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COMER & BEBER 2017/2018: Lapa – Bares

Confira a seleção dos melhores endereços desse bairro

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 jul 2017, 10h47 - Publicado em 28 jul 2017, 10h47

A edição especial VEJA COMER & BEBER Rio apresenta os melhores bares da cidade. Abaixo, a seleção completa:

Adega Flor de Coimbra: Inaugurado nos anos 30, o tradicional bar e restaurante ocupa um imóvel tombado. Apesar da restrição a reformas, uma sutil mudança foi notada: o balcão e duas paredes de madeira ganharam azulejos. Seguem nos seus lugares relíquias locais, como a placa que anuncia a proibição de beijos ousados. São bom começo o bolinho de bacalhau em forma de charuto (R$ 4,90) e o couvert que traz pães, manteiga, salame e provolone, além de ótima conserva de sardinha portuguesa (R$ 19,90). O peixe também pode ser pedido grelhado inteiro (R$ 56,90, seis unidades) — o garçom retira vísceras e espinhos na mesa. Outra especialidade é o cabrito aperitivo acebolado, ladeado por pão e farofa (R$ 63,50). Da ala principal, peça o bacalhau imperial à flor de coimbra (R$ 86,90 a meia porção e R$ 161,90 a inteira, para até três pessoas), posta grelhada com couve, brócolis, repolho, batata, cenoura, ovo, azeitonas e alho frito. Acompanhe os comes explorando os cinquenta rótulos da carta de vinhos. Os portugueses Toutalga (R$ 78,90), da região do Alentejo, e Cabeça de Burro (R$ 132,90), do Douro, são ótimas sugestões.

Armazém Senado: Considerada patrimônio cultural da cidade desde 2011, segundo a prefeitura, a casa completou 110 anos. Dos tempos da fundação, quando fazia jus ao nome, ainda restam as prateleiras de madeira e o balcão coberto de mármore de Carrara. A roda de samba, antes restrita aos sábados, a partir das 14h — exceto no segundo do mês, quando entram em cena jazz e blues —, agora acontece também nas sextas, entre 17h e 21h. Boa desculpa para beber cascos gelados de Brahma, Antarctica (R$ 8,50), Bohemia, Original, Heineken ou Brahma Extra (R$ 9,50), mas fique de olho: no sábado o preço das geladas sobe para R$ 10,00. Uma seleção de cinquenta rótulos de cachaça inclui a ótima Weber Haus envelhecida em barril de amburana (R$ 10,00). Vinhos nacionais a bons preços são outra opção. O Nobrese Cabernet Sauvignon, da vinícola Sanjo, localizada em São Joaquim, Santa Catarina, custa R$ 38,00. Como não há cozinha, os petiscos se resumem a porções de salaminho (R$ 17,00), azeitonas (R$ 5,00), copa (R$ 18,00) e gorgonzola (R$ 20,00), entre outras dicas.

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Bar Brasil: No reduto centenário, o ar-condicionado foi instalado há pouco mais de um ano. Ali se encontra um dos melhores chopes da cidade. O barril fica armazenado em câmara fria e o líquido passa pela serpentina de 66 metros com bastante gelo antes de verter da chopeira para a caldeireta (R$ 7,00). Alternativa à tradição, a ala de cervejas especiais inclui a linha completa da paulista Colorado (R$ 23,00 cada garrafa, exceto a imperial IPA Vixnu, vendida por R$ 30,00). No cardápio de inspiração alemã, o croquete de carne, entre os aperitivos, divide a atenção com um imigrante português, o bolinho de bacalhau de produção própria. Os preços são os mesmos: R$ 34,00 (dez unidades) e R$ 18,00 (meia-porção). Outra pedida para beliscar é a linguiça de cordeiro com hortelã ao molho de mel e mostarda (R$ 40,00). Carro-chefe, o kassler com chucrute e salada de batata é o prato mais pedido (R$ 58,00, para um; R$ 88,00, para dois). Um clássico delicioso, o bolo de carne é acompanhado de lentilha e arroz (R$ 47,00 e R$ 72,00).

