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Helen Pomposelli

Por Helen Pomposelli, jornalista, terapeuta integrativa sistêmica e criadora do Per Vivere Bene Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Bem-estar

Saiba porque a musculação protege o cérebro de idosos

Conheça as novidades e como o treinamento pode ajudar a prevenir demência senil e o Alzheimer

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19 Maio 2025, 17h30
Treinamento de força pode ajudar a prevenir doenças como a demência senil e o Alzheimer.
Treinamento de força pode ajudar a prevenir doenças como a demência senil e o Alzheimer.  (Divulgação/Divulgação)
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Musculação ou não? Eis a questão. Conhecida por ser uma atividade indicada para o ganho de força, tonificação muscular, diminuição da gordura corporal e o bem-estar da saúde física e mental, a musculação vem ganhando cada vez mais adeptos, principalmente para um grupo específico: pessoas acima dos 60 anos. Vamos nessa?

Estudos têm analisado os impactos da musculação em idosos e trazem resultados positivos. Uma das descobertas mais recentes mostra que a atividade não é apenas benéfica para a formação de músculos, mas também para a proteção do cérebro contra a demência senil. Você sabia?

Um desses estudos, realizado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e divulgado na revista GeroScience, envolveu 44 pessoas com comprometimento cognitivo leve, condição clínica situada entre o envelhecimento normal e a doença de Alzheimer, na qual há uma perda cognitiva maior do que a esperada para a idade, indicando maior risco de demência.

Após seis meses praticando musculação duas vezes por semana, os participantes apresentaram proteção contra atrofia no hipocampo e no pré-cúneo, áreas cerebrais associadas à doença de Alzheimer. Além disso, também houve melhora nos parâmetros que refletem a saúde dos neurônios.

Em entrevista à imprensa, a primeira autora do artigo e bolsista de doutorado da Fapesp na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, Isadora Ribeiro, apontou que os resultados revelam que o treino de força não só melhora o desempenho da memória, como também altera a anatomia cerebral.

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De acordo com a pesquisadora, a prática de musculação pode ajudar na prevenção de demências, mesmo para pessoas que já apresentam risco elevado de desenvolvê-las. O período de pesquisa foi de seis meses, mas ela acredita que um ciclo maior pode promover resultados ainda mais positivos do que os relatados no estudo.

O estudo destacou, ainda, que a musculação protege o cérebro contra demências a partir de duas frentes. A primeira é ao estimular a produção de uma proteína essencial para o crescimento, manutenção e sobrevivência de neurônios, e a segunda é por promover a desinflamação global do organismo.

“A musculação é um dos maiores presentes que uma pessoa pode se dar na maturidade. A partir dos 40 anos, já começamos a perder massa muscular naturalmente — um processo chamado sarcopenia. E essa perda se acelera com o passar dos anos. Quando a gente não faz nada para barrar esse processo, perdemos não só força, mas também autonomia, equilíbrio, autoestima e até qualidade de vida”, explica Adriana Camargo, professora de yoga e educação física. Adriana confirma que a musculação, quando bem orientada, previne doenças como osteoporose, melhora o controle do diabetes, estabiliza a pressão arterial e protege as  articulações. E mais: ela devolve à mulher o senso de potência que tantas vezes a sociedade tenta tirar com a idade.

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“Comece do começo — com respeito, paciência e orientação. A primeira coisa é entender que o corpo maduro precisa de estímulos, mas sem pressa ou comparações. Cada um tem seu tempo e sua história corporal”, diz. 

A professora sugere sempre procurar um profissional de educação física com sensibilidade e que faça uma avaliação médica se for necessário, e comece com exercícios básicos de força funcional, com o peso do corpo ou com cargas leves. “A progressão vem com o tempo, e o segredo está na constância. O corpo responde. Sempre. Mesmo depois dos 60, 70, 80. Ele só precisa ser escutado e estimulado”. 

Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company, confirma que praticamente todos os idosos podem — e devem — incluir o treinamento de força na rotina, mesmo aqueles com doenças crônicas como diabetes, hipertensão ou osteoporose, desde que tenham liberação médica. “O exercício deve ser adaptado caso haja alguma limitação, mas as contraindicações absolutas são raras”. O mais importante é respeitar a individualidade e ajustar a carga e o tipo de exercício conforme a condição clínica pré existente e principalmente as limitações individuais 

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Para quem não tem locomoção para ir a uma academia, Eduardo sugere montar uma mini academia em casa com poucos, mas bons equipamentos. “Um conjunto de halteres, faixas elásticas de resistências variadas, um banco ajustável, um colchonete, kettlebells e uma bola suíça já permitem uma grande variedade de exercícios. Se o espaço permitir, uma estação multifuncional com leg press, puxada alta, remada e crucifixo é um ótimo investimento para treinos mais completos”.

“Trata se de um dos pilares mais importantes para a saúde e qualidade de vida na terceira idade. Trata-se da capacidade que o idoso tem de realizar, de forma independente, as atividades básicas e instrumentais da vida diária — como se levantar, caminhar, subir escadas, cozinhar, cuidar da higiene pessoal e sair de casa sozinho”, diz o diretor técnico.

O professor de ginástica e personal da atriz Ísis Valverde, Igor dos Anjos da academia Bio Ritmo Pepê, sugere iniciar a prática com treinos mais curtos. “ Comece 3 vezes por semana. À medida que a sua resistência aumenta, é possível também aumentar sua intensidade e duração. Não esqueça de sempre realizar um leve aquecimento como caminhada ou bicicleta ergométrica, preparando todo o corpo para os exercícios. Realizar exercícios leves, de baixa intensidade, prezando sempre uma boa execução e qualidade no movimento”. 

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Igor diz que um aparelho que não pode faltar no treino é o Leg Press, pois com ele conseguimos trabalhar quase todas as musculaturas de membros inferiores (perna), uma cadeira ou mesa flexora, cadeira adutora e cadeira abdutora também. “Já para membros superiores, o aparelho Cross Over, você consegue ter inúmeras possibilidades de exercícios”.

“Prezar sempre por um trabalho multidisciplinar, para que sejam melhores assistidos em todos os âmbitos da saúde do idoso, e que tenham uma maior longevidade e uma vida saudável”, diz o professor.

Mas não paramos por ai!

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Pensando em soluções sustentáveis para a indústria têxtil, no mercado crescente de atletas e no conforto deste consumidor, a Speedo Multisport começou a usar um novo tecido feito a partir do milho, capaz de reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Batizado de Bioamida, o material é produzido a partir de uma biomassa vegetal geneticamente modificada e adaptada para uso industrial — sem competir com o milho destinado à alimentação. Além de ecológica, traz ganhos operacionais: as peças produzidas com esse tecido exigem menos tempo e temperaturas mais baixas para o tingimento, absorvem melhor o corante do banho e otimizam a reutilização da água nas fábricas. O resultado é uma redução de até 50% na pegada de carbono, em comparação com outras poliamidas convencionais. Para Roberto Jalonetsky, CEO da Speedo Multisport, “a criação de roupas sustentáveis deixou de ser uma tendência e se tornou uma responsabilidade. Precisamos olhar para o futuro e adotar práticas que não apenas atendam às necessidades dos consumidores, mas também respeitem o meio ambiente. Usar materiais ecológicos, como tecidos orgânicos, é um passo fundamental para reduzir o impacto ambiental da nossa produção”.

Para fechar, não esqueça! A musculação é uma atividade física recomendada pelo Ministério da Saúde como benéfica para o corpo humano. Para idosos, a entidade orienta a prática de 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada ou 75 a 150 minutos de atividade em intensidade vigorosa por semana. Vamos começar?

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