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Mais de 120 endereços de bares que valem a visita no Rio

Da Zona Sul à Oeste, confira uma seleção diversa, com destaque para os locais com as melhores cachaças, empadas imperdíveis, feijoadas e dose dupla

Por Pedro Landim e Juarez Becoza
Atualizado em 30 nov 2022, 09h18 - Publicado em 17 nov 2022, 23h00

CENTRO E ARREDORES

Centro

Armazém Senado. Um dos bares mais antigos do Brasil, de portas abertas desde 1907, mantém até hoje aquele jeitão de mercearia de secos e molhados, coisa dos tempos em que os botequins também eram os nossos mercados. O cardápio simples de cervejas de casco geladas (a Brahma sai a R$ 12,00; a Original, R$ 14,00) ganhou o reforço de bons rótulos de cachaças nacionais. Para acompanhar, o ponto forte, há décadas, são as empadas clássicas, de massa podre, em sabores como palmito, frango e camarão (R$ 8,00 cada). As prateleiras ainda exibem latas de óleo, fósforos, biscoitos e caixas de leite. Nos últimos tempos, a programação musical acendeu os holofotes sobre o local. As rodas de samba de primeira atraem muita gente — até o prefeito Eduardo Paes já deu canja por lá. Avenida Gomes Freire, 256, Centro (ao lado do Labuta), ☎ 2509-7201 (40 lugares). 8h/21h (fecha dom.) https://www.instagram.com/armazem.senado. Aberto em 1907.

Bafo da Prainha. Ao ar livre, o bar com mesas na calçada, guarda-sóis, isopores de cerveja no chão, shows ao vivo na sacada e humor politizado inspirado no futebol transformou o “Largo da Prainha” em um dos locais mais famosos da cidade. Não à toa, virou ponto de encontro de cariocas e turistas. Premiado na categoria botequim no último VEJA RIO COMER & BEBER, a comida aqui não é mais convidativa que o ambiente, mas agrada em cheio o cupim de colher defumado no tambor de latão, servido na bandeja de alumínio com a “macarronese” da casa (R$ 79,90, para compartilhar). Outra dica, os palitinhos de “sacanagem”, com azeitona, ovo de codorna e tomate-cereja (R$ 13,00, seis) vão bem com a Original (R$ 16,00) e o gim-tônica de limão-siciliano e alecrim (R$ 28,00). O sucesso é tanto que Raphael Vidal, o dono, abriu alguns negócios ali mesmo. O mais novo é o Dois de Fevereiro, focado em frutos do mar. Largo de São Francisco da Prainha, 15, Saúde, ☎ 97279-6628 (192 lugares). 12h/0h (dom. até 22h; fecha seg.). https://www.bafodaprainha.rio. Aberto em 2021.

Beco do Rato. Uma das casas de samba mais tradicionais da cidade, o Beco, como é chamado carinhosamente pelos clientes fiéis, passou recentemente por uma reformulação no espaço e no menu. Os cascos de Brahma (R$ 14,00) e Heineken (R$ 17,00) ganharam a companhia de bons drinques, como o amor calmo, com suco de maracujá e xarope de gengibre (R$ 28,00). Na ala dos comes, o cupim com pão de alho e batata rústica (R$ 75,00) é imperdível. Clássico desde a inauguração, o pastel de angu recheado de carne-seca e catupiry (R$ 9,00) segue firme. Indicado na categoria melhor bar de roda de samba nesta edição de VEJA RIO COMER & BEBER, o local ganhou ainda mais notoriedade quando o baterista do Green Day se esbaldou por lá durante sua estada para o Rock in Rio. Rua Joaquim Silva, 11, Lapa, ☎ 2508-5600 (400 lugares). 18h/0h (seg. e qui. até 1h; sex. e sáb. até 2h; dom. 12h/21h). https://www.instagram.com/becodorato. Aberto em 2005.

Casa Omolokum. Acima da Pedra do Sal, as mesas na calçada e a laje que tem entrada pelo Morro da Conceição convidam a uma imersão na gastronomia e na cultura local. A especialidade da chef Leila Leão é a comida de terreiro, herdada das religiões de matriz africana. Portanto, aqui o dendê é um ingrediente mandatório. Os cardápios mudam toda semana em homenagem a um orixá. O omolokum, em reverência a Oxum, leva feijão-fradinho cozido, cebola e camarão defumado coberto de moqueca, acompanhado de arroz e farofa (R$ 80,00). De entrada, prove o acarajé recheado de vatapá, caruru, camarão e vinagrete (R$ 25,00). Entre os drinques autorais da Casa Odara, a caipnagô (R$ 20,00) é preparada com cachaça, limão, hortelã, gengibre e especiarias. No espaço coletivo funcionam ainda a livraria Casa da Árvore e um salão de cabeleireiro. Tome nota: em domingos alternados tem samba. Durante a semana, sob reserva, o reduto abre para grupos. Além de cozinhar, a chef palestra sobre a relação da casa e dos pratos com a história da região, parte do Circuito Pequena África. Lindo de ver. Axé! Rua Argemiro Bulcão, 51, Saúde, ☎ 97709-9962 (50 lugares). 13h/20h (fecha seg. a qui). https://www.instagram.com/casaomolokum. Aberto em 2017.

Cazota Bar. Após dois anos fechada, a casa de carnes reabriu em outro endereço, na Avenida Mem de Sá. No casarão de três andares, onde funciona um espaço cultural, a parrilla e as mesas ocupam o terraço. É o palco do argentino Uriel Arias para preparar carnes, legumes e sanduíches na brasa, ao lado de sua sócia e mulher, Natalie Mafra — responsável pela farofa espetacular que acompanha os grelhados. É difícil escolher entre as porções fartas de bife ancho (R$ 78,00) ou mignon suíno com abacaxi (R$ 60,00). Aos que não comem carne, tem o churrasco veggie (R$ 54,00), com legumes e vegetais da época. De entrada, o minissanduíche de pão de alho, linguiça e o delicioso chimichurri (R$ 18,00, para dois) é o carro-che­fe. No copo, caipirinha (R$ 24,00) e long neck de Heineken (R$ 12,00) estão entre as opções. Avenida Mem de Sá, 126, ☎ 99333-3139 (200 lugares). 17h/23h (sáb. 12h/18h; fecha dom. a ter.). https://www.instagram.com/cazotabar. Aberto em 2017.

Cine Botequim. Lá se vão mais de dez anos desde que o bar com decoração cinematográfica ousou explorar a então esquecida Rua Conselheiro Saraiva, ganhando admiradores de todos os cantos da cidade. Desde então, a empreitada enobreceu o endereço com seu cardápio liderado pelas fartas coxinhas e recheios inspirados no cinema. A “rambo”, de galinha com requeijão, é a campeã de bilheteria (R$ 10,00 a unidade), mas a lista de opções é extensa. Para aplacar a fome, a frigideira clint eastwood reúne carne, frango e calabresa acebolada ao molho madeira, tudo gratinado com mussarela (R$ 99,00, para dividir). Para beber, geladas como Heineken (R$ 16,00, 600 mililitros) e Eisenbahn (R$ 14,00, 600 mililitros). Rua Conselheiro Saraiva, 39, Centro, ☎ 2253-1414 (120 lugares). 12h/22h (seg. até 15h; fecha sáb. e dom.). https://www.instagram.com/cinebotequim. Aberto em 2010.

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Labuta Bar. De tímido, o estreito botequim do Centro não tem nada. Com pouco espaço no balcão e nas contadas banquetas, a freguesia tratou logo de se aboletar, seja em pé ou em cadeiras de praia, na calçada em frente ao imóvel, que também abriga o histórico Armazém do Senado. Na birosca, o chef Lucio Vieira, do Lilia, exibe todo o seu talento em forma de petiscos e PFs simples, mas deliciosos. O menu de almoço muda diariamente — e é atualizado nas redes sociais. Depois, entram em cena os tira-gostos, como porção de jiló (R$ 14,00), barriga de porco (R$ 24,00) e caldo de mocotó (R$ 17,00). Nos bebes, o labutônica (R$ 27,00) mistura cachaça de jambu saborizada, gengibre, tônica, limão e hortelã. O bar passou a servir café da manhã, de segunda a sexta, das 7h às 9h. Avenida Gomes Freire, 256, loja dos fundos (entrada pela Rua do Senado), Centro, ☎ 3148-2156 (9 lugares). 7h/9h e 11h30/19h (sáb. 11h30/19h; fecha dom.). https://www.instagram.com/labuta_bar. Aberto em 2020.

Estácio/Cidade Nova

Bar Sambódromo. Tudo começou na pandemia, com a criação de executivos para delivery, depois que o jovem Anderson Zoroastro, filho do cearense seu Norberto, assumiu a cozinha do velho boteco. A casa caiu nas graças dos boêmios antenados e, com a reabertura dos bares, a clientela foi renovada. Petiscos inventivos, caso da porção de língua de boi defumada e empanada (R$ 45,00) e do bolinho de batata recheado de barriga de porco defumada (R$ 27,00, três unidades), conquistaram o público. Tem feijoada de sexta a domingo (R$ 39,90, individual). Antes servido só às quartas, o delicioso arroz de polvo com bacon tor­nou-se hit e agora entra em cena todos os dias. Na ala etílica, a batida de coco com limão (R$ 7,00) já virou pedida obrigatória. Avenida Salvador de Sá, 77, Cidade Nova, ☎ 2293-6703 (42 lugares). 8h30/21h (sáb. e dom. 9h/20h). https://www.instagram.com/barsambodromo. Aberto em 1998.

Lapa

Bar Brasil. Para muitos cariocas, esta embaixada alemã serve o melhor chope do Rio. A razão é a serpentina, tão centenária quanto o bar, e tratada como um bibelô pelos donos, herdeiros dos fundadores. Após passar por ela, o Brahma (R$ 8,90 a tulipa) sai fresco, cremoso e gelado. No balcão refrigerado, as latas enfileiradas do patê de fígado Berna instigam a fome para as clássicas porções acompanhadas de pão preto (R$ 37,00). Eis o abre-alas para um amplo menu de delícias típicas, lideradas pelo kass­ler defumado (costeleta suína) com chucrute e salada de batatas (R$ 105,00, para dois). Mais discreto, mas igualmente memorável, o bolinho de carne de 300 gramas (R$ 32,00) é uma maravilha da culinária germânica, que, nestas praias, só indo lá mesmo para conhecer. Avenida Mem de Sá, 90, Lapa, ☎ 2509-5943 (50 lugares). 11h/0h (dom. 11h/18h; fecha seg.). https://www.restaurantebarbrasil.com.br. Aberto em 1907.

Santa Teresa

Armazém São Thiago. Vice-campeão na categoria tradicional, segundo os jurados de VEJA RIO COMER & BEBER, o reduto faz jus à deferência, mas não se acomoda na fama. Conhecido como Bar do Gomez (em homenagem a um dos antigos donos), o boteco, de origem espanhola, preserva como poucos o ambiente secular de armazém de secos e molhados. Ali, um público jovem e animado vai em busca do bolinho de batata-do­ce com gorgonzola e carne-seca (R$ 12,00), enquanto os boêmios veteranos preferem o bacalhau à negreira, desfiado no azeite (R$ 63,00). Da serpentina, o chope Brahma cremoso sai em caldeiretas (R$ 8,50) ou em jarras de 1 litro (R$ 40,00), modalidade pouco comum no universo dos botecos, mas que cai como uma luva para dividir. Rua Áurea, 26, Santa Teresa, ☎ 2232-0822 (50 lugares). 12h/0h (dom. até 22h). https://www.armazemsaothiago.com.br. Aberto em 1919.

Bar do Mineiro. No salão azulejado com peças da coleção de artes de Diógenes Paixão, o octogenário fundador natural de Carangola, os sotaques dos turistas se misturam ao “erre” arrastado dos cariocas. Há um evidente motivo: ali se encontram algumas das melhores receitas mineiras da cidade, vide os pastéis de feijão (R$ 41,00, dezoito unidades) e os bolinhos de jiló com linguiça (R$ 11,00 cada um). As pedidas são a companhia ideal para uma garrafa de Original estupidamente gelada (R$ 16,00, 600 mililitros) ou uma dose de Providência, entre as melhores cachaças da carta (R$ 12,00). Fomes mais abastadas podem ser contidas com a farta feijoada (R$ 135,00) ou com o pernil com feijão-tropeiro (R$ 115,00), ambos para dois. Experimente saboreá-los no terraço, com vista para o casario de Santa Teresa e para a Mata Atlântica. Rua Paschoal Carlos Magno, 99, Santa Teresa, ☎ 2221-9227 (60 lugares). 11h/17h (fecha seg.). https://www.instagram.com/bardomineiro. Aberto em 1989.

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Birosca. Aos pés de Santa Teresa, bem na divisa com a Glória, o chef Rodrigo Sant’Anna e a sócia Ligia Moraes dividem as mesas do salão no térreo e do terraço com um espaço cultural. Em meio às paredes de tijolos aparentes e luzes de gambiarras, pode-se provar e aprovar os croquetes de moela com mostarda fermentada na cerveja (R$ 23,00 a dupla) e a sensacional porção de guioza de barriga de porco com picles de maxixe (R$ 43,00, cinco unidades). Na ala vegetariana, imperdível é a quesadilla de cogumelos grelhados (R$ 39,00). Para beber, o gim-tônica com frutas tropicais (R$ 28,00) e a cerveja Hocus Pocus Orange (R$ 27,00, 500 mililitros) estão entre os mais pedidos. Fica a dica: toda quinta tem música ao vivo na laje. Rua Benjamin Constant, 115 (fundos), Santa Teresa, ☎ 99228-1071 (40 lugares). 17h/22h (sáb. a partir das 13h; dom. 13h/21h; fecha seg. e ter.). https://www.instagram.com/biroscarj. Aberto em 2021.

Explorer Bar. Fundado por três amigos estrangeiros, o charmoso bar funciona no terraço de um casarão histórico que abriga um hostel. Não à toa, aqui, a aposta é na gastronomia internacional, tanto nos petiscos quanto nos coquetéis. Para forrar o estômago, o bife ancho cortado na ponta da faca com mostarda de Dijon, salsa, cebola e azeite (R$ 53,00) é uma dica certeira. Faz sucesso também o prato de frutos do mar salteados na manteiga e páprica, com batatinhas douradas em flor de sal (R$ 58,00). Para beber, o refrescante drinque de cachaça Magnífica com caju, suco de limão gaseificado e xarope de baunilha (R$ 32,00) é excepcional. Na happy hour, de segunda a sexta, entre 17h e 20h, a dose dupla de drinques selecionados pela casa sai a R$ 40,00. Rua Almirante Alexandrino, 399, Santa Teresa, ☎ 3264-9665. (65 lugares). 17h/0h (sáb. 9h/1h; dom. 9h/23h; fecha seg.). https://www.explorerbar.com. Aberto em 2017.

ZONA NORTE

Cachambi

Cachambeer. No ano em que celebra duas décadas de ótimos serviços prestados, o endereço, declarado pela prefeitura Patrimônio Cultural Carioca, foi eleito um dos melhores botequins da cidade pelo júri de VEJA RIO COMER & BEBER. A empreitada de Marcelo Novaes segue firme com a costela bovina assada no bafo à perfeição (R$ 163,90, para dois) e o infarto completo (R$ 162,90), misto de torresmo, aipim, coração de galinha, linguiça, carne de sol, farofa e manteiga de garrafa para quatro pessoas se deliciarem. No entanto, o menu exibe boas novas (e mais comedidas). É o caso do pastel de camarão com catupiry (R$ 10,20) e da versão de pancetta com mel e mostarda (R$ 8,40). No rol das bebidas, sobressaem o chope Brahma (R$ 7,99 a caldeireta) e as batidas de coco, amendoim, abacaxi e pistache (R$ 20,90, 200 mililitros). Rua Cachambi, 475, Cachambi, ☎ 3042-1640 (120 lugares). 17h/0h (sáb. 12h/0h; dom. 12h/18h; fecha seg.). https://www.instagram.com/cachambeer. Aberto em 2002.

arte Bares

TasteLab NorteShopping. Inaugurado em 2020 com a proposta de unir gastronomia de primeira com os confortos de um grande shopping, o complexo acaba de ganhar uma varanda a céu aberto. Além das operações Do Batista, fiel escudeiro de Claude Troisgros, da casa de bolinhos da chef Kátia Barbosa e de outras atrações que estão lá desde o início, neste ano chegaram o sushi-bar Kentaro e a irreverente Cobra Pizza, com o popular cachorro-quente feito com massa de pizza (R$ 18,00). No T.T. Burger, agora dá para provar criações do chef Thomas Troisgros para as marcas Tom Ticken (de sanduíches de frango), Três Gordos (smash burgers) e Marola (burgers de peixe). Outro recém-chegado, o Sancho serve sanduba crocante de mignon (R$ 53,90) com alface e maionese da casa no pão de leite. A última novidade acabou de aportar por lá: uma filial do espanhol La Plancha, que tem as paellas como protagonistas. NorteShop­ping, Cachambi, ☎ 3315-4300 (160 lugares). 11h/23h (sex. e sáb. até 0h). → https://www.instagram.com/tastelab_norteshopping. Aberto em 2020.

