Continua após publicidade

Cariocas do ano: Rodrigo Afonso vence na categoria ação social

O diretor-executivo da Ação da Cidadania arregaçou as mangas para dar continuidade ao trabalho de Betinho na cruzada contra a fome na cidade

Por Carol Zappa, Marcela Capobianco e Renata Magalhães
16 dez 2022, 06h00

A cozinha solidária aos pés do Morro da Providência chegou à marca de 1 000 refeições servidas diariamente a pessoas em situação de vulnerabilidade. O cardápio é balanceado e nutritivo, e já recebeu assinatura de chefs como Claude Troisgros. Por lá também fica a maior horta comunitária da região, que abastece as quentinhas doadas a famílias da vizinhança e muitos mais. As iniciativas se desenrolam na nova sede da Ação da Cidadania, prestes a completar trinta anos de um notável trabalho de combate à fome sob a direção-executiva de Rodrigo Afonso, o Kiko.

+ O carioca do ano Marco Fisbhen vence na categoria educação

Segundo ele, ainda criança, foi “picado pelo bichinho do trabalho social”. Pudera. Seu pai, Carlos Afonso, ajudou a fundar, junto com o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho (a quem conheceu no período em que ambos se exilaram no Chile), o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, o Ibase. Era 1981, e estava plantada ali a semente da ONG que ele hoje conduz, assim como a de várias outras. “Ganhei bastante dinheiro no setor privado, mas não era feliz. Acompanhando desde cedo essas lutas, sentia que precisava fazer mais”, lembra Kiko, que passou a infância no Canadá e veio para o Rio aos 7 anos.

Compartilhe essa matéria via:

Em 2014, quando o Brasil finalmente saiu do Mapa da Fome, ele prestou uma consultoria para pensar novos rumos para a Ação da Cidadania. Mas logo o cenário mudou, infelizmente, retrocesso revelado em dados: quatro anos depois, o número de brasileiros em insegurança alimentar grave havia dobrado. Atualmente, só no Rio, o problema com contornos de drama humanitário atinge 15% da população. “A fome foi agravada pela pandemia e políticas públicas desarticuladas nos últimos tempos”, pontua.

É o que faz Kiko, aos 49 anos, trabalhar duro. Ele retomou o Natal Sem Fome, maior campanha de arrecadação de alimentos da América Latina, e criou um braço pandêmico chamado Brasil Sem Fome, que arrecadou 20 000 toneladas de alimentos em 2021. Também vai atrás de empresas, apresentando modelos de parceria e captando recursos, e leva iniciativas da Ação Cidadania a cidades que enfrentam desastres naturais, como aconteceu com Petrópolis nas enchentes do início do ano. “O terceiro setor está evoluindo, se profissionalizando e, apesar de toda a dificuldade, remamos no lado certo da maré”, sentencia, embalado pelo otimismo.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.