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Tal pai, tal filho

Em busca de nova clientela, restaurantes investem em estabelecimentos ?redux?

Por Fábio Codeço
Atualizado em 5 dez 2016, 16h14 - Publicado em 1 jun 2011, 16h57

O recurso é cada vez mais usado em diversos ramos comerciais. Na moda, por exemplo, grifes de alta costura lançam acessórios e perfumes com preços ao alcance de uma parcela maior dos consumidores e assim ampliam sua clientela. De quebra, ainda reforçam a marca. Pois a tendência se espalha também entre os restaurantes cariocas, que procriam a olhos vistos, com a criação de empreendimentos menores, de cardápios e preços mais enxutos. No início de maio, foi inaugurado na Barra o Mamma Jamma Caffè, um filhote da pizzaria homônima localizada no Jardim Botânico. Em Copacabana, as massas do La Fiducia podem ser saboreadas na cafeteria da casa, que fica em frente à nave-mãe, na Rua Duvivier. E o fenômeno chega em junho à Rua Dias Ferreira, no Leblon. Especializado em culinária italiana contemporânea e há dez anos em funcionamento, o Quadrucci vai abrir ali seu primeiro “gastrobar” (como os proprietários preferem designá-lo), chamado Q. “Vamos oferecer uma alternativa aos pés-limpos, com wine bar e chef de cozinha”, antecipa o sócio Eduardo Bellizi.

Seja 100% novo, seja uma franquia, qualquer em­preen­dimento ligado à comida precisa encarar inúmeros desafios pela frente. Diante desse cenário, o modelo “redux” evita alguns deles. O ponto, por exemplo, já nasce associado a uma marca consolidada, com freguesia fiel. Outra vantagem é que o custo inicial também tende a ser menor, pois é possível tirar proveito da rede de fornecedores e baratear os pedidos. No caso do Mamma Jamma Caffè, a iniciativa serviu também como estratégia de marketing. A nova casa está localizada no Centro Empresarial Le Monde, onde, daqui a dois meses, será aberta uma outra filial da pizzaria. “Já começamos a divulgar nosso nome antes da chegada dessa unidade”, conta o proprietário Jacó Chreem, que investiu 400?000 reais na cafeteria, um quinto do valor desembolsado para montar o negócio original.

Tendência na cena gastronômica, as versões compactas não estão restritas ao universo dos restaurantes. Botequins de grife também vêm lançando filiais reduzidas, como foi o caso do Informalzinho, no Arpoador, e do Conversinha, descendentes diretos das redes Informal e Conversa Fiada, respectivamente. Embora apoiados em nomes fortes, tais empreendimentos não são garantia de sucesso imediato. Sócio da rede Armazém do Café, pioneira no ramo de cafeterias com grãos gourmet, o empresário Marcos Modiano faz um alerta. “A sobrevivência vai depender de diversos outros fatores, como expertise, localização e qualidade do produto”, diz ele. Dúvidas à parte, um dado é certo. Nessa nova leva de estabelecimentos cariocas, tamanho não é documento.

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