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Quintal do Stuart. Mais novo integrante do nascente polo gastronômico da Rua Cachambi, o negócio de Rodrigo Stuart e sua família segue a linha da comida sem miséria, inaugurada há duas décadas pelo vizinho Cachambeer. Num imenso e agradável quintal sombreado e pavimentado, os barris de chope comum são tratados com cuidado para que as tulipas de Heineken (R$ 9,99), Amstel (R$ 7,50) e Brahma (R$ 8,10) saiam à perfeição para a turma. Entre um gole e outro, bolinhos de feijão-branco com camarão são uma boa dica (R$ 9,90 a unidade). Mas são as carnes na parrilla que matam fomes mais abastadas, como a fraldinha com queijo parmesão gratinado, escoltada de farofa de ovos e batata frita (R$ 125,00, para dois). Nove opções de caipirinha (R$ 22,00) e cinco de gim-tônica (R$ 30,00) completam a festa no céu, ou melhor, no quintal. Rua Cachambi, 438, Cachambi, ☎ 97675-2511. (150 lugares). 18h/0h (sáb. a partir das 12h; dom. 12h/18h; fecha seg. e ter.) https://www.instagram.com/quintaldostuart. Aberto em 2022.

Tô Careca de Saber. Xará do humorista que morreu neste ano, o José Soares deste bar não é de fazer muita piada. Ele leva seu botequim, que começou como um trailer e hoje domina quase um quarteirão na Rua Cachambi, muito a sério. O lugar reú­ne, inclusive, algumas das maiores paixões da Zona Norte: chope (R$ 7,00 a tulipa), churrasco e papo ao ar livre, com padrão de qualidade acima da média. Os comensais podem escolher as carnes, frescas e bem temperadas, para assar na brasa ou pré-prontas no bafo — como a costela, que demora sete horas (R$ 89,90, para dois). Para abrir os trabalhos, decida entre o pastel de jiló com linguiça (R$ 8,50 a unidade) e os croquetes de costela (R$ 27,00, com quatro). Outra caprichada sugestão traz uma tábua de carne de sol com cebola-roxa e aipim (R$ 69,90, para até três) no capricho. Rua Cachambi, 394, Cachambi, ☎ 98314-7817 (50 lugares). 18h/0h (sáb. a partir das 11h; dom. 11h/16h; fecha seg.) https://www.instagram.com/tocarecadesaberoficial. Aberto em 2018.

Grajaú

Boteco do Raoni. Poucos donos curtem tanto o próprio estabelecimento quanto Raoni. Miúdo, mas muito bem localizado, o bar abriga bebedores de cerveja artesanal, praticantes de jogos de tabuleiro, amantes de rock’n’roll e pets. O aviso constante — “proibimos apenas a entrada de pessoas chatas” — já virou marca registrada do lugar, tanto quanto as torneiras de chope sempre atualizadas com novidades, e geladeiras carregadas com mais de 100 rótulos de cerveja. Um dos destaques é a Trooper (R$ 28,00, 473 mililitros), uma ipa com cacau da Bodebrown em parceria com a banda Iron Maiden. Para beliscar, as dicas são a dupla de croquetes de queijo Canastra e farofa de bacon (R$ 18,00), e o kibechinha, uma inventiva mistura de massa de quibe com recheio de coxinha de frango com catupiry (R$ 19,00, quatro unidades). Rua Barão de Mesquita, 965, loja B, Grajaú, ☎ 3570-6162 (80 lugares). 11h/23h (seg. 17h/23h). https://www.instagram/botecodoraoni. Aberto em 2018.

Enchendo Linguiça. Graças a este reduto, eisbein (joelho de porco assado e pururucado) deixou de ser comida de restaurante alemão na cidade para se tornar tira-gosto comum em bons botequins. Na versão da casa, o prato vem com duas guarnições à escolha (R$ 103,00, para três). O joelho também entra no recheio do pastel (R$ 10,00) e do sanduíche no pão francês (R$ 26,00). Atração desde a abertura, as linguiças croc, feitas na casa e envoltas por batatas chips (R$ 52,00 a meia-por­ção), são espetaculares. Descem bem com o chope Brahma (R$ 8,50) e cervejas de 600 mililitros, a exemplo da Original (R$ 14,00) e da Heineken (R$ 18,00). Avenida Engenheiro Richard, 2, Grajaú, ☎ 2576-5727 (68 lugares). 11h/0h (sex. e sáb. até 1h; dom. até 21h; fecha seg.). https://www.enchendolinguica.com.br. Aberto em 2006.

Santo Remédio. Desde que migrou para um endereço mais espaçoso, em 2017, o estabelecimento perdeu os ares de boteco caseiro e ganhou tração como um autêntico gastrobar, mantendo a tradição da comida popular tradicional, baseada na agricultura familiar. Nas mãos da família Bezerra, o amarguinho jiló é trabalhado com máxima criatividade. O ingrediente estrela versões como a flambada na cachaça com calabresa acebolada (R$ 25,00), a empanada no parmesão (R$ 53,00, para compartilhar) e a consagrada porção amo ela qui nem jiló (R$ 62,00). Vencedor do Comida di Buteco em 2015, o petisco é servido com moela no molho e chutney de manga. Para molhar o bico, as opções vão de tulipa de chope Brahma (R$ 7,90) a batida de maracujá com pimenta (R$ 9,00 a dose). Rua Barão de Mesquita, 922-A, Grajaú, ☎ 3217-3515 (80 lugares). 11h30/23h (sex. e sáb até 0h; dom. até 18h; fecha seg.). https://www.barsantoremedio.com. Aberto em 2011.

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Maracanã

Bar do Bode Cheiroso. Tocado pelo vascaíno Leonardo Soares, mais conhecido como Lelê, o negócio leva a fama de um dos melhores botequins da cidade por seu cardápio sem frescuras, repleto de maravilhas da gastronomia popular feitas com muita qualidade. Eis o caso do afamado torresmo em barra (R$ 16,00), eleito um dos melhores petiscos da cidade nesta edição de VEJA RIO COMER & BEBER. É também oferecido cortado (R$ 17,00) ou em dadinhos (R$ 18,00). Tira-gos­tos de respeito, aliás, não faltam no local, vide o ragu de rabada com queijo e pesto de agrião, propriamente batizado de junto e misturado (R$ 30,00). Outro exemplo é o grande encontro (R$ 32,60), creme de aipim com queijo de coalho, carne-seca e farofa de torresmo. Na hora de molhar a garganta, cachaças, drinques e cervejas de casco, como Original (R$ 14,00) e Serramalte (R$ 15,00). Rua General Canabarro, 218, Maracanã, ☎ 2568-9511 (40 lugares). 11h/22h (dom. até 18h; fecha seg. e ter.). https://www.instagram.com/bardobodecheiroso. Aberto em 1945.

Praça da Bandeira

Bar da Frente. Numa possível eleição pelo melhor croquete do país, o bar, criado pela saudosa Valéria Rezende ao lado da filha, Mariana, à frente do negócio, seria um forte candidato. É que o salgado de carne assada (R$ 28,90, três unidades), de consistência perfeita (nem tão cremoso, nem seco), é pedida obrigatória, ao lado dos consagrados harumakis de costela suína com requeijão de ervas, os porquinhos de quimono (R$ 31,80, três unidades), marca registrada local. O cardápio, aliás, é um tanto divertido. Na ala das novidades, como não experimentar o beijo grego (R$ 22,90)? Trata-se de uma dupla de bolinhos de língua com rabo de boi. Para beber, não faltam opções na geladeira. A cerveja Ramal 33 — marca exclusiva em dez bares icônicos da cidade — sai por R$ 16,90 a garrafa (600 mililitros). Tem também casco de Original (R$ 13,90) e uma boa seleção de artesanais fluminenses. Rua Barão de Iguatemi, 388, Praça da Bandeira, ☎ 2502-0176 (30 lugares). 12h/22h (dom. até 17h; fecha seg. e ter.). https://www.instagram.com/bardafrente. Aberto em 2009.

Costelas. Há um ano, a empreitada do ex-ban­cário Rodrigo Mendes se mudou da garagem da casa da família, no Estácio, onde ganhou fama, para integrar o polo gastronômico da Praça da Bandeira. Xodó antigo, as pipocas de porco (R$ 21,00), torresminhos de barriga crocantes e temperados, conti­nuam no cardápio, junto à porção de costelas bovina e suína assadas na churrasqueira com fritas rústicas (R$ 105,00). Coração de galinha (R$ 44,00) e o bolinho de arroz à piamontese com recheio de carne ao molho madeira (R$ 59,00, seis unidades) são recém-chegados. Às quartas e quintas, por R$ 69,90 por pessoa, tem rodízio de espetinhos de queijo de coalho, carne, salsichão, cafta e cogumelos — come-se à vontade a partir das 17h. Do bar, saem caipirinhas (R$ 22,00 a R$ 24,00), gim-tônica de maracujá, manga e pimenta-rosa (R$ 34,00) e chope Brahma (R$ 8,60). Rua Barão de Iguatemi, 408, Praça da Bandeira, ☎ 95101-8383 (55 lugares). 11h30/23h (ter. e dom. até 17h; fecha seg.). https://www.instagram.com/costelasnabrasa. Aberto em 2016.

Dida Bar e Restaurante. O objetivo de compartilhar saberes e valores africanos pela culinária foi alcançado com sucesso por Dida Nascimento e sua família. Tanto é que o empreendimento, agora no casarão onde nasceu o Aconchego Carioca, transfor­mou-se recentemente em espaço multicultural e virou referência em gastronomia de raízes pretas na cidade. Promovido quinzenalmente, às quartas, o jantar africano (R$ 70,00), com receitas inspiradas em três lugares do continente, é um show à parte. Do menu fixo, um dos clássicos para petiscar é a cestinha de hauçá (R$ 32,00), bolinho de arroz recheado de camarão e carne-seca. Para acompanhar, drinques da carta elaborada por William Barão, como o dawa, combinação de gim, mate da casa, limão-taiti e espuma de gengibre (R$ 28,00), chope Brahma (R$ 8,00) ou vinhos da África do Sul. Atenção: terça é dia de dose dupla de gim e às quartas tem roda de samba no espaçoso quintal ao ar livre. Rua Barão de Iguatemi, 379, Praça da Bandeira, ☎ 2504-0841 (90 lugares). 12h/21h (qua. e dom. até 17h; fecha seg. e ter.). https://www.instagram.com/didabar.erestaurante. Aberto em 2015.

Noo Cachaçaria. Já imaginou tomar café da manhã numa cachaçaria? Aqui é possível, sempre aos domingos, das 9h às 13h, no bufê liberado (R$ 65,00), que já virou sucesso: misto-quente, pão de queijo, salada de frutas, milho cozido, bolo, waffle e ovos estão entre os itens. Para calibrar, a dose das famosas batidas artesanais, como a de açaí com melado, custa R$ 10,00. Escolhidos a dedo, cerca de cinquenta rótulos de primeira podem ser degustados em copinhos ou na seleção de drinques clássicos e autorais. Nessa última categoria está o alecrim dourado (R$ 24,00), que mistura o perfume da erva a cachaça, tangerina, suco de laranja e calda de açúcar. Na ala dos beliscos, um dos preferidos é o bolinho de cucuruqui, feito de tapioca, queijo e linguiça (R$ 32,00, seis unidades). Rua Barão de Iguatemi, 358, Praça da Bandeira, ☎ 99726-8608 (45 lugares). 12h/23h (dom. 9h/17h; fecha seg. e ter.). https://www.instagram.com/noocachacaria. Aberto em 2015.

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Tijuca

Bar do Momo. O prestigiado bar tijucano foi eleito neste ano pelo júri de VEJA RIO COMER & BEBER o segundo melhor bom e barato do Rio. Nada mais justo, afinal, lá são servidas delícias sofisticadamente simples, como o farol de milha, carne assada mergulhada em piscina de seu próprio molho encimada por ovo frito (R$ 40,00), um espetáculo. O sensacional bolinho de arroz, com recheios variados (R$ 9,00 a unidade), é a joia da coroa do Momo, seguido pelo bolovo caprichadão no bacalhau (R$ 16,00) e a moela (R$ 35,00). Tudo pensado pelo talento da família Laffargue, que tem no chef Toninho seu maior expoente, graças ao DNA do patriarca Tonhão. Para beber, cervejas de garrafa de 600 mililitros da Ramal 33 (R$ 18,00), Spaten (R$ 15,00) e as celebradas batidas de coco, maracujá e gengibre (R$ 10,00 cada uma). Rua Espírito Santo Cardoso, 50, Tijuca, ☎ 2570-9389 (80 lugares). 12h30/22h (dom. até 17h30; fecha ter.). https://www.instagram/bardomomooficial. Aberto em 1972.

Baródromo. Há males que vêm para o bem, como diz o provérbio. O fechamento da casa na Lapa, por causa da pandemia, deu um gás ao novo endereço, em frente à Praça Niterói, reforçando sua vocação para sediar grandes festas. Nos fins de semana, sobretudo em dias de jogo no Maracanã, o bar leva sua alegria para a praça, com animadas rodas de samba. No salão decorado com referências aos históricos desfiles carnavalescos, o cardápio também homenageia bambas da folia, vide o delicioso croquete de rabada batizado de neguinho (R$ 9,00) e a coxinha de moela com queijo laíla (R$ 9,00). A porção de torresmo de pancetta (R$ 36,00) é um abre-alas nota 10. Entre os drinques “apoteóticos”, o explode coração leva vodca, Campari, purê de morango, xarope de baunilha e espuma de frutas com pimenta (R$ 26,00). Rua Dona Zulmira, 41, Maracanã (200 lugares). 17h/0h (sex. até 1h; sáb. 12h/1h; dom. 12h/22h; fecha seg.). https://www.instagram.com/barodromo. Aberto em 2021.

Bar Xavier. O botequim ocupa o ambiente onde funcionou por meio século o Bar do Manel — já há quatro anos sob o comando do tijucano Felipe Machado. Cria da região, ele deu carta branca ao filho, o chef Cezar Cavaliere, para vestir à sua maneira receitas típicas dos melhores botecos da cidade. Expoente da gastronomia carioca com passagens por cozinhas renomadas, ele serve acepipes bem-feitos e com preço justo neste autêntico pé-sujo familiar. Empadinhas de queijo ou frango (R$ 8,00 cada uma) e porções de quiabo grelhado com farofa e vinagrete (R$ 17,00) fazem a alegria da clientela. As mesas dispostas na “Praça dos Cavalinhos” são um charme à parte e já compõem a paisagem. Lá, também são servidos os croquetes de carne (R$ 6,50 a unidade) e a suculenta carne assada (R$ 31,00), com molho de fundo de panela, cebolinhas caramelizadas e farofa da casa. No copo, cervejas de garrafa geladas (R$ 10,00 a Brahma; R$ 15,00 a Heineken, entre outras) e doses de cachaça artesanal (R$ 8,00). Praça Xavier de Brito, 6, Tijuca, ☎ 99896-4562 (32 lugares). 17h/0h (sáb. a partir das 12h; dom. 12h/18h; fecha seg.). https://www.instagram.com/botequimxavier. Aberto em 2018.

