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Por Marcelo Copello, jornalista e especialista em vinhos Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Marcelo Copello dá dicas sobre vinhos

Saint-Émilion, sub-região de Bordeaux, aprimora sua qualidade

Entenda como funcionam as classificações da maior região de Bordeaux

Por Marcelo Copello Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
3 jul 2023, 05h00
Saint-Emilion
 (Shutterstock/Divulgação)
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Saint-Émilion é ao mesmo tempo a mais antiga região de Bordeaus, turisticamente a mais bela, e também a de maior produção de vinho. O império romano já fazia vinhos na região, e a pequena vila que lhe dá nome, patrimônio protegido pela Unesco, é uma parada obrigatório para os enófilos.

 

Falar de Saint-Émilion é falar de merlot, sua principal casta e a mais plantada em Bordeaux, com 65% dos vinhedos. Lá esta casta chega a seu apogeu, com textura rica, concentração, aromas de frutas negras, ameixas, amoras, alcaçuz e chocolate. A principal coadjuvante, que cresce a cada ano, é a cabernet franc, que adiciona taninos, elegância, longevidade, frescor, notas florais, de frutas vermelhas, especiarias, ervas.

 

Um item que causa grande confusão são as classificações desta região. Desde 1955, a cada 10 anos os vinhos são provados e os melhores são classificados como Grand Cru Classé em 3 níveis. Na última classificação em 2012, 4 châteaux foram agraciados com o título mais alto de Grand Cru Classé A, 14 ficaram como Grand Cru Classé B e 64 como Grand Cru Classé (categoria mais básica, mas que já denota alta qualidade).

 

A grande confusão vem da classificação de Appellation d’origine contrôlée (AOC), que tem nome quase idêntico a dos Grand Crus Classés.

 

Saint-Émilion possui mais de 5,500 mil hectares de vinhedos, com mais de 800 produtores, destes a maior parte, cerca de dois terços, faz parte da AOC Saint-Émilion Grand Cru (sem a palavra Classé) e um terço está na AOC Saint-Emilion.

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Há bem mais vinhos com AOC Saint-Émilion Grand Cru do que com AOC Saint-Emilion. As regras para ser da primeira são ligeiramente mais rígidas, mas muito semelhantes à segunda, não estabelecendo um diferencial de qualidade, que na prática depende muito mais do produtor do que da legislação. Para resolver este problema desde a safra 2014 para receberem a AOC Saint-Émilion Grand Cru os vinhos passam por uma prova por uma entidade independente, chamada, Quali Bordeaux, que pretende garantir o nível dos produtos.

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