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Por Helen Pomposelli, jornalista, terapeuta integrativa sistêmica e criadora do Per Vivere Bene
Bem-estar
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Saiba os benefícios da medicina integrativa na busca da saúde e bem-estar

Cresce interesse por parceria entre médico e paciente, em meio a médicos que ainda focam na doença e no medicamento, e não no paciente de forma integral

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Atualizado em 8 abr 2024, 12h19 - Publicado em 4 abr 2024, 18h12

Há muito tempo venho observando, não só como terapeuta integrativa mas também como paciente, o crescimento da união das medicinas integrativas complementares com a medicina tradicional. Tudo começou há nove anos, quando meu intestino sofreu uma necrose e, sem nenhuma explicação médica, pude entender através das medicinas complementares o real motivo do trauma: minhas energias através das emoções estavam estagnadas. Já aconteceu isso com você? Sempre juntas, essas duas medicinas são minhas parceiras até hoje. Por isso, em meu consultório, procuro sempre conectar mente, corpo e energias.

Para quem não sabe, a medicina integrativa propõe uma parceria do médico e seu paciente para a manutenção da saúde. Pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) são beneficiados com 29 Práticas Integrativas e Complementares (PICS) e os tratamentos utilizam recursos terapêuticos voltados para curar e prevenir diversas doenças, como depressão e hipertensão. Destaque de algumas delas, como a dançaterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, terapia de florais, ayurveda, homeopatia, medicina antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia, arteterapia, meditação, reiki, yoga, entre outros.

“O que se chama de medicina integrativa é uma forma com que todos queremos ser vistos, como pessoa integral. Temos uma sociedade em que os médicos focam principalmente na doença, e não no paciente. E também muito no medicamento, como se só ele fosse resolver as questões. Eles são até um pouco paternalistas, ou seja, dizem o que é para você fazer”, resume a médica geriatra Isabela Simões, organizadora geral do livro Laços com Saúde, curadora de arte e coordenadora do Espaço de saúde e arte Zagut. 

O que se quer com a medicina integrativa é uma parceria do profissional com o seu paciente de forma que juntos possam modificar alguns aspectos em relação a qualidade e o estilo de vida e algumas alternativas complementares ao tratamento farmacológico”.
“O que se quer com a medicina integrativa é uma parceria do profissional com o seu paciente de forma que, juntos, possam modificar alguns aspectos em relação à qualidade e ao estilo de vida, com alternativas complementares ao tratamento farmacológico”. (Divulgação/Divulgação)

Isabela Simões confirma que a boa medicina e a medicina integrativa consideram o médico um parceiro do paciente, que consegue melhorar a qualidade de vida e a saúde. “A medicina integrativa é baseada em evidências, pode ter vários tratamentos que podem ser benéficos para os pacientes, como a yoga, meditação. São inúmeros os estudos que mostram que essas atividades podem beneficiar pacientes com câncer, doenças cardíacas ou psiquiátricas. Existem inúmeros estudos que mostram que essas atividades podem beneficiar e tem evidência robusta para isso”. 

“O que se quer com a medicina integrativa é uma parceria do profissional com o seu paciente de forma que, juntos, possam modificar alguns aspectos em relação à qualidade e ao estilo de vida , com alternativas complementares ao tratamento farmacológico”.  

“A medicina integrativa não se afasta de olhar o paciente, a alma dele, e a partir daí trabalhar juntos. São muitas situações às quais temos que ficar atentos, como consultas muito curtas e quando o mais rápido é passar um remédio”, resume Isabela Simões, que sugere o foco em exercícios como o alongamento e a yoga.

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Para Arthur Brooks, autor do livro “Construa a vida que você quer”, da editora Intrínseca – que tem como parceira na obra Oprah Winfrey -, reconhece que é necessário ter em mente o todo. “O equilíbrio psicológico deveria passar longe do alcance de um estado de felicidade eterno – o que para ele não existe. O foco deveria ser no autoconhecimento, no controle das emoções e na criação de uma estratégia para tentar ser um pouco mais feliz a cada dia. Levando em consideração, claro, que a saúde mental engloba saber lidar com os problemas e infelicidades. E essa é a proposta do livro”, diz. 

