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Vinoteca

Por Marcelo Copello, jornalista e especialista em vinhos Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Marcelo Copello dá dicas sobre vinhos
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Aprenda a servir o vinho na temperatura correta

Por Marcelo Copello Veja mais em www.marcelocopello.com “Já degustei este mesmo vinho antes. Por que aqui ele parece melhor?” Esta é uma pergunta que me fazem com freqüência em cursos que ministro para iniciantes. São vários os motivos, objetivos e subjetivos, que os levam a achar isso. Os principais: o conhecimento sobre a bebida, a […]

Por marcelo
Atualizado em 25 fev 2017, 17h20 - Publicado em 28 out 2016, 09h11
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Por Marcelo Copello

Veja mais em www.marcelocopello.com

“Já degustei este mesmo vinho antes. Por que aqui ele parece melhor?”

Esta é uma pergunta que me fazem com freqüência em cursos que ministro para iniciantes. São vários os motivos, objetivos e subjetivos, que os levam a achar isso. Os principais: o conhecimento sobre a bebida, a taça correta e a temperatura ideal. Vou me ater ao terceiro critério. Nada influi tanto na apreciação de um vinho quanto sua temperatura. Em nosso país, estamos acostumados a extremos em tudo o que bebemos. Café escaldante e cerveja “estupidamente gelada”. O vinho é uma bebida delicada e cheia de nuances. Seria um crime deixar um champanhe congelar, ou degustar um grande Bordeaux à temperatura ambiente de 29ºC. E que fique claro: vinho tinto à temperatura ambiente só vale se ela for a ideal para o seu estilo.

Para começar, nenhum vinho deve ser servido além de 20ºC, a não ser que você esteja gripado e queira fazer uma inalação, pois, a uma temperatura dessas, a evaporação do álcool será intensa.

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Algumas das características básicas dos vinhos com a temperatura Corpo: o olfato é apenas suscetível aos vapores e os vinhos mais encorpados têm um peso molecular maior que os mais leves.

Essa é uma das razões pelas quais se degustam os tintos a uma temperatura mais alta que os brancos.

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Casta: algumas variedades produzem vinhos mais voláteis que outras. Pinot Noir, por exemplo, é mais volátil que a Cabernet Sauvignon, motivo pelo qual os Borgonhas são geralmente servidos mais frescos que os Bordeaux.

Tanicidade: tanino é um elemento contido só nos tintos e dá a impressao de travar a boca. Quanto mais baixa a temperatura, mais evidente ele fica, tornando o vinho desagradável se a bebida estiver gelada.

Aroma: quanto mais elevada a temperatura, maior a evaporaçao e, conseqüentemente, o perfume se acentua. Este reforço deve ser dosado, pois em muitos brancos o perfume já é naturalmente intenso.

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Temperaturas elevadas conduzem a uma perda da elegância e do frescor, tornando o vinho fugaz. No sentido oposto, temperaturas excessivamente baixas escondem qualquer aroma que o vinho possa ter.

Doçura: a característica é acentuada pelo calor e amenizada com o frio. Para os cartesianos, segue uma sugestão de tabela de temperaturas:

 

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É raro não haver a necessidade de resfriar um vinho. O fato de não possuir uma adega climatizada em casa ou não dispor de um termômetro de vinhos não elimina sua necessidade de controlar a temperatura da bebida.

Por isso é útil saber que: na parte interna da porta de uma geladeira a temperatura mínima (1ºC no termostato) permanece em torno de 12ºC. Já no fundo, junto à placa fria, é de +/- 3ºC. No meio, cerca de 6ºC. As temperaturas foram colhidas com um termômetro comum na minha geladeira. Faça o mesmo na sua. Para os tintos que pedem temperaturas mais altas do que 12ºC, deixe-os gelar na porta por um período de, no máximo, duas horas. Mas evite manter vinhos por muitos dias na geladeira, pois a vibração não fará bem ao líquido.

É aconselhável usar um balde com gelo e água gelada. Neste caso, deixe os tintos mais potentes por cerca de dez minutos e depois os retire.

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Se você estiver num local gelado, ou se a garrafa estava estocada num lugar mais frio que o ideal, você precisará aquecê-la. O melhor a fazer, neste caso, é o que os franceses chamam de chambré, ou seja, deixar que o vinho se aqueça na temperatura ambiente da sala onde será bebido até atingir o ponto ideal. Foi desta prática que se originou o errôneo mito de que o vinho tinto se bebe à temperatura ambiente. Se o lugar estiver muito frio, aproxime a garrafa de uma lareira, ou de outra fonte de calor.

No mais, ignore a pressa. O ritual serve para preparar o clima e aguçar o paladar. Não deixe de ler também: Um tipo de vinho para cada ocasião.

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