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Mindfulness e os benefícios para as crianças

A prática milenar, que ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade, vem ganhando cada vez mais adeptos na cidade

Por Raquel Pereira
Atualizado em 23 set 2020, 19h41 - Publicado em 23 set 2020, 13h01

Equilíbrio emocional em épocas de isolamento social. No momento atual em que estamos vivendo, com tantas mudanças no dia a dia, conseguir reduzir o estresse e a ansiedade das crianças é o principal desejo dos pais e cuidadores. E é exatamente isso que propõe o mindfulness, que é baseado em técnicas milenares de meditação e vem ganhando cada vez mais adeptos pela promessa de, dentre outros benefícios, melhorar o foco e a concentração dos alunos.

“A prática de atenção plena ensina a lidar melhor com os desafios diários. Para muitos, é a chave para uma vida mais leve e feliz”, garante Luiza Bittencourt, instrutora sênior de mindfulness pelo Mindfulness Trainings International (MIT). Conversamos com a especialista sobre o tema. Confira!

Em épocas de isolamento social, o que você tem visto em relação às perdas sociais e emocionais dos pequenos?
Resposta: As crianças estão sobrecarregadas. Além de ter que lidar com as emoções deste período, o homeschooling tem sido mais um desafio. A falta de outros tipos de distrações, como os passeios, tem gerado frustração e irritação. O mindfulness trabalha exatamente isso: a auto regulação emocional e habilidade de controlar reações fortes e impulsivas. A prática melhora também a qualidade do sono e a vitalidade.

Países como Canadá, Austrália, Estados Unidos e Reino Unido já incluíram a prática nas salas de aula das escolas infantis. Como essa questão é vista no Brasil?
R: Estamos um pouco atrasados. Dou aulas em um colégio da zona sul para crianças entre quatro e oito anos e o resultado tem sido incrível. Acredito na inclusão da prática no currículo, mas ainda não é prioridade. Estamos começando a caminhada por aqui.

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Pode ensinar um exercício específico para ansiedade?
R: O ‘ponto âncora’ é ótimo para acalmar nesses momentos. Basta pedir que a criança coloque a mão em cima da barriga, do peito ou das narinas par sentir o ar entrando/saindo. Isso ajuda na autorregulação emocional. Para sentimentos mais desafiadores, como tristeza, medo, raiva, estresse e ansiedade, ela pode fazer esse exercício ou usar a garrafinha da calma, que é uma ferramenta lúdica e divertida. Basta sacudir com bastante força, parar e observar a purpurina baixar até o fim. Isso acalma muito e é como se fosse uma pausa para que a pessoa faça escolhas mais conscientes – pensar, sentir e, só então, agir.


Aprenda a fazer a garrafinha da calma

Materiais necessários:
Uma garrafa de plástico transparente
cola colorida
purpurina
água morna

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Modo de fazer:
Depois de higienizar a garrafinha, coloque a água morna e depois acrescente as colas coloridas. Importante que seja uma a uma, associando cada cor a uma emoção. Que tal mostrar a cor para a criança e pedir que ela diga um sentimento? Depois solicite que ela descreva uma situação ou acontecimento que a faz sentir daquele jeito. Após isto, adicione a purpurina e feche. Cada pequeno pode decorar a garrafa como quiser, usando adesivos, colas, tintas, mas é preciso que continuar visualizando o interior da garrafinha para que ela siga seu propósito inicial.

Nos momentos de muita emoção ou sentimentos poderosos, oriente a criança que sacuda bem a garrafinha e deixe repousar enquanto observa a purpurina e as cores caindo para o fundo. É o tempo de ela se acalmar.

Na Estante: dica de livro!

  • O livrão Brincando e aprendendo com mindfulness (R$ 19,90, selo Coquetel) ensina como se conectar com os próprios sentimentos usando técnicas de respiração por meio de passatempos
  • Em Sinto o que sinto: E a incrível história de Asta e Jaser (R$ 39,90, editora Carochinha), de Lázaro Ramos, o personagem principal enfrenta diferentes situações que o fazem ter que encarar uma mistura de sentimentos. A obra mostra aos leitores que é normal sentir raiva, alegria, orgulho, tudo ao mesmo tempo
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