Tensão no Rio: grupos radicais vão protestar sexta (26) em Copacabana
Eles se infiltraram no movimento que vai à Avenida Atlântica manifestar contra o lockdown; clima bélico leva organizadores a desistirem de participar
A GUERRA ESTÁ COMEÇANDO. É assim, em letras maiúsculas, que o integrante de um grupo de ambulantes (legais e ilegais) e trabalhadores informais anuncia no WhatsApp o clima para a manifestação marcada para acontecer nesta sexta (26), na Praia de Copacabana.
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O protesto, contra as restrições mais duras impostas pela prefeitura ao comércio em função da pandemia de Covid-19, havia sido convocado pela Liga Independente de Bares, Restaurantes e Similares (Libres). Diante do cenário bélico que vem se desenhando, o grupo desistiu de promovê-lo.
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“Preferimos não associar o nosso nome a este risco, já que algumas pessoas vêm pregando uma postura violenta”, diz Alexandre Serrado, um dos líderes do Libres, associação que representa empresas de pequeno porte e funcionários ligados à gastronomia.
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Com o afastamento do Libres, dissidentes decidiram tomar para si a responsabilidade de organizar o encontro. A ameaça que vem sendo espalhada pelos grupos é de “partir para cima” de quem se opuser à manifestação, marcada para as 10:30 desta sexta (26), no Posto Seis de Copacabana. “Vamos com tudo, comprar uns 20, 30 cabos de picareta, fogos, morteiro, rojão. Vamos estourar em cima de quem vier pra cima da gente”, diz um dos integrantes do grupo.
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VEJA RIO apurou que a Guarda Municipal e a Polícia Militar já foram informadas sobre os protestos e as ameaças que vêm sendo feitas. A Guarda afirma que estará “com efetivo no local”, e a PM não se pronunciou sobre um possível reforço no policiamento.
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