Festival Gastronomika, na Espanha: números e curiosidades do Rio
Com essa vitrine, o Rio quer sair da borda da panela e virar o prato principal do turismo e da alta gastronomia global





“Com todo respeito: os gringos querem vir para o Rio”, disse Eduardo Paes para comemroar o recorde de 1,63 milhão de turistas estrangeiros entre janeiro e setembro de 2025 — um salto de 51,7% em relação ao ano passado.
Paes tem visto isso de perto em suas viagens internacionais, como a última à Espanha, onde participou do Festival Gastronomika, em San Sebastián, até essa quarta (08/10) – o Rio foi a cidade convidada da 27ª edição, o primeiro município sul-americano a ser homenageado pelo San Sebastián, um dos maiores e mais importantes congressos de gastronomia do mundo.
A cidade tem sido anfitriã de vários eventos do gênero e investido pesado para mostrar que aqui também se come bem – a secretaria municipal de Turismo (Dani Maia, a secretária da pasta, também esteve lá) investiu R$ 3.25 milhões no Gastronomika, levando chefs como Rafa Costa e Silva, do Lasai; Felipe Bronze, do Oro; e Thomas Troisgros, do Oseille, com pratos servidos para visitantes de 48 nacionalidades, entre os 141 estandes de vários países. Eram 25 brasileiros no total, também com os cariocas Danilo Parah (Ruda) e Elia Schramm (Babbo Osteria, entre outros) que ajudaram no estande do Rio e no restaurante do evento.
“Nosso objetivo é mostrar todo o potencial criativo da gastronomia carioca para o mundo. Ao valorizar nossos chefs, ingredientes e tradições na vitrine internacional … buscamos fortalecer a imagem do Rio como destino gastronômico global”, disse Dani Maia.
Curiosidades e números:
– Em três dias, foi servida mais de uma tonelada de comida brasileira;
– Só nos almoços do estande carioca (Asador + Sala VIP) foram 300 kg de chuchu com camarão; 200 kg de picadinho; 200 kg de feijoada;
– as pessoas saíam do estande com os bolsos cheios de paçoca, que chamavam de iguaria;
– no 2º e 3º dias, os visitantes chegavam mais cedo e puxavam um banco pra “primeira fila” para esperar o samba;
– a goiabada que era servida com o pão de queijo virou acompanhamento também para o Biscoito Globo;
– e teve gente combinando até queijo coalho com brigadeiro de colher;
– ao todo, foram 1,5 mil pães de queijo, 290 empadinhas, 25 litros de cachaça para caipirinha e batidas;
– nos três dias, circularam 14.620 visitantes que chegaram a pagar 300 euros (mais ou menos R$1,9 mil) para assistir a palestras.
Com essa vitrine, o Rio quer sair da borda da panela e virar o prato principal do turismo e da alta gastronomia global.