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Lá vem o verão: 7 novos bares que prometem sacudir a temporada

Sérgio "Sat's" Rabello abre o 5ª Categoria, enquanto o Jurema homenageia a Feira da Glória, e a comida baiana ganha nova perspectiva em Botafogo

Por Pedro Landim
11 nov 2024, 13h58
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Suru Bafo: um paraíso das carnes com churrasqueiras na rua (Rodrigo Azevedo/Divulgação)
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Serjão Rabello e um bar de 5ª Categoria

O nome carrega o humor boêmio típico de Sérgio Rabello, uma das mais queridas figuras das noites cariocas: 5ª Categoria. O novo bar da “família Sat’s” vai abrir no fim deste mês de novembro, em Botafogo, a tempo de participar do Botecar, megafestival que vai reunir os melhores bares do Rio durante um mês, a partir do dia 21. O botequim no estilo “bunda de fora” terá apenas um balcão com petiscos e a estante de bebidas por trás, com as mesas na calçada que serão as mesmas da vizinha Adega da Velha, dos mesmos donos, que acaba de ganhar um largo toldo azul na Rua Paulo Barreto, que cobre tudo para os dias de chuva.

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“Vai ter ovo colorido e tudo que é bom no boteco, inclusive as carnes do feijão servidas como petisco”, avisa Serjão Rabello. E prossegue: “Vou colocar um pastel de língua que eu mando fazer para mim na Adega, um pastel de dobradinha, coisas assim”. O nome do novo bar, conta ele, surgiu nas altas da madrugada em conversa no Sat’s, entre capirinhas de cachaça boa e o seu drinque preferido: campari, tônica e laranja no copo longo.

Coquetel esse, aliás, que rendeu homenagem na carta do Suru Bar, de onde parte outra ótima novidade na Rua da Lapa: o Suru Bafo. O trio formado por Igor Renovato e Raí Mendes, sócios e mixologistas, e a cozinheira Roberta Antonia, confirma seu talento no bar que espalha mesas na praça e sob o pilotis de enorme e tradicional edifício da região, em ponto onde funcionou por meio século o bar Princesa da Lapa.

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Muquira: drinque do Suru Bar em homenagem a Sérgio Rabello com Campari e tônica de laranja (Rodrigo Azevedo/Divulgação)
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Suru faz fumaça no Bafo

No Suru Bafo (@surubafo.rj), as churasqueiras fechadas estão fazendo fumaça na rua, algo que recupera um serviço de outros tempos (visto em endereços da Zona Norte como o Cachambeer): carnes marinadas em vinho, cerveja e cachaça, assadas e defumadas, como costelas de boi e porco, cupim e o lindo chambaril (termo nordestino para o italiano ossobuco) são servidas com acompanhamentos diversos e também em versões executivas de almoço.

Merecem atenção petiscos como o croquete avantajado, cremoso por dentro e crocante por fora, feito com carnes suína e bovina (R$ 16,00 a unidade). Ou as lulas à dorê com seus tentáculos, sequinhas e crocantes, como molho tártaro da casa (R$ 47,00 a porção). A surunese é uma salada de macarrão de alto nível de execução e equilíbrio, com frango defumado, maçã vede, cenoura, cebola roxa e dill (R$ 35,00). O drinque Praça Paris é destaque na carta, feito com Jim Beam, Moonshine White Duck, Cinzano Rosso, Fogo Paulista e bitters. O Chespirito cai para o lado refescante à base de rum ouro e tamarindo, rapadura, laranja e espuma de gengibre, finalizado com noz moscada.

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Suru Bafo: pão de alho gratinado da casa e chope Brahma (Rodrigo Azevedo/Divulgação)

Jurema vai à Feira da Glória

Aquecida como o bairro vizinho da Glória, eleito um dos melhores do mundo pela revista Time Out, a Lapa vai ganhar outro bar em novembro, com proposta de cozinha animadora: o Jurema (@jurema.bar), na Rua Moraes e Vale, terá na frente do cardápio o chef Pedro Athayde, da poderosa charcutaria Cochon Rouge. O cardápio fará referência à Feira da Glória com produtos frescos, feijões de diferentes tipos, capricho no hortifruti e produtos mineiros. Além, é claro, de charcutaria própria.

