Marmita de atleta: comida saudável, prática e na medida para os treinos
Testei na fábrica: nova linha Performance da foodtech Liv Up traz porções maiores e equilibradas para quem treina forte e quer praticidade no dia a dia

Não sou expert em gastronomia, mas fui impactada pela nova linha Performance da Liv Up, foodtech brasileira especializada em “marmitas fitness”. Fui conhecer a fábrica da empresa, em São Paulo e, entre panelões, estoques e freezers de ultra congelamento, degustei in loco alguns pratos dessa nova proposta. E aprovei.
Falo como atleta amadora da vida real, que vive literalmente na correria entre trabalho, estudos, casa e treinos intensos. A comida é gostosa, “não parece comida congelada” e é prática, ficando pronta em pouco mais de cinco minutos. Cai como uma luva para quem precisa resolver o almoço com agilidade sem abrir mão de comer “direito” . Dá até fazer um upgrade na marmita: de “plano B” à refeição de rotina.
“A nova linha Performance foi criada para atender a um público que necessita de um suporte nutricional específico, mas não necessariamente o atleta profissional, e por isso busca praticidade na alimentação”, explica Victor Santos, CEO da companhia.
No prato, isso se traduz em refeições mais fartas, de 430g a 580g, com mais proteína, menos gordura, carboidratos complexos e ampla variedade de legumes. Tudo 100% natural e sem conservantes, graças ao ultra congelamento. São oito opções de pratos, indo desde um frango com lemon pepper, arroz, feijão e legumes a um yakissoba, a partir de 370 calorias. Os preços são generosos, a partir de R$22,99.
“Oferecemos uma comida caseira: arroz, feijão, carne moída, franguinho grelhado, creme de milho. Nosso diferencial está em detalhes como o arroz feito com azeite. Comida congelada pode ser saudável, gostosa e boa nutricionalmente”, garante o CEO.

A nutricionista Luiza Amaral, que lidera o time de nutrição e cozinha da Liv Up desde sua fundação, em 2016, traduz esse propósito em sabor com consistência nutricional. “O nosso público vai desde quem faz musculação a quem mira provas de mais longas como uma maratona, ou um Ironman; de uma mulher de 60 kg a um homem de 80 a 90 kg. Como as necessidades variam muito, ajustamos a composição de cada prato para conversar com perfis distintos. Todas as opções contêm todos os macronutrientes, e as escolhas podem ser baseadas nos diferentes tipos de treinos, pré-treinos e recuperação”, enumera.
A comunicação da marca acompanha a atualização estratégica do portfólio. Para a CMO Stephanie Goes, o propósito segue o mesmo desde 2016: alimentação de qualidade para rotinas corridas. O que aparece a mais agora é o novo foco ligado ao esporte. “Nosso slogan é que você pode não viver do esporte, mas o esporte vive em você”.
Entre os corredores cariocas, a marca faz sucesso com Miguel Morone, tricampeão da Maratona do Rio, que tem usado Liv Up Performance em fases de treino e pré-provas.
Conheça a rotina e o grande sonho do tricampeão amador da Maratona do Rio
Nos bastidores do negócio, a Liv Up vem crescendo de forma consistente. A empresa saiu de R$ 500 mil por mês em faturamento em 2016 até chegar à marca de R$160 milhões anuais em 2024. Para 2025, a projeção é crescer acima de 50%, superando os R$ 250 milhões.
“Nosso sonho sempre foi gigantesco: ser a marca principal de quem quer comer bem e não tem tempo. O que nos dá mais orgulho é saber que ajudamos a impactar a vida de milhões de pessoas a partir da alimentação, contribuindo para saúde e longevidade. Essa parte financeira acaba sendo o resultado do processo, mas é esse impacto social que nos move”, destaca Victor.
O CEO também reforça a tese de que é possível dar escala à comida artesanal sem sacrificar sabor e textura. Além disso, destaca a parceria com a agricultura familiar, que responde por algo próximo a 50% das compras de frutas, legumes e verduras. “Temos esse compromisso que cresce junto com o crescimento da Liv Up”, resume.
Um spoiler: em breve, a linha de Massas irá crescer, incluindo lasanhas, ravióli e nhoque recheado, além de mais versões com salmão e frango, e molhos feitos com leite desnatado e queijo parmesão, sem aditivos. Também já está com água na boca?
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– Fundação: 2016
– Sede: 40 m² (2016) a 10.000 m² (desde 2019)
– Faturamento: R$ 500 mil/mês (1º ano) para R$ 160 milhões/por ano (2024) e projeção de R$ 250 milhões para 2025
– Produção mensal: 400 a 450 toneladas de comida
– Time: cerca de 600 colaboradores
– Distribuição: 18 dark stores; cobertura de 160 cidades; meta 260 até o fim de 2025
– Ingredientes: 50% de frutas, legumes e verduras comprados da agricultura familiar