Bar do Peixe: Nada de salão, nada de luxo. Com mesas sobre a calçada e sua especialidade, o peixe fresco, exaltada em inglês e espanhol na fachada, o ponto foi lembrado com 1 voto na categoria Bom e Barato. Antes da pedida principal, escolha entre os saborosos bolinhos de bacalhau (R$ 15,00 e R$ 28,00) e pastéis de camarão (R$ 15,00 e R$ 25,00), em porções de cinco e dez unidades. A clientela enxuga cascos gelados de Skol, Brahma, Antarctica (R$ 8,00 cada garrafa), Original, Bohemia ou Heineken (R$ 10,00). Na parte mais robusta do cardápio, as ofertas do dia mudam de acordo com o que é fornecido à casa, mas é frequente a presença de pargo, trilha e corvina (R$ 50,00 a meia-porção; R$ 70,00 a inteira). Namorado e dourado custam um pouco mais (R$ 52,00 e R$ 79,00). Os peixes são cortados em postas, empanados em farinha, fritos e servidos ladeados por arroz, pirão e salada. Farta, a meia-porção tem seis postas.

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Bar Semente: música boa todos os dias (Veja Rio)

Bar Semente: Um dos primeiros palcos para a revitalização boêmia e musical da Lapa, a casa quase foi fechada no início dos anos 2000, mas mudou de mãos e cresceu. Em um casarão mais espaçoso, bem perto do ponto original, desde 2013, o Semente segue fazendo jus à programação musical que revelou talentos como o violonista Yamandu Costa e a cantora Teresa Cristina. Outro craque das cordas, Zé Paulo Becker comanda, há anos, sessões de choro e improviso às segundas-feiras. A programação, disponível no site, costuma ser acompanhada de cerveja gelada: a Amstel custa R$ 12,00, enquanto Heineken e Estrella Galicia valem os mesmos R$ 14,00 — todas em garrafas de 600 mililitros. Em porções de seis unidades, petiscos como os bolinhos de feijoada (R$ 26,00) e de arroz com queijo gorgonzola (R$ 24,00) fazem sucesso. Mais fornido, o hambúrguer local, coberto por queijo mussarela e cebola caramelada, é guarnecido de fritas e maionese temperada (R$ 26,00).

Beco do Rato: Mesmo com esse nome, situado em um canto mais escondido da Lapa e com funcionamento bissexto no sábado e domingo, o lugar ganhou merecido prestígio como reduto de samba ao vivo. Anunciada no site oficial e nas redes sociais, a programação inclui jovens talentos e alguns dos bambas representados por caricaturas nas paredes do bar. A turma canta junto e bebe cerveja gelada, das marcas Brahma (R$ 9,00), Antarctica (R$ 10,00), Original, Bohemia, Heineken (R$ 12,00) ou Serramalte (R$ 13,00). Fãs de uma cachacinha vão gostar do rótulo da casa (R$ 6,00 a dose, ou R$ 30,00 a garrafa para levar). O pastel de angu recheado de frango ou carne (R$ 7,00 a unidade) é uma dica clássica. Pedida mais robusta, o beco do rato combina filé aperitivo, linguiça mineira e fritas (R$ 45,00).

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Booze Bar: cervejas especiais na Lapa (Ligia Skowronski)

Booze Bar: O estabelecimento contribui para a diversidade musical e etílica do bairro boêmio. No salão embalado por trilha sonora roqueira, o chope jorra de dezesseis torneiras, com prioridade para marcas cariocas. A Hocus Pocus Magic Trap (R$ 17,90) tem presença frequente, assim como a refrescante witbier Easy Dive (R$ 14,99), da cervejaria Oceânica. Os preços são para o copo de 250 mililitros. Cerca de sessenta sugestões em lata ou garrafa compõem a carta. Drinques são outra possibilidade. À frente das coqueteleiras, o barman Daniel Morais prepara pedidas como o shima (R$ 28,00), feito com gim, melancia, licor de umeboshi (uma ameixa fermentada japonesa), xarope de gengibre e amora. Na inventiva ala dos tira-gostos, não deixe de provar as coxinhas koreanas, assim com “K” mesmo, feitas de gochujang, uma pasta de pimenta coreana, e goiabada, ladeadas por molho de iogurte com pepino e coentro (R$ 26,00). Os hush puppies são bolinhos apimentados de camarão, milho e molho de iogurte com cebolinha (R$ 28,00). De segunda a sexta, entre 17h e 20h, a happy hour traz promoções de chopes e petiscos.

