Banda alemã Kadavar encerra festival da cervejaria Hocus Pocus
Banhado nas tradições setentistas de bandas como Black Sabbath e Led Zeppelin, o trio alemão Kadavar é a atração principal da terceira edição do Hocus Pocus Festival. Expoente do stoner rock, que mescla elementos do heavy metal, do blues e do rock psicodélico, o conjunto mostra seu quarto álbum, Rough Times. O festival criado pela cervejaria carioca (batizada com o nome de uma música do grupo de rock progressivo Focus) traz ainda as nacionais Anjo Gabriel e Galactic Gulag. Rótulos da marca completam o programa. Cais da Imperatriz. Rua Sacadura Cabral, 145, Saúde. Domingo (4), 17h. R$ 60,00 (1º lote).
Oswaldo Montenegro relembra noites seresteiras em novo show
A infância na cidade mineira de São João del Rei, marcada pelas serestas em que seguia os pais e seus amigos nas noites enluaradas, serviu de inspiração para o novo show de Oswaldo Montenegro: Serenata. Acompanhado por Madalena Salles (flauta), Sergio Chiavazzoli (bandolim e violão) e Alexandre Meu Rei (violão), o menestrel passeia por canções inéditas, influenciadas por essas memórias, além de clássicos como Bandolins e Lua e Flor. Vivo Rio. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo. Sábado (3), 21h. R$ 100,00 (setor 4) a R$ 240,00 (setor vip e camarote A).
Boogarins e O Terno se encontram no Circo Voador
Duas apostas da cena indie e representantes da nova psicodelia nacional, os goianos do Boogarins (acima) e o trio paulistano O Terno (abaixo) voltam a se encontrar no Rio com a carreira consolidada aqui e no exterior. Os primeiros chegam — depois de uma turnê por Estados Unidos e Canadá em meados do ano passado — para mostrar seu terceiro álbum, Lá Vem a Morte. No trabalho, mais experimental, o quarteto lança mão de sintetizadores, distorções e vozes ecoadas em canções como Elogio à Instituição do Cinismo. Também baseados no terceiro disco, Melhor do que Parece, Tim Bernardes (que estreou recentemente um projeto-solo), Gabriel Basile e Guilherme d’Almeida esbanjam referências aos anos 60 e 70. Circo Voador. Arcos da Lapa, s/nº. Sábado (3), a partir das 22h. R$ 40,00 (1º lote).
Maria Rita: o samba é seu dom
Revelação da MPB em sua estreia, há quinze anos, quando buscava lugar ao sol longe da sombra da mãe, Elis Regina (1945-1982), Maria Rita deu uma guinada no repertório com Samba Meu (2007). Depois de lapidar o gênero em Coração a Batucar, de 2014, a cantora segue à vontade nesse estilo em seu sexto álbum de estúdio, Amor e Música, que será apresentado ao vivo em primeira mão no Rio. Coprodutor do trabalho, com ela, Pretinho da Serrinha assina, ao lado de Nego Alvaro e Vinicius Feyjão, o samba-oração Reza. Batuques africanos dão o tom de Cadê Obá,de Davi Moraes e Carlinhos Brown. A lista traz ainda a inédita Samba e Swing, do baiano Oscar da Penha (1924 –1997), o Batatinha, presente da família dele à intérprete, além de sucessos. Fundição Progresso. Rua dos Arcos, 24, Lapa. Sábado (3), a partir das 22h. R$ 50,00 (2º lote).
Grupo Os Melhores do Mundo se apresenta no Vivo Rio
Para celebrar duas décadas do espetáculo Notícias Populares, a Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo, trupe brasiliense bem recebida pelo público carioca, apresenta sessão de aniversário no Vivo Rio. Em forma de telejornal popular, a montagem leva ao palco matérias jornalísticas, em bem-humorada crítica aos meios de comunicação. Adriano Siri e Ricardo Pipo (na foto) dividem o palco com Jovane Nunes, Welder Rodrigues e Victor Leal (90min). 18 anos. Vivo Rio. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo. Domingo (4), 19h. R$ 80,00 a R$ 160,00.