Da Gema. Poucos bares de sucesso ocupam um lugar tão improvável quanto este: uma antiga oficina mecânica, ao lado de um quartel da Polícia Militar. Mas quem visita a casa pela primeira vez é logo fisgado pelos pecados gastronômicos que a “musa das panelas” Luiza Souza e Leandro Amaral, seu sócio, oferecem a clientes fiéis e eventuais. Para compartilhar, a costelinha de porco atolada na geleia de pimenta (R$ 57,00) é um clássico, assim como a polentinha com queijo (R$ 30,00). Inacreditável de tão boa, a lasanha de jiló (R$ 16,00) é mais adequada para devorar individualmente. Na parte etílica, a caldeireta de chope Brahma (R$ 7,50) e garrafas grandes de Original (R$ 12,00) e Serramalte (R$ 15,00) matam a sede. Rua Barão de Mesquita, 615, Tijuca, ☎ 3548-0857 (60 lugares). 17h/23h (sáb. a partir das 11h; dom. 11h/17h; fecha seg.). https://www.instagram.com/bardagema. Aberto em 2009.

Salete. A icônica casa tijucana acaba de completar 65 anos de ótimos serviços prestados à boemia. Sob a direção de Silvia e Katia, filhas do fundador, Manolo, o estabelecimento resiste ao tempo e mantém intacta a receita das premiadas empadas, feitas com banha de porco, que derretem na boca. Além dos clássicos recheios de frango (R$ 7,60), camarão (R$ 8,50) e palmito (R$ 7,50), o hit local é encontrado na versão doce, de maçã com toque de canela (R$ 7,30). Para uma refeição mais robusta, o risoto de camarão (R$ 138,00), preparado do mesmíssimo jeito desde 1957, traz um aviso no cardápio: não é feito com arroz arbóreo. Entre as novidades, tem polvo ao vinagrete com torradas (R$ 90,00). Nas bebidas, pode-se escolher entre chope Brahma (R$ 8,90) e Sulamericana (R$ 9,20) e garrafas de 600 mililitros de Original (R$ 15,00) e Heineken (R$ 17,00). Rua Afonso Pena, 189, Tijuca, ☎ 2264-5163 (170 lugares). 9h/22h (sex. até 23h; sáb. e dom. até 20h). https://www.instagram.com/restaurantesalete. Aberto em 1957.

ZONA OESTE

Barra

Bar do Zeca Pagodinho. O bar que homenageia o sambista mais boêmio do país fez tanto sucesso que virou ponto turístico e ganhou mais duas unidades. Com comida de boteco, cerveja gelada e bons drinques, a rede tem programação musical intensa. Nos palcos, recebe diariamente nomes como Xande de Pilares, Leandro Sapucahy e Grupo Arruda. O cardápio, assinado pelo craque Toninho Laffargue, do Bar do Momo, lista gostosuras como a panelinha de moela ao molho de vinho tinto (R$ 35,00) e o bolovo de pernil (R$ 15,00). Aos sábados e domingos, a boa é se entregar ao caprichado baião de dois (R$ 40,00). Os sedentos podem beber chope Brahma (R$ 11,00), garrafa de Spaten (R$ 18,50) ou um dos drinques criados pelo mixologista Dom Colombia. Nesse último time, o explosão do zeca (R$ 55,00), à base de gim, morango e limão, é um sucesso. Shop­ping Vogue Square, Barra, ☎ 3030-9097 (300 lugares); Shopping ParkJacarepaguá (260 lugares); Praia do Flamengo, 20 (130 lugares). 18h/0h (sex. 12h/2h; sáb. 12h/3h; dom. a partir das 12h). https://www.instagram.com/bardozecapagodinho. Aberto em 2018.

dB House. Com foco nas carnes, a casa, que surgiu na Taquara, cresceu e apareceu, com filiais no Vogue Square e no VillageMall, onde acaba de pousar. Repaginada, a matriz virou o dBzinho, com ambiente mais descontraído, preços acessíveis e exclusividades no menu, a exemplo do croquete de linguiça com queijo (R$ 26,90, quatro unidades). Em todos os endereços, é possível provar a deliciosa pancetta à pururuca (R$ 59,00), barriga de porco campeã na categoria melhor torresmo em VEJA RIO COMER & BEBER do ano passado. Da brasa saem cortes como a porção de 250 gramas de baby beef (R$ 99,00), escoltada de uma guarnição que pode ser farofa de banana ou vinagrete. Para beber, tem chope Brahma (R$ 10,90) gelado e drinques. Não deixe de pedir o sensacional bolo de chocolate quentinho para compartilhar (R$ 36,00). Rua Januário Barbosa, 270, Taquara, ☎ 3507-3541 (100 lugares). 18h/23h (sex. e sáb. a partir das 12h; dom. até 18h; fecha seg.); Shopping Vogue Square, Barra, ☎ 97303-6105 (45 lugares). 12h/23h (dom. até 18h; fecha seg.); Shopping VillageMall, Barra (88 lugares). 12h/23h. → https://www.instagram.com/dbhouse_. Aberto em 2019.

Mercado de Produtores Uptown. Mais de quarenta operações, entre comidinhas, bares, restaurantes e até peixaria, compartilham um bloco inteiro do shopping na Barra. O Katita, da chef Kátia Barbosa, divide espaço com o veterano Ceviche da Fabi e suas variações do prato peruano, como o de coco (R$ 38,00), feito com a polpa da fruta fresca, leite de tigre, cebola-roxa, coentro e pimentas de cheiro e dedo-de-moça. No Barsa, com matriz no Cadeg e filial na área externa, chamada “Baixo Uptown”, o recém-chegado camarão empanado na massa de bolinho de bacalhau (R$ 13,00), servido com delicioso molho de azeitonas portuguesas, merece atenção. Para ajudar a descer as escolhas, a cervejaria Tio Ruy dispõe de doze torneiras abastecidas por receitas próprias e de outras marcas. O refrescante chope apa sai a partir de R$ 9,00 (200 mililitros). Workshops, invasões gastronômicas e oficinas infantis completam a lista de atrações. Avenida Ayrton Senna, 5500, bloco 12 (Uptown Barra), ☎ 3030-5500 (1000 lugares). 11h/0h (dom. 12h/22h). https://www.uptownbarra.com.br. Aberto em 2017.

Vizinho Gastrobar. Qual é o seu tipo de coquetel? Mais cítrico? Frutado? Amargo? A carta da superpremiada bartender Jéssica Sanchez vai ajudá-lo a entender melhor os sabores que mais lhe agradam. Se a descrição não for suficiente, é só pedir mais explicações para a turma do balcão. De decoração simples e elegante, o espaço tem paredes de vidro e balcão convidativo. Deixe-se cativar pelo acabou a espuma (R$ 34,00), com vodca, xarope de tutti-frutti e óleo de limão-siciliano. Ou viaje pelos sabores do aveludado trem das onze (R$ 32,00), que reúne cachaça branca, calda de camomila, limão e um toque de Fernet. Aproveite a happy hour com moscow mule, aperol e gim-tônica por R$ 25,00 (de domingo a quinta a noite toda; sextas e sábados até as 20h30). Para saciar, há petiscos como guacamole (R$ 36,00) e pizzas de longa fermentação a partir de R$ 56,00 (25 centímetros). Shopping Vogue Square, Barra, ☎ 97154-0841 (140 lugares). 18h/0h (qui. 19h/1h; sex. e sáb. 19h/2h). → https://www.instagram.com/vizinhogastrobar. Aberto em 2016.

Jacarepaguá

Art Chopp. Mais parece uma extensão da casa dos donos, o casal Diogo Freitas e Kelly, aberta para o público se fartar de comer, beber e se divertir. Eis o espírito do negócio, em que logo na entrada chama a atenção o pit de defumação, de onde saem carnes no bafo, defumadas em macieira, especialidade que o dono foi aprender nos Estados Unidos. Pratarraz de respeito, capaz de alimentar quatro pes­soas, o cupim chega à mesa com arroz, farofa, fritas e cebola (R$ 165,90). A mesma carne recheia o farto pastel com mussarela (R$ 9,50 a unidade), apropriadamente chamado de “oitava maravilha” por lá. Das geladeiras saem garrafas de 600 mililitros de Beck’s (R$ 17,00), Original e Spaten (R$ 15,00 cada uma). Mas o maior orgulho é o chope Brahma, lógico, sempre gelado e cremoso (R$ 7,50). Estrada Macembu, 63, Taquara, ☎ 3486-6493 (223 lugares). 17h/0h30 (sáb. a partir das 12h; dom. 12h/23h30). https://www.instagram.com/artchopp. Aberto em 2011. Peça no ifood

ZONA SUBURBANA

Benfica

Velho Adonis. Visitar este patrimônio cultural é imergir no espírito do subúrbio lusitano carioca. Com um mix de pratos que varia dos mais genuinamente portugueses aos 100% brasileiros, como o bacalhau na cataplana (R$ 130,00, para dois), às quintas, e o angu à baiana com miúdos (R$ 85,00), aos sábados, tudo é muito bom. Desde que foi adquirido pelo ex-sommelier e empresário João Paulo Campos, o botequim mantém uma trajetória de qualidade. Não por acaso está entre os destaques na categoria melhor tradicional deste VEJA RIO COMER & BEBER. Acompanhado do chope Brahma (R$ 8,20), tirado à perfeição da serpentina de cobre de 90 metros, a turma se esbalda com morcela assada na bagaceira (R$ 50,00), porção de tremoços e azeitona (R$ 23,00) e petiscos emblemáticos como a espetacular cumbuca de polvo com bacon (R$ 53,00) e a versão com açorda de bacalhau (R$ 50,00). Aos que preferem vinho, português, é claro, a garrafa do Dão Meia Encosta sai a R$ 90,00. Rua São Luiz Gonzaga, 2156, Benfica, ☎ 2026-4186 e 96514-1361 (120 lugares). 10h/23h (dom. 9h/18h; fecha seg.). https://www.instagram.com/velhoadonis. Aberto em 1952.

arte Bares

Zinho Bier. Foi-se o tempo em que o reduto se orgulhava de ser o pioneiro das costelas no bafo no Rio. Apesar de o prato (R$ 149,00, para dois) ainda reinar como carro-chefe, o bar vem se diversificando — e se capilarizando — nos últimos três anos. Além da sede, em Benfica, há uma cozinha para delivery na Barra, com opções de hambúrgueres e steaks, além de criações autorais que já agradam, como o boi ovo (R$ 11,00), uma tentação de bolovo com pura costela desfiada. A seleção de bebidas também é criteriosa. Há desde caldeireta de chope Brahma (R$ 7,90) a canecas zero grau (R$ 9,80), passando por rótulos artesanais, e drinques como o besouro suco, de autoria do influenciador e botequeiro Marcos Bonder (conhecido como Bond Buteco), à base de Campari, cachaça e limão-si­ciliano (R$ 21,00). Rua São Luiz Gonzaga, 2330, Benfica, ☎ 3556-8310 (224 lugares). 11h/16h (qui. a sáb. até 23h; dom. até 18h). → https://www.instagram.com/restaurantezinhobier. Aberto em 1998.

Jacaré

Casa do Galeto. Trata-se do negócio primogênito de João Paulo Campos, do Velho Adonis, que o chama de birosca do Jacaré. Sempre repletas de clientes que viraram amigos, ou vice-versa, as mesas na calçada são convidativas para tomar vários chopes gelados na tulipa (R$ 7,50) ou na caneca zero grau (R$ 8,50) e jogar conversa fora, saboreando o galeto à passarinho com azeitonas (R$ 23,00), hit local. Pratos e petiscos a preços acessíveis chegam à mesa, caso do galeto à campanha (R$ 55,00), servido com arroz, batata frita, farofa e molho; e de outros sucessos preparados com o carro-chefe. Nessa última seção figuram a porção de bolinho de galeto com queijo parmesão (R$ 25,00, dez unidades) e o jiló ao molho branco com frango desfiado (R$ 22,00). Rua Lino Teixeira, 304, Jacaré, ☎ 3648-0057 (150 lugares). 9h/23h30 (sex. e sáb. até 0h; dom. até 22h; fecha seg.). https://www.instagram.com/casadogaleto. Aberto em 2011.

MARIA DA GRAÇA

Bar da Amendoeira. Os cobogós amarelos e pretos originais chamam atenção, mesmo de quem não faz ideia do que se trata. Poucos botequins no Rio conservam tanto o charme de sua arquitetura dos anos 1960 quanto este. A casa, que já foi ponto de roda de samba cheia de famosos e dona de alguns dos melhores bolinhos da cidade, continua atraindo uma gama de admiradores, ávidos pelo chope Brahma gelado (R$ 9,00 a caldeireta), servido à sombra da velha e frondosa árvore. Eles também vão em busca da porção de carne-se­ca em cubos (R$ 30,00), mergulhada na farinha, e dos históricos bolinhos de vagem (R$ 3,00 a unidade). No almoço, o contrafilé à parmigiana (R$ 33,00), e o frango à milanesa (R$ 24,00), com três guarnições à escolha, são os mais populares. Rua Conde de Azambuja, 881, lojas A e B, Maria da Graça, ☎ 2501-4175 (30 lugares). 7h/19h (ter. até 0h; qua. até 22h; qui. e sex. até 0h; fecha dom.). https://www.instagram.com/bardaamendoeira01. Aberto em 1962.

Ramos

Bar da Portuguesa. Oásis suburbano, fresco e arborizado com uma cozinha fora da curva. Adornado com a estátua de Pixinguinha, que foi vizinho e antigo frequentador, a cozinha de dona Donzília e dos filhos Paulo e Cristiane Gomes atrai cariocas dos quatro cantos da cidade em busca de afamados petiscos, como a imperdível fritada de bacalhau (R$ 75,00, para dividir) com azeitonas. Aos sábados, as atrações principais são as sardinhas fritas (R$ 6,00 a unidade), as melhores do Rio, e os tenros torresmos de barriga dominam os domingos (R$ 4,50 a unidade). Dos freezers espalhados pelo salão e pelo depósito saem cascos trincando de Original (R$ 13,10), Brahma (R$ 11,20) e Spaten (R$ 14,80). Rua Custódio Nunes, 155, loja D, Ramos, ☎ 3486-2472 (50 lugares). 17h/23h (sex. até 0h; sáb. e dom. 11h/18h; fecha seg.). https://www.instagram.com/bar_da_portuguesa. Aberto em 1968.

Vila da Penha

Adega Duas Nações. Referência boêmia na região, o bar funciona como um ponto de encontro de famílias inteiras e clientes veteranos, que apoiam os cotovelos por lá desde os anos 60. Tocado por Manuel Barreira e Diego Val, é parada obrigatória para um chope gelado (R$ 8,00) com bolinho de bacalhau virado (R$ 6,00). Do braseiro, especialidade da casa, saem galeto simples (R$ 32,00) e bacalhau imperial (R$ 209,00, para dois), acompanhado de refogado de cebola, camarão e azeitona com batatas coradas, pimentão, tomate e ovo. O jiló recheado com carne-seca e queijo (R$ 8,00) é uma das novidades do menu. Próximo às festas de fim de ano, os fregueses se apinham com a desculpa de buscar a massa do bolinho de bacalhau (R$ 85,00) ou os salgadinhos fritos (R$ 130,00), com azeitonas, encomendados por quilo na véspera. Aos que gostam, impossível sair sem provar a dose de limão da casa (R$ 8,00), com gim, vodca e cachaça. Avenida Vicente de Carvalho, 995, Vila da Penha, ☎ 3391-1455. (100 lugares). 10h/0h (sex. e sáb. até 1h). https://www.instagram.com/adegaduasnacoes. Aberto em 1967.

ZONA SUL

Botafogo e Humaitá

Adega da Velha. Não faz muito tempo, esta era a principal referência de bar nordestino na Zona Sul. Hoje, divide as atenções com casas mais novas, mas soube se modernizar, sem perder o apreço pela tradição. Administrada há quatro anos pela família Rabello, dona do Galeto Sat’s, o velho boteco mantém o teto salpicado de cabaças, sinos, cordas, molhos de alho, louro e outros objetos típicos. No salão refrigerado, as refeições são servidas por uma equipe atenciosa de garçons. Para começar, o carpaccio de carne de sol (R$ 30,00) é uma maravilha oriunda destes novos tempos. Da chapa saem as tradicionais porções de queijo de coa­lho com melaço (R$ 36,00) e a imbatível carne de sol com aipim (R$ 86,00, para compartilhar). Mais robusto, o estrogonofe de moela (R$ 49,00) vale ser provado. Para beber, além do chope Brahma (R$ 7,90), a lista inclui drinques inventivos como o risca-fa­ca (R$ 32,00), com uísque, leite condensado e suco de caju (R$ 32,00). Rua Paulo Barreto, 25, Botafogo, ☎ 2286 2176 (70 lugares). 8h/0h. https://www.instagram.com/adegadavelha. Aberto em 1960.

