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Ana Luiza Piza é a carioca do ano na área do patrimônio

À frente do Instituto Carioca Cidade Criativa, a administradora se inspira em bem-sucedidos modelos no exterior para recuperar áreas públicas da cidade

Por Carol Zappa, Marcela Capobianco e Renata Magalhães
16 dez 2022, 06h00
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  • Os urbanistas costumam dizer que mães de bebês, idosos e donos de cachorro são os cidadãos que mais entendem das áreas públicas, justamente por andarem a pé por aí. Durante uma pausa na carreira para se dedicar ao nascimento das filhas, a administradora Ana Luiza Piza, 52 anos, entrou para o rol dos andarilhos urbanos e levou um susto ao esbarrar com calçadas esburacadas e pracinhas coalhadas de brinquedos caindo aos pedaços.

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    O sentimento de frustração aumentava quando ela viajava e comparava a situação do Rio com a de grandes capitais da Europa e dos Estados Unidos. Ao fim da primeira gestão de Eduardo Paes, Ana Luiza resolveu então bater à porta da Secretaria Municipal de Conservação munida de uma lista de melhorias que vislumbrava. E acabou chegando ao cargo de subsecretária de Relacionamento com o Cidadão.

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    Eram tempos pré-olímpicos no Rio, e a administradora rodou os quatro cantos de uma cidade pulsante, recuperando praças e calçadas. “Trabalhando na prefeitura tive consciência de que era uma falsa carioca, porque vivia no eixo Lagoa-Ipanema. Também entendi que as mudanças acontecem mais rápido quando há união entre os setores público e privado”, relata.

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    Em 2017, ela se uniu a Heitor Wegmann Jr., ex-subprefeito da Zona Sul, para fundar o Instituto Carioca Cidade Criativa (ICCC), que se propõe a revitalizar espaços públicos. O modelo é baseado em parcerias público-privadas, fórmula que permitiu, por exemplo, a completa recuperação do Central Park, em Nova York. Assim saíram do papel as reformas do Parque da Catacumba, na Lagoa, incluindo o restauro das 32 esculturas ao ar livre, o portão do Parque Guinle, em Laranjeiras, e, mais recentemente, a Praça General Osório, em Ipanema.

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    Em seis meses, a um custo de 1,3 milhão de reais, o projeto deu vida nova ao chafariz das Saracuras, de Mestre Valentim, além de um trato nas estruturas de lazer. “O carioca exalta a Fontana di Trevi, em Roma, mas não valoriza o que tem aqui. Aos poucos, vamos mudar essa percepção”, garante. E a missão está só no princípio. Em 2023, um parque, um museu e uma praça de diferentes bairros vão ganhar um belo banho de loja. “O desafio é convencer os empresários a devolver uma parte do que a cidade lhes dá. Uma área revitalizada traz segurança e ótimos ventos para o comércio local”, arremata a administradora, que aposentou o salto alto para caminhar de tênis com uma pastinha debaixo do braço. Um périplo que, como se vê, trouxe bons frutos.

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