Ipanema desponta como novo polo gastronômico do Rio
Bairro ganhou 22 restaurantes e bares de todos os tipos para comer, beber e curtir. Escolha o seu
Ipanema se renovou e passou a abrigar as maiores novidades gastronômicas do Rio. Segundo dados da Junta Comercial, abriram no bairro desde o início do ano 22 bares e restaurantes de todos os tipos: asiáticos contemporâneos, com vista para a orla, italianos com mesas na calçada e por aí vai.
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A região da Praça Nossa Senhora da Paz, um dos pontos mais tradicionais de Ipanema, hoje está cercada de bons lugares para sentar, comer, beber e curtir o clima do bairro. O grupo 14zero3, comandado pelo empresário Leo Rezende, já tinha aberto bem ali o italiano Pricci e o grego Oia, um ao lado do outro.
Em agosto, o grupo inaugurou o sofisticado asiático Spicy Fish, bem perto. A terceira filial da padaria Talho Capixaba também chegou em novembro. Este mês, é esperada na praça um novo Jappa da Quitanda.
Segundo um dos sócios do Jappa, Patrick Sklartz de 29 anos, Ipanema hoje reúne os restaurantes mais badalados e diferentes da cidade. Daí o encantamento imediato quando souberam que o imóvel da esquina das ruas Barão da Torre e Maria Quitéria estava vago.
– Queríamos vir para Ipanema ou Leblon. Estudamos alguns pontos e quase fechamos um no Leblon. Mas hoje a praça está se reinventando, está ficando um espetáculo, totalmente renovada com vários restaurantes. Estamos muito animados e acho que será uma casa muito especial.
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Outras novidades bem recentes que ficam perto da região são o contemporâneo Maska, os italianos Pope e Babbo Osteria e o flexitariano Allma. Os três surgiram nos últimos meses e já estão lotando as mesas e deixando clientes esperando para sentar. Nos dias mais disputados, alguns têm cerca de quarenta mesas na lista de espera.
Além dos restaurantes, a terceira filial da padaria Talho Capixaba também chegou na área e já está com fila na porta. Novos bares abriram no bairro este ano. Em maio, uma filial do Boteco Boa Praça passou a ocupar o ponto onde funcionou o bar Astor e, antes, o Barril 1800. O estabelecimento, que é de São Paulo, já tinha feito sua estreia na cidade, mas na Rua Dias Ferreira, no Leblon.
Outro famoso bar do Rio, o Belmonte, que já está na sua oitava filial na cidade, chegou a Ipanema em agosto. A nova unidade fica à beira-mar, com vista para a praia de Ipanema. Também por ali o quiosque De Lamare abriu as portas em setembro. Localizado no Posto 8, no antigo ponto do Marea, quiosque do Hotel Fasano que fica em frente, o De Lamare aposta principalmente em drinks diferentes e frutos do mar.
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Ipanema sempre teve vocação gastronômica e os atrativos vão desde a bossa natural do bairro, que tem fama no mundo inteiro, até a possibilidade de se fazer tudo a pé. Além disso, nos últimos 12 meses a cidade registrou uma forte baixa nos valores de locação, especialmente nos imóveis comerciais.
Segundo o Índice FipeZap de Venda e Locação Comercial, a cidade teve o recuo mais expressivo no preço de locação do país, uma baixa de -4,43%. Isso aconteceu por causa da pandemia de Covid-19, período em que muitos estabelecimentos fecharam e a oferta aumentou. Por isso, os investimentos no bairro foram facilitados.
O fato de já existir um polo gastronômico na região também puxa novos investimentos do setor, principalmente no caso de bairros em que os clientes podem passear pelas portas dos restaurantes escolhendo seu favorito, como é em Ipanema. E não só isso: quando um está cheio, tem outro logo ao lado.
A combinação desses fatores impulsionou uma preferência significativa pela região, explica a advogada Renata Stamboswsky, que trabalha com direito imobiliário e mora em Ipanema há mais de 15 anos. Junto com a irmã, ela mantém no Instagram o perfil Radar Ipanema, em que fala do comércio do bairro.
“Eu vejo muito o lado prático da coisa. Ipanema tem casas que já foram restaurantes, que já têm uma estrutura. São bons pontos comerciais que ficaram baratos na pandemia. Outro atrativo é que todo mundo faz as coisas em Ipanema a pé, uma coisa que facilita os restaurantes, fica um clima bacana. Agora também a prefeitura permite as mesas na calçada, o que combina muito com Ipanema. É também um bairro que tem bom poder aquisitivo, assim como o Leblon. E além dos outros restaurantes que já existem. Um puxa o outro. Já existem restaurantes ali, o que forma um polo gastronômico”.