Bar Kalango. Pouco mais de um ano após a mudança para Botafogo, ou “BotaSoho”, a fórmula que une puro sabor nordestino com a criatividade da família de Kátia Barbosa se solidifica como um dos melhores endereços de comida brasileira por aqui. À frente das caçarolas, a filha Bianca prepara os concorridos bolinhos de bobó (R$ 49,00, seis unidades) e, para quem tem dúvida em meio a tantas opções, o mix, com os salgadinhos mais duplas de jiló com linguiça, vaca atolada, tapioca e queijo (R$ 69,00, oito unidades). É claro que também tem os clássicos bolinhos de feijoada (R$ 32,00, quatro unidades) e pratos individuais, como o saboroso arroz de galinhada (R$ 45,00). No campo etílico, garrafas de 600 mililitros de Original (R$ 14,00), Beck’s e Heineken (R$ 18,00 cada uma) saem estalando das geladeiras. Rua Arnaldo Quintela, 44, Botafogo, ☎ 3178-0811 (70 lugares). 12h/23h (sex. e sáb. até 1h). https://www.instagram.com/barkalango. Aberto em 2021.

Be+Co. Prova de que conceito pode andar de mãos dadas com boa mesa, este eclético espaço se firmou no cenário de bares da cidade. Com quatro cozinhas instaladas em contêineres, o espaço permite que os clientes compartilhem mesas numa área de convivência que termina no Tortin, bar que é a única operação própria. Do balcão saem coquetéis como a caipi beco (R$ 25,00), de cachaça Ypióca, Aperol, abacaxi e toque de pimenta, adoçada com agave. Para acompanhar, escolha entre os menus do vegetariano Brota, da chef Roberta Ciasca, como chili vegano com feijão vermelho e tortilha de milho (R$ 34,00); do Cozinha, comandado pela chef Monique Gabiatti, prove as especialidades do mar, como o hot pulpo, sanduíche de polvo com pico de gallo e maioneses de missô e sriracha no pão de leite (R$ 49,00). Na Curadoria, reconhecida pelos embutidos, tem o imperdível sanduba de pastrami com picles, maionese, mostarda l’ancienne e queijo meia cura (R$ 41,00). No árabe Zatar, criado pela saudosa chef Katia Hannequim, vá no imbatível faláfel, disponível como petisco (R$ 26,00), no kebab (R$ 31,00) ou no prato (R$ 38,00, com dois acompanhamentos). Rua da Matriz, 54, Botafogo, ☎ 2148-6261 (120 lugares). 17h/0h (sex. até 1h; sáb. 12h/1h; dom. 12h/22h; fecha seg.). https://www.instagram.com/beco.rio. Aberto em 2018.

Boleia. O nome da empreitada lembra caminhão, que, por consequência, remete a mudança. Pois bem. No fim de outubro, o bar, famoso por ser um dos melhores pontos LGBTQIA+ da cidade, deixou o endereço no Humaitá para ocupar uma casa maior, em Botafogo. Arejado e bem iluminado, o salão tem teto vazado e pé-direito alto, além de espírito acolhedor, sobretudo para as mulheres gays. No menu, a campeã de vendas é a croqueta de costela (R$ 49,00, seis unidades). Símbolo local, o frango à periquita (R$ 43,00) vem empanado na farinha panko com maionese de páprica. Na seção de drinques, o chanacomchana (R$ 32,00) mistura vodca com chá de capim-limão e cunhã, abacaxi, gengibre e limão-siciliano. Rua Paulino Fernandes, 36, Botafogo, ☎ 96783-0844 (150 lugares). 18h/23h (sex. a dom. até 1h; fecha seg.). https://www.instagram.com/boleiabar. Aberto em 2020.

Boteco Colarinho Escondido, CA. Um dos pioneiros a oferecer cervejas artesanais com churrasco de primeira, o bar vem se diversificando. Para além das receitas carnívoras, o cardápio dos dois endereços passou a contemplar recentemente opções veganas e vegetarianas. Nesse rol, que tal abrir o apetite com um croquete de cogumelos ou um bolinho de batata-baroa com gorgonzola (R$ 10,90 cada unidade)? É claro que os 300 gramas de ancho angus prime com farofa (R$ 94,00) seguem lá, assim como o burger com queijo Monterey Jack (R$ 36,00). Mais de vinte torneiras jorram rótulos de cerveja próprios e convidados, com curadoria do sommelier e proprietário Diego Baião. A mais procurada é a Colarinho Pilsen (R$ 8,90, 300 mililitros). Rua Francisco Otaviano, 30, Copacabana, ☎ 2522-9800 (130 lugares). 17h/1h (sáb. e dom. a partir das 12h; fecha seg.); Rua Nelson Mandela, 100, loja 127, Botafogo, ☎ 2286-5889 (170 lugares). 12h/1h (ter. a partir das 17h). https://www.instagram.com/botecocolarinho. Aberto em 2010.

Canastra Rose. Um charmoso casarão abriga o bar de acento francês e decoração em estilo clássico, com candelabros e um belo lustre de cristais. A vocação do Canastra original, que fez história em Ipanema, segue na carta de vinhos com opções em taça a partir de R$ 18,00 e garrafas por menos de três dígitos — hoje uma raridade. Em Botafogo, para brindar em boa companhia, peça o rosé orgânico Côtes de Provence 2019 (R$ 95,00). Do balcão de madeira saem mais de vinte coquetéis, entre clássicos e inventivas criações. Destaque para o morena (R$ 30,00), com cachaça cerejeira, coulis de abacaxi, rapadura de jasmim, angostura e limão. Da parrilla, belisque o bife ancho (R$ 62,00), com molho chimichurri, acompanhado de cesta de pão. A couve-flor com molho de iogurte com pepino (R$ 25,00) também é digna de atenção. Os sócios da empreitada, que abriram uma filial do Canastra na Barra, respondem também pelo S Bistrô, com casas no Leme e no Humaitá. Rua Álvaro Ramos, 154, Botafogo, ☎ 99453-8133 (150 lugares). 18h30/0h (qui. até 1h30, sex. e sáb. até 2h; fecha dom. e seg.). → https://www.instagram.com/canastrarose. Aberto em 2018.

Cave Nacional. Entre os destaques na categoria melhor bar de vinhos pelo júri de VEJA RIO COMER & BEBER, a casa do casal Marcelo Rebouças e Karina Rodrigues aposta há cinco anos na força dos rótulos brasileiros somados a um cardápio enxuto e consistente, que valoriza ainda mais a experiência no ambiente de decoração minimalista. Lá, os clientes são instigados a escolher seus vinhos na adega — as garrafas custam entre R$ 43,12 e R$ 569,00 — e fazer as harmonizações. O bacalhau à zé do pipo (R$ 59,00) pode acompanhar um branco como o Garbo Akis Riesling (R$ 127,00), da Serra Gaúcha, já o camembert ao forno (R$ 39,00) vai bem com o também gaúcho Família Bebber Cabernet Sauvignon (R$ 43,12). Rua Dezenove de Fevereiro, 151, Botafogo, ☎ 99687-2101 (60 lugares). 17h/0h (sex. e sáb. até 1h; fecha seg.). https://www.instagram.com/cavenacional. Aberto em 2017.

Cobre. O nome já diz tudo: o material está presente também na decoração de estilo industrial e no cardápio, focado em drinques criativos e nas pizzas de longa fermentação em tamanho individual. Na primeira seção, o gim-tônica cobre é feito com tangerina, pimenta-rosa e alecrim (R$ 29,00). Para quem não se contenta com um só, há happy hour com dose dupla de coquetéis clássicos de terça a sexta por R$ 30,00. Eles são o parceiro ideal para os petiscos — nem pense em ir direto para as pizzas antes de provar as crocantes coxinhas de costela e catupiry sem massa (R$ 38,00, quatro unidades), uma perdição. No capítulo dedicado às redondas, a joy (R$ 50,00) vem coberta de sour cream, fior di latte, salmão gravlax, cebola-roxa, molho tonkatsu e endro. Pode pedir sem medo de ser feliz. Rua Visconde de Caravelas, 149, Humaitá, ☎ 97986-9900 (60 lugares). 18h/0h (fecha seg.). https://www.instagram.com/cobre.rio. Aberto em 2018.

Culto. “Aqui cultuamos a amizade, a alegria, a música e o amor em todas as suas formas”. Esse é o lema da nova casa de Pedrinho Aliperti, do extinto Caverna. Amante do rock’n’roll, da bebida e da gastronomia, ele criou um espaço que reúne tudo isso, transformando a pequena loja da agitada Arnaldo Quintela em um verdadeiro “inferninho”. No ambiente escuro com luz vermelha e decoração industrial, DJs se revezam, às sextas e sábados. Aprecie drinques como o tolstói (R$ 30,00), feito com vodca infusionada no hibisco, Campari e tônica. O salão vira pista de dança e pode-se beber chope Marmota Pilsen (R$ 13,00, 400 mililitros) e long neck de Beck’s (R$ 13,00). Do lado de fora, nos tambores de latão com bancos altos, dá para matar a larica com pizzas artesanais (R$ 25,00, com 20 centímetros), sanduíches e burgers. O war pigs leva blend de carne da casa, mussarela, bacon duplo, geleia de pimenta e cebola frita (R$ 42,00). A placa em neon vermelho avisa: “Se você não é racista, homofóbico ou sexista, bem-vindo”. Rua Arnaldo Quintela, 89, Botafogo, ☎ 3215-0089 (60 lugares). 18h/0h (sex. e sáb. até 2h; fecha dom. e seg.). https://www.instagram.com/culto_bar. Aberto em 2022.

Fuchico Bar. “Esse merece”. Eis a frase que deve rondar a cabeça de muitos cariocas quando constatam o sucesso do novo lar de Chico Chagas, ex-garçom do Bracarense e ex-sócio do Combinado Carioca e do extinto Chico & Alaíde. Dos tempos de Leblon, o bolinho de camarão e catupiry (R$ 9,00 a unidade) segue no topo da preferência. Em seguida vêm as versões de abóbora com camarão ou carne-seca (R$ 9,00 a unidade) e as empadas de frango, camarão e palmito (R$ 7,00 cada uma). Durante a semana, o filé-mignon ao molho madeira (R$ 79,00), faz sucesso, mas as grandes atrações são no fim de semana. Sexta tem feijoada, sábado é dia de bobó e domingo entra em cena o cozido. Todos custam R$ 120,00, para dois. Para beber, a dica é o chope Amstel (R$ 8,50, 300 mililitros), sempre gelado. Rua Conde de Irajá, 503, Botafogo, ☎ 2147-6720 (72 lugares). 11h/0h (dom. até 19h; fecha seg.). https://www.instagram.com/fuchicobar. Aberto em 2020.

Fuska Bar. Há cinco anos, o pé-sujo da esquina mais animada do Humaitá teve uma guinada e vive lotado de jovens antenados e intelectuais quase todos os dias da semana. As mesas vazias de outrora ganharam tira-gos­tos dos mais diversos, a exemplo da porção de bolinho de bacalhau (R$ 44,00, oito unidades) e do sanduíche de salame com provolone no pão australiano (R$ 29,00), que acompanham cervejas de garrafa como Original (R$ 15,00) e Spaten (R$ 16,00). Os drinques também ganharam espaço no novo menu. É o caso do gim-tônica com xarope de laranja (R$ 32,00). Ainda na ala das boas novas, tem no almoço de sábado e domingo pratos de feijoada (R$ 39,00), arroz de bacalhau (R$ 45,00) e o tradicional frango assado “de padaria” (R$ 36,00), todos individuais. Divulgada nas redes sociais, a programação musical, em cartaz de quarta a domingo, embala o programa. Rua Capitão Salomão, 52, Botafogo, ☎ 2266-3621 (120 lugares). 9h/0h (ter. a partir das 17h; qui. a sáb. até 1h; fecha seg.). https://www.instagram.com/fuskabar2.0. Aberto em 1991.

Hocus Pocus DNA. Premiada, a cervejaria carioca tem neste endereço o ponto de encontro para fãs e curiosos sobre o amplo universo etílico. Berço de novidades e de experiências sazonais, o local exibe todos os rótulos da marca, frescos nas torneiras ou em latas e garrafas nas geladeiras que se espalham pelo salão com mesas e decoração de madeira. Não por acaso consta entre os destaques do júri de VEJA RIO COMER & BEBER na categoria melhor bar de cerveja da cidade. Recém-lançada, a Hypnagogia, uma haze ipa feita com café, tem conquistado paladares (R$ 24,00, 300 mililitros), mas nem de longe desbanca a pioneira Magic Trap (R$ 29,00, 500 mililitros), do estilo belgian golden strong ale. Para evitar a ressaca, as coxinhas de faláfel, empanadas na farinha panko (R$ 25,00, quatro unidades), caem bem. Rua Dezenove de Fevereiro, 186, Botafogo, ☎ 4107-3107 (35 lugares). 12h/23h (qui. até 0h; sex. e sáb. até 2h; fecha dom.; seg. fecha entre 15h/18h). https://www.instagram.com/hocuspocusdna. Aberto em 2016.

Le Terroir. São cinquenta rótulos entre brancos, rosés, tintos e espumantes para todos os gostos e bolsos. Com ótimo custo-be­nefício aliado ao ambiente aconchegante e excelentes comidinhas, o bar de vinhos se tornou referência para confrarias, encontros de amigos e até romance. Graças a esses trunfos, foi escolhido entre os destaques nesta edição de VEJA RIO COMER & BEBER. As sugestões começam a partir de R$ 89,00 (o vinho verde português Adega do Monção) e vão até preciosidades como o Vinhas Velhas Tannat (R$ 290,00), da Miolo, produzido no vinhedo plantado em 1976, o mais antigo do Brasil. Para acompanhar, além de queijo brie empanado (R$ 47,00) e gravlax de salmão com torradas (R$ 49,00), há mais petiscos e pratos. Atenção às dicas: nas quartas rola dose dupla de vinho com duas taças por R$ 24,00, e às quintas bandas de blues, jazz e choro se revezam por lá. Rua Conde de Irajá, 201, Botafogo, ☎ 3489-4491 (68 lugares). 17h30/1h (ter. e qua. até 0h; fecha seg. e dom.). https://www.instagram.com/leterroirbotafogo. Aberto em 2020.

Liga dos Botecos. Trata-se de uma embaixada de quatro dos botequins mais emblemáticos do Rio. Muita gente vai lá movida pelos petiscos afamados, como os bolinhos de arroz do Bar do Momo (R$ 10,90), os croquetes de joelho de stracotto do Botero (R$ 59,90), os fondues de coxinha do Bar da Frente (R$ 48,90), além das costelas (a partir de R$ 93,00) e dos cupins (R$ 109,90) no bafo do Cachambeer. Para ajudar a descer, o chope Brahma é obrigatório (R$ 8,90, 300 mililitros), mas vale aproveitar o agradável terraço para pedir uns bons drinques. Entre eles, o provocativo meninos vestem rosa (R$ 32,99) reúne rum, tequila, suco de abacaxi, xarope de tangerina e grenadine. Rua Álvaro Ramos, 170, Botafogo, ☎ 3586-2511 (130 lugares). 17h/0h30 (sex. e sáb. até 1h; dom. 12h/23h30; fecha seg.). https://www.instagram.com/ligadosbotecos. Aberto em 2018.

Marchezinho. A simpática casa no começo do Baixo Botafogo, mas afastada do bochicho, trabalha com ingredientes 100% brasileiros, comprados diretamente do produtor, sem conservantes nem agrotóxicos. Receita e tanto para ter sido escolhida entre os destaques na categoria melhor gastrobar do Rio pelos jurados do COMER & BEBER. Uma vez lá, comece experimentando a incrível tapa de quiabo com guanciale (R$ 32,00). Na ala dos sanduíches, o club do marché (R$ 38,00) traz focaccia com queijo meia cura, presunto da casa, salada e maionese de alho com limão. Se a fome persistir, encare sem medo o crudo de angus com uma rara salada de salicórnia, bottarga e macadâmia (R$ 59,00). Tudo isso vai bem com o rótulo de cerveja Three Monkeys Classic IPA (R$ 26,00, 500 mililitros). Para a digestão, não hesite: mate com vodca, suco de limão, xarope de poejo e maracujá (R$ 24,00). Rua Voluntários da Pátria, 46, Botafogo, ☎ 96612-0561 (70 lugares). 11h30/0h (sex. até 1h; sáb. 10h/1h; fecha dom.). https://www.instagram.com/marchezinho. Aberto em 2017.

