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Cartões-postais do Rio se reinventam em meio à pandemia

O que fazer para “matar a saudade” de lugares emblemáticos da cidade

Por Joao Pedro Viola*
Atualizado em 14 jul 2020, 17h44 - Publicado em 29 jun 2020, 14h42

Conhecido por suas paisagens e cartões-postais deslumbrantes, o Rio está entre as cidades mais bonitas do mundo. Porém, a relação do carioca com esses recantos vai muito além do que simplesmente um “cartão-postal”. Ela é marcada pelo sentimento de pertencimento, de aconchego e acolhimento que nós cariocas sentimos.

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Ser carioca é muito mais do que nascer na Cidade Maravilhosa, é amar cada ponto, se identificar com o identificável, é arrastar os “érres” e chiar os “esses”, e se ainda não for o bastante, sim, você também vai aplaudir o pôr do sol no Arpoador. É um estilo de vida, de um povo extremamente acolhedor e calorento, que gosta de andar na rua e de ir à praia. Nesta época de pandemia, onde o distanciamento social é fundamental, o carioca vem sentindo esse efeito drasticamente. Não poder sair, não pode ver o Dois Irmãos nem o Pão de Açúcar e também não tomar aquele banho de mar. Esses são só alguns detalhes do tamanho da saudade.

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Mas e agora? Como fazer esse reencontro? A resposta pode estar nos sites e museus que disponibilizam os recursos digitais para facilitar essa reaproximação. É o caso do próprio Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM) que criou a exposição “Um museu carioca”. A mostra é on-line e exibe o Rio por diversos ângulos e tudo isso pode ser acessado no próprio site do MAM.

Outro exemplo é o portal “cinza photo gallery”, que reúne fotografias diversas, dentre elas várias do Rio, feitas por fotógrafos renomados como Joaquim Nabuco e Cesar Barreto. O site “pixabay.com” também é muito interessante. Nessa plataforma on-line, é possível encontrar uma grande quantidade de fotos de inúmeros lugares cariocas.

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Outra alternativa são as chamadas fotos em 360°, muito utilizadas no mercado imobiliário e de turismo. O diferencial é que o avanço tecnológico dessas imagens nos permite ter a experiência de estar presente no local, sem sair de casa. Um exemplo de site que oferece essa experiência é o “guiaviagensbrasil.com” que disponibiliza um conteúdo diversificado onde é possível ter acesso a diversas imagens 360° de inúmeros pontos turísticos do Rio e do Brasil.

Cesar Barreto: Ressaca na Urca, 1999 (Jaime Acioli/ Coleção Joaquim Paiva MAM Rio/Reprodução)

Para muitos, esses recursos não substituem a presença física no local, porém é uma ferramenta no mínimo interessante para, de certa forma, estarmos “presentes” nesses locais, mesmo com o distanciamento social. Estamos em um momento de reinvenções, com formas inusitadas de trabalhar, socializar e observar. É o caso do fotógrafo André Lobo, morador do Rio, que agora tira fotos de dentro de sua casa e as disponibiliza na sua conta do Instagram “andrelobo.photo”.

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Claro que uma fotografia não vai substituir uma experiência física, mesmo que ela seja 360°. O vento no rosto, o sol, o barulho e o cheiro da rua são emoções inigualáveis. Porém, as fotos podem ser uma grade aliada nesse período de extrema dificuldade que estamos vivendo, afinal, quem nunca matou a saudade de um ente querido através de uma imagem?

E talvez seja assim que estamos nos sentindo nesse momento, com saudade desses entes queridos, que nesse caso são, as praias, montanhas, ruas e paisagens que estão distantes de nós temporariamente.

Fique tranquilo! O Cristo ainda vai continuar lá em cima de braços abertos para te proteger, assim como a Praia de Copacabana, o Pão de Açúcar e o pôr do sol nas pedras do Arpoador, que vão estar te esperando para esse reencontro. A grande questão é, seja por foto, imagem 360°, filme ou cartão-postal, a Cidade Maravilhosa continua sendo a mais bonita do mundo.

Joao Pedro Viola*, estudante de comunicação da PUC-Rio, sob supervisão dos professores da universidade e revisão de Veja Rio

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