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Por Marcelo Copello, jornalista e especialista em vinhos
Marcelo Copello dá dicas sobre vinhos
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Degustação às cegas, diversão e aprendizado

Provar sem ver o rótulo do vinho pode proporcionar muitas lições e entretenimento

Por Marcelo Copello Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 26 abr 2024, 07h28 - Publicado em 3 mar 2024, 05h00

Não, não é no escuro, nem ninguém precisa vendar nos olhos. Degustar as cegas é apenas provar um vinho sem saber qual é. Para tal basta embrulhar a garrafa para esconder o rótulo ou apresentar a bebida já na taça.

 

Este tipo de degustação é usado em concursos de vinhos; concursos de sommeliers; por compradores para seleção de produtos; por jornalistas e especialistas em geral, para publicações; didaticamente, por estudantes da área; e, digamos, como recreação cultural, por consumidores mais entusiasmados.

 

Conforme a finalidade dentre as listadas acima, os objetivos e o procedimento da prova cega variam um pouco.

 

Em um concurso de vinhos, o objetivo é classificar os vinhos provados com notas, formando um ranking e elegendo os melhores de cada categoria. Uma categoria pode ser uma casta, por exemplo. Os jurados, provam por exemplo digamos, diversos cabernet sauvignon atribuindo-lhes pontuações para eleger o “melhor cabernet sauvignon”. O que se sabe sobre o vinho neste momento? Isso varia um pouco de concurso para concurso, mas normalmente sabe-se a safra, em caso de blends, pode-se saber a casta predominante e às vezes, mas nem sempre, a faixa de preço. Estas informações servem para que os jurados avaliem sem o vinho está coerente com sua safra, casta e faixa de preço, por exemplo.

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As provas de jornalistas, especialistas ou guias, funcionam de forma semelhante a um concurso. O objetivo não é identificar que vinho é, mas sim, simplesmente avaliar sua qualidade.

 

Um comprador de uma importadora, loja, supermercado ou clube de vinhos, pode provar vinhos às cegas com o objetivo de selecioná-lo para compor o portfólio de sua empresa. Para este profissional a informação primordial e o preço. Ele pode por exemplo estar buscando para seu supermercado um “cabernet sauvignon do Chile, na categoria Reserva, por até US$ 2, preço de atacado na origem”. Ele então provará diversos vinhos desta categoria para identificar o melhor.

 

Em um concurso de sommeliers, quem está sendo avaliado é o profissional, em uma competição. Neste caso o degustador não sabe absolutamente nada sobre o líquido provado, que pode vir em uma taça preta, e que eventualmente pode até ser outra bebida que não vinho, como um destilado ou mesmo água. O candidato precisa analisar e descrever a bebida de forma coerente. Depois ele poderá comentar sobre sua qualidade, tentar identificar como o vinho foi feito, o clima da região, métodos de vinificação, sua casta ou blend, origem e faixa de preço e por fim dar sugestões de harmonização. Avalia-se aqui a precisão e coerência do candidato.

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A degustação às cegas é uma ferramenta fundamental para profissionais e pode ser também uma brincadeira divertida e educativa para todos os apreciadores da bebida. Pode-se reunir um grupo de amigos, com cada um trazendo um vinho embrulhado. Cada um serve seu vinho e os demais poderão tentar acertar, em um passo a passo, 1-se é varietal ou corte, 2-sua casta ou castas, 5-safra, 6-teor alcoólico, 3-país, 4-região.

 

O ideal é degustar em grupo, pois a troca de informações entre os participantes é fundamental. Aviso que, para ter sucesso neste jogo, é preciso muita prática, ou muita litragem.

 

 

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