Meza Bar. Alma carioca, personalidade brasileira e gastronomia universal. O simpático mote espelha bem o cosmopolita gastrobar da chef Andressa Cabral, um dos primeiros a apostar na coquetelaria de alto nível por estas bandas. No extenso e curvilíneo balcão são preparados drinques como o cafuné (R$ 26,00), à base de cachaça, infusão de coco fresco, chá de melissa, rapadura e bitter de laranja. Mais refrescante e cítrico, o sereno reúne gim, limão e xarope de ervas (R$ 31,00). Para comer, os potinhos seguem a todo o vapor. De Cartagena, por exemplo, vem a inspiração para o brisket fatiado com arroz frito, vegetais tostados e purê de cenoura com café (R$ 42,00). Pa­ga-se o mesmo valor pela versão da galícia, um suculento polvo em emulsão de páprica defumada com batatas coradas, arroz nero, escabeche de pimentões e creme de limão. Rua Capitão Salomão, 69, Humaitá, ☎ 3239-1951 (80 lugares). 18h/1h (dom. 17h/0h; fecha seg.). https://www.instagram.com/mezabar. Aberto em 2008. Peça no ifood

Pizza Secreta. O reduto ganhou forma em 2016, em Niterói, e atravessou a ponte neste ano. Fruto da imersão de Anna Bokel na Itália, o espaço é um pizza-bar intimista cheio de charme, sabor e muito queijo! Preparadas com farinha 00, as redondas e os calzones da casa são assados em forno a gás e com insumos escolhidos a dedo pela chef. O menu conta com uma sessão inteiramente vegana. Entre as mais pedidas figuram a saborosa tomate e cabra (R$ 76,50, 35 centímetros), com o fruto assado, queijo boursin e manjericão; a calabresa caramelizada (R$ 78,90) e a pepperoni e alho (R$ 82,90), com alho picado e catupiry. Destaque também para a versão com pupunha fresco (R$ 82,90). Além de drinques clássicos, como o uísque sour (R$ 35,00), com bourbon, suco de limão-siciliano, xarope de açúcar e clara de ovo, o bar oferece rótulos da cervejaria artesanal Andar de Cima, de São Pedro da Serra, com destaque para a Black IPA (R$ 31,90, 500 mililitros). Rua Dezenove de Fevereiro, 188, Botafogo, ☎ 3269-4494 (40 lugares). 11h30/23h (seg. até 15h; sáb. até 0h). https://www.instagram.com/pizzariasecreta. Aberto em 2022.

Quartinho Bar. Recentemente os sócios Edu Araújo e Jonas Aisengart fizeram a maior mudança no menu desde a inauguração. A aposta em criações com ingredientes mais sofisticados deixou ainda mais caprichada a experiência in loco. Opções para compartilhar ganharam destaque, caso do trio de gougère de cogumelo trufado (R$ 32,00). De influências asiáticas e mexicanas, o atum marinado em ponzu, guacamole, creme fraîche, furikake e pão pita torrado (R$ 62,00) é tão bom que é melhor comer sozinho. Na ala das bebidas, o gabriela não voltou (R$ 38,00) é feito com gim infusionado com mate e tangerina, Jim Beam Fire, água de mel, gengibre e suco de limão-siciliano. O toque final é uma bolha que solta fumaça de cravo e canela ao estourar. Merece destaque ainda o novo super bloody mario (R$ 38,00), versão do clássico coquetel à base de vodca e suco de tomate, agora feito com caldo de cogumelos de paris — que também vão de guarnição. Rua Arnaldo Quintela, 124, Botafogo, ☎ 2179-6447 (48 lugares). 18h/1h (sex. e sáb. até 2h; fecha dom. e seg.). https://www.instagram.com/quartinhobar. Aberto em 2018.

Surreal. O bar mais geek da cidade é um paraíso para os amantes de videogames de última geração, quadrinhos, séries de TV e muitos super-heróis. A estação de realidade virtual oferece cinco minutos de jogo por R$ 10,00 — e a procura aumenta nos almoços de segunda a sexta, quando o jogo não tem custo para quem come. À noite reinam os petiscos e pratos inspirados nesse universo. O arquivo x cheese traz bolinhas de queijo crocantes por fora e fumegantes por dentro (R$ 36,00, doze unidades). Los pollos hermanos revisitam o fenômeno Breaking Bad com pedaços de sobrecoxa frita e maionese da casa (R$ 36,90). Na ala das bebidas, além de drinques, tem Colorado Ribeirão (R$ 12,00) e rótulos artesanais da Hocus Pocus, todos a R$ 25,00. Rua Paulo Barreto, 102, Botafogo, ☎ 99366-2440 (100 lugares). 12h/23h (sex. e sáb. até 1h). Aberto em 2019.

Copacabana

Bar do David. Na entrada do Morro do Chapéu Mangueira, com vista para a Praia do Leme, o negócio ganhou filial menos deslumbrante, porém mais acessível, na Rua Barata Ribeiro. Em ambas, a comida reflete o espírito pescador e inquieto do proprietário David Bispo, que se orgulha de ter projetado seu botequim de comunidade para o mundo. Lá, petiscos premiados merecem a prova, caso do bolinho de abóbora com ora-pro-nóbis e coco recheado de camarão (R$ 37,90, três unidades), campeão nacional do concurso Comida di Buteco 2022. Mais robusta, a feijoada de frutos do mar (R$ 110,00, para dois) traz feijão-branco, lula, marisco, peixe, polvo e camarão. Há muito mais que explorar em meio a goles de cerveja de garrafa Amstel (R$ 12,00) e drinques como o pôr do sol (R$ 35,00), reunião de gim, citrus de limão e grenadine. Ladeira Ari Barroso, 66, loja 3, Chapéu Mangueira, Leme, ☎ 97808-2200/2542-4713 (80 lugares). 10h/20h (fecha seg.); Rua Barata Ribeiro 7, Copacabana, ☎ 3298-5975 (30 lugares). 11h/3h (fecha seg.) https://www.instagram.com/bar_dodavid. Aberto em 2010. Peça no ifood

Caju Gastrobar. Apesar do nome, o cardápio, que flerta com receitas do pseudofruto brasileiríssimo, também transita pelos sabores do mundo. No abre-alas, a cochabamba se apropria de uma imagem boliviana para um petisco de paixão nacional: coxinhas de frango com queijo cremoso (R$ 40,00). É a saladinha fria de língua de boi com focaccia — a linguaruda da vovó —, que aguça mais o apetite (R$ 42,00), junto ao vinagrete de polvo com caju (R$ 48,00), claro. Para beber, a carta assinada por Priscilla Pulcherio, do Garoa, destaca a sangria soyo de uma noite de verão, com hibisco, cardamomo, cajuína, vinho branco e rodelas de caju (R$ 90,00, 1 litro). Ainda nessa seara, há batidas e cervejas em garrafa grande, como Beck’s (R$ 18,00) e Heineken (R$ 19,00). Praça Demétrio Ribeiro, 97, loja C, Copacabana, ☎ 3264-3713 (60 lugares). 11h30/0h (sex. e sáb. até 1h; dom. até 23h). https://www.instagram.com/cajugastrobar. Aberto em 2019. Peça no ifood

El Born Gastrobar. O bar de tapas leva para Copacabana a alma do bairro homônimo da boêmia Barcelona, onde a noite é traduzida em vinhos, drinques e ingredientes da gastronomia catalã. Lá, é possível se sentir na Espanha, uma vez que a decoração é inspirada nas tabernas, com luz baixa, parede de pedras e presuntos ibéricos pendurados no teto. Além do serviço volante de tapas, pode-se pedir acepipes clássicos como as saborosas croquetas de jamón (R$ 33,00, três unidades), servidas com aïoli, e a coca de escalivada (R$ 36,00), pão com combinado de verduras e legumes — pimentão vermelho, berinjela, tomate, alho e cebola — assados no azeite. Entre os destaques etílicos, para além das sangrias (a partir de R$ 120,00, 1 litro), figuram os drinques assinados por Zan Andrade, a exemplo do bitter is better (R$ 30,00), feito com uísque, Cynar, vermute tinto, Luxardo Maraschino, angostura e cereja. Vale o aviso: de domingo a quinta, tem happy hour com coquetéis a R$ 22,00. Rua Bolívar, 17, loja A, Copacabana, ☎ 96569-3311 (80 lugares). 17h/2h. https://www.instagram.com/elborngastrobar. Aberto em 2012.

Galeto Sat’s. Em meados de outubro, um princípio de incêndio na filial de Botafogo deixou os cariocas preocupados com a possibilidade de perder um de seus maiores ícones da boemia noturna, repleto de comida farta e uma carta que perpetua a cultura da cachaça. Felizmente não foi nada grave. O casarão e a matriz seguem apinhados de gente, consumindo quantidades industriais de chope Brahma bem tirados (R$ 7,90 a caldeireta), tenros galetinhos com molho de laranja, limão ou alho (R$ 29,00), generosas farofas de ovos (R$ 34,00), porções de coração de galinha (R$ 44,00), entre muitos outros clássicos que assam na churrasqueira a carvão ligada ininterruptamente dezesseis horas por dia. Fruto da paixão dos donos, Sérgio e Elaine Rabello, a carta alcoólica conta com mais de 300 rótulos de cachaças artesanais, detalhadamente descritas. Envelhecida em amburana, a mineira Bem Me Quer sai a R$ 15,00 a dose. Rua Barata Ribeiro, 7, Copacabana, ☎ 2275-6197 (40 lugares); Rua Real Grandeza, 212, Botafogo, ☎ 2266-6266 (150 lugares). 12h/5h. Aberto em 1962. Peça no ifood

Mané Delas. Ponto fora da curva nesta bem-su­cedida marca de botequins, que já chega a quinze lojas só no Rio, aqui o cardápio segue o padrão da rede Mané, mas com um olhar feminino, que se reflete na decoração e na frequência. Na casa de esquina próximo à praia, as pipocas de carne de porco empanadas, servidas com barbecue e creme azedo, lideram a preferência do público (R$ 39,00). O arroz de costela (R$ 42,00) também tem seus fãs. O chope é Heineken (R$ 12,00) ou Amstel (R$ 10,00), assim como as cervejas de garrafa (R$ 17,00 e R$ 15,00, respectivamente). O gim-tônica com limão-siciliano (R$ 29,00) faz sucesso entre os drinques. A experiência pode e deve ser arrematada com uma selfie no painel de neon instagramável, estilo cabaré, que faz sucesso na entrada. Rua Djalma Ulrich, 49, Loja A, Copacabana, ☎ 3738-8280 (40 lugares). 12h/0h (sáb. e dom. até 1h30). https://www.instagram.com/mane.rio. Aberto em 2019. Peça no ifood

Marinho Atlântica. A esquina da Praia de Copacabana, na altura do Posto 6, andava meio abandonada até a chegada desta empreitada. Arejado e repleto de plantas, o bar tem no cardápio do chef Meguru Baba homenagens a grandes ícones da botecagem carioca vestidos com categoria. Ao lado da caldeireta de chope Heineken (R$ 17,00), a dica é abrir os trabalhos com as gostosas pipocas de camarão, empanadas e servidas com molho aïoli (R$ 46,00), seguidas do bolovo de carne com ovo caipira (R$ 19,00). Na etapa seguinte, o risoto caldoso de costela e agrião com parmesão e cebola caramelada (R$ 81,00) arranca suspiros. Veggies (ou não) vão curtir a moqueca vegetariana, de palmito pupunha e banana- da-terra no leite de coco com dendê (R$ 71,00). Entre os drinques, o the little poet é um tributo a Vinícius de Moraes, feito com uísque puro malte Singleton, gengibre, louro, limão e angostura (R$ 40,00). Avenida Atlântica, 4206, Copacabana, ☎ 3269-3774 (50 lugares). 7h/1h. marinho.cluvi.com.br. Aberto em 2022.

Os Imortais. No ano em que celebra uma década de portas abertas, o bar que revolucionou a vida noturna do Baixo Lido — e mantém uma extensão em frente — renovou as mesas na calçada e integrou novidades ao menu. O mickey mouse nada mais é do que uma apetitosa porção com seis palitos de mussarela empanados, servidos com molho de tomate caseiro (R$ 32,90). Tem também a saborosa pipoca de quiabo empanado (R$ 16,50). Lascas de bacalhau com salada de feijão-fradinho mais pãozinho (R$ 45,00) compõem o português brasileiro. Das geladeiras saem cervejas trincando, como long neck de Heineken (R$ 11,90) e casco de Amstel (R$ 13,90). A lista contempla ainda os bons drinques assinados pelo bartender Thiago Teixeira. Um dos melhores é o cerejinha (R$ 29,90), elaborado com gim Bombay, purê de cereja, sour mix, tônica e espuma cítrica. Rua Ronald de Carvalho, 147 e 154, Copacabana, ☎ 3563-8959 (54 lugares). 18h/1h (sáb. a partir das 12h; dom. 12h/0h). https://www.instagram.com/osimortais.bar. Aberto em 2012.

Otra Bar e Ostreria. As mesas na calçada e o ótimo repertório musical são o convite para um excelente fim de tarde ou começo de noite. Especializada em ostras e receitas do mar, como o nome sugere, a empreitada das sócias Juliana Catharino e Carolina Bandeira, do quase vizinho Caju Gastrobar, foi um presente para Copacabana. Vindas de Santa Catarina, as estrelas da casa são servidas frescas, in natura (R$ 16,00 a dupla), e entram em preparos diversos, como a ostra empanada na farinha de pão com molho tonkatsu (R$ 50,00, seis unidades). Elas harmonizam bem com o vinho verde Miranda (R$ 95,00), bem geladinho. O tartare de atum (R$ 42,00) e a lula recheada de cogumelos com nirá (R$ 46,00) são outros pontos altos do cardápio do chef Rodrigo Sant’Anna. Drinques, chope e cerveja em garrafa completam a lista etílica. A programação musical, com jazz, samba ou DJ, é divulgada nas redes sociais diariamente. Rua Belfort Roxo, 58, Copacabana, ☎ 99636-0514 e 2135-3146 (72 lugares). 12h/0h (sex. e sáb. até 1h). https://www.instagram.com/otra.bar. Aberto em 2021.Peça no ifood

Pavão Azul. Preparada com maestria há décadas, a porção de pataniscas de bacalhau (R$ 21,20, quatro unidades) é o car­ro-chefe do bar, sempre lotado, mas não o único. Acrescente à lista os pastéis de sabores diversos (R$ 4,80 a unidade), a travessa de arroz de camarão, tão simples e saborosa quanto popular (R$ 45,00, para dois), e, criação mais recente, a versão de rabada (R$ 48,00, para dois). A turma, que se espalha pelas calçadas, bebe majoritariamente cascos de Original (R$ 13,00), Brahma (R$ 11,00) ou Colorado Ribeirão (R$ 18,00), além do próprio chope (R$ 7,50 a caldeireta). Fora esta unidade, o Pavão hoje tem filiais como o Pavão Black, com cardápio mais sofisticado; o Pavão Verde, na Rua Djalma Ulrich; o Pavão Convida, especializado em cervejas artesanais; e o Peixinho Azul, um simpático bunda de fora na Prado Júnior, todos no bairro. Rua Hilário de Gouveia, 71, lojas A, B e C, Copacabana, ☎ 2236-2381 (60 lugares). 12h/0h. https://www.instagram.com/pavaoazuloficial. Aberto em 1957. Peça no ifood

Real Chopp. Quem ainda não conhece precisa desbravar esse clássico da boemia de Copacabana. A recente obra de ampliação do espaço interno dividiu a opinião dos fregueses, que ficaram insatisfeitos por perder o balcão no qual apoiavam seus cotovelos. Mas certo é que todos continuam por lá. Quem passa pela esquina das ruas Barata Ribeiro e Paula Freitas, seja pela manhã ou tarde da noite, vê o português seu Hermínio, dono da casa. A tradição e o menu continuam intactos, assim como as mesas na calçada. É possível escolher acepipes do balcão frio, a exemplo de porções de ovo de codorna (R$ 10,00, dez unidades) e azeitona temperada (R$ 15,00, vinte unidades), para acompanhar o chope Brahma gelado (R$ 8,50 a caldeireta), um dos melhores da cidade. O bolinho de carne da casa (R$ 15,00, duas unidades), também conhecido como feioso, é, definitivamente, um clássico. Aos domingos, o arroz de rabada (R$ 80,00, para dois) faz o maior sucesso. Rua Barata Ribeiro, 319, Copacabana, ☎ 2257-2645 (120 lugares). 8h/1h (fecha seg.). https://www.instagram.com/realchopprj. Aberto em 1982.

