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Bernardo Costa e Silva, da Three Monkeys Beer, é o cervejeiro do ano

Sem medo de inovar, o carioca leva seus criativos rótulos aos melhores bares da cidade

Por Carolina Barbosa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 25 out 2021, 12h05 - Publicado em 22 out 2021, 06h00
Cervejeiro do ano
Bernardo Costa e Silva: o cervejeiro cria receitas com a precisão dos cálculos de um engenheiro, sua formação na faculdade (Tomas Rangel/Veja Rio)
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Foi durante um mochilão pela Europa que o universitário carioca Bernardo Costa e Silva descobriu-se apaixonado pelo universo da cerveja artesanal. Frequentador das chopadas da faculdade, ele nunca havia provado uma autêntica weissbier, ipa ou stout até aquela inesquecível temporada de férias, em 2008. “Voltei aficionado e passei a gastar praticamente todo o meu dinheiro em cerveja”, lembra o engenheiro civil de formação, que abandonou a profissão para estudar a bebida e conseguir preparar a própria birita. Com dois amigos, que viriam a se tornar sócios, Bernardo fez as primeiras experiências na cozinha de casa até colocar de pé a Three Monkeys Beer, hoje presente em torneiras e prateleiras de 1 200 pontos de vendas pelo Brasil, incluindo alguns dos melhores bares da cidade, como o Brewteco, o Quartinho Bar e o Meza Bar.

Cervejas
Rótulos da Three Monkeys Beer: criativos, bem executados e extremamente equilibrados (Tomas Rangel/Veja Rio)

Para esses locais, leva variedades criativas, bem executadas e extremamente equilibradas, seja nos barris de chope, em latas ou em garrafas. Entre as favoritas do público estão a Classic IPA, o carro-chefe, e apostas ousadas, como a Paranoid About Popcorn, uma russian imperial stout com pipoca, a Caramel Salé, com adição de caramelo e sal do Himalaia, além da Gazpacho (sim, com tomate e picles de pepino). “Tudo pode virar cerveja. Tendo como base os ingredientes principais, as possibilidades de incrementar as receitas são infinitas”, diz Bernardo, 35 anos, que coleciona mais de 120 criações desde que passou a se dedicar integralmente à produção da bebida. Certa vez, uma delas foi pousar nas mãos do mestre-cervejeiro da renomada Brooklyn Brewery, o americano Garrett Oliver, considerado um dos papas da área, que lhe escreveu um e-mail rasgando elogios. À frente da produção de 20 000 litros mensais, ele promete que não vai parar por aí. “Nosso lema é quebrar barreiras e evoluir”, conclui.

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