm na tábua sardinha (R$ 62,00). Aposte nos drinques autorais, como o sour de Belém (R$ 32,90), que leva vodca, baunilha, sour mix e gotas de angostura, ou nos vinhos portugueses (a partir de R$ 89,90 a garrafa). Quem almoçar durante a semana pode optar pelo menu executivo, com entrada, principal e sobremesa ou café, a R$ 64,90, com um clássico lusitano em destaque a cada dia. Rua Aristides Espínola, 101, Leblon (50 lugares). 12h/0h (seg. até 23h); BarraShopping (80 lugares). 11h30/22h (sáb. 12h/23h; dom. 12h/22h); Botafogo Praia Shopping (130 lugares). 11h30/22h (sáb. 12h/23h; dom. 12h/22h). @sardinhataberna. Aberto em 2021.

Tin Tin. Rafa Gomes, eleito chef do ano pelo júri de VEJA RIO COMER & BEBER em 2023, pensou num cardápio para ser apreciado com toda a descontração característica do pós-praia num dia ensolarado. Logo na chegada, peça o coração grelhado na manteiga de ervas (R$ 48,00 a porção). O bolinho de arroz crocante com tartare de salmão (R$ 50,00, três unidades) figura entre os petiscos mais pedidos e é outra boa opção. Se a ideia for saciar a fome, o estrogonofe de mignon leva cogumelos shiitake e é servido com arroz e batata palha caseira (R$ 72,00). Todos os caminhos levam ao chope Brahma (R$ 9,90, 300 mililitros), mas o gim-tônica clássico (R$ 32,00) também faz bonito. Nos dias úteis rola almoço executivo com uma proteína e duas guarnições a partir de R$ 38,00. Rua Dias Ferreira, 135, Leblon (80 lugares). 12h/0h (seg. até 17h; sex. a dom. até 2h). @tintinbotequim. Aberto em 2023.

Venga!. Precursor em tapas espanholas, o estabelecimento segue à risca as tradições catalãs. Atualmente, são três endereços: no Leblon, em Ipanema e em Copacabana, o último com jeito de restaurante, vista para a praia e foco no preparo de arrozes e paellas com pescados fresquíssimos que vêm da Colônia de Pescadores do Posto 6. Apenas nessa unidade, a paella marinera, que leva polvo, camarão, lula e mexilhão, pode ser pedida em uma porção enorme que serve seis pessoas (R$ 538,00), mas também há a versão para dois (R$ 226,00) ou quatro (R$ 408,00). A visita a qualquer Venga! deve começar pelo pão com tomate (R$ 22,00 a porção) ou pelas batatas bravas com aïoli (R$ 34,00). Rua Dias Ferreira, 113-B, Leblon, ☎ 2512-9826 (28 lugares). 17h/23h (sex. e sáb. até 0h30; dom. 12h/22h; fecha seg.); Rua Garcia d’Avila, 147-B, Ipanema, ☎ 2247-0234 (70 lugares). 12h/23h (qui. a sáb. até 0h); Avenida Atlântica, 3880, Copacabana, → ☎ 3264-9806 (94 lugares). 12h/23h (qui. a sáb. até 0h). @vengabardetapas. Aberto em 2009.

Urca

Bar Urca. Enquanto o sol se põe na Baía da Guanabara, as garrafas de cerveja saem do freezer geladíssimas (R$ 18,00 a Original de 600 mililitros) e a vitrine de salgados tem reposição dos campeões de venda, como o bolinho de bacalhau (R$ 12,00) e o pastel de camarão (R$ 13,00). O bar, debruçado para um cartão-postal do Rio, se mantém firme desde 1939 e tem duas operações distintas no mesmo endereço: no térreo, clientes podem pegar comes e bebes para usufruir da informalidade da Mureta da Urca; enquanto no 2º andar o salão refrigerado oferece frutos do mar em receitas à moda antiga, com mais conforto e a mesma vista deslumbrante. O camarão à milanesa com arroz à grega sai por R$ 62,00 no menu executivo, durante a semana, ou por R$ 190,00, na porção para três pessoas. Já o filé de peixe à belle meunière, molho de alcaparras com champignon e camarão na manteiga, guarnecido de batata cozida e arroz, custa R$ 207,00, para duas pessoas. Rua Candido Gaffree, 205, Urca, ☎ 2295-8744 (70 lugares). 8h/23h. @barurca. Aberto em 1939.

VEJA RIO Comer & Beber 2024/2025 tem patrocínio de Baden Baden, BTG, JBS, Nespresso, Prefeitura do Rio e Tramontina, apoio do Governo do Rio e parceria do Hotel Fairmont.

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