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Vinoteca

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Marcelo Copello dá dicas sobre vinhos
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É permitido gostar de tintos demi-sec

Tendência de doçura nos tintos cresce no mundo e agrada em cheio aos brasileiros

Por Marcelo Copello Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
1 set 2023, 05h13

Comecei a beber vinhos na primeira juventude, com os tintos suaves, de garrafão, passei pelos espumantes moscatéis, pelos alemães meio-doces, até vários anos depois, chegar aos tintos secos.

 

Eu mesmo entrei no mundo dos vinhos pelo garrafão e depois pelos moscateis espumantes, depois brancos alemães, foi um longo caminho até chegar aos tintos secos

 

Este é um caminho comum. Segundo pesquisa relatada pelo Master of Wine Tim Hanni, em seu livro “Why you like the wines you like”, o gosto pela doçura nos vinhos está ligada à idade, ao gênero e a frequência do consumo. Jovens, mulheres e bebedores menos assíduos, preferem a doçura e evitam o amargor.

 

As principais rejeições ao vinho, para quem está começando a experimentar a bebida, são justamente o amargor, dados pelos taninos dos tintos, e a acidez. Ambos dão certa aspereza à bebida e são amenizadas pelo álcool, e principalmente, pelo açúcar. Curiosamente quanto mais experiente e envolvido o consumidor, mais ele irá apreciar exatamente os taninos e a acidez.

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Os vinhos com uma certa doçura são, então, uma porta aberta para quem se inicia no mundo de Baco. Hospitalidade, palavra em voga quando se fala em atendimento a clientes, traduz-se no mundo do vinho em justamente em

ajudar as pessoas a acharem os vinhos que gostam sem julgá-las, oferecendo meios para que cada um descubra seu gosto pessoal e o desenvolva.

 

É importante ressaltar que a percepção do amargor e doçura, variam muito de pessoa para pessoa. O número de bulbos gustativos em nossa cavidade bucal, vai de 500 a 11.000 conforme a pessoa, com variação grande também de tipo de receptores em cada bulbo. Uma pessoa pode ter maior sensibilidade ao amargo, mas não ao sal, por exemplo.

 

A doçura nos vinhos pode ser natural ou adicionada. Uvas muito maduras, que concentraram muita frutose e glicose. Parte destas irão se transformar em álcool durante a fermentação, restando o que chamamos de açúcar residual. Também é permitida a adição de açúcares ao vinho pronto. Pela legislação brasileira os vinhos finos podem receber até 80 gramas de açúcares.

 

O teor de açúcar de um vinho é expresso em gramas de glicose por litro e pela norma de 2019 no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), os vinhos finos classificam-se como: seco (até 4g), demi-sec (ou meio-seco, de 4g e até 25g), suave ou doce (superior a 25g e até 80g).

 

Muitos produtores contestam que a faixa para os meio-secos é demasiado ampla, já que um vinho com, por exemplo, 5g de glicose, pode ser seco, se sua acidez e taninos forem mais altos.

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