Oito livros infantis para engajar a família contra a discriminação racial
Lista tem obras do ator Lázaro Ramos e do rapper Emicida. Assunto pode ser introduzido para crianças a partir de 3 anos de idade
Num momento em que a luta contra o racismo ganha o mundo, é importante que as crianças tenham acesso a conteúdos que combatam a discriminação racial e incentivem a igualdade. Há diversos livros infantojuvenis com interessantes abordagens sobre o preconceito e a representatividade negra. O momento de isolamento social é propício para que as famílias leiam juntas e possam combater o preconceito. Veja sugestões de leitura sobre a diversidade racial:
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O Pequeno Príncipe Preto – Rodrigo França.
O livro do ator, escritor e ativista já virou peça de teatro. Em um minúsculo planeta, vive o Pequeno Príncipe Preto. Além dele, existe apenas uma árvore Baobá, sua única companheira. Quando chegam as ventanias, o menino viaja por diferentes planetas, espalhando amor e empatia. Editora: Nova Fronteira.
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Mzungu – Meja Mwangi.
A história se passa no Quênia, em plena guerra de independência contra a Inglaterra. Kariuki é filho do cozinheiro de um colonizador branco que controla um povoado. Ele se torna amigo de Nigel, neto do colonizador, a quem chama de “Mzungu”, “menino branco” em swahili. Contrariando as regras coloniais que separam brancos e negros eles descobrem que a amizade e o respeito independem da cor da pele e da origem social. Editora: SM.
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Meu Crespo É de Rainha – bel hooks.
Publicado originalmente em 1999 em forma de poema rimado e ilustrado, a obra mostra diferentes penteados e cortes de cabelo de forma positiva e alegre. bel hooks é um dos grandes nomes do feminismo negro e o livro cativa crianças e adultos ao exaltar o cabelo crespo e jogar luz aos padrões inalcançáveis de beleza e a problemas que eles podem causar. Meu crespo é de rainha é um livro que enaltece a beleza dos fenótipos negros, exaltando penteados e texturas afro, serve de referência à garota que se vê ali representada. Editora: Boitatá/Boitempo
O Ônibus de Rosa – Fabrizio Silei e Maurizio A.C. Quarello
Um senhor leva o neto para conhecer o Museu Ford, em Detroit, com a intenção de mostrar ao menino um velho ônibus em exposição, dentro do qual o avô testemunhou uma das cenas mais extraordinárias de sua vida. Esse é o pretexto para o avô rememorar a história da segregação racial no Sul dos Estados Unidos. Sentado novamente ali, onde esteve em 1955, ele se emociona ao contar a história de Rosa Parks, uma mulher negra como eles, que desafiou a ordem preestabelecida quando se recusou a ceder seu assento a um homem branco. E mais: mostra ao neto como o gesto corajoso daquela mulher frágil ajudou a mudar o rumo da história.
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Amoras – Emicida.
O rapper Emicida envereda pela literatura infantil no livro Amoras, que também dá nome a uma de suas músicas. Através do texto e das ilustrações de Aldo Fabrini, o livro mostra a importância de nos reconhecermos no mundo e nos orgulharmos de quem somos – desde criança e para sempre. Editora: Companhia das Letrinhas/Companhia das Letras.
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A História de Chico Rei – Béatrice Tanaka.
Um rei africano e seus compatriotas, escravizados e trazidos ao Brasil para trabalhar em uma mina de ouro, unem-se para comprar sua liberdade. Para isso, recolhem secretamente em seus cabelos o pó de ouro que garimpam, e assim vão juntando riqueza. Chico Rei é uma das grandes figuras do Brasil colonial e relaciona-se também com a religião e com as festas populares brasileiras, pois ele mandou construir a Igreja de Santa Efigênia do Alto da Cruz, que foi inaugurada com uma festa de Congado. Editora: SM.
O Caderno de Rimas de João – Lázaro Ramos.
Baseado em termos curiosos que ouviu de diversas crianças, principalmente de seu filho mais velho, João Vicente, o ator Lázaro Ramos escreveu seu segundo livro infantil. Através de rimas, o autor tenta explicar temas complexos como corrupção e dinheiro. O livro conta com as ilustrações do renomado Mauricio Negro. Editora: Pallas.
O Filho do Vento – Rogério Andrade Barbosa
O nome do filho do vento é um segredo que deve ser guardado e respeitado. Mas Nakati resolve desafiá-lo e enfrenta um enorme vendaval. Este reconto fala dos bosquímanos, povo africano que convive com as forças da natureza. As ilustrações são de Graça Lima, numa envolvente expedição ao continente africano. Editora: Difusão Cultural do Livro