Tasca Carvalho. Um pedacinho do que há de melhor na charcutaria dos vilarejos portugueses, com seus vinhos verdes e queijos de cabra, é possível provar por aqui, no coração de Copacabana, num ambiente de botequim moderno. Sob o comando do luso-copacabanense da gema Marcos Costa Sá, o menu em constante renovação tem novidades como o camarão à bulhão pato (R$ 39,90). Entre os “imexíveis” do cardápio, anote aí as dicas: o atum à moda quer alho (R$ 34,90), grelhado com generosa quantidade da planta, mais tomate e molho de ervas, a clássica punheta de bacalhau (R$ 34,90) e as bifanas à lavrador (R$ 29,90), típico sanduíche com carne de porco. Perfeitos para serem consumidos ao lado de uma garrafa de vinho verde bem gelado (R$ 69,90, 750 mililitros), ou de uma portuguesíssima long neck Super Bock (R$ 9,90). Rua Ronald de Carvalho, 266, Copacabana, ☎ 99957-9845 (50 lugares). 17h/1h (fecha seg.). https://www.instagram.com/tascacarvalho. Aberto em 2016.

Traçado. Com carta de drinques do craque bartender Thiago Teixeira, o lugar aposta na coquetelaria de qualidade, criativa e mais em conta. Inspirados nos clássicos botequins, os petiscos criados pela chef Natasha Lund incluem croquetes de fígado (R$ 10,90 a unidade), porções de pernil com ervas (R$ 24,90), moelas refogadas no Cynar (R$ 23,90) e espetaculares nacos de carne-se­ca com farofa (R$ 28,90). Do balcão frio saem acepipes como a caponata de jiló (R$ 9,90) e a salada de repolho (R$ 18,90). Voltando aos bebes, o traçado sour leva cachaça branca, vermute, bitter Brasilberg, xarope de maracujá com pimenta, sour mix e tintura de priprioca (R$ 18,90). Além dos autorais, a casa oferece uma pletora de drinques clássicos. Basta encostar no balcão e pedir. Rua Ronald de Carvalho, 154-C, Copacabana, ☎ 3734-3248 (43 lugares). 18h/0h (sex. até 1h; sáb. 16h/1h; dom. 13h/0h; fecha ter.). tracado.frest.com.br. Aberto em 2022.

Flamengo

Balaio do Zé. A nova empreitada de Alexandre Machado, fundador do Zezimbar, em Copacabana, acaba de completar um ano no Flamengo. Os pratos de inspiração portuguesa dominam o cardápio. É o caso dos croquetes de alheira, dignos de apreciação (R$ 39,90, quatro unidades), assim como o sanduíche francesinha (R$ 49,90), uma preciosidade do Porto difícil de achar por aqui. O prego no pão, com filé-mignon, bacon e queijo com batata frita (R$ 44,90) é outra opção para lanches. Com o bacalhau à zé do pipo e o polvo à lagareiro (R$ 89,90 cada), a conversa já fica mais séria neste bar, de menu digno de restaurante. Para beber, o chope Heineken é a pedida (R$ 8,90 a caldeireta). Às quintas tem música ao vivo. Travessa dos Tamoios, 40, Flamengo, ☎ 3796 5340 (90 lugares). 11h30/0h. https://www.instagram.com/balaiodoze. Aberto em 2021.

Deza Botequim. Com paredes cor de mostarda, o pequeno notável botequim é tocado pelo casal Diogo Gaspar e llma Dias (ex-Desacato). No cardápio caseiramente criativo destacam-se petiscos para partilhar. O delicioso paixão nacional (R$ 39,00) traz as carnes nobres da feijoada numa tigelinha com caldo de feijão para comer como canapé, sobre torradas de arroz crocante, acompanhado de couve frita e geleia de laranja com pimenta. Campeã do Comida di Buteco em 2015, a rabada na lata (R$ 59,00) segue a mesma lógica: traz a proteína desfiada com polentas crocantes e aïoli de agrião com bacon. Igualmente boa é a moela ao vinho (R$ 34,00). Na seção dos bebes, a tulipa de chope é Heineken (R$ 11,00), mas há garrafas de rótulos como Amstel (R$ 15,00) e Eisenbahn (R$ 16,00). Travessa dos Tamoios, 32-A, Flamengo, ☎ 3449 3124 (50 lugares). 12h/0h (sex. e sáb. até 1h; dom. até 22h; fecha seg.). → https://www.instagram.com/dezabotequim. Aberto em 2022.

Mortadella’s. A empreitada até tem nome de lanchonete, mas é muito mais — e vai além do culto ao embutido. Aberto recentemente no ponto que abrigou a filial do Liga dos Botecos, o endereço dispõe de cardápio inspirado na culinária italiana popular com fortes influências botequeiras cariocas. Os sandubas vêm em diferentes gramaturas e versões. Um dos mais pedidos é o que reúne 200 gramas de mortadela espanhola com generosas fatias de gruyère no pão francês (R$ 39,90). Na petiscaria sobressaem excelentes croquetes de carne assada, pernil e cogumelo (R$ 8,00 a unidade), empadas de massa amanteigada (R$ 9,90 a unidade), como a de pernil, e uma homenagem aos pés-sujos de outrora com a porção de gruyère empanado no parmesão com molho inglês (R$ 31,90). Tirado com qualidade, o chope Brahma (R$ 8,90) é um dos melhores da cidade. A seleção etílica inclui ainda vinhos italianos, drinques e cachaças. Rua Senador Vergueiro, 44, Flamengo; ☎ 3264-7848 (120 lugares). 12h/0h (fecha seg.). https://www.instagram.com/casamortadellas Aberto em 2018.

Gávea, Jardim Botânico e São Conrado

Bosque Bar. Notívago, festivo e de ambiente agradabilíssimo, o espaço, virado para a pista de grama do Jockey Club, atrai um público jovem e animado para agitos de música e paquera, o que não significa descaso com o cardápio. Enxuto, mas diversificado, concentra porções para compartilhar, além de pizzas e sandubas. Nesse último quesito, o smash bosque reúne blend de carnes, bacon, ched­dar, cebola caramelizada, aïoli e picles no brioche com miniporção de fritas (R$ 39,00). Ele é tão desejado quanto os dadinhos de tapioca com queijo gruyère e molho de melaço (R$ 32,00). Ao contrário do menu, a carta de bebidas é extensa, com destaque para drinques à base de Red Bull, combustível de nove entre dez frequentadores. O sagui mescla o energético de melancia, xarope da fruta, gim, limão-siciliano e xarope de maracujá (R$ 35,00). A cerveja é sempre long neck: Stella Artois (R$ 14,00) e Corona (R$ 16,00) estão na lista. Avenida Bartolomeu Mitre, 1314, Gávea. 18h/4h (sáb. a partir das 15h; dom. 15h/1h; fecha seg. e ter.). https://www.instagram.com/barbosquebar. Aberto em 2021.

Boutique do Mar. Após uma temporada de quinze anos em cozinhas em Barcelona, o casal Rita e Marcio Dantas resolveu apostar no espírito das tasquetas catalãs para abrir esta empreitada diminuta, no fim da Praça Santos Dumont, quase no Jardim Botânico. Ali não há espaço para nada. A loja é a cozinha, 100% focada em frutos do mar. Escrito na lousa, o cardápio muda de acordo com a disponibilidade dos insumos — característica típica das cozinhas de mercado europeias. Nas mesas, sob árvores e marquises, a clientela pede pastel de camarão (R$ 16,00), lula à romana (R$ 49,00), fritinha e sequinha, ou a espetacular casquinha de siri (R$ 18,00) para começar. Esses são fixos, sim. Para aplacar os famintos, há sempre duas ou três opções de prato, que pode ser o pargo (R$ 95,00) ou o polvo (R$ 135,00), ambos com batatas bravas, em porções para dois. Vinho branco em taça, a preços variados, e cervejas long neck como Stella (R$ 15,00) e a artesanal Flamingo Beer (R$ 16,00) completam as atrações etílicas. Praça Santos Dumont, 6 B, Gávea, ☎ 99519-0105 (40 lugares). 12h/18h (fecha seg. e ter.) https://www.instagram.com/boutiquedomargavea. Aberto em 2022.

Braseiro da Gávea. Na esquina do badalado Baixo Gávea, a casa é conhecida pela comida saborosa e farta, que atrai o público a qualquer hora. A varanda coberta é disputada para abrir os trabalhos com as linguiças toscanas vendidas por unidade (R$ 7,50), com molho à campanha, e um chope da Brahma (R$ 9,00, 300 mililitros). Da brasa saem cortes que servem três pessoas. Com generosas guarnições incluídas, o galeto (R$ 89,00) ou a picanha (R$ 196,00) podem vir à moda da casa, com batatas fritas ou portuguesas, arroz de brócolis e azeitona preta, e farofa de ovos com banana. Para beber, as caipirinhas com cachaça artesanal (R$ 24,00) ou vodca nacional (R$ 30,00) fazem sucesso. Praça Santos Dumont, 116, Gávea, ☎ 2239-7494 (100 lugares). 11h30/1h (sex. e sáb. até 3h). https://www.braseirodagavea.com.br. Aberto em 1995.

Brewteco. Há quase dez anos, o negócio chacoalhou a cena cervejeira ao lançar um novo olhar sobre este universo, tornando-o mais acessível e descomplicado. Foi um golaço. A empreitada avançou território e espraiou-se pelos principais polos boêmios dos quatro cantos da cidade. Não sem razão, subiu ao pódio na categoria melhor bar de cervejas do Rio, segundo o júri de VEJA RIO COMER & BEBER. Na unidade do Baixo Gávea, a memória do extinto Hipódromo é honrada em ambiente descontraído, onde 42 torneiras jorram variedades como a Brewteco Pilsenzinha, a Antuérpia Weiss (R$ 9,00 cada 300 mililitros) e a amarguinha Three Monkeys Classic IPA (R$ 13,00, 300 mililitros). Para comer, o sanduíche buraco quente (R$ 26,00) traz pão francês recheado de costela de boi desfiada e requeijão cremoso, coberto por mussarela maçaricada (R$ 26,00). No terraço, o Rúfi serve de pizzas artesanais a coquetéis autorais. Praça Santos Dumont, 106, Gávea, ☎ 3594-3642 (150 lugares). 11h30/1h (sex. e sáb. até 3h); Rua Dias Ferreira, 420, Leblon, ☎ 3217-8280 (30 lugares). 11h/1h (seg. 17h/0h; ter., qua. e dom. até 0h). Mais dois endereços. https://www.brewteco.com.br. Aberto em 2013.

Casa Camolese. Com uma cervejaria própria funcionando a todo o vapor no 2º andar, onde se pode beber em meio aos tonéis, a experiência torna-se diferenciada. Vale a pena experimentar a flora, uma ipa de baixo teor alcoólico e amargor pronunciado com notas cítricas (R$ 14,00, 285 mililitros), e a zazá, leve e refrescante, com tangerina e semente de coentro (R$ 21,00, 473 mililitros). Embaixo, no salão, faz sucesso o croquete de carne do adonias, com aïoli e picles de cebola (R$ 35,00). A carta de pizzas faz frente com a redonda coberta de cebola-roxa, calabresa e mussarela de búfala (R$ 54,00). O curso pode continuar com o turnedô de mignon servido com musseline de mandioca (R$ 95,00). Uma destilação de vodca com produtos botânicos e essências naturais de frutas confere ao bellini spritz, feito com Ketel One, um ar campestre (R$ 34,00). Rua Jardim Botânico, 983 (Jockey Club Brasileiro), ☎ 3514-8200 e 97682-1697 (220 lugares). 12h/23h (sex. e sáb. até 0h; dom. até 19h; fecha seg.). https://www.casacamolese.com.br. Aberto em 2017.

Maguje. A charmosa varanda voltada à pista do Jockey Club é o cenário ideal para petiscar os croquetes de carne assada com mostarda escura (R$ 38,00, seis unidades) e abrir o apetite com opções mais leves. O clássico carpaccio de carne com azeite trufado, parmesão, rúcula, alcaparras e mix de folhas (R$ 43,00) está aí para confirmar. Há pratos mais robustos, como o arroz de cordeiro ao vinho tinto (R$ 84,00). Variada, a carta etílica tem desde cervejas e chopes (o Baden Baden Pilsen sai a R$ 17,00, 350 mililitros) até vinhos e coquetéis clássicos e autorais. Refrescante, o verão mescla gim, frutas vermelhas, limão, chá de camomila e espuma cítrica (R$ 36,00). Às terças, a partir das 20h30, entram em cena nomes do jazz — os ingressos custam R$ 40,00. No terraço ao ar livre funciona também o Vista Bar, um espaço independente com ênfase em eventos, drinques e comidinhas. Rua Jardim Botânico, 1003 (Jockey Club Brasileiro), ☎ 99895-2032. 17h/0h (sex. até 1h; sáb. 12h/1h; dom. 12h/23h; fecha seg.). https://www.instagram.com/maguje.rio. Aberto em 2018.

Proa. Com mesas na calçada e um aprazível terraço com vista para o burburinho da Praça Santos Dumont, a casa, da chef Joana Carvalho, foca os frutos do mar, com insumos frescos recebidos quase diariamente. Petis­cam-se com prazer receitas como a brasileiríssima panelinha de lula, polvo, camarão e mexilhões, finalizada com capim-limão, manga e maracujá (R$ 53,00), o peruano pulpo à oliva (R$ 53,00), com fatias finas de polvo e molho de azeitonas pretas; e o britânico fish and chips, rústico e com maionese de ervas (R$ 48,00). Se a fome apertar, peça o indiano curry de camarão (R$ 85,00), guarnecido de purê de banana-da-terra. Quanto às bebidas, a carta tem de chope Heineken (R$ 12,00 a tulipa) a drinques autorais. O criativo à deriva traz vodca infusionada no capim-limão e cardamomo, limoncello, morangos, limão-si­ciliano e espumante (R$ 39,00). Praça Santos Dumont, 120, ☎ 99347-9689 (100 lugares). 12h/0h (sex. e sáb. até 1h; dom. até 22h; fecha seg.). https://www.instagram.com/proacozinhabar Aberto em 2020.

QuiQui. O quiosque traz receitas de gastrobar à beira-mar, em ambiente sofisticado e, ao mesmo tempo, informal. Do cardápio elaborado pelo chef Ronaldo Canha, o ceviche de peixe branco (R$ 49,00) e o tartare de atum com abacate (R$ 53,00) são pedidas mais leves. Mais robusto, o sanca burger é feito com um blend de fraldinha e pernil, bacon artesanal, rúcula e maionese de Dijon (R$ 58,00). Entre os pratos principais, uma ótima pedida é o linguine ao molho de camarão (R$ 86,00). Na seção etílica, há desde long neck da Corona (R$ 16,00) a coquetéis autorais. O sanca (R$ 39,00) combina gim, purê de manga, licor de laranja, calda de romã e hibisco. Avenida Prefeito Mendes de Morais (em frente ao 900), Praia de São Conrado, ☎ 99501-0209 (80 lugares). 17h/23h (sex. a partir das 13h; sáb. a partir das 12h; dom. 12h/21h; fecha seg. e ter.). https://www.instagram.com/quiquirio. Aberto em 2016.

