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Por Patrícia Lins e Silva, pedagoga
Educação
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Como melhorar o século 21?

A escola existe para ensinar a pensar e agir sobre a vida, sobre os problemas que nos envolvem, sobre os desafios que encontramos

Por Patricia Lins e Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
3 jan 2022, 18h37

Era para começar bem, o século 21. Afinal, ficava para trás o século de duas grandes guerras mundiais, da guerra do Vietnã, do Iraque, da Guerra Fria, do Muro de Berlim. Na passagem de um milênio para outro, nossa inacreditável capacidade de invenção já tinha criado as tecnologias digitais que, além de mudar nossas relações com o mundo, facilitavam descobertas científicas para melhorar nossas vidas. Estávamos certos de que a humanidade, enfim, assumiria um comportamento responsável, inclusivo e generoso. Acreditávamos que os direitos humanos estavam perfeitamente incorporados às mentes, que as questões identitárias tinham acabado com os preconceitos, que o pensamento colonizado teria ruído para dar lugar ao reconhecimento de outras epistemes referenciais e, dali para a frente, as discussões seriam para sempre travadas num clima tolerante para torna-las mais produtivas. Naquela meia-noite, as desigualdades econômico-sociais eram insuportáveis, a fome inadmissível, a violência imperdoável e a educação se tornava um valor universal que não faltaria a ninguém.

Era para começar bem, o século 21. Só que não.

Hoje, já na segunda década, estamos marcados por uma pandemia que mudou o modo de vida do planeta. É importante frisar que a ciência conseguiu um feito espetacular ao produzir, em apenas um ano, diversos tipos de vacina que têm protegido a humanidade do vírus covid-19. É de se comemorar com muito orgulho. Mas temos ainda outro problema grave que precisa de solução, que é a quantidade de carbono que continuamos jogando na atmosfera e que, caso continue, terá consequências desastrosas para a vida.

A educação básica foi muito atingida pela pandemia, com alunos sem poder frequentar as escolas, o que traz muita preocupação para o futuro desta geração. A escola precisa cuidar de contextualizar o que os alunos e nós todos estamos vivendo, precisa se transformar num lugar de saber real, saber que envolve vida diária, saber que envolve a humanidade. Os assuntos de todo dia é que são os “conteúdos”, como a pandemia, a saúde, a inflação, o desemprego, a fome. A escola existe para ensinar a pensar e agir sobre a vida, sobre os problemas que nos envolvem, sobre os desafios que encontramos. Espera-se que a escola prepare os alunos atuais para que reescrevam o roteiro do século 21, dando-lhe uma direção mais otimista, que aponte para a cooperação, para o compartilhamento de soluções e saberes, para solidariedade e justiça. 

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