Por trás das máscaras da mente: velhas ilusões e novos padrões mentais
"Para descobrir quem você é, você precisa ir além de quem você pensa que é", explica o autor Deepak Chopra.
Trabalhar com pessoas é um prazer absurdo, elas são um espelho gigante da minha humanidade. Mas hoje é um daqueles momentos em que você sente que o caminho é longo. É um dia após muitos outros dias.
Acho misterioso o fato de construirmos nossa vida com uma profunda falta de conhecimento sobre quem somos de verdade. Não temos ideia de por que as pessoas são programadas para amar e odiar, para oscilar entre felicidade e desespero. Nesse exato momento eu e você lidamos com nossas contradições.
Você é um mistério para si mesmo porque todos são um mistério para si próprios. O que mantém as pessoas seguindo em frente são a rotina diária e a esperança de que nada dê tremendamente errado.
E isso já é bastante coisa, vai. Einstein dizia que nada acontece até que algo se mova. Tudo é uma dança de partículas e espaços vazios, da nossa identidade à cama em que você dorme. Como podemos melhorar nossa vida se não percebemos que o que parece sólido é uma dança?
Sabemos que a realidade é muito confusa, e que em boa parte do tempo preferimos ignorar nossas águas profundas para permanecermos em segurança no raso. O Deepak Chopra tem diversos estudos sobre a metarrealidade. Por mais que ele, atualmente, seja um guru das estrelas e que isso nos deixe desconfiados de seu trabalho, ele tem uma vida dedicada à investigação da mente e dos corpos sutis. E sabe o que ele diz? “Para descobrir quem você é, você precisa ir além de quem você pensa que é”.
A realidade é muito mais maleável do que supomos. As limitações que nos são impostas em sua maioria são auto imposições. Você já parou para pensar sobre isso? Não saber quem você é o mantém preso a crenças batidas, faz com que alimente velhas feridas, obedeça a condicionamentos ultrapassados. A boa notícia é que a sua mente que criou isso tudo também pode desfazer.
Não existe nenhuma lei que diga que só porque você um dia acreditou em alguma coisa é obrigado a acreditar nela para sempre. Eu repito todos dias durante as sessões: Nós podemos parar de escolher velhos pensamentos! É praticamente um mantra, para mim, inclusive. Tem épocas em que olhamos para a vida dos outros e pensamos que a felicidade é uma manta curta, que não dá para todos.
Se cobre uns, descobre você.
É claro que tristezas e infelicidades acontecem. Não há consolo em dizer que o que nos acontece, nos acontece. Parte fazemos, parte nos fazem. Qual é o momento preciso em que tomamos ou somos tomados por uma direção e um belo dia….somos quem somos?
No fim, o mistério de ser humano obedece apenas a si mesmo. Ainda assim, é importante sair do raso e mergulhar. Só então você poderá ir além de quem você pensa que é para de fato ser quem você pode ser.
A metarrealidade não é coisa da Marvel – ela está ali adiante. Na fila do pão.