Ipanema

Boteco Belmonte. Primeiro botequim do Rio a ganhar um banho de loja e trabalhar a cultura de boteco com uma visão de marketing mais elaborada — duas décadas atrás —, o pé-limpo colhe os frutos desse pioneirismo. Só no Rio são oito lojas, sendo a mais nova, a de Ipanema, com direito a terraço de frente para o mar, eleito o melhor da cidade em VEJA RIO COMER & BEBER do ano passado. Há quem prefira o primogênito, da Praia do Flamengo, que inclusive pratica preços mais em conta, ou o mais badalado, do Leblon. Qualquer que seja a escolha, o cardápio é sempre o mesmo: bolinhos e empadas dominam o setor de petiscos, liderados pela famosa versão aberta de camarão com catupiry (R$ 23,00), ainda que a de frango com catupiry seja considerada mais gostosa por muita gente (R$ 20,00). Cortes de carne são oferecidos com diferentes acompanhamentos, e o de picanha à brasileira, com arroz, farofa e batata (R$ 190,00, para dois), é o mais procurado. A carta de drinques autorais é extensa e o bom e velho chope Brahma (R$ 12,00) nunca decepciona. Os valores referem-se à loja de Ipanema. Avenida Vieira Souto, 236, Ipanema, ☎ 2267-9909 (300 lugares). 11h/2h; Praia do Flamengo, 300, loja B, Flamengo, ☎ 2252-1399 (80 lugares). 10h/1h. → https://www.instagram.com/boteco_belmonte. Mais seis endereços. Aberto em 2002.

arte Bares

Clássico Beach Club. Com sete endereços espalhados pela cidade— e um em Portugal —, a rede foi eleita entre os destaques na categoria melhor quiosque da cidade pelo júri de VEJA RIO COMER & BEBER. Todos com decoração rústica e elegante, e cardápio assinado pela chef Thay Saraiva (ex-Mas­terchef). Especialista em culinária saudável, ela levou opções mais leves para o menu. Na unidade onde tudo começou, na Praia do Pepê, na Barra, o café da manhã servido até meio-dia faz sucesso com preparos como o avocado toast (R$ 20,00). Em Ipanema, hoje o endereço mais badalado, o desjejum é das 8h30 às 11h30, e tem opções como a frigideira de ovos (R$ 48,00) no molho de tomate, queijo de minas padrão e espinafre, servida com pão de fermentação natural. Há variações entre os menus, mas em todos encontram-se o ceviche clássico (R$ 67,00) com milho torrado e lâminas de batata-do­ce, e o poke bowl (R$ 51,00), salada com quinoa, rúcula, pepino, cenoura, gengibre, tomates, cebola crispy e amêndoas mais uma proteína. Para beber, vá de bons drinques, como o mate da praia (R$ 44,00), de rum envelhecido, mate gaseificado com hortelã, rapadura, limão e bitter. Avenida Vieira Souto, quiosque 8 (em frente ao 690, Praia Ipanema Hotel), Ipanema, ☎ 96547-4111 (124 lugares). 8h30h/22h; Avenida do Pepê, s/nº, Posto 2, Barra da Tijuca, ☎ 3489-9217 (100 lugares). 9h/21h. https://www.instagram.com/classicobeachclub. Mais seis endereços. Aberto em 2014.

Delirium Café. O zelo pela carta de cervejas desta empreitada de origem belga transforma o simples fato de escolher um rótulo para experimentar numa grande diversão. São cerca de 250 variedades em garrafa e vinte torneiras conectadas a barris de chopes estrangeiros e nacionais. A Gulden Draak 9000 (R$ 48,90, 300 mililitros) e o chope Brooklin Lager (R$ 45,00) estão entre os mais requisitados pelos clientes iniciados. Para acompanhar as inúmeras opções, caem bem os dadinhos de tapioca com geleia de pimenta (R$ 38,00) e o bolinho de malte com calabresa e queijo (R$ 34,00, seis unidades). Fomes mais substanciais podem ser contidas com os hambúrgueres de carne black angus, como o dc classic burger, com queijo, alface, cebola-roxa e picles (R$ 44,00), acompanhado de batata palito. Rua Barão da Torre, 183, Ipanema, ☎ 2502-0029 (80 lugares). 17h/1h (sex. e sáb. até 3h). https://www.deliriumcafe.com.br. Aberto em 2009.

De Lamare. Um ano após a bem-sucedida estreia, que lhe rendeu o prêmio na categoria quiosque em VEJA RIO COMER & BEBER do ano passado, a casa reforça sua vocação para oferecer boas experiências em meio a um dos mais celebrados cartões-postais da cidade. Eis que foi lembrado mais uma vez pelo júri entre os finalistas desta edição. No espaço criado pelos amigos Pedro de Lamare (Gula Gula), David Zylbersztajn (ex-Rubaiyat Rio) e Luiz Carlos Nabuco, a cozinha privilegia pescados e frutos do mar, como o mix do mar (R$ 39,00), repleto de camarões, lulas e mexilhões ao vinagrete levemente picante; e o ceviche do dia (R$ 54,00), com peixe branco, leite de tigre, cebola-roxa, pimenta-dedo-de-mo­ça, patacones e milho. Para uma refeição, invista no arroz jambalaya (R$ 82,00), elaborado com camarões, frango, barriga de porco e mexilhão. Na carta de coquetéis, assinada pelo mixologista Filipe Penno, destaque para o naipi e tarobá (R$ 34,00), com rum apimentado, Fernet, ginger ale, angostura e gomo de laranja-ba­ía maçaricado. Avenida Vieira Souto, s/nº, Posto 8, Ipanema, ☎ 98444-6313 (130 lugares). 12h/22h (qui. até 23h; sex. e sáb. até 0h; fecha seg.). https://www.instagram.com/delamarerio. Aberto em 2021.

Itahy. O botequim teve origem no Centro e acabou por ganhar fama na Zona Sul. Dos três endereços, dois ficam em esquinas opostas na mesma calçada, em Ipanema. Os pastéis de carne-seca com catupiry (R$ 38,00, seis unidades) ou o bolinho de bacalhau (R$ 44,00, dez unidades) são bons aperitivos. A costelinha de porco com fritas (R$ 39,00) é uma dica de sabor marcante. Na hora da refeição, uma sugestão é o frango à parmigiana com arroz e purê (R$ 50,00). Há ainda pizzas de tamanhos e preços variados (R$ 20,00 a R$ 91,00) e cervejas de garrafa. A Original sai por R$ 16,00. Mas é o chope Brahma (R$ 7,90 a tulipa) que vende mais na casa. Rua Barão da Torre, 334, ☎ 2287-7041 (150 lugares); Rua Maria Quitéria, 74, ☎ 2247-3356 (150 lugares); Rua São Bento, 63, Centro, ☎ 3802-1100 (60 lugares). 11h30/1h. Aberto em 1982.

La Carioca Cevicheria. Embora presente em toda a América do Sul andina, somente os peruanos transformaram o ceviche em orgulho nacional. Aqui, os peixinhos crus em diversas composições ganham quinze variações. O misto leva camarão, vieira, polvo, lula, cebola-roxa, coentro, pimenta e limão (R$ 53,00). Com toque carioca, o medalhão kallampa, com molho de pimenta-preta, creme de leite, queijo parmesão, cebola-roxa e quinoto de funghi (R$ 58,00), está entre os pratos mais apreciados. O espumante Noturno brut (R$ 125,00) e o vinho branco chileno Mancura Etnia (R$ 32,00 a taça) acompanham bem. As cervejas long neck Stella Artois (R$ 14,00) e Corona (R$ 16,00) são outras opções da carta. Rua Maria Angélica, 113, Jardim Botânico, ☎ 99449-7419 (60 lugares). Seg. a qua., 18h30/0h (qui. e sex. também 13h/17h; sáb. 13h/0h; dom. 13h/22h); Rua Garcia D’Ávila, 174, Ipanema, 98547-1773 (60 lugares). 12h/0h (qui. a sáb. 12h/1h; seg. a partir das 18h); Avenida Delfim Moreira (em frente ao número 62), Leblon, ☎ 98552-3474 (120 lugares). 12h/19h (qua. e qui. até 21h; sex. até 23h; sáb. 10h/23h; dom. 10h/20h). https://www.instagram.com/lacariocacevicheria. Aberto em 2011.

Pope. Premiado em 2021, o endereço continua entre os melhores na categoria gastrobar de VEJA RIO COMER & BEBER. A casa de sotaque mediterrâneo repaginou o menu, do prelúdio — como são intituladas as entradas — até a ala etílica. A experiência é ótima, seja para tomar um vinho (R$ 33,00 a taça de 150 mililitros) nas mesas da calçada ou aproveitar o salão de luz baixa para aproveitar os preparos na brasa, a exemplo da abóbora assada com linguiça de wagyu, creme de queijo de cabra frio e gremolata de hortelã (R$ 62,00). As pizzas de longa fermentação também merecem a atenção. Vale experimentar a nova volver (R$ 68,00), que leva fior di latte, presunto de Parma, ovo caipira estalado e queijo taleggio. Na carta de coquetéis, elaborada por Jonas Aisengart, sócio da empreitada, o espumante spritz ganhou destaque em clássicos e autorais, caso do Old Cuban (R$ 40,00), com rum envelhecido, hortelã, limão e xarope de açúcar, e do autoral Velha Bossa (R$ 38,00), preparado com gim infusionado com laranja e louro, xarope de casca de abacaxi e aguardente de banana. Rua Joana Angélica, 47, Ipanema (68 lugares). 12h/0h (ter. e qua. a partir das 18h; qui., sex. e sáb. até 1h; dom. até 23h; fecha seg.). https://www.instagram.com/popeipanema. Aberto em 2021.

Lagoa

Bar Lagoa. A vista da Lagoa Rodrigo de Freitas por si só já é um chamariz para quem gosta da varanda. Mas o clássico carioca, com piso e luminárias em estilo art déco, oferece uma experiência inesquecível até para quem senta no fundo do salão. O espaço é conhecido pelo amplo cardápio de entradas, petiscos e pratos típicos da culinária alemã. O salsichão branco (R$ 25,00) e a salada de batata com maionese (R$ 20,00) garantem um bom começo. O espetacular eisbein (R$ 80,00) ou o tradicional sanduíche de filé com queijo (R$ 40,00) também são boas pedidas. No preço da caipirinha e da caipivodca nacional, com frutas da estação, não há distinção (R$ 27,00). Por fim (como não lembrar?), o chope Brahma (R$ 9,50 a caldeireta), vertido por torneiras e serpentinas centenárias, é perfeito e está sempre entre os melhores do Rio. Na pandemia, o bar colocou mesas na calçada. Deu tão certo que estão lá até hoje, ampliando a sua capacidade. Avenida Epitácio Pessoa, 1674, Lagoa, ☎ 2523-1135 (210 lugares). 12h/0h. https://www.instagram.com/barlagoa. Aberto em 1934.

Laranjeiras

Armazém Cardosão. O espaço foi, por décadas, um segredo no alto da ladeira Cardoso Júnior, em Laranjeiras. Hoje, é patrimônio da boemia e da música carioca, ganhando a simpatia de quem por lá chega, tanto pelo ambiente de festa no quintal quanto pelas rodas de samba às quintas. Aliás, o bar foi escolhido pelo júri de VEJA RIO COMER & BEBER como dono da terceira melhor roda de samba da cidade. O bolinho de cogumelos (R$ 35,00, seis unidades) e a moela ao molho (R$ 23,00) são bons abre-alas. Não ficam atrás o croquete de rabada (R$ 21,00, duas unidades) e o pastel chileno de carne (R$ 7,00 a unidade). Não deixe o farto cardápio dos belisquetes matar a sua fome, porque ainda tem a feijoada — completa ou magra (R$  106,00, para dois). Para beber, cervejas de 600 mililitros variam de R$ 12,00 a R$ 17,00, além das long necks (de R$ 9,00 a R$ 11,00). Às terças, ainda rolam apresentações de jazz. Rua Cardoso Júnior, 312, Laranjeiras, 2225-3493 e 96491 7924 (80 lugares). 17h/23h (sáb. 12h/22h; dom. 12h/21h; fecha seg.). https://www.instagram.com/armazemcardosao. Aberto em 1954.

Casa Milà. Em meio ao mar de botecos que circundam a animada Praça São Salvador está o simpático gastrobar, de inspiração catalã. O espaço, verdade seja dita, também bebe na fonte das caçarolas italianas e brasileiras. Como no caso do popular bolinho de queijo de coalho recheado de carne de sol (R$ 52,00 a unidade), que rivaliza com as croquetas de jamón (R$ 38,00) na preferência do público. Uma boa pedida são os hambúrgueres no pão craquelado. Experimente o de costelinha suína com linguiça mineira, queijo fundido, alface e picles de cebola acompanhado de chips de aipim (R$ 68,00). O ragu de cordeiro com ervas aromáticas (R$ 68,00) pode ser um principal, assim como o badejo ao forno com banana-da-terra e farofa de açaí (R$ 76,00), que harmoniza com o brasileiríssimo Marzarotto Pleno Blanc Giallo (R$ 138,00). As cervejas Becks (R$ 14,00) e Stella Artois (R$ 13,00), em garrafas de 600 mililitros bem geladas, são sempre boas alternativas ao vinho. Rua Esteves Júnior, 28, Laranjeiras. 3586-7460 (70 lugares). 11h30/0h. https://www.instagram.com/casamilarj. Aberto em 2021.

Leblon

Azur. A culinária mediterrânea do chef e restaurateur Pedro de Artagão atrai amantes dos sabores do mar para o quiosque com decoração azul e branca, em harmonia com as ondas que quebram logo à frente. O pastel de camarão com catupiry (R$ 16,00), de recheio farto, é um bom abre-alas, assim como o fresquíssimo tartare de peixe do dia (R$ 42,00). A porção de camarões à bulhão pato (R$ 128,00) é uma homenagem ao Gruta de Santo Antônio, de Niterói. Na ala dos principais, que servem bem dois convivas, as moquecas de peixe (R$ 140,00) ou de camarão (R$ 180,00) podem vir com dendê, arroz, farofa e pirão. Para beber, o chope Brahma (R$ 12,00) e a caipirinha (R$ 28,00) são típicos da praia, mas pode-se brindar com espumante da Casa Irajá (R$ 94,00) ou jarra de clericot (R$ 120,00, 1 litro). Dica preciosa: tem atendimento na areia. Avenida Delfim Moreira, Posto 11, Leblon. (150 lugares). 12h/18h (sex. a dom. até 20h). https://www.instagram.com/azurpraia. Aberto em 2017.

Boteco Rainha. A ascensão foi meteórica. Aberto há menos de dois anos, o primeiro botequim do chef Pedro de Artagão já virou sensação no Leblon. Petiscos simples, mas preparados com esmero, fizeram o bar conquistar medalha de prata na categoria boteco, segundo o júri de VEJA RIO COMER & BEBER. Experimente o torresmo de barriga (R$ 34,00, para compartilhar), o croquete de costela (R$ 32,00, quatro unidades), a sardinha frita (R$ 28,00) e o pastelzinho de catupiry (R$ 24,00, seis unidades), entre outros acepipes e pratos tradicionais de inspiração portuguesa e espanhola. O sucesso estimulou o chef a alçar novos voos neste nicho. Estão aí para provar o Galeto Rainha, focado em carnes na brasa e colado ao bar, e o Boteco Princesa, que privilegia a tradicional comida popular carioca. Todas as casas servem chope Brahma (R$ 9,90) e uma ampla carta de bebidas que inclui cachaças artesanais, destilados de primeira qualidade, drinques autorais e coquetéis clássicos. Rua Dias Ferreira, 247, Leblon, ☎ 3598-8714 (50 lugares). 11h30/23h (qui. a sáb. até 1h). https://www.instagram.com/boteco_rainha. Boteco Princesa: Rua João Lira, 148, Leblon (25 lugares). 11h30/23h (qui. a sáb. até 1h). https://www.instagram.com/boteco_princesa. Mais um endereço. Aberto em 2022.

