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‘Incoerência corre solta’: bares e SindRio reclamam de fiscalização

Representante de dez mil estabelecimentos, Fernando Blower considera injusto o cerco ao comércio formal; dono de bar fechado no Leblon também protesta

Por Cleo Guimarães
21 set 2020, 18h47

Presidente do SindRio, entidade que representa quase dez mil bares e restaurantes cariocas, Fernando Blower veio a público nesta segunda (21) para protestar contra o que considera “dois pesos e duas medidas” no endurecimento da fiscalização contra aglomeração na cidade. Somente neste fim de semana, cinco bares foram interditados  no Rio – um deles, o Garoa, na Dias Ferreira, usou suas redes sociais para protestar pelo mesmo motivo. “Afinal, são os bares que aglomeram as ruas ou são as pessoas?”, questiona a página oficial do bar no Instagram.

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Afinal são os bares que aglomeram as ruas ou são as pessoas? Será mesmo culpa do Garoa? Nós realmente podemos "fazer mais" para evitar, como quer impor a Vigilância Sanitária? Além de pagar impostos, gerar empregos, estar dentro das normas exigidas por lei, seria essa também nossa obrigação? Venda de bebidas sem procedência, sem normas de higiene, sem alvará, sem pagamento de impostos, servindo na rua após as 22hs, aglomerando pessoas, parece ser o novo normal permitido. Tristeza profunda de quem investe e acredita no país. #garoarj #forçagaroa #garoabarlounge

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Em comunicado enviado a VEJA RIO, Blower ratifica a posição dos empresários responsáveis pelo bar do Leblon em sua postagem. “A formalidade está sendo punida com multas e mandados de fechamento, enquanto as ruas são invadidas, sem qualquer fiscalização, por isopores com bebidas alcoólicas, quentinhas em malas de carro e mais um sem número de comerciantes informais”, analisa. Leia abaixo a íntegra do posicionamento do SindRio:

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Para qualquer ordem ser estabelecida, todos os agentes que fazem parte do processo precisam estar do mesmo lado. Não há outra maneira. No dia 2 de julho, bares e restaurantes foram autorizados a reabrir suas portas, uma conquista com base em muita luta travada pelo SindRio para estancar as várias sequelas de um fragilizado setor.

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Em todo o Rio de Janeiro, a grande maioria das casas reabriu respeitando as chamadas regras de ouro criadas pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Muitos estabelecimentos sequer puderam retomar os negócios naquele momento, sem condições financeiras e segurança jurídica para tal. Naquele dia, quase vimos todo nosso trabalho ir abaixo. Houve excessos pontuais, isolados, de todas as partes. O comportamento nas ruas, completamente inadequado e amplamente divulgado, acendeu um sinal vermelho. Era preciso estar mais atento. Nenhum agente da cadeia discordou da atuação e presença de fiscais, principalmente em polos mais nevrálgicos da cidade.

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No entanto há uma incoerência correndo solta, com trabalhadores informais e ambulantes tomando conta das ruas sem restrição. Eles encontraram uma brecha dentro da ordem, e tudo virou uma grande desordem. Não nos parece certo que haja este desequilíbrio. A formalidade está sendo punida com multas e mandados de fechamento, enquanto as ruas são invadidas, sem qualquer fiscalização, por isopores com bebidas alcoólicas, quentinhas em malas de carro e mais um sem número de comerciantes informais que encontraram, nesse ponto cego dos agentes de segurança, imensa oportunidade de ocupação.

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E é no entorno desse tipo de comércio que aglomerações em desacordo com as orientações sanitárias vêm sendo registradas com maior frequência. O que vemos são dois pesos e duas medidas, onde o formal é tratado a ferro e fogo, e o informal parece invisível, podendo transitar e fazer o que bem entender.

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Assim, como representante de quase dez mil bares e restaurantes cariocas, o SindRio segue apoiando a retomada econômica de forma consciente e responsável e orientando os estabelecimentos da categoria para que cumpram as regras de ouro estabelecidas pela Prefeitura. Entendemos que o momento ainda exige cautela, mas reafirmamos a seriedade e o compromisso com que a grande maioria dos empresários do setor reabriu suas casas, dentro da legalidade, com rígidos protocolos de higiene e distanciamento social. Situações de funcionamento em desacordo com as normas são pontuais e não representam o esforço de toda a categoria para viabilizar a manutenção dos negócios na atividade econômica mais impactada pela pandemia e que segue, agora, sendo responsabilizada por questões que, muitas vezes, fogem à sua capacidade de atuação.

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