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Vinoteca

Por Marcelo Copello, jornalista e especialista em vinhos Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Marcelo Copello dá dicas sobre vinhos

A evolução da pinot noir no Chile

Em recente visita ao Chile pude degustar cerca de 350 vinhos. Uma das gratas surpresas deste panorama foram os tintos de uvas pinot noir

Por Marcelo Copello Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
14 jul 2023, 05h00
Pinot do Chile
 (shutterstock/Divulgação)
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Por Marcelo Copello

 

Em recente visita ao Chile pude degustar cerca de 350 vinhos de regiões de norte a sul do estreito país. Uma das gratas surpresas deste panorama foram os tintos de uvas pinot noir. Sou um apaixonado pelos grandes vinhos da Borgonha, origem desta casta, e como tal bastante exigente e, confesso, às vezes até um pouco cético, quando se trata desta cepa. Nas últimas três décadas venho acompanhando a evolução dos pinos chilenos. Quem os provava até alguns atrás sentia muita fruta, madeira, álcool, mas pouco frescor, elegância, refinamento, mineralidade e, sobretudo pouca tipicidade desta temperamental uva borgonhesa.

 

Esta última amostragem que tive agora me faz poder afirmar que os melhores que provei estão chegando em um patamar de alta qualidade, com exemplares refinados, que já superam a maioria dos Borgonhas de entrada.

 

Esta transformação, contudo, não aconteceu da noite para o dia. Como quase tudo que se refere a elaboração de vinhos, é resultado de um processo lento que por vezes demora anos e implica em ajustes constantes em várias etapas da produção. As mudanças começam nos vinhedos, com novos clones, aprimoramento de seu manejo (posição em relação ao sol, poda, rendimento – menos uva por hectare), colheita por vezes antecipada, tudo com o objetivo de entregar uvas maturação perfeita (maduras, mas não sobre-maduras) e retendo melhor acidez natural. Depois, uma transformação das uvas em vinho, com macerações mais curtas e com menos intenso de barricas novas, por exemplo.

 

A grande mudança foi, no entanto, foi a escolha de novos vales para produzir. Os melhores pinot noir provados nesta viagem vierem de vales mais frescos, seja mais no extremo norte, extremo sul, ou na costa, mais próximos às águas frias do Oceano Pacífico. Do norte os destaques foram alguns exemplares do vale de Limarí, como P.S. Garcia e o Amelia da Concha y Toro, e do Atacama o Tara da Ventisquero. Da região costeira provei diversos exemplares de alto padrão como os magníficos Ventolera, do vale de Layda, e Terranoble e Casas del Bosque, do vale de Casablanca. Mas foi do extremo sul que vieram as maiores descobertas – do vale de Malleco, já próximo à Patagonia, de lá me encantei com os pinots da Morandé e P.S. Garcia.

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