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Do box à praia: treinos de Crossfit se espalham pelo Rio

Cariocas mostram que a atividade física também é uma oportunidade de se reconectar com a cidade

Por Abril Branded Content
6 dez 2017, 18h51
Treino ao ar livre proporciona uma mudança na relação com o espaço urbano (Praia do Leblon/Divulgação)
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Uma atividade que é febre nos Estados Unidos ganhou também o Brasil e, especialmente, o Rio de Janeiro. Hoje é fácil encontrar um centro de Crossfit na cidade. E não é só em espaços fechados que o pessoal está levantando peso e empurrando pneus. A prática também vai bem com a vista da praia. “A experiência na praia é muito agradável, e ao mesmo tempo desafiadora, porque tem todo tipo de gente, de várias idades e níveis de condicionamento”, conta Marcela Amaral Gorgulho, uma autêntica crossfiteira.

O #hellocidades, projeto de Motorola que incentiva novas experiências nas principais cidades brasileiras, investiga hoje como essa atividade física modifica a relação entre os cariocas e o Rio.

Crossfit é uma marca registada pelo ex-ginasta americano Greg Glassman, que, em 1995, na Califórnia, desenvolveu a atividade que mistura ginástica olímpica, treinamento funcional e levantamento de peso. Para usar o nome Crossfit, portanto, as academias especializadas – os chamados boxes – precisam pagar uma anuidade e ter supervisão dos treinadores habilitados.

Nas últimas duas décadas, a prática se diversificou e ganhou diferentes nomes com um princípio parecido. Hoje, em números de adeptos, o Brasil só perde para os Estados Unidos. Há 50 mil praticantes e quase mil espaços de Crossfit ou práticas semelhantes com nomes diferentes. No Rio, há 70 locais de treino, segundo a Monstar Series, principal competição da modalidade no Brasil.

Um deles foi além do box tradicional e fincou os equipamentos pesados na praça Zózimo do Amaral, na Praia do Leblon. Marcela Gorgulho é habilitada pela marca americana e ensina a atividade na Crossfit JB, na Lagoa. Já na Praia do Leblon, o que ela treina é o Mixed Madaties Training (MMT), que tem a base do Crossfit. As aulas da praia fazem parte do projeto Training Truck e são realizadas gratuitamente todos os dias. Basta se cadastrar pelo aplicativo Mude.

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“Como as aulas são gratuitas, você encontra gente de todas as origens sociais e regiões da cidade. Pessoas que trabalham na região  e param ali para se exercitar”, descreve Marcela.

É o que faz o garçom Marcos Mendes, de 36 anos. Morador da Rocinha, ele trabalha num restaurante no bairro, mas três vezes por semana tira uma hora do dia para a atividade física. Marcos costumava ir à academia, mas achava a rotina chata e não via muitos resultados. Há três anos, a esposa o inscreveu no treino da praia.

“Eu lembro que fiz uma aula não muito pesada, mas no dia seguinte mal andava. Pensei em desistir. Olhava para os mais antigos e ficava cansado só de vê-los saltando e levantando peso”, conta Marcos. Com um pouco de insistência, acabou fisgado. Voltar para a academia, nem pensar. “E o fato de ser ao ar livre só contribui. Você sai do trabalho e treina assistindo ao pôr do sol da praia, isso não tem preço”, diz.

Um estudo publicado em 2016 no Journal of Sports Medicine and Physical Fitness mostrou que os praticantes de Crossfit enxergam na atividade desafios constantes, sensação de prazer e filiação, o que acaba aumentando sua aderência ao esporte em comparação com outras modalidades de exercício de resistência.

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É como se fizessem parte de um clube. Para muitos, o que importa é superar os limites do próprio corpo e competir nos vários eventos que surgiram da modalidade. Para alguns, é uma atividade física diferente daquela da academia tradicional. E para Marcos e outros, é também um ciclo social. “Eu vou para manter a saúde e pelo contato com as pessoas. Criei uma família. Quando o treino acaba, a gente fica lá na ‘resenha’, conversando sobre o dia. Só saio se me expulsarem de lá”, brinca.

Quer treinar também? Então saiba que o treino é intenso e requer um acompanhamento de perto. Estudos divulgados sobre a prática em periódicos internacionais – como no Journal of Sport Rehabilitation, Journal Sports of Medicine and Physical Fitness e Journal of Sports Science & Medicine – mostram que lesões nos ombros, lombar e joelhos são as mais comuns. Mas essas pesquisas também apontam que a taxa de problemas não é maior que em outros treinamentos já arraigados.

É importante escolher bem o treino e o treinador e ainda ficar atento aos limites. De resto, aproveite a prática e registre os momentos nas redes sociais com a hashtag #hellocidades. E acesse o hub hellomoto.com.br para saber mais do que tem rolado em sua cidade.

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