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Serviço:
Allma: O restaurante se diz flexitariano, ou seja, investe em pratos à base de vegetais, mas tem opções com base animal.
Rua Joana Angélica, 184. Telefone: (21) 99669-2885. Segunda a quinta, do meio-dia às 16h; sexta a domingo, do meio-dia às 17h.
Babbo Osteria: O primeiro restaurante do chef estrelado Elia Schramm já chegou lotando a charmosa casa onde foi aberto. A comida é italiana e a carta de drinks bem variada. Schramm comandou as cozinhas do Pici e Oia, ambos em Ipanema do grupo 14zero3.
Rua Barão da Torre, 632. Telefone: (21) 3197-2801. Segundas, terças e quartas de 12h às 16h e de 19h às 23h. Quintas, sextas e sábados de 12h às 16h e de 19h à meia noite. Domingos de 12h às 18h.
Boteco Belmonte: Conhecido por lotar calçadas em outros bairros como Leblon e Jardim Botânico, o bar chega à Ipanema com uma construção de três andares e um rooftop com vista para a praia mais famosa da cidade. É o oitavo empreendimento da rede na cidade.
Avenida Vieira Souto, 236. Telefone: (21) 2267-9909. Todos os dias das 11h às 2h.
Boteco Boa Praça: O bar paulista chegou à cidade na Rua Dias Ferreira e deixou os cariocas animados. O lugar está sempre lotado e cheio de mesas na calçada. Em Ipanema não seria diferente. De frente para a praia em um ponto conhecido da cena boêmia da cidade não tinha como dar errado.
Avenida Vieira Souto, 110. Telefone: (21) 3496-8241 e (21) 97685-2205. Terças, quartas e quintas das 17h à 1h; Sextas e sábados do meio-dia às 2h e domingo do meio-dia à 1h.
Maska: A cozinha do novo contemporâneo com um toque asiático é comandada pelo jovem Pedro Coronha, de 24 anos. O lugar oferece várias opções de pratos com frutos do mar e toques diferentes, além de um menu executivo durante o horário de almoço dos dias de semana por R$ 59.
Rua Joana Angélica, 159. Telefone: (21) 3851-7976 e (21) 9997-0250. Domingo a terça de meio dia às 23h; quarta a sábado de meio-dia à meia noite.
Pope: Novo italiano do bairro, o Pope tem uma pegada jovem e descomplicada. O cardápio oferece a releitura da casa de pratos tradicionais de massa e várias sobremesas interessantes. As mesas na parte de fora e na varanda são a cara do Rio. O restaurante é dos mesmos donos do Quartinho e da Lanchonete, em Botafogo.
Rua Joana Angélica, 47. Terça a quinta, das 18h à meia-noite; sexta das 18h à 1h; sábado, do meio-dia à 1h. Domingo, do meio-dia à meia-noite.
Quiosque De Lamare: Com uma proposta de pé na areia e bons drinks, o De Lamare inaugurou no mês passado com um cardápio variado e cheio de petiscos bons para serem comidos à beira-mar.
Avenida Vieira Souto, s/n. Telefone: (21) 98444-6313. De terça a quinta-feira, das 12h às 22h; sextas e sábados, do meio-dia à meia-noite. Domingos e feriados, do meio-dia às 22h.
Spicy Fish: Asiático sofisticado com muita bossa e opções variadas de comida japonesa mais moderna. É o quinto empreendimento do grupo 14zero3 no bairro e foi inaugurado em agosto. O chef Emerson Kim é quem comanda a cozinha do lugar, que tem três andares e um rooftop.
Rua Maria Quitéria, 99. Telefone: (21) 3490-4335. Horários: segunda a quinta do meio-dia à meia noite; sextas e sábados do meio dia à 1h e domingo do meio-dia às 23h.
Talho Capixaba: A terceira filial da padaria premiada pela Revista Veja Rio Comer e Beber é queridinha dos cariocas e turistas para um café da manhã gostoso e demorado.
Rua Barão da Torre, 354. Telefone: (21) 2512-8760. Diariamente, das 7h às 21h.
Jappa da Quitanda: O Jappa queridinho do Centro da Cidade e mais recentemente de Copacabana está abrindo na Praça Nossa Senhora da Paz, em um imóvel imponente. Com três andares e capacidade para 150 pessoas, o cardápio do lugar terá, além dos pratos famosos das outras filiais, novidades exclusivas.
Rua Barão da Torre, 422.
* Victoria Perez, estudante de jornalismo da PUC-Rio, sob orientação de professores da universidade e revisão final de Veja Rio.