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João de Deus Lopes, o Boi, é o garçom do ano pelo Comer & Beber

Uma das figuras mais populares do Baixo Gávea está de volta sob nova direção

Por Redação
Atualizado em 20 nov 2020, 15h38 - Publicado em 20 nov 2020, 06h00
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  • João de Deus Lopes, o Boi: humor inabalável, à prova de bêbados e madrugadas (Tomás Rangel/Veja Rio)

    Em Natal, onde nasceu, João de Deus Lopes, 66 anos, chegou a dar expediente como vaqueiro, até que resolveu engrossar o fluxo migratório rumo ao Sudeste em busca de novas oportunidades. No Rio, teve passagens como garçom pela Confeitaria Colombo, pelo Hotel Excelsior e pela pizzaria Gattopardo, antes de chegar ao Bar Hipódromo, onde equilibrou bandejas ao longo de 38 anos e se consagrou como o “Boi”.

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    Ganhou o “nome artístico” de um amigo gaiato, que implicava com as dimensões de sua cabeça, e a brincadeira pegou naquelas calçadas fervilhantes. “Já me confundi e assinei cheque usando o apelido”, conta ele, dotado de um humor inabalável, à prova de bêbados e madrugadas. Virou figura tão conhecida que acabou atraindo o mercado publicitário: Boi atuou em comerciais de cerveja, de telefonia e até do lançamento de um carro.

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    Seu baú de memórias é inesgotável. Entre as publicáveis, lembra um dia em que um casal de namorados dividia uma garrafa de vinho, quando o sujeito cismou de torcer o pescoço para acompanhar outra moça em seu doce balanço a caminho do banheiro. A mulher, indignada, mas serena, retirou a garrafa do balde de gelo e despejou a água fria sem dó nem piedade sobre a cabeça de seu par. Em 2017, Boi caiu doente e foi internado no Hospital Miguel Couto.

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    A notícia inspirou o movimento de solidariedade da clientela, com direito a uma enxurrada de mensagens de apoio e auxílio financeiro enviados de toda parte, inclusive do exterior. Em julho deste ano, o anúncio do fim do Hipódromo causou mais comoção. Boi, já de volta, chorou quando soube da notícia, mas, em seguida, recebeu um convite para trabalhar no bar Brewteco, que até o fim do ano vai instalar a quarta filial da rede no endereço que ele conhece tão bem: o famoso casarão da Praça Santos Dumont, o mesmo onde atuou por tantas décadas.

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    Por ora, pode ser visto na unidade do Leblon. Outras figuras populares do velho Hipódromo foram convidadas a seguir sob nova direção, mas declinaram. O próprio João de Deus anda pensando em botar o boi na sombra, digamos assim — comprou um boteco perto de casa, na favela da Muzema, e está reformando o lugar. Mas, calma lá, não demora muito e ele estará no salão do novo Brewteco, atendendo a sua fiel clientela do Baixo Gávea. “Não vejo a hora de matar a saudade”, diz.

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