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Lu Lacerda

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Jornalista apaixonada pelo Rio

Marie Bèndelac: como CEOs empáticos estão remodelando os negócios

CEOs que adotarem essa postura terão a nova moeda dos negócios: conexão genuína, engajamento sustentável e cultura resiliente

Por lu.lacerda
Atualizado em 16 jun 2025, 10h35 - Publicado em 16 jun 2025, 09h00
 (Freepik/Divulgação)
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No último dia 11 de junho, estive entre executivos e líderes no CEO Forum da AMCHAM. O tema central? Liderar com humanidade, com escuta ativa, empatia e presença. E ficou claro: a empatia não é apenas uma necessidade humana, um valor ético, mas uma vantagem estratégica.

O poder da empatia comprovado por dados:

Estudos da Harvard Business Review e da McKinsey reforçam: equipes lideradas por pessoas empáticas têm menor burnout, mais criatividade e retenção superior.

Pesquisas da McKinsey mostram que colaboradores que se sentem escutados têm mais propensão a inovar e a se envolver profundamente nas entregas.

Harvard aponta que 77% dos executivos consideram a empatia essencial, mas menos da metade consegue vivenciá-la no dia a dia.

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Dados da Gallup estimam que a desmotivação dos empregados custa cerca de US$ 8,8 trilhões ao ano e a empatia é um dos principais fatores que reconectam as pessoas ao trabalho. Eu fico impressionada com esses dados e me pergunto como ainda pode se acreditar que manter líderes frios e desumanos em posição de liderança pode ser positivo para os negócios e para a sociedade.

No CEO Forum, ouvi uma pergunta desafiadora: “Como equilibrar liderança centrada em resultados com cuidado genuíno pelas pessoas?”

A resposta está na empatia, na comunicação não violenta e na escuta genuína: quando líderes falam com clareza e ouvem com atenção, criam segurança psicológica a base da inovação de alto impacto.

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Amy Edmondson, da Harvard Business School, reforça que a segurança para errar e aprender é um fator essencial para equipes resistentes.

Quantas vezes, ao longo da minha carreira, como líder, precisei revelar um pouco de vulnerabilidade e fazer algo diferente. Em um momento de crise em uma empresa cliente, interrompi o cronograma para escutar cada voz da equipe. Aquele gesto que podia parecer “menos eficiente” gerou um impacto imediato: a equipe se sentiu vista, reconectou-se com o propósito e, em pouco tempo, dobrou a produtividade.

Pesquisas de Harvard apontam que o estilo de liderança duro, sem empatia, alimenta desgaste e rotatividade. Em contraste, empresas que equilibram exigência e cuidado colhem resultados financeiros e humanos duradouros.

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Como especialista em comunicação não violenta, vejo clareza, honestidade e respeito como alicerces da empatia organizada. Uma liderança que gere diálogo e compromisso, sem falsas suavidades. Nesse contexto, o “cuidado ineficiente” se torna o investimento mais eficiente de todos.

Para CEOs, RH, líderes e empreendedores, gostaria de deixar 3 reflexões práticas:

Invista 30 minutos por semana em escuta ativa: defina espaços formais para ouvir temas que fogem ao radar.
Treine a escuta emocional dos gestores: com ferramentas de comunicação não violenta, aumente a capacidade de acolher histórias e fragilidades.
Transforme crises em exercício de presença: compartilhe sua própria vulnerabilidade: “Eu também falhei aqui, fiz isso assim…” Isso gera confiança real e conecta equipes.
A tecnologia pode acelerar processos, mas somente a empatia acelera corações – no bom sentido.

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Em tempos de mudanças cada vez mais velozes, liderar com escuta, humanidade e vulnerabilidade é transformar coragem em ação e gerar lucro com propósito.

CEOs que adotarem essa postura terão nas mãos a nova moeda dos negócios: conexão genuína, engajamento sustentável e cultura resiliente.

Boa semana e bons negócios!

Marie
(Arquivo Pessoal/Arquivo pessoal)
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