Chef do ano: Pedro de Artagão
Aos 36 anos, o criativo cozinheiro carioca desponta como um dos melhores da sua geração
Seu primeiro restaurante, o Irajá, que completa três anos de funcionamento em dezembro de 2014, foi eleito no ano passado o melhor contemporâneo da cidade, depois de ele ter sido laureado chef revelação. Agora, no auge de sua carreira, volta ao pódio para receber mais dois prêmios, o de melhor menu degustação e, o mais importante, de chef do ano. Mérito dele. Nos últimos doze meses, Pedro de Artagão, que começou a carreira com José Hugo Celidônio e trabalhou com profissionais como Flávia Quaresma e Roland Villard até assumir sua primeira cozinha num hotel na Barra, não poupou esforços. Aos 36 anos, pai da pequena Theodora, de 1 ano e 8 meses, ele fez uma viagem de pesquisa com o chef e amigo Thomas Troisgros, primeiro pelo interior da França, depois para a Dinamarca, país que tem atraído as atenções de gourmets e profissionais da gastronomia do mundo todo. Em Copenhague, participou da principal feira do setor e fez refeições nos dois principais restaurantes da cidade, o Noma e o Geranium. Nessas visitas, encantou-se com a forma com que os colegas de lá vêm valorizando a simplicidade e a leveza na alta gastronomia. Preceitos que tem adotado em sua cozinha, como se pode comprovar ao pedir o menu degustação omakasse, o mais autoral. Do cardápio fixo, vale provar sua versão para o maior símbolo do fast-food, um hambúrguer primoroso feito de entrecôte maturado de gado black angus australiano, servido em pão artesanal com compota de bacon, cebola confitada e queijo de minas padrão. Em tempo: nos próximos meses Artagão abre o Formidable, um bistrô francês de sotaque brasileiro que ocupará uma casa na esquina das ruas Humberto de Campos com João Lira, no Leblon.