Preparem as bocas para pedidas como o bao de cubos de barriga de porco curados em caramelo de vinho tinto e tomilho; o enroladinho de salsicha Cochon Rouge em papel de arroz frito com relish de tomate; o prensadinho de joelho de porco com rostie de aipim; e a galinha na cerveja preta com batata, arroz branco e vagem chamuscada.

Os embalos do Dimmi do Ogro 

O bairro de Botafogo, sempre ele, continua na mira dos empreendedores do sabor e renova a sua paisagem de petiscos, drinques e balcões. O chef e churrasqueiro Jimmy Ogro, o melhor amigo do porco, está à frente do Dimmi (@dimmi.rio), aberto no imóvel onde o Comuna fez história, na Rua Sorocaba. O casarão de dois andares e terraço amplo tem pista de dança e área externa, no estilo rústico de arquitetura definido pela turma do Ogro como “bar de ruínas”.

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Dimmi: drinque no sense tem uísque de barril e bacon na receita (Beto Roma/Divulgação)

E descem torresmos de barriga com chutney de abacaxi picante (R$ 39,90, quatro unidades), croquetes de copa lombo defumado com bechamel, cream cheese e mostarda escura (R$ 39,90, quatro unidades), e hambúrgueres como o Botasoho (R$ 44,90): 160 gramas de blend bovino, maionese de alhos assados, blue cheese, bacon, alface e tomate, no pão brioche, acompanhado de batatas-fritas. O taco de carnitas leva pulled pork, coalhada seca, molho de avocado e vinagrete de laranja grelhada (R$ 39,90, duas unidades). A carne suína, aliás, entra também no coquetel No Sense (R$ 34,90), feito com Ballantine’s American Barrel em fatwash de bacon, Amaro Ramazotti, Vermute rosso e angostura.

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Dimmi: tacos de carne suína com avocado e vinagrete de laranja (Beto Roma/Divulgação)

Jurubeba é o bar do Elia Schramm

Na área que começa a ganhar ares de “Baixo Real Grandeza”, formando um quadrilátero de esquinas com o Dainer e o Galeto Sat’s, levanta as portas ainda em novembro o bar Jurubeba (@jurubeba.bar), idealizado pelo chef Elia Schramm (dos restaurantes Babbo e Si-Chou), em modelo semelhante ao recém-aberto Tijolada, de Ipanema, que tem no comando da operação o chef Thomas Troisgros.

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Elia quer um estabelecimento de cozinha forte e brasileira, com itens como galinhada, mocotó, e a moela ao molho ferrugem preparada na panela de pressão, com cerveja caracu. Caldinhos como o de frutos do mar têm presença garantida, assim como o “passaralho”, um frango à passarinho que vem com surpresas. Na área de sanduíches e pratos haverá homenagens a pontos históricos como o Cervantes e o Lamas. A popular TV de cachorro estará na área, com frangos rodando, assim como uma vitrine “sexy” de entradinhas frias, como diz o chef Elia. Para beber descem chopes da Brahma e uma carta de drinques com privilégio à cachaça, feita pela chefe executiva de bar Paula Diniz. Domingo vai ter samba de mesa, a ideia é essa.

Altas ondas na Bahia do Fabrício Chagas

No início de 2025, quem virá prometendo emoções é o primeiro bar e restaurante próprio e idealizado pelo chef Fabrício Chagas (Sebastian e So.Ga), e o sócio Gabriel Ferrari, de nome ainda em definição. Com pratos e petiscos baseados na história do cozinheiro (e surfista) baiano, a casa na Rua Visconde de Caravelas terá ambientes distintos, das cadeiras de praia ao terraço com DJs. A Bahia será relida do litoral ao sertão, com ideias contemporâneas, haverá pratos baseados em livros de Jorge Amado e a carta de drinques é de Laura Paravato.

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Tijolada vira extensão da praia

Enquanto isso, a duas quadras das areias de Ipanema, o Tijolada (@tijoladabar), de Thomas Troisgros, já está levando clientes de sunga e biquíni a suas cadeiras de praia, como extensão da própria. As mesas sobre o tablado de madeira na região do antigo Bar 20 ganharam “cerca” com aparadores, e os frango inteiros assados com batatinhas na frangueira (R$ 74,00, com farofa de milho e vinagrete de quiabo) tornam-se artigos disputados entre chopes. Para matar o verão no peito e sair jogando.

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Tijolada: frango assado com farofa de milho e vinagrete de quiabo (Tomás Rangel/Divulgação)

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