Boteco Carioquinha: Pé-sujo com ovo rosa na vitrine, nos primórdios, o negócio fundado por Antônio Crespo, o Bigode, foi totalmente remodelado por seu filho Sérgio nos últimos anos. Hoje, tem ambiente acolhedor e carta de cervejas com cerca de 500 rótulos. Taças, garrafas, pôsteres e painéis decoram o salão, com mesas de madeira bruta. Nas quatro torneiras de chope as opções mudam constantemente. Em garrafa, a leve e aromática witbier da cervejaria carioca Old School é pedida certa para abrir os trabalhos (R$ 27,00, 500 mililitros). Na linha das cervejas ácidas, perfeitas para um dia quente, a Catharina Sour Sun of a Peach (R$ 30,00, 500 mililitros), fabricada pela Blumenau, tem pêssego na receita. Entre os petiscos, prove a porção de bolinhos de arroz com mortadela (R$ 19,90, quatro unidades) ou o mix de salsichas temperadas com ervas finas (R$ 29,90). Na seção de sanduíches, o de boteco traz, no pão macio, filé-mignon empanado, ovo frito, mussarela, alface, tomate e cebola (R$ 27,90).

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Espaço Lapa Café: Justiça seja feita, a bebida presente no nome do negócio é levada a sério — principalmente desde a chegada da barista Didy Machado, que selecionou grãos vindos de diversas fazendas do sul de Minas. Mas, uma vez lá dentro, basta avançar pelo corredor, enfeitado com excentricidades como um Land Rover, para notar que a atração principal é outra: a cerveja. A carta conta com cerca de 480 rótulos, entre os quais os três da casa: a pilsen Da Lapa (R$ 19,90), a versão de trigo Da Glória (R$ 24,90) e a stout Do Catete (25,90), todas em garrafas de 600 mililitros. Sugestão mais recente, a witbier da cervejaria Tokai leva casca de limão e wasabi na receita (R$ 21,90, 330 mililitros). Para petiscar, é boa pedida o gurjão de frango marinado na cerveja (R$ 26,90). Na happy hour de sexta, o VJ Sabino Hart anima o público com clipes dos anos 90. Dica: no serviço de almoço executivo, quarta é dia da deliciosa costela bovina assada durante 24 horas. A porção traz 800 gramas da carne sem osso, mais batatas, arroz e agrião, serve três pessoas e custa R$ 79,90.

 

Nova Capela
Cabrito do Nova Capela: clássico da cidade (Redação Veja rio)

Nova Capela: Causou comoção o anúncio — feito, em junho, pelo proprietário da casa, Aires Filho — de que o Capela está em apuros financeiros e pode fechar as portas. Primeiro, o reduto boêmio, destino da saideira de muitos, passou a encerrar o expediente mais cedo. Agora, corre o risco de tirar de cena um dos pratos mais famosos da cidade: o cabrito assado guarnecido de arroz de brócolis, batatas coradas e alho torradinho (R$ 133,00). Criado há quase 100 anos (o restaurante tem 114), o prato, carro-chefe do cardápio, levou o ponto tradicional na Lapa a receber 1 voto na categoria Cozinha, nesta edição do COMER & BEBER. No salão, isolado do mundo lá fora, enfeitado por quadros antigos que, paradoxalmente, retratam esportistas, os primeiros chopes (Brahma, R$ 5,90 a caldeireta) costumam ser acompanhados pelo bolinho de bacalhau (R$ 7,30), outra estrela local. O famoso cabrito aparece ainda no recheio do pastel (R$ 6,00) ou na porção de croquetes (R$ 24,00, dez unidades). Recém-chegada à equipe, a sommelière Danielle Ximenes trouxe vinhos nacionais para a carta predominantemente portuguesa. Da nova leva, peça o gaúcho Casa Venturini Reserva Tannat (R$ 86,00).

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Rio Scenarium: Apaixonado por antiguidades, o empresário Plínio Fróes contribuiu para a revitalização de uma via histórica da cidade, a Rua do Lavradio, brigando por melhorias urbanas e instalando por lá empreitadas como este seu maior bar. O casarão enfeitado com peças de antiquário é destino de grandes grupos de turistas, que vêm atrás da programação musical. Listadas nas redes sociais, as atrações ao vivo são de samba e forró, na maioria, mas também há dias dedicados a rock, pop e gafieira. Garrafas long neck de Heineken (R$ 11,70), Bohemia (R$ 11,50), Itaipava (R$ 10,70) e Therezópolis (R$ 16,00) disputam espaço com combos de vodca e energético ou suco, a preços que variam de R$ 249,00 a R$ 351,00. Bastante procurada, a caipirinha com a cachaça da casa sai por R$ 20,00. Mate a fome com petiscos como a chapa sabor do nordeste, que traz lâminas de carne de sol acebolada, aipim palito, cubos de queijo de coalho e farofa de manteiga de garrafa (R$ 49,00).

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