Grande Sertão: Veredas
Grande Sertão: Veredas Clássico da literatura, obra de linguagem revolucionária e um cartapácio com mais de 600 páginas. Por essas e outras razões, entrega-se a um baita desafio quem se aventura a interpretar a obra-prima de Guimarães Rosa. Bia Lessa encarou a missão em 2006, com exposição comemorativa dos cinquenta anos de lançamento do livro montada na inauguração do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Destemida, voltou a Grande Sertão: Veredas. O espetáculo homônimo em cartaz no CCBB beira o romance em cena, transporte literal dos originais para o que se diz no palco. Todas as falas de Caio Blat — em atuação notável, um marco na sua carreira, ele se incumbe de uma quantidade de texto inacreditável — foram escritas por João Guimarães Rosa (1908-1967). No papel do jagunço Riobaldo, ele encabeça o elenco de dez atores em desempenhos vigorosos. Luisa Arraes encarna o personagem na infância e desdobra-se por outros tipos da trama, a exemplo de seus pares. Nas idas e vindas da montagem, Luíza Lemmertz também sobressai como Diadorim, mulher na pele de homem que embaralha os sentimentos de Riobaldo, e brilha em um dos momentos mais bonitos da apresentação. A diretora (responsável pelo desenho de luz e, a cada sessão, presente no controle do som) afastou a peça dos três teatros do CCBB. Na rotunda, a plateia, instalada em uma arquibancada de dois andares, recebe fones de ouvido para evitar tropeços na acústica e é recompensada pela audição cristalina da música de Egberto Gismonti, além de gravações de ruídos da natureza. Vista dos lugares mais altos, a encenação revela detalhes e ganha em beleza. De volta às fabulosas vivências de Riobaldo, Bia Lessa constrói imagens belíssimas, provoca a imaginação do público e entrega uma experiência surpreendente e rica, como a proporcionada pelo romance de Guimarães Rosa (140min). 18 anos. CCBB. Rua Primeiro de Março, 66, Centro. Quarta a domingo, 21h. R$ 20,00. Até 31 de março.
Preto
Preto. A ousadia para tratar de temas pungentes, como identidade e protagonismo feminino, caracteriza Vaga Carne (2016) e Mata Teu Pai (2017), espetáculos com texto de Grace Passô. Em Preto, empreitada ainda mais desafiadora, ela divide a autoria com o diretor Marcio Abreu e a atriz Nadja Naira. Os temas atacados, desta vez, são autoimagem, negritude e racismo. É o que se depreende de uma montagem fragmentada, com algumas partes sublimes, mas que não se conectam durante a sessão. Também no elenco, Grace canta lindamente. Em pelo menos outros dois momentos, cativa a atenção do público ao contracenar com Renata Sorrah, remetendo à encenação histórica de As Lágrimas Amargas de Petra von Kant, com a própria Sorrah e Fernanda Montenegro, na década de 80. Um pas de deux masculino de tirar o fôlego, coroado pela presença de um objeto de cena surpreendente, e a contundente fala final de Cássia Damasceno são outros trunfos teatrais testemunhados pela plateia. Ao final, no entanto, perdura a vaga impressão de que se assistiu a várias peças dentro de uma só — os acertos já citados são entremeados de situações ininteligíveis, como aquela em que Nadja Naira corre nua e manchada de sangue pelo palco —, sem a devida liga a uni-las (90min). 14 anos. CCBB. Rua Primeiro de Março, 66, Centro. Quarta a domingo, 19h30. R$ 20,00. Até 11 de março.
Alucinações à Beira Mar
Alucinações à Beira Mar. Grandes nomes do acervo da instituição, como Tarsila do Amaral e Aluísio Carvão, integram a mostra. Museu de Arte Moderna. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Flamengo. Terça a sexta, 12h às 18h; sábado e domingo, 11h às 18h. R$ 14,00. Grátis às quartas.
Feito Poeira ao Vento
Feito Poeira ao Vento. Mais de 200 fotos, clicadas por nomes que vão de Maurício Hora (foto) a Pierre Verger, mostram cenários do século XIX aos dias de hoje. MAR. Praça Mauá, 5, Centro. Terça a domingo, 10h às 17h. R$ 20,00. Grátis às terças. Até 1º de julho.
Segunda edição do Circuitinho ocupa Casa Rosa da Gávea
Aulas de culinária e oficina com bonecos de madeira são apenas algumas das atrações que prometem estimular a criatividade da criançada na feira Circuitinho. Em sua segunda edição, o evento reúne sessenta expositores de marcas infantis, além de atividades com o Mini Bloco (braço infantil do Monobloco) e até mesmo um espaço para bebês. Casa Rosa da Gávea. Rua Marquês de São Vicente, 268, Gávea. Sábado (3) e domingo (4), 12h às 20h. R$ 10,00 ou uma lata de leite em pó. Grátis para crianças de até 12 anos.