Outro dia, encontrei na minha biblioteca um livro de arte do escritor suíço Alain de Botton. Eu estava muito empenhada em inspirar minha aluna a meditar mais usando seu interesse pela arte como um pontapé zen. E lá fui eu revistar a obra Arte como Terapia. De fato, não sei se a Cássia tem meditado, mas encontrei a seguinte frase: “A paciência não é algo emocionante”. Será que se o escritor Alain de Botton tivesse assistido a criação de uma mandala de areia de perto, ele teria feito essa afirmação?
Na cultura tibetana, as mandalas de areia são representações dessa imersão artística e contemplativa com os recursos naturais. As cores e os desenhos têm um significado profundo originário dos antigos ensinamentos do Buda e cada cor é um antídoto para emoções negativas específicas. É muito auspicioso, people. E para mim, assistir aquela paciência dos mestres desenhando os símbolos com cones e areia é bem emocionante.
Sabe por que? Porque elas tocam no nosso apego. Como algo tão lindo, que deu tanto trabalho, pode ser desfeito com um sopro? Pois é. Eu só tive a chance de ver duas mandalas até hoje, uma em 2016 e outra em 2019, ambas no Nepal. Então, se você tiver a oportunidade, vá a esse evento gratuito. Vou deixar o link de inscrição no final do texto. O evento acontece nos dias 29,30 e 31, no templo budista tibetano Shiwa Lha, em Laranjeiras, com a presença do Lama Losang Samten.
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>>Informações e inscrição:
https://shiwalha.org.br/eventos/mandala_de_areia/
>>Local: Centro Shiwa Lha – Rua Ribeiro de Almeida, 23 – Laranjeiras
>>Telefone: (21) 95101-3849