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‘Jockey precisa recuperar o glamour urgente’, diz candidato à presidência

Empresário Raul Lima Neto tentará desbancar em outubro o atual comandante do clube, Luiz Alfredo Taunay, eleito três vezes nos últimos 20 anos

Por Cleo Guimarães
Atualizado em 28 ago 2020, 13h59 - Publicado em 28 ago 2020, 13h58
Raul Lima Neto: candidato de oposição à presidência do Jockey Club, que em outubro terá eleições "híbridas" pela primeira vez em sua história  (Agência Zebra/Divulgação)
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Fundado em 1932 às margens da Lagoa, o Jockey Club Brasileiro passará pelas primeiras eleições híbridas de sua história. Sede da mais importante prova do turfe nacional (o Grande Prêmio Brasil) e símbolo de um Rio glamouroso que já não existe mais, o clube escolherá seu novo presidente no dia 15 de outubro por meio de votação presencial ou através de um link enviado por SMS aos seus 4250 sócios. Candidato da oposição, o empresário Raul Lima Neto, de 50 anos, enfrentará nas urnas o atual presidente, Luiz Alfredo Taunay, que completa, no total, 12 anos de mandato nas duas últimas décadas. Raul concedeu a seguinte entrevista a VEJA RIO:

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Uma pesquisa aponta que a gestão do atual presidente tem 64% de aprovação dos sócios. Acha que consegue vencê-lo nas eleições? Essa pesquisa não reflete o momento atual pelo qual estamos passando, até porque foi feita em fevereiro, antes da pandemia. Ela foi encomendada pelo Taunay, que não mostrou o percentual dos outros candidatos. Soube que houve quase um empate técnico, mas isso não foi divulgado.

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Qual a sua plataforma? O que pretende mudar no clube caso seja eleito? Vou profissionalizar a gestão do turfe, que vem dando prejuízo há muitos anos. Estão gastando acima do que podem com mão de obra e prestação de serviço. Dá para diminuir pelo menos 30% dos custos com uma boa gestão ali. E também quero valorizar a nossa marca com um planejamento estratégico de marketing.

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Como concluiu que a marca Jockey Club anda desvalorizada? O título hoje tem um valor insignificante, de cinco mil reais, que pode ser parcelado em dez vezes. A joia, que já custou mais de 100 000, agora sai por 60 000. Temos que trazer o Jockey para o patamar que ele tinha anos atrás. O clube precisa ter o glamour de antes.

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Para reconquistar o glamour é preciso dinheiro em caixa, não? Exatamente. E isso nós vamos conseguir através de um plano estratégico de marketing e do investimento em entretenimento. Atualmente, o trabalho de marketing é zero, por incompetência. Um trabalho bem desenvolvido vai trazer uma perspectiva de incremento da receita inacreditável. Não consigo nem imaginar onde a gente pode chegar. O potencial é absurdo.

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Na prática, o que pretende fazer, caso seja eleito, para explorar todo este potencial? Não sou contra abrir restaurantes, desde que os sócios sejam consultados, o que não vem acontecendo. Quero promover mais eventos culturais, shows, concertos, e fazer o turfe dar dinheiro. O Jockey tem que voltar a ser um ponto turístico da cidade. As corridas de cavalo são um programão para a família, para os sócios, para pessoas que estão visitando o Rio. Muita gente vem de países com tradição no turfe, como Argentina, Estados Unidos e Inglaterra, e quer conhecer o Jockey, mas não sabe onde é, não existe marketing nenhum neste sentido. Aí consegue descobrir, chega lá na sede e não tem uma pessoa para dar informação. Assim fica difícil.

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