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Casas japonesas investem nos saquês super premuim

Leves, raros (e caros), eles começam a se multiplicar nas cartas dos principais restaurantes

Por Fabio Codeço
Atualizado em 2 jun 2017, 12h29 - Publicado em 22 ago 2015, 01h00
Yasmin Yonashiro_naga
Yasmin Yonashiro_naga (Ligia-Skowronski/)
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Até outro dia, a escolha era simples: ficava-se entre o nacional e o importado. Ambos eram servidos no copo quadrado e diferenciados basicamente pela faixa de preço. Depois de recair sobre o vinho, a cerveja e a cachaça, o milagre da multiplicação dos rótulos chega ao saquê. Hoje, encontram-se ao alcance dos apreciadores cariocas alguns dos exemplares mais nobres (e caros) da tradicional bebida japonesa produzida a partir da fermentação do arroz. Pioneiros como o Sushi Leblon e o Ten Kai, este conhecido por oferecer mais de vinte tipos de garrafa, passaram a dividir as atenções com outros redutos de cozinha japonesa que trazem no menu numerosas coleções de saquê, a exemplo dos restaurantes Mee, Naga, Gurumê, Minimok e Ki.

+ Tudo que você precisa saber sobre a famosa bebida japonesa

Nas geladeiras, destaca-se a presença dos chamados saquês super premium. Fermentados a temperaturas mais baixas do que as adotadas nos processos comuns, o que garante maior complexidade de aromas e sabores, e com grau de polimento mínimo de 40% — quanto mais polido o grão do arroz utilizado, mais puro é o saquê —, podem atingir preços e níveis de elaboração impressionantes (veja o quadro). Como esse maravilhoso mundo novo costuma exibir informações em japonês, a ajuda profissional é bem-­vinda. “Estão chegando bebidas mais raras, feitas artesanalmente e em pequena escala”, conta a sommelière Yasmin Yonashiro, uma das três brasileiras formadas no Sake Service Institute, no Japão, a mais importante escola da categoria. De uma recente viagem àquele país, ela trouxe dois rótulos exclusivos para a carta do Naga, na Barra. Um deles, o Oze No Yukidoke Junmai Daiginjo, custa 1 000 reais (a garrafa).

Infografico
Infografico ()

Segundo a Tradbras, principal importadora de saquê no Brasil, o consumo no território nacional saltou de 260 000 litros em 2012 para 350 000 no ano passado. Eduardo Preciado, dono da rede Minimok, investiu cerca de 200 000 reais entre cursos (concluiu no ano passado o estágio mais avançado do respeitado Sake Professional Council), aquisição de novas marcas e instalação de adegas. “Aposto muito no crescimento do consumo de saquê no Rio. É uma bebida leve, sem conservantes, perfeita para o nosso clima”, diz o empresário e sommelier, que já contabiliza um aumento de 70% nas vendas nos últimos doze meses. Tim-­tim, portanto. Ou melhor, kampai!

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