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Mistura perfeita

Sucesso no Leblon, quiosque chega a vender até 5 000 drinques por mês

Por Rafael Sento Sé
Atualizado em 5 dez 2016, 15h42 - Publicado em 7 mar 2012, 21h39
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  • Pacotes de biscoito empilhados no balcão, cocos pendurados do lado de fora e a indefectível vitrine com salgadinhos dormidos. A descrição se aplica à maioria dos estabelecimentos na orla do Leblon – salvo o Quiosque do Português, comandado pela dupla Manoel e Carlos Alves, pai e filho. Aberto há dez anos, o ponto se tornou parada obrigatória daqueles que apreciam uma boa caipivodca na cidade. A bebida faz tanto sucesso por ali que, durante os meses de verão, chegam a ser preparados 15?000 copos (para efeito de comparação, o Garota de Ipanema, muito procurado por turistas sedentos pelo coquetel brasileiro, serve uma média de 6?000). Eclética, a lista de clientes é recheada de nomes carimbados, incluindo desde o chef francês Claude Troisgros até estrelas do showbiz, como os atores Marcelo Serrado, Du Moscovis e Luana Piovani. Recentemente, o ponto ganhou uma chancela internacional e outro respeitável apreciador: o barman e especialista na preparação de drinques Tony Abou-Ganim, cujo último livro teve prefácio assinado pelo badalado chef Mario Batali, dono de alguns dos restaurantes mais conhecidos de Nova York. O mixologista lança em abril um guia com dicas dos melhores lugares do mundo para beber. O endereço do Leblon, em frente à Rua José Linhares, está entre eles. “Foi a melhor caipirinha que já provei em toda a minha vida”, declara.

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    Aparentemente simples de preparar, um bom drinque tem seus segredos. A qualidade dos ingredientes é o primeiro deles. Por isso, os donos do quiosque visitam três vezes por semana a Cadeg, onde chegam a comprar 2 toneladas de frutas a cada mês. Quando alguma delas se encontra na entressafra, eles saem em busca de alternativas. É o que acontece com a tangerina todo início de ano, época em que a versão nacional fica muito seca. Para não deixar de oferecê-la, a saída é encomendar exemplares importados, como os que vêm da Espanha, mais caros, porém com muito mais suco. Essa é apenas uma das dezoito variedades, que incluem raridades nos balcões cariocas, como amora e seriguela. Outro detalhe importante: cada fruta tem um ponto de corte específico, especialmente no caso das opções cítricas. O cuidado extra é justificado. Se o bagaço for parar dentro do copo, poderá amargar toda a bebida. Escolhido o sabor, o cliente tem à disposição quase trinta tipos de vodca, alguns raros. Da Holanda, por exemplo, vem a Van Gogh, aromatizada com café, e, da Suíça, a Xellent, produzida com água dos Alpes. A estrela da carta, no entanto, é a americana artesanal Tito?s, famosa por ter alcançado mais de 90 pontos no ranking da revista Wine Enthusiast. Assim fica difícil pedir água de coco na próxima caminhada pela praia.

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