Estátuas do Rio aparecem com máscaras de proteção: “Vai Passar”
A ideia da manifestação silenciosa foi do artista plástico Anderson Thives, que confeccionou sozinho os acessórios, com as cores do arco-íris
Dez estátuas espalhadas pelo Rio de Janeiro receberam, digamos, um equipamento de proteção contra o novo coronavírus. Homenagens ao poeta Carlos Drummond de Andrade, à escritora Clarice Lispector e aos músicos Dorival Caymmi e Cazuza, por exemplo, ganharam máscaras com as cores do arco-íris e a mensagem “Vai Passar”.
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A manifestação silenciosa foi uma ideia do artista plástico Anderson Thives, que confeccionou os acessórios e foi sozinho até as estátuas – que ficam em diversos pontos do Rio – para ‘protegê-las’. Thives conta que a ação é uma injeção de esperança para artistas autônomos – muitos estão sem poder trabalhar, por conta do isolamento social. “Muitos artistas estão paralisados, como estátuas. Sabemos que a pandemia é grave e, ainda por cima, é minimizada pelo Governo Federal, e não dá suporte aos autônomos”, analisa o artista. “Meu olhar foi de empatia e penso que não devemos cancelar nossos planos por conta da Covid-19, e sim adiá-los. Aquele projeto, festa, ingresso… Podemos mantê-los e assim, não deixar muita gente na mão”, finaliza Thives.
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As estátuas de Tom Jobim (Arpoador), Carlos Drummond de Andrade (Praia de Copacabana), Clarice Lispector (Leme), Dorival Caymmi (Praia de Copacabana), Cazuza (Leblon), Nelson Rodrigues (Copacabana) e Frederic Chopin (Urca)
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