Na medicina integrativa, os pacientes são vistos como parceiros que colaboram para o tratamento das doenças. E cuidar da própria saúde mental no dia a dia acaba sendo uma das suas responsabilidades. No livro, Brooks e Oprah compartilham vários passo a passos que permitem que as pessoas saiam da zona de conforto da reclamação e da impotência. O que pode ajudar em suas recuperações, pois ajudam no como elas vão passar por todas as dificuldades que vão enfrentar. 

De acordo com a terapeuta holística Mariana Tortella, criadora da radiestesia terapêutica, assim como qualquer terapia holística, nenhuma substitui a medicina convencional. “A importância desse trabalho é que os nossos problemas de saúde que aparecem no corpo físico aconteceram em nível energético. Nós somos seres energéticos, então primeiro desequilibramos na energia para depois o nosso corpo físico materializar uma doença. E esse tipo de desequilíbrio pode haver na nossa energia: o mental, o emocional, o espiritual, que são os principais, e também o físico. Por exemplo:  uma pessoa que tem bloqueio emocional ou é ansiosa ataca comida ou para de comer, soltar o intestino, por que não consegue lidar com as emoções. Ela acaba tendo uma gastrite nervosa. A energia é a causa raiz. E é por isso que eu quero estar dentro dos hospitais, asilos, orfanatos, ajudar essas pessoas a entender”. 

O Manual do Paciente com Câncer da nVersos Editora, um guia multidisciplinar que aborda desde o diagnóstico de câncer até os cuidados paliativos, confirma o papel importante da terapia integrativa no paciente com a doença. “A escolha da modalidade alternativa a que esse paciente com câncer vai se submeter pode beneficiar por uma melhor qualidade de vida. Lembrando que muitas destas terapias alternativas podem migrar para terapias convencionais na medida em que estudos clínicos podem confirmar que seu benefício é reprodutivo ,como o uso dos fitoterápicos e da acupuntura. O número de pacientes oncológicos que procuram terapias alternativas é grande e muitas vezes nós mesmos, médicos alopatas, desconhecemos porque o paciente não nos menciona. Isso não é bom, porque é muito importante que estejamos sintonizados. Por isso, é importante que o médico sempre pergunte ao paciente se ele está tendo algum tratamento não convencional e que o paciente refira sempre para o médico”, explica um dos coordenadores do livro, Auro del Giglio, livre-docente pela FMUSP e professor titular de hematologia e oncologia do Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). 

Precursora nesse pensamento, a Weleda, marca que tem como prática integrativa ver o ser humano em sua integralidade, criou a farmácia antroposófica há mais de 100 anos, com o objetivo de tratar e cuidar das pessoas com uma visão ampliada do ser humano e seus processos de adoecimento e saúde que vai além da medicina acadêmica.

Maria Cláudia Villaboim Pontes – CEO da Weleda no Brasil e América Latina confirma o aumento da busca dos medicamentos manipulados prescritos por médicos antroposóficos. “Com sua linha de medicamentos livres de prescrição (OTC), a Weleda consegue atender aos pacientes com sua linha de saúde mental, com medicamentos para ansiedade e insônia, medicamento para irritação, angústia, esgotamento e regulação do humor, medicamento para aliviar o estresse mental, aumentar o foco e concentração e até uma linha de medicamentos gripais para aumentar a imunidade e tratamento dos primeiros sintomas. Há ainda medicamento para tratar as inflamações e infecções decorrentes do processo gripal, inclusive sintomas decorrentes da Dengue.

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Os médicos recebem diariamente pacientes intensamente adoecidos, fragilizados, poli medicados, com uma série de problemas desencadeados por alguns desses medicamentos (como no caso do uso indiscriminado de psicotrópicos, até mesmo no público infantil), pacientes sem energia, sem alegria, sem vontade e sem coragem de viver. Percebem que o tratar sintomas de forma desintegrada e segmentada não resolve o problema maior que desencadeou aqueles sintomas em grande parte das vezes. Além disso, cada vez mais os médicos, assim como nós próprios, percebem que não somos só o corpo físico. Percebem que as nossas emoções (ou seja, o nosso corpo astral ou anímico) impactam na nossa saúde, geram doenças. Também o nosso corpo vital (vitalidade) é intensamente impactado pelo estresse e pelas demandas exaustivas dos tempos modernos. E se não estivermos com o nosso Eu individual centrado e equilibrado, acentuaremos ainda mais uma condição de desequilíbrio, com mais doenças ou sintomas.

Até a próxima!

Beijos,

Helen

 

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