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Quase 80% da população de baixa renda deixou de comprar itens básicos

Levantamento da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) mostra que carne bovina, leite e derivados são os principais produtos

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 26 ago 2022, 15h06 - Publicado em 26 ago 2022, 15h06

Com os preços mais salgados nos mercados, quase 80% da população mais pobre no estado do Rio deixou de comprar produtos básicos de alimentação nos últimos meses. De acordo com uma pesquisa da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), realizada nos últimos fins de semana de agosto, a carne bovina (80%), o leite e os derivados (57%) são os principais produtos que 76% dos beneficiários do Auxílio Brasil passaram a tirar do carrinho.

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Os entrevistados ainda afirmaram que pretendem voltar a consumir estes itens com o aumento do valor do benefício para R$ 600,00. O acréscimo de R$ 200,00 no auxílio começou a ser pago no dia 9 de agosto.

Os consumidores também afirmaram ter a intenção de voltar a consumir outros itens como: carne de frango (45%), produtos de limpeza (44%), pães, bolos e biscoitos (43%), produtos de higiene pessoal (41%), refrigerante e cerveja (38%), café (36%) e outras proteínas, como o ovo (36%), carne suína (29%) e peixe (26%).

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O levantamento foi realizado com base me consumidores de quatro supermercados das zonas Norte e Oeste da cidade. Do total, 42% também afirmaram participar do programa de complemento de renda do Governo Federal. A grande maioria é recebedora do Auxílio Brasil (92%), enquanto outros ainda recebem benefícios como Vale-Gás (31%), Auxílio Caminhoneiro (1%) ou Bem-Taxista (3%).

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Dos beneficiários, 47% pretendem gastar o valor integral com alimentação. Já 26% deverão usar até R$ 300,00 do valor; 10% até R$ 500,00; e 4% até R$ 100,00. Outros 13% não deverão gastar o auxílio com alimentos e bebidas. A maior parte (82%) deverá realizar as compras em supermercados, hipermercados ou atacarejos, enquanto 14% deve comprar os produtos em minimercados ou mercearias de bairro.

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O dinheiro que não for empregado em alimentação será usado, principalmente, para a compra de botijões de gás (82%), pagamento de contas mensais (72%) e pagamento de cartão de crédito (37%). Outra fatia menor (13%) deverá alocar o dinheiro para gastos com saúde e remédios. Entre os que afirmaram não gastar o auxílio com alimentação, grande parte deverá usá-lo para pagamento do cartão de crédito (80%), além de dívidas mensais (37%).

Segundo a pesquisa, 64% dos respondentes não eliminaram estes produtos da sacola de compras nos últimos meses, mas, com o aumento do benefício, pretendem aumentar o consumo de carne bovina (79%), leite e derivados (60%), café e produtos de limpeza (41%), refrigerante e cerveja (40%), pães, bolos e biscoitos (34%), produtos de higiene pessoal (32%), peixe (31%), ovos (30%) e carne suína (29%).

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A pesquisa corrobora com a análise feita pela equipe econômica da Asserj de que grande parte do valor do auxílio será usado para gastos de alimentação. “Desde maio, o setor de supermercados vem registrando alta, o que deve se manter com o aumento do Auxílio Brasil. A sondagem confirma esta tendência e aponta, principalmente, os produtos que foram mais afetados pela inflação nos últimos meses, caso da carne bovina, e do leite, impactado ainda por fatores sazonais”, avalia Fábio Queiróz, presidente da associação.

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Segundo a sondagem, 60% dos consumidores afirmaram sempre pesquisar os preços antes de realizarem suas compras, seja por meio dos encartes (64%), pela internet (49%), ida ao mesmo mercado atrás de promoções (34%) ou a mais de um mercado (20%).

Entre os entrevistados, 29% costumam ir ao supermercado uma vez por semana, 25% vão mais de uma vez por semana, 18% a cada quinze dias, e 27% somente uma vez por mês.

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