Museu Nacional: elementos artísticos começam a ser restaurados
Até julho, procedimento será feito em peças do Jardim das Princesas que acredita-se que foram decoradas pela imperatriz Teresa Cristina
Mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, o Museu Nacional da UFRJ segue recuperando o palácio atingido por um grande incêndio em setembro de 2018.
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Alguns elementos ornamentais e artísticos do Jardim das Princesas e do Paço de São Cristóvão resistiram ao incêndio de 2018 e estão passando por um processo de conservação e proteção. O objetivo dos restauradores é higienizar e preparar essas peças delicadas para a fase de obras nas fachadas e coberturas do prédio.
Ornamentos de salas históricas do Paço, como a Sala do Trono; a escadaria monumental de mármore; e o famoso meteorito Bendegó são alguns dos elementos que receberão os serviços nesta etapa, além de pisos e pinturas murais.
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Até julho, o procedimento será feito nas fontes de gnaisse e guirlandas em alto-relevo, outros bancos e tronos, mosaicos de conchas e fragmentos de louças do Jardim das Princesas.
De grande valor histórico, acredita-se que foi a imperatriz Teresa Cristina, por ser italiana, que introduziu a técnica românica no jardim, a qual consiste em incrustar conchas e cacos de louças sobre a argamassa fresca. A técnica teria sido repassada a suas filhas, que adornaram a fonte, os tronos, os bancos e as guirlandas existentes. Um dos tronos, inclusive, possui a data de aniversário de seis anos da Princesa Isabel: 29 de julho de 1852.
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De acordo com o Museu Nacional, a execução dessa obra específica custou R$ 1,7 milhão. A expectativa é de que parte do museu reabra para visitação no ano que vem.