Rio colorido: arte urbana ganha espaço em dois projetos diferentes
Muros da Zona Portuária ganharão obras de arte e lambe-lambes serão espalhados por toda a cidade
Dois projetos lançados nesta semana tentam resgatar a autoestima e a alegria dos cariocas, colorindo as ruas após o difícil período imposto pela pandemia.
O primeiro deles é o Rua Walls, projeto de arte pública, com dezoito artistas, que vai transformar 1,5 quilômetro de muros dos armazéns da Avenida Rodrigues Alves, na Zona Portuária, numa galeria a céu aberto.
Cada convidado terá trinta madrugadas para produzir um mural, com auxílio de 14 plataformas elevatórias distribuídas ao longo do trecho. O início da exposição está previsto para o dia 27 de setembro. O projeto é da produtora Visionartz, que desenvolve ações de revitalização urbana na região, aliando a arte ao desenvolvimento social.
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“As pinturas revitalizam a cidade e podem ser vistas de dentro do carro, do ônibus ou por pessoas que estejam passando pelo local. Sejam elas turistas ou não”, explica André Bretas, um dos idealizadores do Rua Walls. As obras ficarão expostas entre os armazéns 10 a 18, terminando perto da Rodoviária Novo Rio.
Entre os artistas confirmados para transformar os muros do Porto estão Agrade Camís, Amorinha, Bruno Lyfe, Célio, Chica Capeto, Diego Zelota, Doloroes Esos, Flora Yumi, Igor SRC, Leandro Assis, Luna Bastos, Mariê Balbinot, Marlon Muk, Miguel Afa, Paula Cruz, Thiago Haule, Vinicius Mesquita e Ziza.
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A outra iniciativa é a ocupação O Real Resiste que, a partir do próximo sábado (29), vai espalhar mais de cem lambe-lambes por paredes e muros do Rio.
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Ao todo, trinta artistas entre Arnaldo Antunes, Vergara, Walter Carvalho, Marcos Chaves, Cabelo e Raul Mourão preparam uma ocupação urbana da cidade por meio da arte.
Os cartazes têm dimensão de dois por três metros e exploram fotografias, poesias, desenhos, grafias e pinturas, de acordo com o gosto de cada artista.
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Idealizada pela Mul.ti.plo Espaço Arte, a ocupação une poetas, artistas plásticos e fotógrafos dos mais diferentes estilos, idades e áreas da cidade. De acordo com os organizadores, a mostra é um ato urgente e visceral de quem acredita no valor da arte como aliada crítica, (cri)ativa da vida. E o seu permanente pulso: a esperança.