Bracarense. Uma das entidades máximas da boemia carioca abriu, neste ano, sua embaixada em São Paulo. A matriz carioca respira descontração com clientela heterogênea esparramando-se em mesas na calçada ou ancorada no balcão. Apesar das seis décadas de serviços prestados, o bar soube se renovar. Unanimidades como o bolinho de aipim com camarão e requeijão e as empadas como a de camarão com azeitona (R$ 6,80) nunca falham. No entanto, nos últimos anos o cardápio cresceu e ganhou variedade. Um exemplo é o bolinho de polenta com porco (R$ 6,00), ou a porção de peito de boi desfiado e acebolado (R$ 49,00). A casa também investe no almoço bom e barato, com opções como o contrafilé com ovo frito, farofa e caldo de feijão (R$ 56,00). Nos bebes, além do sagrado chope Brahma tirado à perfeição (R$ 11,60 a caldeireta), as caipirinhas cremosas de cachaça (R$ 21,90) ou de vodca (R$ 27,00 e R$ 33,00 a importada), ambas com maracujá e lima-da-pérsia, são opções que nunca saem de moda. Rua José Linhares, 85, loja B, Leblon, ☎ 2294-3549 (60 lugares). 11h/23h55 (seg. até 22h; ter. e qua. até 23h; dom. até 21h). https://www.instagram.com/bar_bracarense. Aberto em 1961.

Garoa Bar Lounge. Para celebrar os seis anos, o premiado bar de coquetéis com matriz em Santiago de Compostela, na Espanha, renovou a carta. Comandada por Igor Renovato, no Leblon, e Pretinho Cereja, em Ipanema, a equipe mais animada da Zona Sul criou receitas inspiradas em clássicos de antigamente. É o caso do tè del pomeriggio (R$ 39,00), influenciado pelo Old Pal, dos anos 20, à base de uísque americano, Campari, vinho branco, angostura e shrub de café servido com chocolate amargo em xícara de chá. Apesar das novidades, não há motivo para desespero. O campeão gitano (R$ 36,50) seguirá lá. Condecorado no último VEJA RIO COMER & BEBER na categoria gim-tô­nica, leva gim, caju, açafrão, xarope de gengibre e tônica. Diante de mais de trinta possibilidades de misturas etílicas, convém forrar o estômago com as batatas rústicas servidas na companhia de aïoli caseiro (R$ 27,00) ou com a tábua mista de queijos e embutidos espanhóis (R$ 80,00). Rua Dias Ferreira, 50, Leblon, ☎ 3591-7617 (80 lugares); Rua Prudente de Moraes, 1810, Ipanema, ☎ 3264-7760 (150 lugares). 19h/2h (qua. até 0h; qui. até 1h; fecha dom. a ter.). https://www.garoabarlounge.com. Aberto em 2016.

Henriqueta. As receitas icônicas da tradicional Gruta de Santo Antônio atravessaram a ponte e desembarcaram nesta versão tasca no Leblon. Desde junho, o chef Alexandre Henriques comanda a casa, que homenageia a matriarca portuguesa no nome e no cardápio. As aprazíveis mesas na calçada fazem sucesso nas noites mais quentes, nas quais é possível tomar uns copos na companhia de petiscos clássicos, a exemplo da porção de bolinhos de bacalhau (R$ 38,00, quatro unidades). Novo queridinho, o croquete de alheira (R$ 48,00, quatro unidades), eleito o segundo melhor petisco da cidade pelo júri de VEJA RIO COMER & BEBER, é feito com o clássico embutido português de carne de caça e servido com aïoli de páprica. Acompanhe com uma taça de vinho da extensa carta (a partir de R$ 30,00). Para encerrar, pastel de natas (R$ 16,00) quentinho. Rua Aristides Espíndola, 121, Leblon, ☎ 3429-6623 (42 lugares). 12h/0h (sex. e sáb. até 2h; dom. até 22h; fecha seg.). https://www.instagram.com/henriqueta.rj. Aberto em 2022.

Herr Pfeffer. A casa é pequena, mas concorre de igual para igual com os grandes bares do entorno, abraçando a tradição da culinária alemã da clássica Adega do Pimenta, de Santa Teresa. Suas oito torneiras seguem a bem-sucedida fórmula de revezar rótulos de cervejas visitantes com marcas tradicionais. A Tripel St. Bernardus (R$ 49,90, 330 mililitros) e a Roter Summer Ale (R$ 23,90, 500 mililitros) são duas visitantes frequentes. Entre os chopes fixos, prove o pilsen da casa (R$ 9,00, 300 mililitros). Para harmonizar — ou comer de verdade —, a linguiça da diretoria, com grão de pimenta verde, típica da Áustria, é um dos símbolos do cardápio (R$ 37,00). Outras dicas imperdíveis são a barriga de porco pururucada e defumada (R$ 38,00) e o joelho de porco assado lentamente, que exige reserva prévia (R$ 99,00). Mas olha: vale a pena. Rua Conde Bernadotte, 26, Leblon, ☎ 2239-9673 (38 lugares). 12h/2h (dom. até 23h; seg. e ter. até 0h). https://www.instagram.com/herrpfefferleblon. Aberto em 2002.

Jobi. Desde os anos 80 o reduto tem lugar cativo no coração dos boêmios. Não à toa, conquistou, neste ano, o título de Patrimônio Cultural Carioca. A experiência começa obrigatoriamente com as tulipas de chope Brahma (R$ 10,00), sempre geladas e cremosas. Provar as bolinhas de queijo crocantes por fora e derretidas por dentro (R$ 30,00, quinze unidades) é tão preciso quanto admirar o painel de Nilton Bravo no fundo do salão decorado pelo arquiteto Chicô Gouveia. A qualquer hora do dia e da noite, o pernil com arroz maluco (R$ 95,00), a carne-seca à mineira com tutu (R$ 97,00) e a feijoada (R$ 139,50), que serve duas pessoas, são escolhas que não decepcionam. A caipivodca varia de R$ 34,00 a R$ 52,00, e o drinque com cachaça tradicional (R$ 28,50) pode levar até duas frutas à escolha do freguês. Pura gastronomia popular carioca. Avenida Ataulfo de Paiva, 1166, loja B, Leblon, ☎ 2274-0547 (78 lugares). 11h/3h. https://www.instagram.com/bar_jobi. Aberto em 1956.

Liz Cocktails & Co. O premiado bartender Tai Barbin está à frente deste superaconchegante bar dedicado à coquetelaria dos quatro cantos do mundo. No dia a dia, Yuri Bittencourt prepara drinques como o mottainai martini, de saquê, gim, licor maraschino e flor de laranjeira (R$ 39,00), criado em homenagem ao Japão; e madame geneva, à base de gim london dry, saquê, yuzu e limão-siciliano (R$ 36,00), inspirado na Inglaterra. Dos clássicos que a gente nunca esquece, há o brasileiríssimo rabo de galo (R$ 35,00), com cachaça branca, Cynar, vermute seco e bitters (R$ 35,00). Ostras frescas vindas de Santa Catarina fazem a alegria dos clientes de sexta a domingo (R$ 18,00, duas unidades, a R$ 78,00, doze). Do enxuto menu fixo, prove o tartare de salmão (R$ 44,00) com toque oriental, servido em minicones de guioza e temperado com aïoli de curry e togarashi. Rua Dias Ferreira, 679, Leblon, ☎ 98460-7332 e 97693-9936 (33 lugares). 17h/1h (dom. até 0h.; fecha seg. e ter.). https://www.instagram.com/lizcocktails. Aberto em 2019.

Pabu Izakaya. Uma recente repaginada no ambiente manteve a mesa coletiva que antes ocupava quase todo o salão, mas agora em tamanho menor, permitindo que outras mais baixas dividam o espaço interno. Os lugares da calçada seguem disputados à noite. Um bom começo passa pelos imperdíveis guiozas com recheio de porco (R$ 34,00) ou vegetais (R$ 32,00), servidos com maionese caseira e cebolinha. Na ala dos crus, invista nos fresquíssimos ussuzukuris de atum e salmão (R$ 36,00 cada), vieiras (R$ 49,00) ou de peixe do dia (sob consulta), que chegam à mesa em lâminas finas sob molho ponzu. Deliciosos, os buns — pãezinhos no vapor — são hits da casa, com recheios ecléticos, que vão de barriga de porco, frango frito e berinjela caramelizada (R$ 27,00 cada um) a ostras empanadas (R$ 29,00). Duas dicas: às segundas, eles saem por R$ 19,00, a partir das 19h. E toda terça o litrão de saquê da casa custa R$ 119,00, a partir das 18h30. Na carta de drinques, o sake punch (R$ 34,00) mistura gim, limão, morango, lichia e pepino. Kampai! Rua Humberto de Campos, 827, loja G, Leblon, 3738-0416 (37 lugares). 12h/23h (sex. e sáb. até 0h). https://www.instagram.com/pabuizakayario. Aberto em 2017.

Polpo Taberna do Mar. O balcão de acepipes refrigerados faz lembrar os botequins como a Adega Pérola, o icônico sessentão que difundiu essa forma de petiscar tão comum além-mar. Antes de se acomodar no deque de madeira ou no pequeno salão, vá até o fim da casa para escolher o aperitivo entre as mais de vinte opções disponíveis em porções de 150 gramas, a exemplo do vinagrete de polvo (R$ 52,00) e da cavaquinha no vinagrete (R$ 58,00). Da cozinha, com consultoria do chef Ronaldo Canha, saem beliscos quentinhos como a pipoca de camarão com molho tártaro (R$ 42,00) e os bolinhos de bacalhau (R$ 29,00, oito unidades). Para almoçar durante a semana, a boa é conferir o menu executivo, das 12h às 14h, com pedidas como o filé de peixe com ratatouille e aligot de baroa (R$ 39,00). Na ala etílica, o mojito clássico (R$ 32,00) se destaca. Vale aproveitar a happy hour de terça a sexta, das 17h às 21h, com dose dupla de chope Brahma (R$ 9,90). A música ao vivo costuma rolar às sextas. Rua Rita Ludolf, 87, Leblon, ☎ 3556-3939 (24 lugares). 12h/0h (fecha seg.). https://www.instagram.com/polpo_tabernadomar. Aberto em 2022.

arte Bares

Sardinha Taberna Portuguesa. Inspirada nas tascas lusitanas, a empreitada, que tem como sócio Cecílio Araújo, antigo garçom do Jobi, não deixa dúvida de que se está numa casa portuguesa. Da decoração, com madeira e azulejos típicos, ao cardápio, tudo remete à terrinha. Para começar, decida entre os bolinhos de bacalhau (R$ 28,90, quatro unidades) e as sardinhas fritas, na mesma faixa de valor. Em seguida, a tradicional alheira com ovos mexidos (R$ 24,90) vai bem com uma long neck de Super Bock (R$ 13,90) ou uma taça de vinho (a partir de R$ 27,90). Para um passeio completo, aproveite o menu executivo, de terça a sexta, das 12h às 17h, com entrada, principal e sobremesa, a R$ 59,90. Rua Aristides Espínola, 101, Leblon (40 lugares). 12h/0h (fecha seg.). https://www.instagram.com/sardinhataberna. Aberto em 2021.

Sebastian. A esquina que abrigou o bom e velho Ponto de Bala, na década de 80 — com freezers de sorvete Kibon e balcão repleto de cocada e maria-mole —, tornou-se um bochicho que tem nesta empreitada seu mais novo representante. Com mesas apenas na calçada e bar e cozinha voltados para a rua, a casa aposta em gastronomia despojada feita com a sofisticação do chef Thomas Troisgros. Aqui, o croquete é de boi macio (R$ 32,00, três unidades), com textura perfeita. E as batatas fritas à oswaldo aranha vêm com alho dourado, azeite trufado e neve de parmesão (R$ 39,00). Para experimentar a porção de guacamole (R$ 39,00), o biscoito de polvilho faz as vezes de torrada. Já para comer de verdade, o polvo a la sebastiana chega com azeite de ervas, batatas ao murro, limão grelhado e alho assado (R$ 89,00). Chope Brahma (R$ 10,00) e Stella Artois (R$ 11,00) matam a sede. Na seara dos drinques, o vinho tonic é feito com vinho tinto, Cointreau, limoncello, limão-siciliano, mel e tônica (R$ 38,00). Rua dos Oitis, 6-A, Gávea, ☎ 96622-4885 (70 lugares). 12h/1h (sex. e sáb. até 3h; fecha seg.). https://www.instagram.com/sebastiangastrobar. Aberto em 2022.

Stuzzi. Um dos gastrobares mais longevos da cidade está sob nova direção desde fevereiro. Após a saída de Paula Prandini, o chef nova-iorquino Sei Shiroma assumiu a cozinha. Ao menu, ele, que também é dono da rede de pizzarias Ferro e Farinha, imprimiu sua marca em receitas inspiradas em sua ascendência asiática. Entre elas, o sashimi de atum com creme de burrata e nirá (R$ 52,00). Seguem inabaláveis alguns dos petiscos de acento italiano que se tornaram hits, a exemplo da porção de croquetes de cordeiro com molho de mostarda de Dijon (R$ 46,00). Da carta de coquetéis dos bartenders Alex Miranda e Lelo Forti, vale bebericar clássicos como o fitzgerald (R$ 34,00), com gim, xarope de açúcar, suco de limão e angostura, sem deixar de lado criações inventivas. É o caso do rj sour (R$ 36,00), de bourbon, licor de banana, sour mix e perfume de priprioca. Há opções de espumante e vinhos branco, rosé e tinto em taça por R$ 30,00 cada. Às quintas e domingos, a partir das 19h, o agito é animado por DJ. Rua Dias Ferreira, 45-A, Leblon, ☎ 99138-4663 (60 lugares). 19h/0h (qui. até 1h; sex. e sáb. até 2h; dom. 17h/23h; fecha seg.). https://www.instagram.com/stuzzi_gastrobar. Aberto em 2011.

Venga!. O conceito pioneiro em oferecer tapas e pintxos espanhóis na cidade é longevo. Tem treze anos. Reformada, a matriz se tornou Venga! La Barra, uma alusão ao balcão que se estende pelo interior do bar. Experimente o pan con tomate (R$ 19,00), pão de fermentação natural de rara delicadeza; e o piquillo relleno (R$ 54,00), pimentões recheados com atum. Para acompanhar, nada melhor que uma sangria refrescante (R$ 98,00, 1 litro) ou um vinho espanhol como o Pata Negra Verdejo (R$ 115,00). Em Ipanema, vale provar clássicos da rede, como as croquetas de jamón (R$ 12,00 a unidade) e o pulpo à la gallega (R$ 59,00). No Chiringuito, aposte na paella marinera (R$ 148,00, para duas pes­soas), com arroz bomba, polvo, camarão, lula e mexilhão. Brinde com o granada (R$ 30,00), drinque que reúne vodca, ginger ale, morango e gengibre. Rua Dias Ferreira, 113, Leblon, ☎ 2512-9826 (34 lugares). 18h/23h (qui. até 0h; sex. até 1h; sáb. 13h/1h; dom. 13h/22h; fecha seg.); Rua Garcia D’Ávila, 147, Ipanema, ☎ 2247-0234 (84 lugares). 12h/23h (qui. até 0h; sex. e sáb. até 0h30); Avenida Atlântica, 3880, Copacabana, ☎ 3264-9806 (94 lugares). 12h/23h (qui. até 0h; sex. e sáb. até 0h30) https://www.instagram.com/vengabardetapas. Aberto em 2009.

Urca

Bar Urca. Não é fácil dividir as atenções com a vista deslumbrante que se exibe à frente dela, mas a empreitada, que neste ano tornou-se Patrimônio Cultural Carioca, se sai bem demais. Comer e beber com os pés sobre a Baía da Guanabara, sentado na mureta, é o grande barato do lugar. Ali, pode-se pedir pastéis (R$ 8,50) e empadas (R$ 11,50) de camarão e siri, para degustar ao lado de um casco estupidamente gelado de cerveja Original (R$ 17,00) ou Brahma (R$ 15,00). O salão, no 2º andar, permite admirar o visual em salão refrigerado, com pratos fartos de frutos do mar. Destacam-se as moquecas variadas (de camarão ou peixe, a partir de R$ 182,00) e o bacalhau à gomes de sá, desfiado com batata sautée (R$ 250,00), todos para até três famintos. Para beber, a caipirinha é preparada com Velho Barreiro (R$ 23,00) ou Sagatiba (R$ 25,00). Da carta de vinhos, o tinto Dom Grão (R$ 118,00) e o branco Fonte da Barca (R$ 87,00) figuram entre os mais pedidos. Rua Cândido Gaffrée 205, Urca, ☎ 2295-8744 (70 lugares). 8h/22h30. https://www.instagram.com/barurca. Aberto em 1939.

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