Pérola resgatada: teatro do Copacabana Palace será reaberto em novembro
Para dezembro, está prevista a estreia de um musical que reconta os tempos de ouro vividos pelo icônico hotel da orla carioca
Uma boa notícia em tempos tão duros para a cultura: o teatro do hotel Belmond Copacabana Palace, fechado desde 1994, vai ser reaberto em novembro.
Um dos palcos icônicos do país cerrou as cortinas logo após a temporada da peça Desejo, com Vera Fischer no elenco. Pela ribalta também passaram grandes nomes da atuação, entre os quais Fernanda Montenegro, Marieta Severo, Paulo Autran e Renata Sorrah.
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Mesmo com a pandemia, o espaço já tem previsão de receber espetáculos. A estreia de Copacabana Palace – O Musical está prevista para dezembro.
O texto, escrito a seis mãos por Ana Velloso, Vera Novello e Luis Erlanger, conta momentos emblemáticos da história de um dos mais importantes hotéis do Brasil, fazendo com que a plateia se transporte para a atmosfera de outros tempos vividos pelo Copa e conheça alguns dos personagens que já passaram por lá.
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O espetáculo foi idealizado por Gustavo Wabner e será dirigido por Sérgio Modena. No elenco, nomes como Suely Franco, Vanessa Gerbelli e Claudio Lins.
“Após um trabalho excepcional de toda a equipe envolvida na reforma do Teatro Copacabana Palace, estamos muito felizes em anunciar a reabertura deste que é um verdadeiro patrimônio cultural da cidade. Será um presente para as próximas gerações e esperamos ansiosos para compartilhar momentos inesquecíveis com o público”, comemora Ulisses Marreiros, gerente-geral do hotel.
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O Teatro Copacabana Palace foi inaugurado em 1949, com a peça A Mulher do Próximo, de Abílio Pereira de Almeida. Em 1953, um incêndio de grandes proporções o atingiu o espaço, reinaugurado no ano seguinte com temporada de Diálogos das Carmelitas.
As obras do novo projeto de revitalização, capitaneado pelo arquiteto Ivan Rezende, começaram em 2018. A plateia vai abrigar 238 pessoas e o balcão terá espaço para 70 espectadores. Haverá também quatro frisas e seis camarotes.
O projeto também conta com poltronas para pessoas obesas e com mobilidade reduzida, além de espaços destinados a cadeirantes. A acessibilidade se estende ao palco através de elevador e aos camarins.
“A sensação é de que o teatro, além de rejuvenescido em suas áreas históricas, tombadas pelo patrimônio histórico, ganhou em grandeza com as novas perspectivas arquitetônicas” , complementa o Ivan.